I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 11
Remember me...


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo (:

Obs.: Desculpa ter demorado, acho que fiquei com um bloqueio para escrita nesta história e acabei ficando sem ideias, mas finalmente consegui acabar este capítulo (:

Obs².: Amando cada comentário de vocês! Obrigada mesmo viu pessoal? ♥

Espero que gostem ;)



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POV Ally


Abri meus olhos lentamente tentando me acostumar a claridade. Levantei-me devagar tentando controlar a tontura e a ânsia que estava sentindo, e foi ai que notei aonde estava. Na enfermaria da escola. Lembro-me de ter caído por que levei uma forte bolada na cabeça e depois ouvi vozes, pouco antes de estar no colo de alguém e ser trazida para cá, depois apaguei. Foi um desastre... E sabe qual a pior parte ao meio deste mico todo? Não me lembro quem me trouxe aqui.

Tentei me levantar novamente e um segundo depois a enfermeira já estava ao meu lado.

– Querida, precisa de ajuda para se levantar? - Ela me ajudou a ficar em pé enquanto eu tentava controlar minha tontura.

– Obrigada enfermeira Stuarts.

– Como está se sentindo senhorita Dawson?

– Com muita dor e uma enorme vontade de vomitar.

– A bolada não foi tão forte assim para você desmaiar, mas a queda que você teve e o impacto com o chão provavelmente fez você ficar inconsciente durante um tempinho, por isso esta sentindo esta dor de cabeça. Aqui, tome isso. - Ela me deu um comprimido. - Irá ajudar com sua dor. - O tomei junto com a água que ela me alcançou.

– Quanto tempo fiquei deitada? - Enquanto fazia a pergunta tentei procurar meus óculos que eu tinha certeza que sobreviveram ao impacto.

– Uma meia hora. Sua turma ainda está em aula, mais especificamente ainda no campo. Você quer ir até lá ou quer ir para casa? - Esta pergunta para mim foi quase óbvia demais. Ir para casa descansar ou ficar sofrendo de calor enquanto corro como uma louca ainda tonta?

– Acho que vou para casa. - Ela sorriu para mim e depois começou a assinar uma autorização para eu ir embora, porém uma dúvida ainda rodeava minha cabeça. - Quem me trouxe para cá?

– Ah sim, foi um garoto loiro e alto, não lembro-me o nome dele neste momento, mas parecia que estava bem preocupado com você. Acho que ele é um daqueles alunos novos, você o conhece? - Foi o Austin...

– Sim, o conheço.

– Ah, já ia me esquecendo, ele pediu para lhe entregar isto. - Ela pegou os meus óculos e me entregou. - Acho que você precisa deles.

– Obrigada.

– Acabei sua autorização, aqui - ela me entregou uma autorização com sua rubrica - agora vá para casa, descanse e coma alguma coisa. Se precisar pode vir aqui amanhã.

– Obrigada novamente.

– De nada querida. - Ela sorriu para mim e eu fui em direção ao meu armário. Ainda estava com minha roupa da aula de educação física então fui ao vestiário me trocar.

Achei minha bolsa e a peguei botando a leg e o tênis velho lá dentro. Coloquei minha calça jeans e como já estava com o moletom da escola, continuei com ele. Penteei meus cabelos e dei uma olhada pela porta para ver se encontrava o loiro, mas não o vi ali. Coloquei minha mochila nas costas e subi as escadas para ver se o encontrava em um dos andares.

Subi diretamente ao terceiro e quando ia indo para o quarto escutei uma música vindo da última porta e sabia que ele estava ali.

– Posso entrar? - Bati na porta levemente já que ela estava entreaberta e ele me viu, assentindo em seguida.

– Entre. - Joguei minha mochila no chão e me sentei ao seu lado de frente para a janela observando a praça da frente novamente. - Aqui, comprei para você. - Ele me entregou um sanduíche. - A enfermeira disse que você provavelmente ia acordar enjoada ou algo do tipo e sei lá, pensei em comprar algo para você comer.

– Obrigada. - O peguei e abri, dando uma mordida pequena no sanduíche.

– Pelo quê? - Ele sorriu para mim brincando.

– Pelo sanduíche e por ter me carregado. Não foi você que me levou até a enfermaria? Então, obrigada.

– De nada. Sabe, até que você é um pouco gordinha.

– Não levei para o lado ruim tudo bem?

– Ok. - Ele começou a rir baixinho.

– Quem foi que jogou a bola em mim?

– Foi o Dallas. Ele ficou todo preocupado e disse que quando te ver vai se ajoelhar te pedindo desculpas.

– Acho que isso não precisa.

– Mas a Trish quase espancou ele, acho que o mesmo vai se ajoelhar mais por medo dela.

– Ah sim. Minha amiga é louca mesmo.

– E muito agressiva. - Agora foi minha vez de rir.

– Austin?

– Sim?

– Por que você é assim?

– Assim como?

– Sei lá, estranho. Você é todo mal humorado uma hora, ignorante na outra, feliz de repente e super querido do nada.

– Acho que eu acabo revivendo o meu eu antigo e fico todo legal de uma hora para outra assim mesmo.

– O seu eu antigo? Mas você é legal, só não demonstra isso por ser meio fechado. - Ele suspirou e depois olhou para mim, porém seus olhos não demonstravam quaisquer emoções.

– Eu me livrei das emoções desagradáveis que ficavam em minha mente e pensei que tudo seria mais fácil. No entanto, percebi que estava perdendo algo de importante. Comecei a me tornar indiferente em relação a algumas situações e achei que isto poderia diminuir minha infelicidade. Contudo, acabei pagando o preço de me tornar frio, insensível e até mesmo menos humano. Agora eu percebo que, se este for o preço da felicidade, talvez seja alto demais.

– Você já pensou que talvez seja assim mesmo? Que a felicidade seja como um balanço. Quando ela está ao seu lado você tem que aproveitar ao máximo e quando ela está ao lado contrário lembre-se que quando ela voltar será com mais intensidade.

– Mas eu queria ser feliz para sempre. Não ter que ser sempre emburrado para tudo, não ter que chorar. Homens não choram.

– Todas os seres choram, indiferente de seu sexo. Isso só prova o quanto você é forte para suportar algumas coisas, que as vezes não aguenta. E quando não dá mais para suportar tudo, estes sentimentos acabam saindo como lágrimas. - Consegui ver lágrimas formando em seus olhos.

– Eu passei por tanta coisa. Tanta coisa que um adolescente como eu não deveria ter passado, por isso me tornei frio. Quando achei que eu poderia ser feliz de novo, perdi toda a confiança em mim e nos outros.

– Lembre-se de mim.

– Como assim? - Ele pareceu surpreso com o que eu disse.

– Não tenha medo de confiar em alguém novamente e se precisar comece a treinar comigo. Acho que te compreendo por que passei por muita coisa também, apesar da minha idade. Muitas pessoas passam por situações difíceis, eu passei por algumas que me detonaram, então eu meio que sei o que não é confiar em ninguém. Hoje em dia ainda carrego um fardo de erros passados, porém tenho pessoas que me ajudam, que sabem me decifrar facilmente, porém ninguém me compreende muito bem. Minha confiança voltou, mas as pessoas se cansaram de me esperar. Você, pelo que percebi, é difícil de ser decifrado, mas fácil de ser compreendido, por isso se fecha nesta casca, por que tem medo de que, se as pessoas forem te ver como realmente é, talvez não gostem de você. Mas eu estou aqui tudo bem? Então lembre-se de mim. Para desabafar ou para confiar. - Ele não respondeu, apenas voltou a encaram a janela e depois voltou a falar normalmente.

– Você é fácil de ser decifrada mesmo, porém difícil de ser compreendida. Parece que a garota que está ai é mais forte do que aparenta ser, mas quem você é realmente? - Esta foi a deixa para eu poder ir embora.

– Quando quiser falar sobre quem você realmente é loiro, eu te direi quem eu sou também.

– Fechado.

– E não se preocupe, não sou como as outras pessoas, eu sei esperar. - Comecei a me levantar e peguei a mochila no chão, guardei o sanduíche e quando ia me direcionando a porta escutei uma frase baixinha vindo de sua boca.

– Eu também.



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Notas finais do capítulo

Tediante? Chato? Legal? Interessante? Sem graça? Engraçado? Divertido? Fofo? Não fofo? Mandem reviews do que acharam (: Meus queridos leitores, comentem, não deixem uma leitora aqui triste ok? ♥ kjhgghjkhghjhghjghj

XOXO