A Imperatriz Do Submundo escrita por Liu Ming


Capítulo 11
Trama Múltipla


Notas iniciais do capítulo

Bem... Também estou em dívida com vocês pela demora, mas fiz questão de só voltar a postar quando minhas duas maiores fanfictions estivessem prontas pra serem postadas no mesmo dia, peço compreensão pela demora e os inúmeros motivos que me tiraram por tanto tempo minha inspiração e peço que leiam com carinho o capítulo 11, boa leitura!
(Narrado por narrador em terceira pessoa)



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Nenhum dos presentes no santuário submarino imaginaria o “furacão” que avançava na direção do templo de Poseidon, mas no caminho para o pilar do Oceano Antártico, Ikki foi surpreendido por Kiki, enviado por Árion.

— Ikki, o mestre mandou uma mensagem...

— E qual é?

— Ele disse que se esqueceu de te avisar sobre o marina do oceano Antártico, o Lymnades.

— E o que há de especial nele?

— O mestre disse que ele lê os pensamentos do adversário e se transforma no ente querido que a pessoa jamais poderia atacar e usa essa abertura pra atacar a pessoa quando ela está desprevenida...

— Isso será complicado...

— Ele disse também que escolheu você porque você pode prender o Lymnades na ilusão do seu golpe fantasma sem mata-lo...

— Ente mais querido, golpe fantasma, prisão ilusória e sem matar... Pode dizer ao Árion que farei como ele pediu, afinal não estamos aqui pra matar os marinas... Pode ir Kiki...

— Até mais – Kiki se teletransportou de volta pra perto de Árion.

Ikki continuou seu caminho para o pilar do oceano antártico, mas logo que se aproximou demais, forçou sua mente a lembrar dos tempos em que treinava antes de ser mandado para a Ilha da Rainha da Morte, forçou o aparecimento das lembranças dos jogos de futebol, das brincadeiras na grama e das brigas contra Nachi, Jabu e Ichi.

— Ikki, é você?! – Era a voz de Shun, como Ikki previu.

— Shun, o que faz aqui?! Deveria estar enfrentando o marina de Scylla...

— Eu sei, eu o derrotei, então vim em seu encontro, estava com tantas saudades – A imagem que apareceu diante de Ikki foi a de Shun correndo para abraça-lo com os braços abertos e o rosto molhado por lágrimas. Ikki olhou pra imagem, mordeu os lábios sentindo ódio, fechou os olhos e gritou.

— Ave Fênix! – As chamas deixavam o punho de Ikki e queimavam sem piedade o farsante que se passava por Shun.

— Covarde... – A ilusão se desfez e a imagem diante de Ikki era a do marina Kasa de Lymnades – O que houve?! Minha ilusões não são boas ou você não tem coração?

— Cale-se – Ikki pegou Kasa com a mão direita pela escama e o ergueu antes de soca-lo com a mão esquerda, com o impacto arremessando o elmo dele longe – Como ousa falar de coração quando sua fama de usar os sentimentos de outras pessoas como vantagem própria é enorme?!

— Então ouviu falar de mim – Kasa ria devagar – Que bom... Então saberá quem destruiu suas emoções e o mandou para o inferno onde suas chamas nunca renascerão – Kasa chutou o peito de Ikki e se arremessou pra longe – Morra desgraçado, Salamandra Satânica! – A onda de energia foi parada por Ikki usando apenas uma mão.

— Seu desgraçado... – Kasa bravejava de raiva enquanto tentava desesperadamente sondar a mente de Ikki – Então você não possui nenhuma... Sim... Você possui uma fraqueza...

— Não terá tempo de usa-la, tome isso! Golpe Fantasma de Fênix!

Lymnades caiu sem reação, estava preso na ilusão de Ikki enquanto o mesmo caminhou até a escadaria e lá se sentou. Olhando pra cima, via o mar que encobria o templo de Poseidon e se lembrava dos tempos que passou com sua amada Esmeralda.

Em outro canto do templo de Poseidon, no caminho que levava ao pilar do Oceano Ártico, Camus estava prestes a ser recebido pelo Krakken.

— Cavaleiro de Athena... É corajoso de pisar no templo do Ártico para enfrentar a mais temida das bestas dos 7 mares... – Falou o orgulhoso general marina.

— Poupe o orgulho exagerado e mostre sua cara – Respondeu Camus.

— Muito bem... – O general apareceu de trás de uma pilastra e removeu seu elmo – Sou Isaak de Krakken, o seu oponente!

— Isaak... – A mente de Camus via o algo familiar no seu oponente – Você não pode ser o mesmo Isaak que o cavaleiro de cristal me disse que treinava... É impossível, mas a descrição bate... A cor do cabelo e os olhos...

— Está correto, Camus de Aquário, eu sou o antigo pupilo do Cristal, Isaak...

— Como um aprendiz de cavaleiro se tornou um general marina?

— Simples... Graças aos sentimentos exagerados e infantis de Hyoga eu perdi meu olho e fiquei quase morto... Não fosse pelos desejos do mar eu teria congelado até a morte... Fui trazido para este templo, onde me foi ofertada essa escama... – Isaak olhou para o mar acima do templo e recordou os momentos – De início eu relutei, mas logo em seguida ouvi que Hyoga havia se tornado cavaleiro e usava a sagrada armadura de cisne pra proveito próprio... Lutando em um campeonato de ringue televisionado, matando nosso mestre e erguendo o punho contra o santuário de Athena... Essa foi a gota d’água, o momento em que vi que não havia esperança pra vocês... Nesse momento vi que o Imperador Poseidon era o caminho que eu deveria seguir e recebi de braços abertos a escama de Krakken que agora me protege...

— Compreendo... – Essa fala compreensiva surpreendeu Isaak – Como um homem você escolheu seu caminho, mesmo sendo o oposto ao do seu mestre... – Camus abriu a mão direita e criou um globo de energia criogênica – Sendo assim, como um homem, deve arcar com as consequências! – Camus esmagou o globo e ergueu o punho na direção de Isaak – Pó de Diamante! – A onda de cristais criogênicos avançou sem piedade na direção de Isaak, mas o mesmo era ágil e escapou facilmente dos cristais, mesmo assim ao pousar, viu alguns de seus fios de cabelo caídos no chão, congelados – Esplêndida velocidade... Não a reduza ou a próxima coisa a ser congelada será sua cabeça...

— Não pretendo fraquejar diante do inimigo, não sou sentimental dessa maneira – Isaak elevou seu cosmo e abriu os braços – Responderei a altura do grande Camus e utilizarei meu golpe mais poderoso.

— Pois bem, veremos se é capaz de superar o mestre de seu mestre – Camus elevou seu cosmo ao máximo, socou o ar a sua frente uma vez com cada punho e depois socou o ar acima de sua cabeça, novamente uma vez com cada punho, criando uma estrela de luz fria.

— Aurora Boreal!

— Trovão Aurora! Ataque!

As duas ondas de gelo se chocaram, mas nenhuma obtinha vantagem contra a outra. Algum tempo se passou até que a onda de frio resultante do choque dos ataques explodiu, empurrando seus usuários e congelando completamente o chão.

— Não brinque comigo, Camus de Aquário... Por que usou uma técnica como o Trovão Aurora?! Não me acha um oponente digno do seu ataque mais poderoso, a Execução Aurora?

— Exatamente... Se o Trovão Aurora já foi capaz de igualar sua assim chamada “técnica mais poderosa”, imagine o que minha técnica mais poderosa faria...

— Então permita que eu a copie... – Isaak juntou as mãos e as ergueu pra cima – Criarei uma nova variação da Execução Aurora e sobrepujarei a original!

— Veremos se é capaz – Camus juntou as mãos e as ergueu pra cima.

— Execução da Aurora Boreal!

— Execução Aurora!

Não houve chance alguma para Isaak, sua cópia não mostrou resistência contra a Execução Aurora de Camus e o resultado foi seu total congelamento.

— Pobre Isaak... – Camus caminhou até ele – Terei que explicar para o mestre como acabei matando um dos generais marinas... – Camus tocou o gelo que encobria Isaak e sua escama e se surpreendeu, pois sentia vida – Como pode estar vivo?! – Camus encostou as duas mãos no gelo e começou a desfazê-lo, sendo cuidadoso para não ferir Isaak.

Após algum tempo de árduo trabalho, Camus finalmente tinha libertado Isaak de sua prisão de gelo, sua escama havia virado pequenos cristais de gelo, mas seu corpo estava intacto.

— É um milagre... O corpo nem ao menos perdeu muito de sua temperatura corporal... Como isso é possível?! – Camus começava a analisar o que havia acontecido – Será possível que a Execução Aurora de Isaak, mesmo incompleta, impediu que eu causasse algum mal a ele e restringiu os efeitos de meu ataque apenas a escama?! – Camus sorriu, orgulhoso – Você realmente é um aluno valioso...

Apesar da felicidade de Camus, um encontro infeliz estava prestes a acontecer no pilar do Atlântico Norte, ao mesmo tempo em que Árion se aproximava do pilar do Atlântico Sul. Acompanhado de Kiki ele buscava enfrentar o marina de Sirene, cujos poderes ele conhecia bem, já que havia ensinado ao primeiro, como tocar flauta.

— Marina de Sirene... – Disse Árion – Apareça!

— Pelas roupas e o cosmo eficazmente escondido, presumo que seja o mestre do Santuário de Athena... Por mais que soubesse os efeitos dos atos do imperador Poseidon, nunca imaginei que iriamos atrair a presença do próprio chefe do exército da deusa... – Refletiu Sorento em voz alta.

— Desejo ouvir sua flauta... – Disse Árion antes de retirar seu elmo e emanar seu cosmo divino – Há algum problema em toca-la para o filho de seu imperador?

— Essa cosmo energia... É tão similar a do imperador Poseidon... É tão calma e serena... Quem é você?

— Sou Árion, filho do imperador Poseidon... E vim até aqui para julgar seu caráter... Julgar se é leal a meu pai ou se faz parte do grupo corrupto que deseja que ele e Athena se matem... Já aviso que mesmo que seja um dos corruptos, sua flauta jamais me afetará, mas se ela causar mal a mesmo um fio de cabelo desse menino que me acompanha... Sua morte não será agradável...

— Então é verdade... – As palavras da divindade deram a Sorento a certeza de suas suspeitas – Se quer julgar meu caráter pela sinceridade de meus sentimentos ao tocar minha flauta, farei seu desejo, meu príncipe – Sorento puxou sua flauta começou a toca-la, enquanto refletia sobre suas suspeitas em relação ao atual usuário da escama de Dragão Marinho.

Kiki sorria enquanto ouvia a melodia de Sorento, jamais tinha ouvido um som tão agradável, mas Árion se preocupava em analisar os sentimentos que guiavam a flauta. Sua satisfação foi inigualável quando ele percebeu a lealdade de Sorento.

— Já chega, por mais agradável que seja sua flauta, temos que acordar meu pai e libera-lo dessa manipulação...

— Por favor, grande mestre – Kiki apelou – O som da flauta é tão bom, podemos ouvir mais um pouco?!

— Desculpe Kiki – Árion pousou a mão na cabeça do pequeno – Temos um dever a cumprir... Quanto a você... Qual o seu nome, guerreiro de meu pai?

— Sorento, sou Sorento de Sirene – Sorento se ajoelhou.

— Possui alguma suspeita de qual dos outros seis marinas seja o traidor?

— O dragão marinho... Nenhum dos outros possui características que despertem desconfiança, com exceção do dragão marinho...

— Sabe o nome dele?

— É Kanon... Kanon de Dragão Marinho...

— Errado... – Árion havia associado o nome à pessoa – Ele é o irmão gêmeo do cavaleiro de ouro de Gêmeos, Saga... Então não sei se fiz a escolha certa ao mandar Saga para enfrenta-lo... Talvez Kanon o corrompa novamente...

— Então o que faremos?! – Sorento ficou preocupado.

— Kiki, teleporte Shura e Camus até Saga, os dois devem impedir que Kanon o corrompa... Enquanto isso eu irei acordar meu pai...

— Tenho permissão para acompanha-lo, meu príncipe?

— Vamos, Sorento!

Kiki e Árion se teleportaram para seus destinos, mas já era tarde demais, no pilar do Atlântico Norte, o encontro fatídico estava a ponto de acontecer.

— Marina que protege o pilar... Apareça e enfrente o cavaleiro de ouro de Gêmeos!

— Está muito pomposo pra ser o cavaleiro que traiu Athena e causou a morte do leal Aioros... – Respondeu o usuário da escama de dragão marinho.

— Essa voz... – Saga reconheceu a voz do irmão – Como escapou da prisão de rocha do Cabo Sunion?

— Eu não escapei... Apesar de ter quase morrido inúmeras vezes e ter sido salvo por algo que nem mesmo sei o que era, lá dentro encontrei o esconderijo do tridente de Poseidon, selado por Athena desde a ultima batalha dos dois... Removi o selo e fui transportado para o templo submarino onde removi o selo da ânfora de Athena e acordei Poseidon, mas ele achou que era cedo demais e passou a dormir no corpo de Julian Solo... Bem... Ele ainda está dormindo e isso me permite manipular os marinas como eu quiser... – Kanon começou a dar sua risada maligna.

— Não vou permitir isso... Acabarei com você aqui mesmo... Explosão Galáctica!

— Não vou deixar você acabar com minhas ambições, Explosão Galáctica!

Saga possuía uma leve vantagem sobre Kanon, mas isso não impedia Kanon de igualar os poderes forçando ao máximo sua força.

— Não adianta Kanon... Uma armadura roubada jamais poderá amplificar seus poderes da mesma maneira que a sagrada armadura de gêmeos faz comigo... Desista!

O embate entre os gêmeos continuava enquanto no templo de Poseidon, outros gêmeos estavam a ponto de se encontrar.

Despina caminhava acompanhada de Tétis quando uma luz a interrompeu.

— Quem será que está... – Despina sentiu a espinha gelar ao ver a sombra de seu irmão.

— Despina, o que faz aqui?! – Árion se surpreendeu ao ver a irmã.

— Presumi que se ocuparia demais com as batalhas contra os marinas de nosso pai e resolvi vir pessoalmente acordar o velhote... E vendo pela sua demora... Se eu tivesse te desobedecido alguns minutos antes, teria evitado alguns derramamentos de sangue... – Falou orgulhosa a deusa das geadas.

— Pare com isso... Nenhum marina morreu, nem mesmo o cruel Lymnades...

— Não fique se exibindo tanto... Se continuar desse jeito, um certo alguém não irá se interessar por você...

— Não devia falar de meus assuntos pessoais dessa...

— Perdoe a minha interrupção, nobre príncipe e princesa dos oceanos, mas temos algo importante a fazer no templo de Poseidon – Disse Sorento.

— O flautista bonitinho tem razão – Despina disse usando seu tom brincalhão antes de piscar para o general que ficou perceptivelmente envergonhado com o jeito de agir de sua princesa.

— Vamos indo.

Os dois deuses e os dois marinas adentraram ao templo de Poseidon, Árion abria as portas uma a uma até que entraram no templo principal e começaram a subir as escadas que levavam ao trono dos oceanos.

— Quem importuna o senhor dos mares?! – Disse Julian Solo.

— A visita de um filho não devia ser um importuno a seu pai... – Disse Árion inflando seu cosmo.

— Filho?! Quem ousa dizer tal blasfêmia?! – Disse Julian sem saber com quem falava.

— É você quem diz blasfêmias, jovem mimado, aceite seu destino e adormeça enquanto nosso pai acorda e impede o derramamento de sangue de seus leais súditos – Disse Despina imitando o ato de seu irmão.

— O que é isso?! – Julian começou a sentir os olhos pesados, mas ao mesmo tempo seu cosmo começava a inflar e superar o infinito.

— Acordado finalmente... Dragão marinho, onde está?! – Poseidon olhou em volta e viu apenas a Sereia, o Sirene e seus filhos – Árion?! Despina?! Que fazem aqui?!

— Um farsante te acordou precocemente e manipulou seu receptáculo para fazer o senhor e Athena se matarem... Como fico feliz que isso não tenha acontecido... – Disse Árion aliviado.

— O dragão marinho é um farsante?! – Poseidon levantou de seu trono, furioso, pegou seu tridente e espalhou seu cosmo divino por todos os cantos dos sete mares, acalmando as águas e fazendo cada peixe e criatura marinha procurarem pelo farsante – Trarei-o até mim e o farei pagar pela insolência de tentar enganar um deus!

Não muito longe dali, no pilar do Atlântico Norte, Kanon sentia a presença de Poseidon.

— Não pode ser... Ele acordou... – Kanon tremia de medo.

— Agora é hora de enfrentar a merecida punição por seus crimes!

Ambos foram surpreendidos quando Kiki teletransportou Shura e Camus para o pilar.

— Saga! – Disse Shura preocupado – Não ouça as palavras maliciosas de Kanon!

— Tente envenenar nosso amigo novamente e eu te transformo em cubos de gelo, Kanon – Disse Camus, já preparando seu Pó de Diamante.

— Shura... Camus... Vocês realmente me veem como um amigo?! – Saga era incapaz de controlar suas lágrimas, mas o momento sentimental foi interrompido pelo brilho da escama de dragão marinho, que deixou o corpo de Kanon, a mando de Poseidon e voltava para o encontro de seu mestre.

— Maldição! Preciso pensar em um jeito de escapar da fúria de Poseidon e realizar minhas ambições...

— Não permitirei, em nome de Athena eu te pararei aqui! – Shura ergueu o punho e preparou a Excalibur.

— Mas é claro! – Kanon disse sorridente – Escaparei daqui e colocarei em prática essa ideia... Esperem por mim cavaleiros de Athena, eu governarei esse mundo! – Kanon ergueu as mãos pro alto – E vocês não poderão me parar, pois agora terão que impedir que esse templo caia inundado! Triângulo de Ouro! – Kanon abriu uma fenda dimensional que começou a trazer a água do mar pra dentro do templo, logo em seguida abriu outra fenda e escapou por ela.

— Maldito! – Saga maldisse o irmão – Mas essa imitação barata do meu golpe não inundará o templo de Poseidon, eu não permitirei! Outra Dimensão! – Saga usou seu próprio golpe para fechar a fenda de Kanon, dessa maneira parando a inundação.

— Que bom que agiu rápido, Saga... Salvou a todos nós – Disse Shura, aliviado.

De volta ao templo de Poseidon, o mesmo havia percebido a movimentação e agora olhava, agradecido, para seus dois filhos.

— Vocês se aliaram a pequena indomável e impediram que o nome de seu pai caísse em desgraça... Por mais que eu não tenha sido um pai para vocês, ambos me protegeram como filhos amorosos... Como eu poderia agradecer?! – Disse Poseidon, sem deixar de lado seu tom altivo e nobre.

— Apenas deixe Athena em paz, assim como os humanos, será agradecimento o bastante – Disse Árion tentando evitar os sentimentos que nutria desde pequeno pelo pai. O desejo de receber pelo menos um pouco do amor paterno que nunca recebeu naquele momento era enorme, mas ele era tão orgulhoso quanto seu pai e não se permitiu a isso.

— Entendo... Mesmo como um deus você se colocou como mestre do Santuário e agora possui deveres... Entendo sua posição, meu filho... – Poseidon olhou pra sua filha, acanhada ao lado de Tétis – E quanto a você? Há algo que seu pai ausente possa fazer?

— Admitiu que foi ausente... Já é um começo... – Poseidon sentia a frieza que vinha das palavras de sua filha, sentia também a solidão que emanava dela pelos anos que cresceu sem ele.

— Junto com isso, quero que receba meu pedido de desculpas...

— Pare de se humilhar na frente dos humanos... Não se acha tão superior a eles, então por que age assim diante deles?! – Disse Despina tentando afastar o desejo de receber o amor fraternal de seu pai.

— Deuses são os exemplos que a humanidade deve seguir... Estou agindo como tal, tentando reparar os erros que cometi com minha descendência... Estou errado, minha filha?

— Não está errado... Mas não pense que pode vir me chamando de filha dessa maneira...

— Entendo... Terminaremos essa conversa depois, por hora quero reunir meus generais marinas e planejar minhas próximas ações... – Poseidon fechou os olhos e quando os abriu, expandiu seu cosmo superando o infinito e teletransportou todos para o templo de Poseidon.

— Que tragédia... – Poseidon olhou todos os seus seis leais marinas, lamentando – Tudo isso por um farsante... – Ele caminhou até Bian, se abaixou e com um toque de seu dedo curou seus ferimentos – O cavaleiro de touro foi um oponente digno... – Ele olhou para Io – Quanto a você, Scylla, foi admirável sua lealdade ao expor seu próprio corpo como escudo para proteger o pilar... – Em seguida caminhou até Krishna, ainda desmaiado pela desconexão de seus chakras, tocou-o e o fez recobrar a consciência. Logo que ele abriu os olhos, Poseidon disse – Faz um ótimo trabalho representando a escama de meu filho... – Poseidon se virou e estalou os dedos, desfazendo o Golpe Fantasma que atormentava Kasa – Lymnades... Hoje foi provado pra você que seus truques podem ser infinitamente ineficazes... Ache novas fontes de poder... – Poseidon caminhou até Isaak e o fez recobrar a consciência – Parabéns Isaak... Você realmente se tornou tão justo e implacável quanto o verdadeiro Krakken... – Poseidon voltou ao seu trono e cravou o tridente no chão – Quanto a você, Sorento, leal amigo de meu recipiente... Agradeço por ter auxiliado meu filho quando ele veio abrir meus olhos... – Sorento assentiu com a cabeça, mas esse pequeno ato não demonstrava o tamanho do orgulho que ele sentia por ter ouvido tais elogios.

— Agora que meus leais generais marinas recobraram suas forças... Algum de vocês sabe para onde o farsante pode ter ido? – Poseidon falou em tom firme.

— Eu possuo uma vaga ideia, meu imperador – Disse Sorento em seu sereno tom de voz – Kanon propôs que usássemos o anel de Nibelugo para finalmente finalizar a conquista das terras de Asgard... Ele mesmo levou o anel e o colocou no dedo da representante de Odin, Hilda... Acredito que ele tenha ido para lá...

— É nossa única pista... Mas antes de perseguir o maldito eu quero fazer uma visita à pequena indomável em seu santuário...

— Depois de várias guerras você deseja fazer uma súbita visita a Athena... – Árion refletiu em voz alta – O que pretende?

— Ambos sabemos que a irmã de vocês decidiu interferir na guerra santa entre a pequena indomável e meu irmão... Se isso acontecer, não só o reino dela como o meu ficará em perigo... Minhas crianças que vivem nos sete mares serão prejudicados pelas ambições do meu irmão e o ódio dele contra os humanos o levará a prejudicar minhas criaturas, isso eu não permitirei... Sendo assim, prefiro me aliar a pequena indomável...

— Quem imaginaria que o grande imperador possuiria um apelido tão belo e próprio para nossa deusa – A fala foi dita por Saga, que adentrava o templo de Poseidon acompanhado de Shura, Camus, Aldebaran, Ikki e Shun.

— Os cavaleiros de Athena... Parecem satisfeitos com o novo mestre – Disse Poseidon com orgulho de seu filho – Você me parece preocupado, capricórnio...

— Me preocupo com a segurança de Athena, caso fique tão próximo dela, o que o impedirá de fazê-la mal?!

— Minha intenção de proteger minhas criaturas marinhas do inimigo em comum que tenho com a pequena indomável... Isso basta?!

— Espero que não tente nada, meu pai, ou serei forçado a cumprir meu dever como mestre e irei me virar contra você...

— Que seja... Verá minhas verdadeiras intenções e se arrependerá de duvidar de minha boa vontade, meu filho... – Retrucou o Deus dos Mares – Meus Marinas, fiquem aqui e cuidem para que suas escamas voltem ao normal, quero todos de prontidão o mais rápido possível – Finalizou Poseidon.


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Notas finais do capítulo

Bem... O que me dizem?! Ansiosos pelo próximo? Espero ler as opiniões de vocês o mais cedo possível!



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