POV STEPHANY ON

Acordei cedo hoje, estava preocupada, pois o que tinha feito a noite anterior poderia me prejudicar e muito, não só eu, mas como também à Carlos Daniel e Paulina.

O dia digamos que não estava um dos melhores, com essa chuva toda, parecia que tudo daria errado, acordei exatamente 4h50 da matina, não sei o porque ao certo, fiquei me virando de um lado para o outro na cama, vagando pelo chão do quarto andando de um lado para o outro.

Minha mente estava pesando, minha consciência não me deixava raciocinar direito, um arrependimento torturável dominou meu consciente, estava prestes a sair de meu quarto e ir abrir a porta do quarto de Paulina, mas algo me prendia ao chão, não conseguia me mover.

Talvez não fosse isso que o destino queria que eu fizesse, talvez estava me torturando em vão.

Longos minutos se passaram, meu estomago do nada começou a “roncar” levantei,e fui andando até a cozinha, no meio do caminho fiquei com uma vontade atormentadora de ir até o quarto de Paulina, mas me contive, e por fim cheguei a cozinha, todos na casa dormiam eu era a única zumbi ali.

Depois de me sustentar fiquei olhando para o nada, pensando na vida, pensando no que havia feito, e cheguei a conclusão de que isso era a melhor coisa que havia feito em muito tempo, Juntar meu irmão com a mulher que ama. Eu só precisava de uma prova para confirmar que isso era o melhor, mas não sabia aonde encontrá-la.

Sai de meus devaneios voltei a andar pelo corredor longo e escuro, mas dessa vez a curiosidade falou mais alto, virei a esquerda e fui em direção ao quarto de Paulina.

Parei alguns metros longe de sua porta, estava intricada se abria ou não, dei alguns passos mais, peguei a chave que estava no meu bolso e abri a porta. Depois de destrancada, fiquei com a mão no trinco, fiquei parada olhando para o mesmo, estava com receio de gira-lo, mas logo arrumei coragem não sei da onde, e abri a porta lentamente sem que fizesse ruídos.

Ao abrir um bom tanto para vê-los se estava tudo bem, fiquei perplexa com a cena que vi, não sabia o que fazer, meus pés ficaram sem chão, um sorriso brotou em meus lábios e eu não sei o porque.

Ou melhor sei muito bem o porque do sorriso em meus lábios, a cena que vi eu jamais pensei em presencia-la, Carlos Daniel e Paulina estavam se amando, faziam amor com ternura e paixão. Logo pude mover meus pés, encostei a porta novamente e fiquei encostada nela, respirando fundo, eu jamais poderia ter visto isso, invadi a privacidade de meu irmão e Paulina.

Mas pensei melhor, e conclui que tudo estava de acordo com meus planos, pelo menos ate aqui. Respirei fundo deixei a porta encostada e voltei para meu quarto, respirei fundo novamente, digerindo aquelas imagens de Paulina e meu irmão, logo o sono tomou conta de mim, e dormi.

POV STEPHANY OFF

~ HOSPITAL, PAOLA ~

– Doutor como vai o caso da senhora Bracho? – perguntou a enfermeira

– ela precisa reacionar a terapias, se dentro de uma semana não reacionar podemos dizer que ela esta em coma.

– pobre moça, tão jovem e com a vida perdida por causa do alcoolismo.

– tem razão.

~ QUARTO DE PAULINA ~

– como assim a porta esta aberta? – exclamou ela furiosa.

– foi alguém que nos trancou aqui, essa é a única explicação meu amor – disse ele se levantando da cama e indo em sua direção.

Paulina o olhou friamente e questionou – ou foi você?

– Paulina? Você ainda duvida de mim, você me viu agora mesmo tentando abrir a porta com essa faca – disse ele indignado pegando a faca de sua mão.

–tem razão, me desculpa Carlos Daniel, mas quem? Quem poderia fazer isso?

– não sei meu amor, não faço a mínima ideia, só dei uma coisa.

– o que?

– que foi a melhor coisa que fizeram. – concluiu com uma risada maliciosa.

– Carlos Daniel ! – exclamou ela ficando corada.

– vai dizer que não tenho razão ?

– não sei, agora quero descansar você poderia fazer o favor de se retirar do meu quarto?

– ah não quero ficar aqui com você meu amor – diz ele malicioso a abraçando.

– não Carlos Daniel, vai pro seu quarto por favor, alguém pode nos ver - disse ela saindo de seus braços.

– está bem, mais depois eu volto – beijou seus lábios e saiu.

“Meu Deus, o que eu fiz? Isso não podia ter acontecido, não agora nem assim!” – pensou Paulina.

Quarto de CARLOS DANIEL

“Paulina é toda uma rainha na cama, meu Deus não vou aguentar muito tempo ficar sem sentir minha novamente, tenho que me controlar”

Naquela manhã chuvosa todos levantaram tarde e exaustos passavam das 9h30 da manhã quando todos despertaram... Na mesa do café, faltava apenas Paulina que não havia descido ainda. Quando vovó Piedade pediu que Lalinha fosse a chamar, ela descia a escada..... depois de cumprimentar a todos sentou-se no seu devido lugar, na mesa era silêncio e tensão.

VP – Paulina, filha; esta tudo bem? Te vejo meio cansada, abatida?

P – ahn.. claro vovó, só não dormi muito bem, é isso. – e laço um olhar matador para Carlos Daniel, ele a havia cansado

S – Paulina, posso falar com você? Depois do café? – perguntou Stephanie

Meio estranhada – claro, Stephanie...

DEPOIS DO CAFÉ (no escritório)

P – o que queria Stephanie? Te noto meio estranha...

S – Paulina, antes quero que você me perdoe, sim?

P – pelo que não entendo!!! Diga-me sim!!? Assim poderei te perdoar com todo meu coração..

S – fu-fui e...eeu.

P – eu o que?

Stephanie ficou de costa pra ela, fechou os olhos e disse de uma vez só- FuiEuQueTeTranqueiComMeuIrmão...

P – Stephanie por favor, fala direito, não entendo, parece estar falando em grego.

A olhou novamente e sorriu desconcertada –é, eu - fechou os olhos – eu tranquei vocês!!!!!!!!!!

P – q-que?

S – ai Paulina me perdoa, eu me senti na obrigação de fazer isso, você e Carlos Daniel estavam sofrendo por algo tão simples de se resolver.

P – Stephanie, não sei o que dizer... estou muito surpreendida, achei que você não gostasse de mim...

S – claro que gosto Paulina, o fato é que eu não sei demonstrar isso, e vi em você a esposa que meu irmão precisa, não sei como vocês podem ser tão orgulhosos e não assumirem que se amam..

P – tem muitas coisas que impedem.

S – muitas não, UMA, Paola, porém ela não esta aqui. Te conto algo, que Carlos Daniel me disse, ele contratou um investigador pra saber o paradeiro de Paola, e um advogado que esta vendo os papéis para o divorcio, ele me disse que quer casar com você, seus filhos te adoram não tem nada que os impeçam.

P – eu não sei Stephanie, estou muito confusa...

S – pois não fique...

P – você planejou tudo sozinha não é mesmo?

S – não, Carlinhos e Lizete me ajudaram (rio) pedi a Lizete e Carlinhos que fossem ao seu quarto, e enquanto lia uma historia, eles fingiriam que haviam dormido, Carlos Daniel foi busca-los para que fossem dormir, Lizete, como combinado, pediu que seu pai ficasse um pouquinho apenas, ele acabou dormindo passando um tempo fui chama-los, os coloquei pra dormir, e baixei a cozinha por lanches pra vocês, voltei ao quarto deixando a música ligada e o lanche depois sai e tranquei a porta.... (deu uma gargalhada, olhou pra Paulina pôs a mão na boca, e ainda rindo disse) Perdão Paulina (gargalhou novamente) perdão de verdade.

Paulina incrédula – Por Deus Stephnie, que diabólica és !!! – sorriu

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Carlos Daniel e Paulina todas as noites se amavam sem remorso algum, era entrega total, com amor, paixão, calor, e as vezes selvagens, Paulina cada vez mais ia adquirindo experiência na cama... vovó Piedade estava totalmente desconfiada do romance dos dois, Stephanie estava feliz por que conseguiu convencer Paulina que ficasse com Carlos Daniel.... Stephanie assim que ficou sabendo que Willy forçou Paulina a ir pra cama com ele, também falou com o mesmo advogado de Carlos Daniel para que iniciasse os papeis com pedido de divorcio.

– Stephanie você não pode me fazer isso, não pode...

– Já fiz Willy quero que você vá embora hoje mesmo, você me da Asco...

– você irá pagar muito caro, irei denunciar Paulina por falsidade ideológica...

– não conseguirá nada Willy, Paulina vive aqui, como Paulina Martins, não como Paola Bracho... então de Adeus ao seu plano...

Willy saiu bufando da mansão Bracho, Stephanie tinha toda a razão, ela estava lá como Paulina, e não como Paola...

As crianças cada vez mais apegada a Paulina, sempre a chamando de mãezinha e pedindo que não os deixasse nunca..

HOSPITAL

– Doutor, doutor, a paciente do quarto 411 despertou...

– quem é a paciente?

– a senhora Bracho...