A Imperatriz Do Submundo escrita por Liu Ming


Capítulo 10
Batalhas no Templo Submarino


Notas iniciais do capítulo

A Saga de Poseidon na fiction começa já! Espero que gostem XD
(Narrado por Narrado em Terceira Pessoa)



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Teleportados por Árion, o mesmo, junto com Saga, Camus, Shura, Ikki, Shun, Aldebaran e Kiki. Vestindo as roupas do grande mestre e reduzindo a amplitude e intensidade de seu cosmo para não ser percebido, Árion olhou a sua volta e se sentiu em casa diante do imenso templo de seu pai, mas não demorou a recuperar os sentidos e se virar para seus subordinados.

— Todos estão bem?

— Sem dúvida! – Aldebaran falou animado – Quais são suas ordens, grande mestre?

— Há sete pilares que protegem esse templo e intensificam os efeitos dos poderes de Poseidon sobre o mundo... Dentre esses sete pilares, o Pilar do Pacífico Norte é defendido pelo Cavalo Marinho, o Pilar do Pacífico Sul é defendido pelo Scylla, o Pilar do Ártico é defendido pelo Krakken, o Pilar do Índico é defendido pelo Krisaor, o Pilar do Atlântico Norte é defendido pelo Dragão Marinho, o Pilar do Atlântico Sul é defendido pelo Sirene e o Pilar do Antártico é defendido pelo Lymnades... E esses sete são as lendas da antiga mitologia grega que dão forma as Escamas, as armaduras que vestem os poderosos generais marinas, mas não temam... Trouxe cada um de vocês por saber que suas habilidades são as corretas para dar vantagem contra cada general... Então cada um irá para o pilar que eu ordenar... Alguma objeção? – Nenhum dos subordinados disse nada – Muito bem... Camus de Aquário, vá para o pilar do Ártico, Saga de Gêmeos para o Atlântico norte, Shura de Capricórnio para o Índico, Ikki de Fênix para o Antártico, Shun de Andrômeda para o Pacífico Sul e Aldebaran para o Pacífico Norte...

— E eu?! – Kiki reclamou.

— E o Atlântico Sul? – Camus questionou.

— Irei pessoalmente para o Atlântico Sul, pois apenas um cavaleiro seria capaz de confrontar o Sirene, este é o cavaleiro de Lira, porém ele não está no Santuário... Então cuidarei pessoalmente do Sirene... Kiki deve me acompanhar e mandar minhas mensagens para vocês se necessário... Agora vão!

Todos os seis cavaleiros se dirigiram para os lugares determinados por Árion enquanto o mesmo seguiu para o Atlântico sul com Kiki.

— Então... É legal ser um deus?

— Há muitas responsabilidades...

— Mas você tem muitos poderes?

— Muitos...

— Tem muitas mulheres que te querem?

— Muitas...

— Você sabe o que é “orgia”? Uma vez o mestre Mú fez uma viagem pra Índia e voltou com um livro estranho que tinha essa palavra, mas não quis me dizer o que era...

— Isso é algo que você só saberá daqui há alguns anos...

— Invasores! – Os guardas rasos de Poseidon avistaram Árion, mas não o reconheceram.

— Essas roupas... O que o mestre do Santuário de Athena faz aqui?! – Outro disse.

— Não é do interesse de vocês... Darei a chance de saírem sem se machucarem, mas ousem me desafiar e sentirão muita dor...

— Você está só com esse moleque e nós somos uma tropa inteira! – O grito desse soldado fez todos atacarem.

— Peço que me desculpem, mas não me dão opção – Árion ergueu a mão direita e estalou os dedos, derrubando todos os soldados rasos no chão, imobilizados por choques.

— Incrível... – Kiki ficou abismado – Quem mandou mexerem com o grande mestre?!

— Vamos continuar, Kiki...

— Sim, grande mestre!

Deixando os soldados rasos para trás, Árion e Kiki seguiram em frente, para encontrar o general de Sirene. No Pacífico Norte, Aldebaran havia encontrado alguns soldados rasos, mas nenhum foi obstáculo para ele, logo o cavaleiro de touro alcançou o pilar e começou a olhar em volta, procurando pelo general.

— Quando me disseram que entraríamos em guerra, não sabia que iriamos receber um ataque surpresa... – Uma sombra saiu de trás do pilar e ficou diante de Aldebaran – Julgando pela armadura, você é o cavaleiro de ouro de touro, eu presumo...

— E você é o cavalo marinho?

— Bian... Mas como sabia?

— O mestre do Santuário sabe muito sobre Poseidon e suas tropas... Ele me enviou aqui pra impedir o iminente desastre que vocês estão a ponto de causar... Se prepare pra ser derrotado! – Aldebaran cruzou os braços e fez Bian recuar, tomando posição de combate.

— Ouvi rumores que sua posição de defesa é impenetrável... Veremos se é verdade... Assopro Divino! – As ondas de vento de Bian avançaram furiosas contra Aldebaran, que firmou os pés no chão e começou a forçar seu corpo contra os ventos, se mantendo parado, apesar da força dos ventos. Antes dos ventos pararem, Aldebaran se desfez de sua posição de defesa.

— Grande Chifre! – As ondas de choque puxaram os ventos e os jogaram contra seu mestre, intensificando o impacto da onde da de choque.

— Não vou permitir que isso me atinja... – Bian movimentou as mãos e formou sua barreira de vento, mas estava sendo ineficaz contra seus próprios ventos e a onda de choque de Aldebaran, logo Bian estava sendo empurrado, junto com sua barreira – Maldição... Não vou te deixar me vencer! – Bian elevou seu cosmo, fazendo todas as correntes de vento da região o cercarem, formando uma enorme barreira de vento – Agora nem mesmo seu grande chifre pode me atingir... Vamos ver se é capaz de me vencer... – Aldebaran permaneceu em silêncio, mas logo ergueu sua mão direita e disse.

— Pouco depois de sermos convocados para esta batalha, o cavaleiro de libra me procurou e me contou sobre um antigo cavaleiro de touro e uma técnica lendária... Ele me ensinou os fundamentos e razão de estar repassando ela a mim... Foi por esse momento... Foi por esse momento! – Aldebaran elevou seu cosmo, preenchendo toda a área em volta do pilar. Seus pés afundaram no chão e seus olhos brilharam quando ele gritou – Supernova Titânica! – O chão se desprendeu, logo as pedras se debatiam contra o vento. Bian, agora sem poder se fixar no chão, perdeu o controle da barreira e ela se desfez, mas as pedras arremessaram Bian na direção de Aldebaran, que cruzou os braços e em seguida os descruzou – Grande Chifre!

Estando a uma distância mínima de Aldebaran e sem a proteção de sua barreira, a escama de Cavalo Marinho foi esmigalhada pelo Grande Chifre e Bian, com alguns ossos quebrados e seus músculos tremendo de dor, foi arremessado na direção do pilar, mas não o atingiu, Aldebaran havia usado outra onda de choque pra alcançar o pilar antes de Bian. Ao alcançar o pilar, Aldebaran o usou como base de salto e se jogou contra Bian e o pegou no colo o salvando da morte certa.

— Por que fez isso? – Perguntou Bian, em um de seus últimos momentos de consciência.

— O grande mestre não iria gostar de saber que matamos um dos generais do pai dele...

— Pai dele?! Quem é o novo mestre?

— Mais tarde saberá, agora descanse, vou te levar a alguém que cuide de você...

Após desmaiar, Bian foi novamente pego no colo de Aldebaran, que procurou alguns soldados rasos que, vendo o estado de Bian, não ousaram desafiar Aldebaran e apenas socorreram seu general.

No pilar do Pacífico Sul, a batalha ocorreu como Árion previu, Shun derrotou Io com as diversas variações de sua corrente. Ao ver sua escama completamente destruída, Io tentou usar seu golpe Tornado Violento, mas Shun o sobrepujou com sua Tempestade Nebulosa, ao ver todas as suas técnicas inutilizadas pelo inimigo, Io perdeu a vontade de lutar e ficou na frente do pilar com os braços abertos, se usando como escudo humano. Tocado pela ação de Io e sem nenhum meio de destruir o pilar, Shun apenas ficou parado na escadaria, esperando a ordem de Árion.

No pilar do Oceano Índico, Shura caminhava observando tudo a seu redor, logo percebeu uma movimentação no ar e pulou pra trás, vendo uma lança dourada cravada no chão.

— Devia aparecer, general marina...

— Cavaleiro de Athena... – O general de pele morena apareceu e pegou o cabo de sua lança – Não é um mero cavaleiro de Athena, mas um cavaleiro de ouro... Diga seu nome...

— Sou Shura de Capricórnio... E vim impedir que o Oceano Índico se eleve e mate as pessoas inocentes que Athena protege...

— E eu sou o defensor do Pilar deste oceano e, portanto, seu adversário, meu nome é Krishna de Krisaor... – Shura ouviu um leve barulho, era sua capa caindo no chão.

— Maldito... Vejo que sua lança é afiada...

— Não poderia ser menos que isso... Na era mitológica Krisaor, um filho do Imperador Poseidon, era um guerreiro lendário, seu nome em grego significava “O Homem com a lança dourada de grande poder”... Essa lança pode cortar por qualquer coisa que quiser...

— Que coincidência... – Shura jogou fora o pedaço da capa que ainda estava preso na armadura com a mão esquerda e estendeu a direita com a mão aberta, na posição de uso da Excalibur – Pois na era mitológica, a deusa Athena deu ao primeiro cavaleiro de Capricórnio a espada sagrada Excalibur, cujo fio de corte é supremo dentre todas as lâminas conhecidas no ocidente... Não pense que essa lança é rival pra mim...

— Tente a sorte, capricórnio! – Krishna começou a lançar várias ondas de ar cortantes com sua lança, mas Shura não moveu nem mesmo um centímetro, apesar disso, não foi alvejado. Após um breve silêncio, Krishna desconfiou do não aparecimento de ferimento algum – O que é isso?! Como minha lança não fez ferimento algum?!

— Essas ondas de ar são muito fáceis de se desviar, com apenas um movimento de minhas mãos eu posso facilmente desviar suas ondar de ar com a energia de minha Excalibur...

— Impossível!

— Veja por si só! – Shura saltou no ar e começou a dar acrobacias com as pernas, a cada movimento uma lâmina de luz percorria o ar na direção de Krishna que, com dificuldade, conseguiu desviar de todas, mas acabou se distraindo. Shura usou a distração de Krishna e saiu do seu campo de visão.

— Onde está você, capricórnio?!

— Tolo... Hora de acabar com essa luta, Pedras Saltitantes! – Shura colocou os pés entre os braços e peito de Krishna e o arremessou pro ar, usando essa oportunidade pra lançar uma lâmina de energia e partir a lança dourada em duas.

— Maldito... Você quebrou minha lança...

— Admita a derrota...

— Não posso! O Imperador Poseidon irá purificar a terra das pessoas corruptas e irá iniciar uma nova era!

— Ousa ameaçar as pessoas inocentes que a deusa Athena protege?! Não posso perdoar esse crime! – Ao pousar no chão, Krishna sentou em posição de meditação e começou a emanar sua energia – Desgraçado, o que está planejando?!

— Ao destruir minha lança, me forçou a usar minha energia latente para proteger o pilar...

— E eu presumo que essa energia venha de seus... Chakras?

— Como sabe disso?! – Krishna não escondeu a surpresa.

— Diferentemente de vocês, nós cavaleiros de Athena conhecemos nossos companheiros e aprendemos com eles... Aprendi com Camus a grandiosidade do domínio da temperatura, graças a Aiolia eu melhorei a velocidade de minha lâmina de luz e com Aldebaran eu aprendi a lutar melhor em corpo a corpo... Mas Shaka me ensinou a dominar minha alma... A controlar meu espírito, mas também me ensinou sobre os chakras...

— Não vou deixar que use esse conhecimento contra mim... Marahoshini!

As ondas de energia se lançaram contra Shura e o imobilizaram, o fazendo cair no chão. Seu elmo rolou pra longe e enquanto o vento do templo balançava seu cabelo, Shura lembrava das conversas com Shaka e do que aprendeu sobre seus próprios chakras. Emanando a energia de seus próprios chakras com seu cosmo, Shura expulsou a influência de Krishna sobre seu corpo, mas isso não duraria muito tempo, o domínio de Krishna era infinitamente superior ao seu, mas isso deu tempo a Shura, tempo que ele usou sem demora.

— Excalibur! – Um corte certeiro percorreu a distancia entre os dois guerreiros, ao final, Krishna sentia seu corpo todo esterilizado e paralisado.

— O que fez comigo?! Não há rachaduras em minha escama!

— Cortei as conexões entre seus chakras...

— Como isso é possível?!

— Eu sou a lâmina suprema das eras mitológicas, eu sou o mestre da Excalibur! Posso cortar através de tudo ou cortar o que está atrás de um muro sem cortar o muro... Você não é rival para o cavaleiro mais leal a Athena!

Krishna não aguentou e caiu quase desmaiado, apesar de bem, sem seus chakras conectados, ele ficaria imóvel até que seus chakras se reconectassem. Logo que viu seu oponente imobilizado, Shura pegou seu elmo e o vestiu, caminhou até Krishna e o apoiou em uma parede, tentando deixa-lo confortável.

— Por que me ajuda?! – Disse Krishna em um último momento de consciência.

— O mestre do Santuário não deseja a morte de nenhum dos generais marinas... Isso é tudo o que posso dizer... – Disse Shura antes de se sentar na escadaria e ficar observando o mar acima do templo de Poseidon.

Com Krishna, Bian e Io derrotados, Árion ficou mais calmo e continuou seguindo para o encontro do marina de Sirene enquanto esperava as agitações que logo caracterizariam as lutas de Fênix, Gêmeos e Aquário, mas isso o distraiu da chegada de outro cosmo superpoderoso no templo submarino.

— Odeio desobedecer aos desejos dele... – Disse a voz inquieta – Mas isso é questão de família, não da pra deixar ele resolver tudo isso sozinho... – Era Despina, trajando sua armadura divina de Altar ela apareceu em um dos limites do templo e ficou observando o lugar – Vejamos... Krisaor, Cavalo Marinho e Scylla foram derrotados... Então meu irmão deve estar cego de orgulho por ter previsto tudo certo e está indo enfrentar Sirene... Vou aproveitar isso e ir encontrar Poseidon, se eu acordar ele a tempo, vou poupar trabalho e deixo aquele chato agradecer por eu ter vindo... Mas vou precisar de ajuda... – Despina ficou chutando algumas pedras enquanto tentava lembrar o nome da pessoa que ela sabia que a ajudaria a alcançar o templo principal de seu pai, até que – Lembrei! Tétis! Tétis, estou ordenando que apareça!

— Quem ousa invocar Tétis, a lendária sereia?! – Tétis surgiu com a face irritada por ter sido importunada enquanto penteava seus cabelos e olhava os corais crescendo, mas sua expressão mudou ao ver o rosto de quem a chamava, não demorou a se ajoelhar diante de Despina – Minha Princesa?! O que faz aqui vestindo essa... Armadura de Athena?!

— É uma longa história... Aparentemente eu e meu irmão só precisamos ir passar um tempo com Athena que nosso pai é cegado por algum farsante...

— Farsante?! – Tétis estava confusa, confiava imensamente em seus superiores.

— Um dos generais marinas despertou parcialmente meu pai e está manipulando o lado humano pra proveito próprio...

— Isso é impossível, o imperador Poseidon jamais...

— Não vá se cegar pelo amor que tem por meu pai... – Despina interrompeu a serva de seu pai – O Poseidon em si jamais seria enganado, é claro, mas tendo sido desperto apenas parcialmente ele não consegue distinguir um verdadeiro general leal de um farsante... Ainda mais sendo forçado a habitar em um pateta egocêntrico, como esse Julian Solo...

— Bem... Minha senhorita...

— Já chega, Tétis... Me leve até meu pai pra que eu finalmente acabe com essa bagunça, assim quando terminarmos eu poderei te dar alguma ajuda com meu pai... Aposto que uma mulher leal como você o faria bem mais feliz do que minha detestável genitora...

— Sim senhora! – Tétis se levantou e se colocou ao lado da deusa, com um sorriso incontrolável.

— Fica bem mais bela quando sorrindo, agora vamos indo!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem e até a segunda parte!



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