Alguém abriu a porta, era a mãe dela.

Eduarda: -Ceci!- Quando ela disse isso, nos afastamos rapidamente temendo que ela tivesse visto algo.

Maria Cecília: -Oi mãe.- A Maria Cecília disse totalmente sem jeito, mas ficou aliviada por sua mãe não ter percebido nada.

Eduarda: -Preciso conversar com você filha. Com licença...

Tobias: -Tobias.

Eduarda: -Que seja. Vai indo para o Café, vai.

Tobias: -Está bem. Com licença.- Disse me retirando dali e indo para o elevador.

POV Maria Cecília

Maria Cecília: -Senta ai mãe e fala o que a senhora quer.

Eduarda: -Então filha, não falou mais com o Junior?

Maria Cecília: -Não mãe, nós estamos sempre muito ocupados.

Eduarda: -Ai filha, por que você não marca de encontra com ele hoje, sei lá, sair para jantar.

Maria Cecília: -Não posso mãe.

Eduarda: -Por que Ceci?

Maria Cecília: -É porque... porque temos uma reunião depois do expediente com o Dr. José Ricardo, ai como vou ficar até mais tarde aqui no café vou estar muito cansada a noite, só vou querer chegar em casa e descansar. Quem sabe outro dia?

Eduarda: -Está bem então. Já vou indo nessa filha, beijinhos.

Maria Cecília: -Tchau mãe.

Acho que consegui enganar ela, não posso ir nas conversas dela de ficar pedindo para o Junior sair comigo, eu sei muito bem que ele está namorando e também dele só quero a amizade, não consigo sentir nada além disso. Vou ter que pensar o que eu faço hoje no final da tarde. Fiquei na minha sala pensando o que faria.

POV Carol

Estava atendendo uma mesa e quando segui para o balcão para pegar o pedido da cliente o Tobias me chamou.

Tobias: -Carol.

Carol: -O que foi Tobias? Aconteceu alguma coisa?

Tobias: -Não sei te dizer, mas a secretária do Dr. José Ricardo me ligou e disse que o Doutor exige sua presença na sala dele, imediatamente.- Quando ele disse isso, senti um mal estar. O que será que o Dr. José Ricardo queria comigo? Meus pensamentos voaram para aquele almoço no domingo em sua casa.

Então segui suas ordens e fui até a sua sala. Me aproximei da porta, criei coragem e bati.

Carol: -Com licença Dr. José Ricardo.

José Ricardo: -Entre, Carolina.- Ele disse com uma voz séria. -Sente-se.

Carol: -O que o senhor gostaria?

José Ricardo: -Não sei se será preciso refrescar sua memória, mas lembra-se de domingo?

Carol: -Claro, como não lembrar.- Disse com um pouco de desgosto na voz.

José Ricardo: -Então aquele assunto de você com o meu filho. Disse que se vocês continuassem com isso, teria que tomar grandes providências.

Carol: -Claro, mas sabe que nunca vou deixar o seu filho, nós nos amamos.

José Ricardo: -Cale-se. Então você vai ter que arcar com as consequências.

Carol: -Como assim?

José Ricardo: -Você está demitida.

Carol: -Como? O Senhor não pode fazer isso, eu não fiz nada de errado. Eu preciso desse emprego, tenho que ajudar com as contas em casa.- Disse com muita raiva e com lágrimas escorrendo por minha face.

José Ricardo: -Posso sim, eu sou o dono disso tudo. E se quiser seu emprego de volta, é só se afastar do Junior que o terá.

Carol: -Nunca vou fazer isso.- Disse saindo da sala com muita raiva e chorando muito.

Quando estava saindo com a cabeça baixa , me bati em alguém.

Junior: -Oi Carol. O que está fazendo aqui?- Não respondi só fiquei com a cabeça baixa e chorando, então ele pegou em meu queixo e me fez olhar para ele. -O que aconteceu? Por que você está chorando?

Carol: -O seu pai Junior.

Junior: -O que ele fez agora?

Carol: -Disse para que eu me afastasse de você, mas eu recusei e então ele me demitiu.

Junior: -Ele não pode ter feito isso. Deixa que eu resolvo isso agora.

Carol: -Não Junior. Não vamos piorar as coisas, deixa isso para lá. Só me leva daqui por favor.

Junior: -Tudo bem, só deixo isso porque você me pediu. Vamos te levo em casa.- Ele disse me abraçando, sem se importar com que estava perto e então fomos para minha casa.

~Continua...