Anything Can Happen – 2ª Temporada escrita por monirubi2009


Capítulo 37
Capítulo 37 – Mais alguma coisa do passado de Robert


Notas iniciais do capítulo

Sei que já era pra mim ter postado mas não consegui. Mas aqui está mais um capítulo. Já vou avisando que é um pouco longo e não muito bonito. Mas não me matem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401430/chapter/37

Mais um dia surge fazendo com que várias pessoas acordassem.

Annie acorda indisposta mas sabia que não poderia e nem queria ficar na cama. Ela entra no banheiro já passando mal. Sheldon a observa e fica preocupado.

 

— O que está acontecendo com você? E sim estou preocupado. – fala Sheldon encarando Annie.

— Eu ainda não sei está bem? – diz Annie suspirando.

— E quando você vai saber? Já procurou um médico? – pergunta Sheldon.

— Daqui uns dias. Já procurei sim não se preocupe. – fala Annie.

— Está bem. Mas assim que souber me conta. – fala Sheldon.

 

Com isso eles se preparam para irem trabalhar.

Ellie e Don iriam até a casa em que Robert cresceu com o pai e a madrasta.

Assim que chegam Don e Ellie percebem que a casa estava fechada já tinha muito tempo. O mato crescera de um jeito que uma cobria a casa quase que a escondendo.

Um homem observa da casa ao lado.

 

— Se estão procurando alguém nesta casa não irão encontrar. – grita o homem.

 

Don e Ellie se aproximam do homem.

 

— Por acaso o senhor conhecia as pessoas que moravam na casa? – pergunta Don.

— Porque querem saber? – pergunta o homem arredio.

— Somos os detetives Flack e Saridova. Estamos investigando um caso em que alguém que morou nessa casa está envolvido. – fala Don.

 

Após os distintivos o homem convida Don e Ellie para entrar.

 

— Me chamem de Erick. Sim eu conhecia as pessoas que moraram naquela casa. Afinal éramos vizinhos de parede. Mas em que o Robert se meteu dessa vez? – diz Erick – Querem beber alguma coisa?

— Está bem. Com o senhor sabe que é o Robert? Nada, obrigada. – fala Ellie encarando Erick.

— Ah então acertei. Bem James, o pai e Annabela, a madrasta já morreram a alguns anos deixando o Robert como o causador de encrenca. Está bem. – fala Erick indo até um dos armários.

— Bem acho que o senhor já ouviu falar do caso que chamaram de traição? – pergunta Don – Não precisa servir nada estou bem.

— Ah sim já ouvi sim. Todos aqui no bairro estão comentando. Está bem. Eu fui na verdade pegar isso aqui. – fala Erick entregando umas fotos para Ellie e Don.

— Bem o suspeito é o Robert. Até meu sobrinho e filhos de amigos já tiveram um encontro com ele vendo o que ele fazia com as vítimas. – fala Ellie suspirando.

— Então é ele mesmo? Bem que eu percebi algo de parecido. – fala Erick sentando-se.

— Hum antes de continuar. Senhor Erick aonde fica o banheiro? – fala Ellie rapidamente.

— Fica no corredor, primeiro porta à direita. – fala Erick apontando para o corredor.

 

Sem esperar mais Ellie sai correndo. Erick fica sem entender o que estava acontecendo.

 

— O que aconteceu? – pergunta Erick.

— Ela está grávida e às vezes tem enjoos. Mas o que você sabe sobre a família do Robert? – fala Don.

— Ah sim. Está explicado. E o pai o que acha? Coisas que eu vi e ouvi, mas não é nada bom ou feliz. – fala Erick sorrindo.

— Voltei. – fala Ellie sentando-se.

— O pai sou eu e estou muito feliz. Como assim? – diz Don encarando Erick.

— Do que vocês falando? – pergunta Ellie confusa.

— Eu perguntei o motivo de você sair correndo para o meu banheiro, detetive. Mas teve dois motivos. Curiosidade e uma "tentativa" de ver alguém feliz com um filho ou filha como eu fui. – fala Erick sorrindo.

— Ah sim. São gêmeos só ainda não sabemos o sexo. – fala Ellie sorrindo.

— Que bom. – fala Erick tristemente.

 

Ellie e Don não entendem a tristeza repentina do senhor Erick.

 

— O que foi? Aconteceu alguma coisa? – pergunta Ellie preocupada.

— Gêmeos. Essas lembranças estão voltando novamente. – fala Erick suspirando tristemente.

— Quais lembranças? – pergunta Don confuso.

— Lembranças sobre Robert. E elas não são boas. – fala Erick encarando as próprias mãos.

— Nós queremos saber. Queremos tentar conhece-lo antes dos assassinatos. – fala Ellie encarando Erick.

— Está bem. Mas não diga que eu não avisei falando que não vai ser boa coisa. – fala Erick se levantando e pegando um álbum de fotografias.

 

Ellie e Don observam ele ir para a sala da casa. Erick abanana a mão chamando Ellie e Don que se encaminham até a sala e sentam-se no sofá em frente a Erick.

Erick então coloca o álbum encima da mesinha no meio da sala entre os sofás.

 

— Vamos começar do começo. Estes são o antigo donos antes de James comprar a casa. O filho do casal Grace era autista, mas também tinha bronquite asmática e algumas outras doenças respiratória. Gabriel Grace se dava bem com os vizinhos mas ele e a família precisaram se mudar por causa do trabalho do pai e da mãe. Que eram médicos e haviam sido transferidos para um hospital na Inglaterra. – fala Erick sorrindo para a foto.

— Deve ter sido bem difícil para o Gabriel. – fala Ellie encarando a foto.

— Você não sabe o quanto. Assim que mudaram, Amélia Grace, me ligou me contando que estava sendo bem difícil para o Gabriel as novidades. – fala Erick.

— Ah eu sei sim como é isso. Tenho um sobrinho de 14 anos que mora comigo que tem autismo e problemas respiratórios principalmente no inverno. Nós nos mudamos para Nova Iorque vindo de Seattle. – fala Ellie sorrindo.

— Então você sabe como é. Só uma coisa se não for indelicadeza. O seu sobrinho mora com você? Porque? – fala Erick um pouco curioso.

— Não é indelicadeza não. Ele mora comigo porque a minha irmã, mãe dele, morreu no atentando de 11 de setembro quando Dominic tinha 3 anos. O pai dele não liga e nem gosta dele desde que nasceu então por isso o juiz me deu a guarda dele. A tia dele, irmã do pai dele, tem um restaurante aqui em Nova Iorque daí ela me ajuda com o Dominic também. – fala Ellie sorrindo.

 

Erick fica sem acreditar. Como ele tem filhos e os ama não entende como um pai não liga para o próprio. Erick vir a página do álbum e um casal aparece de um lado e do outro era o mesmo casal mas a mulher carregava um bebê nos braços.

 

— Entendo. Que bom que você ficou com ele. – fala Erick sorrindo – Mas continuando assim que eles partiram a casa foi colocada à venda. Várias pessoas se interessaram mas somente um casal fechou negócio comprando a casa. James Hommet e Sarah Francis. Eles sorriam. Me lembro como se fosse ontem. No começo era só sorrisos, palavras bonitas e apaixonadas, tudo que um casal apaixonado faria. Dois anos depois Sarah chegou pra mim dizendo que estava grávida. Era para ser uma felicidade mas havia tristeza no olhar dela. Ela morria de medo da reação do James quando soubesse. Eu dissera a ela que qualquer coisa eu estava à disposição para ajudar. Me lembro da reação do James, não fora nada boa. Ele começou a xingar e a querer bater nela. Ele dissera a ela que era melhor que fosse um menino. Eu mesmo não acreditava no que estava presenciando. – fala Erick suspirando pesadamente.

— Eu não sabia disso. Conhecemos Sarah a alguns dias atrás mas ela não nos disse sobre isso. – fala Don.

— Ela não falaria. Se eu não ouvisse e visse do meu quarto no segundo andar eu nunca saberia de tudo o que aconteceu. Mas isso não foi o pior. Assim que o Robert nasceu James começou a chegar tarde, muito tarde do serviço. No começo tanto Sarah quanto eu achava que ele estava fazendo horas extras. Mas o que James não sabia era que um dos meus filhos, Ernest Fandolle Laccan, era o dono da empresa em que ele trabalhava. Então um dia do nada eu cheguei lá para ver meu filho e eu perguntei para Ernest se o empregado dele James Hommet estava fazendo horas extras. Ele me disse que não. O James estava mentindo descaradamente para Sarah. Meu filho me contou que um dia uma mulher bem bonita aparecera na empresa procurando por James. Ernest sabia que aquela não era a esposa de James. Mas quando Robert fez 2 anos as coisas entre James e Sarah não estavam nada bem, tudo estava indo de mal a pior. Eu ouvia os palavrões e às vezes do meu quarto que dá para o quintal da casa eu presenciava os tapas, chutes, todo o tipo de violência e agressividade de James contra Sarah. Além do sexo forçado em que Robert ás vezes assistia tudo sem entender o que estava acontecendo entre os pais. Era horrível, desumano. Mas certo dia eu estava no meu quarto quando ouvi Sarah gritar com James para ele deixar o Robert em paz. – fala Erick encarando as fotos.

 

Ellie e Don não conseguiam acreditar. Era muita coisa.

 

— Posso continuar ou vocês querem que eu pare? – pergunta Erick virando novamente a página do álbum.

— Eu gostaria de saber mais mas eu estou com fome. Então vou ter que ir... – fala Ellie.

— Só um segundo. – fala Erick levantando e indo para a cozinha – Venham comigo.

 

Ellie e Don se levantam. Don pega o álbum. Então Ellie e Don vão para a cozinha.

 

— Senhor Erick o que o senhor está fazendo? – pergunta Don.

— Meus filhos me deram essa comida de presente mas eu sou sozinho e não vou conseguir tudo isso. Por isso vou dividir. Ah e não digam não. – fala Erick esquentando a comida e preparando algum suco.

 

Don e Ellie se entreolham e sorriem para o senhor Erick. Don coloca o álbum sobre a mesa.

 

— Deixa que eu ajudo. – fala Don indo ajudar Erick.

 

— Gosto de conversar mesmo que seja algo como a vida de Robert e seu família. – fala Erick sentando-se a mesa.

 

Don logo se junta a eles. Erick faz questão que Ellie e Don o acompanhem a comer. Um sorriso brota no rosto de Erick.

 

— Vou continuar. Quando Robert fez 8 anos teve uma pequena festinha e eu fora convidado. A mulher que o meu filho havia comentado aparecera na festa para desespero de Sarah. Ela já sabia da traição de James, mas nunca imaginaria que a tal amante iria na festa mesmo com ela por lá. Na festa sempre que dava Annabela tentava alguma coisa com James que era cortada. Mas às coisas iriam piorar e desbancar de vez logo após a festa. James direcionara toda raiva, frustação, etc. contra a pobre Sarah que não conseguia se defender. Um dia James até tentou me agredir mas não conseguiu. Sarah havia ido embora com o pequeno Robert para outra casa mas eu e ela mantemos contado. Foi um dia ensolarado quando ela me ligara falando que James pedira o divórcio mas ela não sabia o que fazer. Eu disse para ela fazer o que o coração e a razão falavam. Ela assinara o papel do divórcio. Ela finalmente estava livre do James. – fala Erick encarando o prato.

 

— Nossa ela só resumiu para nós mas agora estamos sabendo mais e de outro ponto de vista. – fala Ellie.

— Ainda tem mais. Continuando. Depois do divórcio quando Robert estava com 10 anos. Sarah me ligara desesperada dizendo que o James havia feito um pedido para ter a guarda do Robert. Eu fiquei preocupado. Pouco antes James havia se casado com a Annabela. Mas tudo ia piorar porque Sarah havia me ligado novamente, desesperada, falando que o James havia conseguido ter a guarda total do Robert. Agora sim as coisas ficariam piores e sombrias. – fala Erick pegando o álbum e fechando.

— Sabíamos disso. Sobre a guarda. Mas Sarah não sabia o porquê do Robert se distanciar tanto dela. – fala Ellie suspirando.

— Ela não teria como porque ela nunca soube. – fala Erick tristemente.

 

Ellie e Don não entendem mas esperam Erick continuar.

 

— Me lembro quando o Robert chegou. Ele não estava nada feliz pelo contrário olhava com ódio para o pai e a madrasta. Sarah vinha visitar o Robert mas alguém da casa fosse Annabela ou algum empregado ficava de tocaia tomando conta. Desde que o Robert chegara na casa para morar com o James e a Annabela batiam nele mesmo quando Robert não fazia, estava quieto no canto dele. Quando Robert completara 13 anos as coisas pioraram de vez. Os hormônios de Robert estavam a flor da pele e tanto James quanto Annabela mandavam Robert tirar a roupa ficando pelado e sim eles aproveitavam para "excitar" o Robert sexualmente falando. Era proibido Robert falar alguma coisa fosse na escola ou para Sarah. Os empregados não falavam nada porque James os ameaçava constantemente. Os toques em Robert eram constantes. Ele pensara um dia em contar para Sarah mas James ameaçara matar Sarah se ele fizesse. Ele então decidiu mudar ficar mais arredio, agressivo, distante para fazer com que Sarah não viesse mais vê-lo. Mesmo nos dias de hoje Robert se importa com Sarah. Não vou entrar em mais detalhes sobre essa parte da vida do Robert porque não foi bonito. James e Annabela começaram a passar muito mal de saúde até que James falecera. Quando Annabela estava quase morrendo eu ouvi a voz de Robert falando que ele estava se vingando tanto de James quanto dela. E sim Robert matara James e Annabela com um tipo de veneno que eu não sei qual é mas que ele colocava na comida, no suco, bebida e etc. Depois da morte de ambos Robert fugiu indo embora para não sei aonde e nunca mais eu o vi. – fala Erick tristemente – Ele nem sempre foi alguém perverso.

 

Ellie e Don não acreditavam no que ouviram. Era tudo horrível nada bom.

 

— Isso é terrível. Horrível mesmo. – fala Don.

— Então Robert está atacando casais que traem só por causa do que aconteceu entre James e Sarah? – diz Ellie para si mesma sem acreditar.

— Infelizmente sim. Se a vida dele tivesse sido diferente ele seria bem diferente também. – fala Erick.

— Verdade. Mas infelizmente também agora é tarde. – diz Don.

 

Eles conversam mais um pouco. Mas logo Don e Ellie vão embora. Eles teriam que contar o que ouviram para os outros mesmo sabendo que eles vão surtar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aí está. Até o próximo.