I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 22
Almost


Notas iniciais do capítulo

Novo Capítulo (:

Eu não consegui pegar emprestado o note do meu tio ontem, mas hoje ele me emprestou (: Dai eu estou aqui, postando um novo capítulo YAY Acho que este foi um dos capítulos mais gostosos que eu já escrevi então espero que vocês aproveitem (: Comentários perfeitos vindo de pessoas perfeitas! Obrigada pessoal, vocês aumentando minha alegria a cada dia! ♥

Espero que curtam :3



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POV Ally

Acordamos lá pelas seis horas da manhã e fomos nos arrumar. Peguei uma das sacolas que a Cassidy trouxe para mim e achei um shorts branco com a parte de baixo repicada, e salpicado de azul, e uma blusa branca de tecido fino e leve, porém comprida que chegava a cobrir o shorts e continha a frase “Bitchs, I’m awesome!”. Achei engraçada a expressão, e os peguei juntamente com o biquíni, correndo para o banheiro no corredor (já que a Cassy estava usando o do quarto, pois a Trish ainda estava em um estado sonolento, quase como uma sonâmbula). Tomei um banho rápido sem molhar os cabelos e os penteando em seguida, escovei os dentes e coloquei a roupa.

Entrei no quarto novamente, peguei uma sapatilha branca de uma outra sacola, minha mochila e me dirigi ao andar de baixo, porém, antes de eu sair, a loira me puxou novamente para dentro e me fez passar um rímel a prova d’água que eu relutantemente aceitei.

A Trish, agora um pouco mais desperta, estava se arrumando e eu a avisei que iria preparar algo para comermos. Ela sorriu e disse que a cozinha estava livre.

Desci as escadas e preparei ovos mexidos. Os coloquei em três pratos e depois arrumei suco de laranja em copos. Comecei a comer e, em seguida, elas apareceram, devorando seus pratos.

A roupa da Cassidy (um biquíni rosa claro, apenas coberto pelos seus shorts branco e uma blusa totalmente transparente) e da Trish (um maio retro preto com bolinhas brancas, cobertos por um vestido de alcinhas preto) eram lindas e as mesmas sempre estavam na moda. Eu que era a meio desligada do grupo... Agora não sou mais! Sorri com isso.

Acabamos o café e quando estávamos arrumando toda a louça na pia, escutamos buzinas do lado de fora. Pegamos nossas coisas e saímos.

Os garotos estavam subindo os degraus da varanda quando nos viram, e de todos, o Austin parecia o mais surpreso.

– Meu gato! – A Trish correu para os braços do Dez, o sufocando completamente com um mega abraço, depois virou para nós e completou. – E ai? Gostaram da nossa criação? – Ela apontou para mim e deu uma piscadinha, em direção ao Austin, deixando-me completamente constrangida.

– Nossa Ally, você está parecendo uma garota! – O Dez recebeu olhares repreensivos, e então completou. – Uma garota muito bonita! – Ele sorriu meio sem graça e nós começamos a rir.

– Concordo, você está linda! – O Dallas sorriu e a Cassidy se aproximou dele, fazendo biquinho.

– E eu? Não estou? – O moreno botou as mãos na cintura dela e sussurrou algo em seu ouvido que eu não consegui escutar, mas que gerou um enorme entusiasmo na loira, pois ela o beijou calorosamente em seguida. Esses dois e seus hormônios...

– Você está linda Ally. – O Aus se aproximou de mim sorrindo e colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha. Eu esperava algum elogio a mais dele, mas o seu "Você está linda" já me deixou com as borboletas voando totalmente em meu estômago. Malditas borboletas...

– E você não está nada mal loiro oxigenado. – Eu não sabia ao certo o que falar, então de meus lábios saiu aquilo. Ele deve ter achado engraçado, pois fez uma pose que me fez rir.

– Por favor, eu sou gostoso, sempre estou bem. – Ele sorriu glorioso e eu concordei mentalmente. Sua regata mostrava seus músculos definidos e sua bermuda preta caia muito bem nele. Contudo, para eu não aumentar o seu ego, apenas revirei os olhos e o chamei de bobão.

– Parece que estamos de vela. – Eu olhei para os dois casais a nossa volta e acenei em concordância.

– Pois é. – Dei de ombros e ele pigarreou um tanto alto, fazendo os quatro voltarem sua atenção a nós.

– Ah... – O Dez coçou a nuca como se estivesse aliviando seu constrangimento ali. – Eu vim com a caminhonete e o Dallas veio com o seu carro. Na ida o Austin e a Ally vem com a gente e na volta vão com o Dallas e a Cassidy.

– Por mim não tem problema. – O Austin me olhou e eu acenei concordando.

– Então vamos lá! – O moreno e a loira foram para o seu automóvel e nós nos dirigimos para o nosso. Segui o loiro para a traseira da caminhonete e ele me ajudou a subir. Sentamo-nos perto das mochilas e dos outros apetrechos que eles trouxeram e em seguida o ruivo deu a partida.

– Aonde vamos? – Eu perguntei ao loiro, tentando saciar minha curiosidade, enquanto pegava meu ipod e um livro de dentro da mochila.

– A um lugar bem legal. – Ele sorriu não respondendo claramente a minha pergunta.

– Não pode me dar nenhuma pista? – O mesmo botou a mão no queixo fingindo pensar.

– Lá tem bastante água e muitas árvores.

– Essa dica foi esclarecedora. – Revirei os olhos procurando uma playlist específica.

– A Ally usando sarcasmo comigo? E ainda usando uma blusa totalmente não careta? – Ele fez uma cara de espanto, porém seu sorriso não saia de seus olhos. – Quem é você e o que fez com a Allyson?

– Vai para aquele lugar Austin.

– Onde? – Seu sorriso aumentou e eu praguejei baixinho.

– Tchau Austin. – Coloquei meus fones de ouvido um pouco depois de escutar suas gargalhadas e desisti de achar a playlist, botando as músicas no aleatório e abrindo meu livro na página que estava marcada.

“Extraordinário” é um livro tão bom que eu fiquei, basicamente, hipnotizada o lendo, que nem percebi a cabeça de um certo garoto loiro apoiada em meu pescoço e, quando notei, senti sua respiração contínua perto de minha orelha. Tirei meus fones de ouvido e o olhei.

– O que você quer Aus?

– Sobre o que conta a história que você está lendo?

– É sobre um garoto que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias, por isso, durante um bom tempo de sua vida, ele nunca foi à escola. Só que a mãe dele decidi o colocar em um colégio para ele poder fazer seu quinto ano, e o livro vai caracterizando sua trajetória. Mas é bem complicado porque as pessoas não se conformam com o diferente. Elas não buscam saber como você é realmente, apenas o definem pela sua aparência.

– Por isso que eu gosto do Halloween.

– O Auggie, o garotinho, também gostava. Assim ninguém ficava o encarando e buscava saber como ele era realmente, antes de tirarem as máscaras. – Suspirei, pensando em algumas coisas. – Acho que, em uma sociedade problemática a que vivemos, ninguém consegue ser quem é, por que sempre vai ter alguém criticando ou julgando. Todos sempre querem um pouco de atenção, ou até mesmo compreensão, mas só as pessoas que já que vivenciaram as mesmas situações, ou semelhantes, vão conseguir lhe compreender.

– Mas existem raras pessoas no mundo que, por incrível que pareça, conseguem ter uma grande empatia, e por fim lhe compreendem como ninguém.

– Isso também. – Encarei o loiro sorridente. – Filosofando?

– Claro. – Ele deu de ombros e arrumou seu cabelo. – O livro parece ser meio triste.

– Não parece, ele é totalmente triste e lindo ao mesmo tempo! Eu é que estou me segurando para não chorar aqui.

– Posso dar uma olhada?

– Claro... – Minha expressão demonstrou surpresa a tal reação do loiro e eu lhe estendi o livro devagar, mas o mesmo não notou, tanto que, abriu o livro na primeira página e começou a ler.

Esperei um bom tempo (umas quinze músicas para ser mais exata, no caso, quase uma hora) e o Austin ainda não tinha me devolvido o livro, então resolvi aproveitar a paisagem.

O céu estava começando a ficar mais amarelado por causa dos raios solares, mas ainda estava em um tom alaranjado. Os pássaros que voavam ao longe davam a impressão de que eu estava observando uma paisagem de filme e eu fiquei sorrindo como boba. Estávamos na estrada e várias árvores nos rodeavam. Meu mero momento catatônico foi interrompido, pois escutei fungadas ao meu lado.

– Aus? Já não está na hora de... Austin? – Cai na gargalhada no mesmo instante em que vi as lágrimas caindo de seus olhos. – Você está chorando?

– Ei! Eu não estou chorando! – Ele fechou o livro e limpou as lágrimas rapidamente. – É suor.

– É suor saindo de seu aparelho lacrimal? Claro! – Continuei rindo, porém recebi um olhar malvado dele e parei devagar de rir.

– Agora você vai ter um motivo para rir.

– Como as... – Não consegui acabar de falar, pois comecei a sentir suas mãos fazendo cócegas em mim. – NÃO!

– Você tem cócegas Ally? – Ri sem parar, tentando me afastar, mas o mesmo continuou. – Bom saber.

– Para! Por favor!

– Repita comigo: O Austin...

– O... O... Austin... – Minha falta de ar fez a frase sair entrecortada.

– É lindo e maravilhoso...

– É lindo e maravilhoso...

– E ele não estava chorando...

– E ele... E ele estava sim chorando.

– Ah é? – Sua ameaça foi cortada, pois a caminhonete parou no mesmo instante.

– Ei casal – a Trish chamou nossa atenção, já com o Dez ao seu lado – vamos abastecer e pegar alguns lanchinhos. Vocês querem algo?

– Eu quero um café e algo salgado. – O loiro respondeu, voltando ao seu lugar normalmente como se nada tivesse acontecido.

– E eu quero um cappuccino e algum bolinho. – Os dois assentiram e entraram na loja de conveniências.

– Isso não acabou, entendeu? – Respondi a ele totalmente sorridente:

– Você que pensa.

Alguns instantes depois, o casal voltou com alguns saquinhos de papel e nos entregaram dois. Enquanto eles estavam abastecendo, não resisti e abri o saquinho com o lanche. Senti o cheiro de comida e comecei a comer tudo quando de repente senti o vento em meu rosto novamente sinalizando que já estávamos na estrada.

– Você é pequena, mas tem um apetite em! – Observei o loiro comendo e vi umas migalhas caindo.

– E você come como um porquinho. – Ele me mostrou a língua e eu comecei a rir, acabando meu cappuccino. – Por que a demora a chegar a tal lugar não específico por mim ainda?

– Daqui a alguns momentos estaremos lá. - Ele pegou o resto de seu lixo e do meu e colocou em um saco de lixo preto. O loiro voltou para o meu lado, com os braços e as pernas bem coladas a minha como se aquilo fosse de propósito.

O vento que soprava era agradável e o silêncio que pairava entre nós também.

– E ai, de quem é aquele violão? - Olhei para a bagagem e o encontrei meio escondido.

– É meu. - O garoto pegou o instrumento e o tirou da capinha, dedilhando algumas notas. - Quer que eu toque algo?

– Claro que sim.

– Que música?

– Já ouviu "I see love"?

– Passeger?

– Isso ai.

– Eu conheço todos os tipos de música que você possa imaginar, então óbvio que eu conheço essa música. - O loiro fez uma cara exibida e se concentrou em seu violão.

We'll roll down dirty old windows

And sing with our eyes closed

And belt out the high notes

And we'll go down to the beach

Where the wind blows

And we'll throw off our old clothes

And we'll dance with our eyes closed

Because I see love

I see love when I close my eyes

And I see love

I see love when I close my eyes

Sua voz era tão linda que parecia quase um anjo. Ele só cantou até ai, e eu fiquei chateada por que queria escutar mais de sua linda voz.

– Quer que eu cante mais?

– Sim.

– Só se você me acompanhar. - Bufei indignada, mas acenei em concordância.

Yeah, we'll watch the stars glow

And the flames burn the wood slow

Playing games with our shadows

Till all four of our eyes close

And darling we'll sleep close

With no blankets or pillows

Like the Wind in the Willows

And we'll dream with our eyes closed

Yeah I see love

I see love when I close my eyes

And I see love

I see love when I close my eyes

And I feel love in spite of myself

And I feel love to frighten myself

And I feel love and I feel nothing else

Vultures and black crows

Perching on sign posts

Circling like ghosts

So we'll just keep our eyes closed

Acabamos a música juntos e ele deixou o violão de lado, me olhando fixamente. Eu nunca tinha cantado perto de ninguém, e cantar com ele pareceu tão natural...

Eu sabia de sua proximidade agora e comecei a rir nervosamente.

– Seu cabelo está brilhando. Agora sim parece que ele é pintado. - Ele sorriu sabendo que minhas bochechas estavam vermelhas e botou uma novamente uma parte de meu cabelo atrás de minha orelha (ok, isto está ficando pessoal... Parece que ele sabe do meu ponto fraco...).

– E o seu está lindo. - Sorri e o mesmo permaneceu com a mão em meu rosto, segurando minha face e se aproximando ainda mais.

Senti seu hálito de menta e fiquei hipnotizada fechando meus olhos devagar. Quando fiquei a milímetros de seus lábios macios, a caminhonete parou e a minha amiga gritou:

– CHEGAMOS!

Por que a viajem tinha que acabar justamente agora?


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Então mandem reviews do que acharam :3 De qual parte mais gostaram? Me falem ou façam perguntas, tirem dúvidas... Quero saber o que estão achando até agora ok? (:

~A música "I See Love" por mais linda que ela possa ser, não me pertence, assim como o livro "Extraordinário" (livro lindo e maravilhoso que eu chegava a chorar tanto que soluçava como bebê). Beijos e até a próxima ;)

XOXO