Always A Potter escrita por Manu Matos


Capítulo 3
Potter na sonserina?!


Notas iniciais do capítulo

sei que demorei mas não abandonei a historia...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400843/chapter/3

Lena POV

–Lena? - Severo parecia ter tido um ataque. Mas eu também estava um tanto espantada.

Severus Snape. Um de meus melhores amigos, e talvez antiga paixão...

Ele era mais velho que eu e sempre foi o grande inimigo de meu irmão. A inimizade deles era reconhecida por todos, assim como a paixão de meu irmão para Lili, e claro o amor incondicional de Snape por minha cunhada. Quando eu o conheci ele já era apaixonado por ela e, bem, eu não poderia competir com tal devoção.

Quando ele e Lils brigaram, eu havia entendido o por que de ela ter ficado com tanta raiva, mas jamais contei isso a ninguém, eu sou uma Slytherin no final e fazemos o necessário para conseguir o que queríamos. Mas não saiu do jeito que eu queria. Sev se afastou de todos, ou melhor, de qualquer um que não era um comensal da morte. Eu que normalmente ficava com ele e Lili perdi dois amigos de uma só vez.

Foi quando Reg começou a falar comigo, no começo eu estranhei. Ele era o pequeno Lord entre os Sonserinos de seu ano, era o apanhador pela casa, e raramente perdia. E todas as garotas sabiam que ele era um Black o que o fazia ser um ótimo partido, entre os sangues puros. Nós conversávamos a quase três meses quando ele enfim me chamou para sair, eu fui, apesar de um pouco consternada, sabia que meu irmão não ficaria feliz, meus pais não se importariam de verdade, desde que eu estivesse de acordo e sua própria família iria aceitar nosso envolvimento já planejando um futuro casamento.

Voltei ao presente saindo das memórias de quando eu ainda frequentava Hogwarts.

Sev parecia mais velho, desgastado e talvez eu diria assustador. Em seu rosto e vestes eu não podia reconhecer nenhum traço do garoto tímido que um dia tinha entrado na cabine onde eu estava pois as outras estavam cheias. A única coisa que me fazia ter certeza de que eram a mesma pessoa eram seus olhos negros que agora brilhavam com surpresa.

–Severo? - perguntei novamente para me assegurar que não era uma peça de minha cabeça.

–Dumbledore o que você fez? - ele parecia nervoso, quase com raiva. Eu não entendi.

–O que quer dizer? - perguntou o velho. Eu fiquei observando, mesmo estando louca para dizer e perguntar muitas coisas, o modo mais esperto de descobrir algo era observando o modo como os dois interagiam.

–Ela... Lena está morta! - por muitos anos eu soube esconder qualquer reação indesejada, nunca mostrei surpresa nem nada do tipo. Mas nesse momento não segurei o espanto e o pequeno, mais audível engasgo.

–Eu sei que é o que você, Sirius e até mesmo eu acreditávamos. Mas ela está viva. - era obvio que eu estava viva, o que eles queriam me dizer, olhei para mim mesma, em um modo de comprovar que eu tinha um corpo, e não era um fantasma, não queria ser como o barão sangrento.

–Do que estão falando? - minha paciência se esgotou, nunca tive muito, minha mãe, que tinha sido uma sonserina muitas vezes implicou que eu era impulsiva como um leão.

–Cala a boca. - rugiu* Severo. - Você está morta.

–Olha aqui seu... prepotente. Eu sou Selena Potter Black, você não é ninguém para me dizer o que fazer! - ele parou por um momento me avaliando, e para minha surpresa uma única lágrima escorreu por seus olhos, com reconhecimento. Sempre que ele me mandava fazer algo, na minha adolescência eu lhe respondia assim. Nunca consegui chegá-lo, pois eu pareceria com o meu irmão, única coisa que eu não queria.

–Lena? - ele perguntou em um fio de voz.

–Quem mais? Merlin? - lhe dei um sorriso e para minha surpresa ele me abraçou. Não esperava por isso, nós não éramos de demonstração de afeto.

De onde eu estava eu via que Dumbledore nos olhava com um sorriso no lábio.

–É realmente você! - ele me ergueu por um segundo. - Eu achei que estava morta. - Eu não queria estragar esse momento, mas eu me segurava para não perguntar o que estava havendo. Um tempo depois, nós ainda nos mentíamos em silêncio, Severo e eu nos separamos, eu me sentei na cama, e resolvi perguntar, mesmo temendo não gostar das respostas.

–Por que você pensou que eu estava morta? - perguntei olhando em seus olhos, parecia que Severo tinha envelhecido uma década, literalmente.

–Eu não sei te responder isso. - ele olhou para baixo, já o tinha visto fazer isso muitas vezes, mais dessa vez eu não deixaria passar.

–Dumbledore? - perguntei, sem jamais tirar os olhos do meu melhor amigo, que evitava que tivéssemos qualquer contato visual.

–Muitas coisas ocorreram. - ele me olhava pensativo, parecendo mais velho também. Foi quando me perguntei, quanto tempo eu fiquei... dormindo?

–Em que dia estamos? - perguntei tremendo de medo, só esperava que ainda estivéssemos no mesmo ano...

–20 de agosto... -suspirei, não foi tanto tempo, ainda estamos em 1981... - de 1994. - eu sabia que estava sendo observa, mas isso não me impediu de perder os sentidos...

Severus POV

Eu ainda olhava aquela face, que estava a cada momento mais pálida...

Selena Potter...

Eu lembrava de todos os momentos onde ela estava comigo, a amizade forte que tínhamos. Mesmo ela sendo uma Potter e eu odiar seu irmão mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Até mesmo que meu pai.

Desde o momento em que eu vi na seleção que mais uma Potter tinha vindo par Hogwarts, imaginava a mimada que ela seria, ou talvez o quão boazinha ela devesse ser... Uma grifinória sem duvida. Mas para a surpresa de todos, ela foi uma Potter na sonserina. E o olhar que ela mandou para o irmão, foi impagável, no mesmo ano o irmão de Black, tinha se juntado a casa de verde, nenhuma surpresa aí, ele era o novo príncipe da sonserina.

E Lena, como poucos a chamavam, era a excluída, assim como ele, que era meio sangue, uma Potter nunca seria bem quista lá. A cada dia os insultos a ela eram enormes, e como uma boa sonserina ela nunca fez nada que pudessem lhe culpar, mas Potter e seus amigos, ao verem isso uma vez, foram atrás de retaliação. Tão grifinórios...

Isso só piorou as coisas para o lado dela, ser defendida por alguém do lado inimigo...

Foi a primeira vez que eu a ouvi falar...

Os insultos foram cada vez pior, e ela ia demonstrando seus conhecimentos ao se desfazer de cada maldição, que lhe lançavam... Em um ultimo minuto ela lançou o que parecia ser um petrificus totalis, e cada sonserino que tinha falado com ela, antes de dizer algo, que a fez ser respeitada como uma verdadeira pertencente a casa das cobras.

–Vocês podem insultar meu nome, e a casa da qual os Potters descendem, por que nós sim temos o sangue de um fundador de Hogwarts, e do outro lado eu sou uma Black, vocês podem dizer o mesmo? - ela se virou para a porta e depois parou. - Não se esqueçam, vocês são a ralé! - depois foi embora, os deixando petrificados na sala.

Quando contei para Lils, ela me disse que a garota não tinha nada do irmão, não pude discordar. Foi quando ela comentou que iria falar com a garota, e perguntou se eu não queria ir junto. No primeiro momento me neguei, não precisava ser humilhado pela irmã mais nova do Potter.

Foi quando eu as vi conversando, Lena não parecia muito feliz com a grifinória em seu pé, eu a entendia, não precisava voltar a ter sua inimizade com o pessoal da Sonserina, não agora que ela tinha seu respeito. Mas como eu sempre buscava a felicidade de Lils, e a queria o mais longe possível do pessoal da grifinoria, eu fui até elas, foi estranho, no começo pelo menos, eu nunca tinha lhe dirigido a palavra, e agora estávamos ali, tentando puxar conversa, era obvio que ela estava curiosa, mesmo sem admitir...

Nem um mês depois de nossa primeira conversa, Lena, eu e Lils, éramos muito unidos, os três com pensamentos parecidos para o grupinho amigo do irmão de Lena, mesmo que ela ainda amasse o irmão. No fim das contas, Lena se tornou a rainha da sonserina...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

não me abandonem e me digam o que acharam.