I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 25
The date?


Notas iniciais do capítulo

Novo Capítulo (:

Desculpem pela demora, não tive a intenção de deixá-los tanto tempo na mão... Minhas férias foram um tanto conturbadas e tive zilhões de problemas, deixando-me que por fim, sem tempo para escrever ou postar... Minha criatividade chegou a estaca zero também, contribuindo para eu não escrever e meu computador morreu de vez T-T Mesmo assim, pretendo não abandonar a fic e agradeço minhas leitoras - principalmente a Cynthia, a Garota Invisível, a Girl Rosser e a Rafa (que me mandaram MP's lindos e de incentivo) - que não me abandonaram! Vou tentar postar semanalmente, até por que já reiniciaram minhas aulas...

Espero que curtam!



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POV Ally

Abri meus olhos devagar e percebi que não era mais de noite como eu esperava. Observei a decoração ao meu redor e notei que estava em meu quarto. Tentei buscar resquícios em minha memória de minha chegada e cheguei a uma clara pergunta: como eu vim parar aqui?

Levantei-me, e fui ao banheiro para lavar meu rosto. Olhei-me no espelho e fiquei muito feliz ao notar que ontem eu tinha tirado minha lente, por que senão estaria com os olhos “perfeitamente” vermelhos hoje.

Quando sai do banheiro senti um cheiro muito bom vindo do andar de baixo e corri para ver o que era. Entrei na cozinha e me surpreendi com a imagem que vi.

Uma mulher com os cabelos da mesma cor que os meus, estava em frente ao fogão, fritando bacon e preparando café dentro de seu avental cor de rosa.

– Mãe? – A mesma senhora olhou para trás e sorriu largamente.

– Oi filha. – Lágrimas se formaram instantaneamente em meus olhos e eu corri para abraça-la.

– Mãe! Que saudade! Quando você chegou? – Ela deu-me um aperto forte e em seguida se afastou um pouco de mim, para poder observar meu rosto.

– Cheguei ontem à tarde. Fiquei muito ansiosa em lhe encontrar, mas me decepcionei ao perceber que você não estava em casa. – Senti minhas bochechas esquentando. – Fui até a casa do Elliot buscar informações suas, e o mesmo, depois de ter me abraçado e comentado que estava sentindo muito minha falta, falou que não tinha te visto ontem o dia inteiro. Tentei ligar para o seu celular e o mesmo só caía na caixa postal, então resolvi esperar. Sentei-me no sofá, com uma grande xícara de chá e quando resolvi ir para cama, um garoto loiro entrou carregando você no colo. – Meus olhos se arregalaram um pouco e minha boca abriu-se ligeiramente. – A Trish estava com ele e foi ai que eu me controlei e não tive um ataque cardíaco. A abracei, obviamente, enquanto o menino lhe levava para o quarto. – Ela deu um grande sorriso. – Você tem um sono pesado filha. – Abaixei a cabeça um pouco envergonhada.

– Ele subiu as escadas comigo no colo?

– Sim. E depois desceu todo animado, indo buscar algumas sacolas suas que estavam no carro. Quando acabou de carregar tudo, me cumprimentou sorridente. – Um sorriso surgiu em meu rosto e a mesma pareceu notar. – O nome dele é Austin, certo?

– Sim. Um grande amigo meu.

– Só amigo? – Ela levantou uma de suas modeladas e castanhas sobrancelhas enquanto sorria sorrateiramente.

– Sim mãe.

– Ele é muito simpático e bonito, daria um ótimo namorado para alguma garota sortuda. – Ela piscou e a minha necessidade de sair correndo muito envergonhada foi crescendo. – Eu vou acabar de preparar o café e você pode ir tomar um banho. Depois de termos uma longa conversa sobre seus dias aqui em Miami, podemos pintar as paredes do meu quarto.

– Pintar? – Franzi o cenho com seu possível roteiro.

– Ontem percebi que as paredes do quarto estavam se desgastando, então fui comprar algumas tintas. – Ela deu de ombros e em seguida deu um beijo em minha cabeça. – Agora vai lá filha, lhe esperarei aqui na mesa.

Assenti e sai correndo em direção ao meu quarto. Peguei uma blusa folgada e velha juntamente com uma calça de moletom e entrei correndo no banheiro.

Depois de tomar um bom banho quente, vesti-me e penteei meus cabelos em um coque. Minhas pantufas foram calçadas e enfim fui comer.

Sentei-me com minha mãe e comemos o café tranquilamente enquanto trocávamos comentários sobre nossos dias, juntamente com sorrisos que pareciam estampados em nosso rosto de tamanha alegria por estarmos uma na presença da outra.

Comemos tudo, lavamos a louça e em seguida fomos para o quarto, que já estava com jornais no chão, perto da parede que seria pintada.

Minha mãe ligou o rádio e começamos a fazer nosso trabalho, enquanto eu a ouvia dizer que estava louca para publicar seu novo livro e que suas aventuras na África foram muito divertidas. Sorri com cada comentário seu e percebi ali, como eu tinha a perdido.

Depois que ela acabou, pediu para eu contar como estavam as coisas na escola.

– Estão bem.

– E suas aulas de dança?

– Eu parei de fazer.

– Por que querida? – Ela me encarou com seus brilhantes olhos castanhos e eu não sabia bem como explicar.

– Eu desisti. Acho que acabei ficando sem tempo. – Dei de ombros enquanto encarava o pincel fixamente.

– Tem certeza? – Acenei com a cabeça sem olhar para ela, enquanto o silêncio começava a se instalar. – Já decidiu a faculdade que vai querer fazer?

– Acho que direito ou...

– O quê? – Ela parou, colocou seu rolo de pintura na bandeja e veio até mim. – E o seu sonho de estar no ramo da música?

– Acho que eu tenho que seguir algo mais estável.

– Querida, você tem que fazer o que gosta.

– Mas... – Respirei fundo e lhe encarei. – Não consigo mãe. – Lágrimas invadiram meu campo de visão, fazendo-me enxergar tudo embaçado. – Toda vez que eu toco ou canto algo me lembro de meu pai. – Ela me abraçou com força. = E se acontecer algo de ruim com ele eu nunca mais vou conseguir fazer nada relacionado à música...

– Lembre-se que a música é uma das maravilhosas coisas que vocês dois tem em comum.

– Eu sei, mas acho que eu não consigo.

– Quem disse isso para você? – Ela se afastou um pouco para poder observar meu rosto e limpou as insistentes lágrimas que ainda escapuliam de meus olhos. – Você canta maravilhosamente bem e compõe como ninguém. Aposto que um dia eu vou estar em uma fila para comprar um álbum seu e no outro estarei tentando comprar um ingresso para o show, já que nos primeiros dez minutos eles estarão esgotados. – Sorri com sua fala e ela riu também, mostrando as ruguinhas que ficavam ao lado de seus olhos. – Agora, chega com este assunto, pois você vai fazer faculdade de música, nem que eu tenha que vender a casa entendeu? – Assenti, e ela foi em direção à bandeja, pegando o rodo. – Eu me esqueci de pintar um local.

– Onde?

– Aqui. – Ela pintou minha calça e eu comecei a rir, pegando meus dois pincéis e mergulhando nas latas de tinta, me preparando para pintá-la também.

...oOo...

Depois de nos colorirmos, acabamos de pintar a parede e ficamos deitadas no chão observando nosso trabalho. Quando sentimos a fome começar a tomar força, fomos nos trocar e fazer algo para comermos.

Como eram três da tarde quando estávamos na cozinha, decidimos pedir algo rápido e prático pela tela entrega, e a pizza foi devorada depois de meia hora. Em seguida, nos deitamos no sofá e assistimos a um filme, aconchegadas uma na outra.

Agora estávamos aqui, observando os créditos passarem.

– Foi divertido.

– Foi sim.

– O que você quer fazer agora?

– Eu estava pensando na gente... – O som estridente de meu aparelho telefônico foi ouvido e eu fui até a mesinha busca-lo. Quando vi o visor, sorri com a mensagem que apareceu.

De: Austin

Para: Ally

Às: 05h32min p.m.

Desmarque tudo que você fará as sete. Tenho planos para nós. Planos do tipo que você não saberá ainda.

De: Ally

Para: Austin

Às: 05h35min p.m.

Odeio surpresas, mas acho que posso abrir uma exceção.

De: Austin

Para: Ally

Às: 05h37min p.m.

Que ótimo, ficaria sem graça em saber que você desmarcaria comigo por causa de uma surpresa. Sete horas em ponto estarei em sua porta. (: Ps.: Sim, sou pontual.

De: Ally

Para: Austin

Às: 05h42min p.m.

Tudo bem, combinado. Ps.: Acho que você deveria usar esta pontualidade em aula. Beijinhos Loiro Oxigenado. (:

– Querida? – Minha mãe chamou-me do sofá. – Quem é?

Fui até o sofá com o aparelho telefônico na mão e antes de responder sua pergunta, a tela se iluminou novamente.

De: Austin

Para: Ally

Às: 05h50min p.m.

Achei que estivesse se esquecido do apelido. Ainda bem que me acostumei com ele. Até mais morena das mechas loiras.

– E então? – Ela me olhou com expectativa.

– Era o Austin. – Seu largo sorriso apareceu e eu me arrependi na hora de ter falado a verdade. Eu podia bem ter dito que era a Trish...

– E o que ele queria?

– O loiro me convidou para um passeio.

– Que horas?

– As sete. – Ela olhou no relógio da televisão e em seguida levantou-se, indo em direção as escadas, deixando-me com uma enorme cara de confusão.

– Por que ainda está parada ai? – Ela subiu o primeiro degrau e continuou falando. – Beleza dá trabalho e demora, então vamos querida. Apesar de você já ser linda, temos muito que fazer.

Sorri e a segui, sabendo que a mesma me ajudaria com o que eu precisasse.

...oOo...

Depois de entrarmos em meu quarto, eu fui direto tomar um banho e deixei minha mãe escolhendo minha roupa.

Lavei meus cabelos e em seguida os sequei, escovando-os de leve para dar-lhes uma aparência natural.

Quando sai, apenas de toalha, encontrei minhas vestimentas em cima da cama, ao lado de uma Penny sentada e muito contente. As peguei e voltei ao banheiro.

Coloquei minhas roupas íntimas tentando não me envergonhar com o fato de minha mãe ter escolhido justo o par mais ousado e que combinava de meu guarda roupa.

O short de cintura alta jeans da cor preta caiu perfeitamente em mim, deixando-me com as pernas mais longas. A blusa de mangas compridas listrada das cores branca e cinza era larga, comprida e com um decote um pouco maior do que deveria, mas combinava perfeitamente bem com o short. Coloquei uma sapatilha preta com um pequeno lacinho em cima e sorri com o meu reflexo no espelho.

Passei rímel e delineador destacando meus olhos. O gloss – com gosto de framboesa – foi passado em seguida. Coloquei meu colar de coração e sorri com meu reflexo.

Pensei em prender meus cabelos em um coque, mas como tinha certeza que iríamos de moto, os deixei soltos para não acabar bagunçando-os depois.

Assim que voltei para o quarto, minha mãe levantou-se, colocando uma mecha solta de meu cabelo atrás da orelha e indo conferir o relógio.

– Faltam dois minutos. Tive a liberdade de preparar sua bolsa e aqui está. – Ela pegou a bolsa preta com um gato enorme na frente e me entregou. – Espero que se divirta.

– Obrigada mãe. – Lhe dei um abraço e um beijo, indo em direção às escadas.

Quando escutei a campainha da frente, fui correndo para porta já com o coração na mão, mas quando a abri, me surpreendi com a pessoa que vi.

– Oi Senhorita... Dawson? – O Elliot abriu levemente a boca, enquanto deixava seus olhos se arregalarem um pouquinho. Senti seu olhar sobre minhas pernas e as mexi nervosamente.

– Oi Elliot. Como estás?

– Bem. – Ele piscou algumas vezes e em seguida voltou seu olhar para meu rosto. – Sua mãe estava lhe esperando ontem.

– Eu sei. Mas agora já conversamos e ela sabe o que aconteceu.

– Fiquei preocupado por que também não sabia onde você estava e seu telefone só dava na caixa postal.

– Eu tinha saído com meus amigos e no sítio onde estávamos não tinha sinal. – Um silêncio um tanto constrangedor foi instalado, mas ele tratou logo de cortá-lo.

– E para onde você vai toda arrumada?

– Bem, eu... – Tentei acabar minha fala, mas parei quando vi um Porsche Cayenne na cor preto, estacionando na garagem em frente a minha casa.

Um garoto saiu do banco de motorista e quando seus olhos cor de avelã se encontraram com os meus, um sorriso surgiu em seu rosto. Porém, quando viu o moreno ao meu lado, uma carranca se instalou ali mesmo.

Ele veio até mim e o choque elétrico que eu sentia passou rapidamente em minha espinha deixando-me nervosa e com um enorme frio na barriga.

Sua jaqueta de couro preta combinava com ele e suas roupas. Seus cabelos loiros estavam um pouco mais arrumados, contudo ainda o deixava com uma aparência selvagem.

Quando ele se aproximou ainda mais, o abracei com força, sendo invadida pelo seu cheiro e sentindo seus braços fortes em volta de mim. Senti-me protegida e com uma felicidade absurda dentro de mim.

Só soltei-me dele, quando escutei o Elliot pigarreando atrás de nós.

– Olá Elliot. – O loiro o cumprimentou enquanto colocava uma mão em volta de minha cintura.

– Olá Austin. – O moreno retribuiu. – Vão sair?

– Para onde mais iríamos assim tão arrumados? – O loiro retribuiu, arqueando uma de suas sobrancelhas desafiadoramente.

– Era uma pergunta retórica já que eu tinha percebido assim que você desceu do carro. – Olhei para baixo enquanto os dois se encaravam e me senti em meio a um campo de batalha.

– Então... Vamos indo? – Olhei para o Austin que assentiu. – Tchau Elliot. – Aproximei-me do moreno e lhe dei um beijo estalado na bochecha, o deixando sem reação e sentindo os olhares de um loiro quase furioso. – Depois dê um oi para minha mãe, ela sente saudades suas também. – Pisquei para ele e fui em direção ao loiro, que novamente colocou uma de suas mãos possessivamente em mim, desta vez em minhas costas.

O mesmo abriu a porta do passageiro para mim e eu entrei, sentando e colocando o cinto. Ele entrou em seguida, ligando o carro e dando a partida.

– O que ele queria? – O loiro perguntou-me depois de dois longos minutos em silêncio.

– Só dizer que estava preocupado. Minha mãe chegou ontem em casa e foi correndo procurar informações minhas em sua casa.

– Eu a conheci ontem à noite. Você é igual a ela, só que mais nova. – Sorri com seu comentário.

– Então... Para onde estamos indo em um Domingo à noite? – Um grande sorriso apareceu em seu rosto.

– Preocupada com a aula amanhã?

– Claro que sim, sou a nerd lembra? – Sua risada deixou minha pulsação acelerada. – E você está mudando de assunto. Para onde vamos?

– Para um local que tenho certeza que você vai gostar. – Revirei os olhos e mantive-me inquieta.

– Posso ao menos ligar o rádio?

– Claro que pode. – Sorri para ele e coloquei em uma estação de rádio que estava dando “You cold be happy” do Snow Patrol.

Não soube bem em que parte da música, mas no final dela já estávamos cantando bem alto, com sorrisos bobos no rosto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Mandem reviews do que acharam (: Ah, e se quiserem me mandar um texto me xingando pela demora podem mandar ok? Acho que eu mereço... Espero que me compreendam... Até a próxima!


XOXO