I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 33
I want you




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POV Ally

 

 – Como foram suas notas Cassidy? – Perguntei a loira assim que saímos da escola, depois de pegarmos nosso boletim.

Amanhã de tarde teríamos a cerimônia de formatura e de noite o baile.

Admito que o meu coração não parava de pular desde ontem, quando Austin havia me convidado.

 

FLASHBACK ON

 – Sério, odeio quando você faz surpresas. – Eu apertava minhas mãos agoniadamente entre minhas pernas. A brisa que entrava no carro era um tanto quente devido ao final daquela primavera e não aliviava o calor que eu sentia.

— Mas o amor que você sente por mim passa por cima de qualquer ódio momentâneo, certo? – O loiro colocou a sua mão livre em cima de minha coxa desnuda e fez um carinho gostoso. Segurei sua palma e entrelacei nossos dedos, tentando não demonstrar o rubor que crescia em minhas bochechas com o que ele havia falado. – Eu te amo. – Virei-me e encarei seu perfil de lado, sorrindo.

— Eu também te amo. – Vi seu lábio se curvar e logo voltei a observar a paisagem.

Austin disse que havia preparado um jantar na sua casa e que eu poderia dormir lá se quisesse. O que deixou o meu estômago revirando e minhas pernas bambas.

Eu sabia que como namorado ele tinha certas expectativas... Mas eu tinha medo de não saber cumprir direito.

Minha mãe havia conversado comigo e me dito que se eu realmente o amava, deveria confiar nele e enfrentar minhas ansiedades. A primeira vez seria dolorida, chata e nada como dizem em contos ou filmes. E que eu deveria ser uma garota esperta.

Aus não me pressionava e dizia que, mesmo que se eu só estivesse pronta daqui a cinquenta anos, ele estaria ali ao meu lado. O que fazia com que eu me sentisse segura. E muito amada.

E eu sabia que ele havia apenas me convidado para ficarmos juntinhos. Abraçados. Unidos.

Mas mesmo assim eu me sentia ansiosa.

Chegamos em seu apartamento e quando ele abriu a porta, ao invés de ligar a luz, pegou o seu celular e acionou sua lanterna, ascendendo as velas que estavam em cima da mesa. Vi algumas rosas em cima do balcão e uma caixinha ali. Ele sorriu, e fez um sinal com a cabeça para que eu me aproximasse dali.

Dei passos hesitantes e estendi meu braço, pegando o pequeno estojinho em mãos. Abri-o e vi várias notinhas musicais agrupadas formando um anel. Senti sua respiração ao meu lado e me virei.

— Você sabe que eu sou seu e você é minha. Mas eu quero poder te chamar de namorada, Ally. E o tempo que eu te pedi aquele dia na cachoeira, para pensar e ver se eu realmente tinha capacidade de estar em uma nova relação, passou. Não sei o porquê adiei tanto tempo, mas achei que esse pudesse ser o momento perfeito para provar de que quero estar ao seu lado até você cansar de mim. O anel é mais como uma comprovação de que estou sempre junto a você. Que nem o colar que eu te dei. – Toquei no cordão em meu pescoço e senti a pequena palheta em minhas omoplatas. – Então eu queria saber se você aceita ser...

— Sim! – Gritei, pulando em seus braços entusiasmadamente. Agarrei sua camiseta com força e lhe dei um beijo profundo, cheio de significados e transmitindo o quanto eu o amava.

— Isso também quer dizer que você vai comigo no baile de Sexta? – Revirei meus olhos.

— Nem precisava ter me perguntado.

— Era só para ter certeza mesmo. Não queria ter alugado o smoking para não ter um par. – Sorri, passando meus braços em volta de seu pescoço.

— Eu te amo. – Ele fingiu pensar um instante.

— Quanto?

— Muito. – Seus olhos estavam em brasa.

— Eu te amo. Mais que muito. – Eu ri, puxando-lhe para outro beijo.

Sentamo-nos no sofá, esquecendo o jantar que teríamos e aproveitando os lábios um do outro. Quando eu tomei coragem, sussurrei em meio às carícias em seu pescoço.

— Eu quero você Aus. – Ele gemeu baixinho, atraindo minha atenção para aquele barulhinho gostoso.

— Ally... – Puxou meu queixo. – Você já me tem.

— Não de todo o jeito. Eu... Quero. Estou pronta para ser toda sua. – Seus olhos me encaravam com certa dúvida.

— Você tem certeza?

— Sim.

— Talvez eu vá te machucar um pouco e...

— Eu não me importo Austin. Eu quero estar toda junto de você. – Levantei-me e ele me seguiu, colocando-me em seu colo e levando-me para o seu quarto.

Suas carícias foram maravilhosas.

Seus dedos incríveis.

Seu olhar em mim, penetrante.

A sensação foi desconfortável. Mas a sensação de ter todo ele em mim era indescritível.

 FLASHBACK OFF

 

— Foram ótimas! Estou tão contente! – Ela entrelaçou seu braço no meu. – Nem preciso perguntar para você, certo? Tudo A? – Mostrei a língua para ela. – Você é muito inteligente. Era óbvio que você se sairia bem.

— Você também é.

— Mas não tanto amiga. Não tanto. – Mudei de assunto.

— Você já comprou seu vestido para o baile?

— Há semanas atrás... Por quê?

— Bem... – Sorri sem graça. – Eu pensei que já que você ia ter sua tarde livre, poderia me ajudar.

— Ally! Por que não me disse isso dias atrás? – Ela balançou os cabelos loiros. – Quer saber? Esquece. Vamos agora para o shopping e escolher o vestido mais lindo de lá.

 

 

— Mãe! – Grunhi, sentindo Penny apertar minhas bochechas.

A cerimônia de formatura havia ocorrido bem. Cassidy foi a nossa oradora e discursou tão lindamente que deixou todos os presentes emocionados.

Comemoramos um pouco e as garotas correram para seus cabeleireiros, incluindo eu, que sentou ao lado de Trish e Cass, escutando suas expectativas para a noite.

Cheguei em casa já penteada e bem maquiada. Minha mãe só teve que me ajudar a colocar meu vestido.

Ele era longo e sem mangas, com um zíper atrás, que ajudou muito na situação.

— Minha querida. Você está tão... Tão linda. – Vi seus olhos brilharem e percebi que ela começaria a chorar, por isso tratei de abraça-la. Quando pareceu se acalmar, sussurrou baixinho. – Seu pai sentiria muito ciúme de te ver assim. Mas choraria mais do que eu ao ver sua menininha tão crescida. – Afastei-me e sorri, sentindo meus olhos arderem.

— Ele sempre vai ter um local no meu coração.

— Assim como no meu querida. Para sempre.

Ficamos naquele silêncio confortável, encarando-nos com todo o amor que sentíamos uma pela outra.

Até a campainha tocar.

Dei um pulo assustado e corri para a entrada, escutando a risada alta de minha mãe.

Abri a porta e encarei um smoking muito bonito e bem alinhado a minha frente.

O dono dele sorria para mim como um desejo expresso no olhar.

Eu provavelmente fitava-o da mesma forma.

Austin estava lindo. Aqueles cabelos rebeldes dele estavam arrumados, dando-lhe um ar maduro.

— Você está... Hum... – Ele fingiu pensar. – Completamente Ally.

— Hã? – Franzi o cenho.

— É um adjetivo que ultrapassa a beleza e perfeição. – Sorri com sua fala. – Ally. – Estendeu-me uma flor de pulso e colocou delicadamente em meu braço, sorrindo ao ver que a planta combinava com o meu vestido – ela era de um vermelho muito bonito.

— Obrigado. – Ele piscou, e segurou minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus.

Antes de me puxar em direção ao carro, acenou alegremente para minha mãe, que trazia uma câmera em mãos.

Tirou uma foto nossa, e se despediu dando beijos em nossas bochechas.

— Que horas eu a deixo em casa? – Austin questionou e Penny sorriu.

— A noite é uma criança. Se divirtam. Se protejam. E fiquem bem. – Senti minhas bochechas esquentarem, mas acenei, seguindo Austin para o baile.

 


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