Volte Para Mim Irmão escrita por AngelSPN


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Um beijo para todos que leram essa fic e deixaram sua marca. São vocês que me fazem querer continuar a escrever. Então espero que curtem o desfecho de mais uma aventura dos irmãos Winchester!



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A forte luz que invadiu as retinas do loiro foi tão rápida como o piscar de olhos. E Dean colocou as suas mãos nos joelhos, a falta de ar e enjôo o deixou tonto e desorientado. Levantou o semblante ao ouvir os murmúrios a poucos metros de onde estava.

—Onde estou? — a pergunta fora tão baixa e falha, e mesmo assim a resposta viera.

— Daqui de cima você terá uma visão melhor sobre os acontecimentos que verá, enquanto isso, irei me certificar de que não sejas interrompido. Sinto a presença de intrusos — Zacharias arregalou os olhos com nítida raiva e desapareceu deixando o som de asas ecoando pelo salão.

O salão era enorme, lustres cheios de velas negras brilhavam no ar, iluminando a decoração mórbida, para que mesmo com pouca luz, todo o estabelecimento ganhasse sombras gigantescas nas paredes. Dean apoiou uma das mãos sobre o corrimão que levava a infindáveis degraus. Estreitou os olhos ao ver uma espécie de mecanismo sendo elevado. Preso ao que parecia uma enorme escada, havia um corpo carbonizado. As chamas ainda acesas terminavam de lamber o ser que imperceptivelmente se mexia. Dean Winchester correu os degraus em espiral, aquele ser humano ainda estava vivo!

— Vocês! Ajudem esse coitado! Ele está sendo queimado vivo! Tirem as escadas, afastem as escadas! — por mais que o loiro gritasse, o ritual continuava. Pessoas com mantos vermelhos cobrindo parte de seus rostos elevavam as mãos para o alto, segurando cálices com estranhas gravuras.

Dean estava esbaforido, e sem pensar no que poderia estar fazendo, atirou uma lona sobre as labaredas da fogueira. Quase ao mesmo tempo em que segurou firme o primeiro sujeito de vermelho.

— Como desço aquele humano lá de cima? Fale ou quebro seu pescoço seu desgraçado! —o homem estendeu o dedo curvado e reumático para frente, mostrando uma alavanca.

Dean jogou o homem longe e rapidamente puxou o dispositivo. As duas escadas se separaram e uma para cada lado foi descendo.

—Vocês são loucos? —era uma pergunta idiota, ele sabia disso. Todos ali eram uns bandos de malucos.

—Não deverias interferir em nossas leis, amigo — o homem levantou-se segurando a garganta ainda dolorida pelo aperto.

Dean apenas balançou a cabeça, aquele mesmo homem que havia lhe entregue a carta estava ali. Não se surpreendeu com a descoberta.

Quando a escada desceu, Dean identificou a pobre vítima com o corpo de uma mulher, ele tentou libertá-la das correntes, mas, acabou queimando suas mãos.

— Merda! — disse o loiro passando as mãos pela própria roupa.

O Winchester olhou para os lados e correu para pegar uma barra de ferro, atirada ao chão e com o esforço certo livrou a mulher das correntes em brasa.

— Está tudo bem agora. Você vai ficar bem, ok? — Dean dizia para a jovem em seus braços.

Dean sabia que não era verdade, queria acreditar que poderia ajudar. Mas a quem ele estava enganando? Os cabelos que existiam na jovem estavam grudados na pele queimada, os olhos ainda brilhavam e moviam-se rapidamente, indicando que a mulher ainda estava ali, lutando pela sua vida. A parte de baixo estava muito queimada, haviam alguns ossos quase expostos. Eram incrível que ainda havia vida naquele corpo. Dean seguiu o olhar da jovem, ela olhava um capacete atirado ao lado deles. Nesse momento o loiro se lembrou da primeira pessoa que vira e quase atropelara a motoqueira misteriosa.

Ela parecia querer dizer lhe algo, só que não havia como. Seus lábios estavam grudados pelo extremo calor do fogo. E após alguns minutos de agonia e sofrimento, o loiro sentiu o corpo da jovem relaxar. Os olhos arregalados foram fechados, cuidadosamente pelo rapaz.

—Cybil, não deveria ter tentando nos impedir de cumprir com nossa missão — a voz tirou o rapaz do transe. A mesma voz que ele jamais esqueceria — Assim como sua mamãe tentou impedir que seu irmão fosse abençoado.

—Onde está meu irmão sua louca! — Dean gritara para que ela pudesse ouvir.

Embora Dean a ouvisse claramente, Dhália estava perto de um altar de pedra e distante o suficiente do loiro. Dhália olhou para baixo de si, e o coração de Dean acelerou ainda mais. No altar estava seu irmãozinho, dormindo ou desmaiado. E lá estava a maldita sorrindo como uma bruxa ensandecida por sangue.

— Você foi muito arrogante em pensar que pudesse chegar aqui e fazer o que bem entendesse. Nesse mundo, rapaz, quem manda somos nós. Seu irmão carrega o sangue que precisamos para acordar nosso Deus.

— Você quer dizer, o seu demônio! Não permitirei que toques nele. Estará morta antes mesmo de dar um passo. Palavra de Dean Winchester!

—Nós já o tocamos, meu jovem. Agora é só esperar quando a hora chegar. Seu irmão irá crescer, ficar forte o suficiente, para que possa ser um bom receptáculo.

— O quê? Do que está falando?

— Ela se refere ao o que fiz com seu irmão, Dean! — o loiro virou o rosto para encarar o dono daquela voz masculina.

— Azazel? Você, você... está morto! Castiel acabou com você no inferno seu desgraçado! * — Dean avançava, e quanto mais avançava, mais distante ficava do altar.

—É, pode ser. Enfim, o que importa é que, quando visitei seu irmão, lembra? Quando o pequeno Sammy fez seis meses? Bom, eu só queria fazer uma coisinha. Se sua mãe não tivesse se intrometido... ainda estaria viva.

— Do que você está falando seu filho da puta! — Dean parou de caminhar, e como por encanto estava bem próximo do irmão.

— Estou falando disso — Azazel cortou o pulso, o sangue escorria abundantemente sobre a boca do garoto adormecido — Melhor do que leite da mamãe.

— Nãooo!! Nãooo! Saia de perto dele seu amaldiçoado! Sai de perto do meu irmão! — Dean saltou sobre Azazel, e o que conseguiu foi quase uma concussão na quina da mesa de pedra, vazia.

— Deus, o que está acontecendo? — Dean sentia seu sangue misturar-se com suas lágrimas. Tudo estava tão confuso, estava tão perdido e esgotado de tudo isso. E nesse momento Zacharias voltou.

—Compreendeu agora a gravidade da situação, Winchester? — Dean elevou os olhos verdes que brilhavam de ódio.

— Se eu compreendi? Você me traz aqui para ter alucinações? — Dean levantava cambaleante.

— Macaco humano! É o que são! Deveria me agradecer por revelar e te prevenir do inevitável.

— Prevenir? Inevitável? Desembucha logo seu porco! — Dean nem chegou a sentir a dor de ser arremessado contra a parede. Seus ossos agora estava reclamando quando tentou levantar-se — Merda! — disse cuspindo sangue.

—Se você não fosse importante... eu acabaria contigo aqui mesmo. Mas ordens são ordens. Limpe bem seus ouvido seu idiota arrogante, te trouxe aqui para conhecer o lado negro que seu irmão carrega dentro de si. No entanto você, tem tantas mágoas, tantos medos e ressentimentos que as coisas ficaram ainda mais...como posso dizer... sensíveis.

— O quê? Você é um louco! Um dos diversos seres monstruosos deste lugar. E juro por Deus, que acabo com a raça de todos vocês se encostarem um dedo sequer em meu irmão.

— Quem vai ter que acabar com seu irmão é você, idiota!

Dean sentiu o mundo girar sob seus olhos, as palavras de Alaistar* vieram em sua mente. Mesmo quando estava suspenso por fios invisíveis e, ele estava quase inconsciente, naquela época, porém lembrou cada palavra.

Seu irmão está marcado, não há como escapar. E você também pertencerá a nossa falange, será o líder!”

E para piorar ainda mais a situação as últimas palavras de seu pai mais uma vez lhe atormentavam a mente.

“Dean, não posso dizer muita coisa. Mas você precisa salvar seu irmão, ou você terá que...matá-lo”. *

— Vejo que está remontando o quebra cabeças. Enfim, você não é tão tolo como pensei. Quando seu irmão completou seis meses, o demônio Azazel deu seu sangue ao seu irmão. Sua mãe acabou interferindo e foi morta. Muitas outras crianças foram infectadas pelo demônio dos olhos amarelos. Mas seu irmão, tornou-se forte, poderoso. E logo fará parte dos demônios. É o destino dele, não há como evitar. A única forma, é cumprir a ordem que seu pai deixou, caso não conseguisse salvá-lo. Te trouxe aqui Dean Winchester, para saber a verdade e dar paz ao seu irmão e cumprir o último pedido de seu pai.

— Não, não, não! Meu pai está errado, todos vocês estão errado! Meu irmão é do bem, ele é a pessoa mais bondosa que conheço. Jamais iria para o lado das trevas, jamais! — o loiro dizia com determinação na voz tremula.

— Sam pode ser bom agora, mas ele tem sangue de demônio em suas veias. Ele é o receptáculo de Lúcifer!

Se havia alguma cor na face de Dean, essa sumiu totalmente. Assim como suas forças o deixavam por completo.

— Não, é mentira... —os sussurros saiam repetidamente de seus lábios trêmulos.

— No fundo você sabe que estou dizendo a verdade, minha intenção era apenas te dizer isso. Dar o recado. Só que você não deixava me aproximar, e a única forma foi trazer você para essa cidade maldita. Confesso que pensei que havia cometido um erro, já que suas emoções o deixaram a mercê deste lugar.

— Tudo foi imaginação?

— Lamento. Mas não. Alguns seres estão aqui há muito tempo, e não há saída para eles. A mulher Dhália existiu, só que aqui ela era o Azazel para você, ambos têm a mesma intenção de trazer Lúcifer de volta a esse mundo, e se isso acontecer... o apocalipse será inevitável. O cão negro e gosmento que você enfrentou, é seu medo pelo cão do inferno, já que você vendeu sua alma*, não é? A jovem Alice faz parte desse mundo, um espírito vagante que não queria a verdade sobre si mesma. E você queria protegê-la, sentia algo muito forte por ela, uma determinação de protegê-la, já que você se sente culpado por ter tirado seu irmão de perto da Jéssica, a namorada dele que foi queimada no teto por Azazel, como a sua mãe. Da mesma forma que a jovem mulher da moto, Cybil. Agora, o que me surpreendeu, foi como você vê seu pai, o homem com a máscara de ferro, o famoso “cabeça de pirâmide” desse lugar, realmente me deixou confuso, que tipo de amor e ódio você tem por ele, para compará-lo ao carrasco deste lugar? É por causa de Sam? Pense nisso, você não conseguiu salvar nenhum deles, Dean. Você acha que conseguirá salvar seu irmão? — Zacharias sentia as duras palavras acabarem com a resistência do humano, e isso lhe satisfazia interiormente.

Dean baixou a cabeça, estaria aquele anjo falando a verdade?

— Eu estou falando a verdade, Dean. Seu irmão será o anti-cristo e o único a impedir a vinda do mal sobre a terra é você — Zacharias colocou sua mão sob o ombro caído do loiro.

— Está errado — disse Dean esquivando-se — Meu pai me disse para matá-lo seu eu não conseguisse salvá-lo! Mas eu vou salvar o Sammy! Custe o que custar, ele estará livre desta maldição. Estará livre do caminho do mal.

—É? E como você pretende fazer isso? — o sorriso debochado daquele homem estava irritando o Winchester.

Mesmo com as pernas bambas e com pouca coordenação nelas, o loiro conseguiu manter-se de pé, e encarar os olhos do anjo.

—Sabe o que me faz ter certeza de minha vitória sobre o mal?

—Seu enorme conhecimento dessa vida? Sobre tudo que seu pai lhe ensinou? Me poupe dessa idiotice, cara — o anjo falou colocando as mãos no bolso de sua calça social preta.

—Não idiota, minha fé pelo meu irmão! — havia tanta convicção naquelas palavras, que algo divino parecia estar ao lado do loiro.

Zacharias deixou o sorriso morrer em seus lábios. Era muito atrevimento daquele mero mortal, lhe ensinaria algumas coisinhas e logo, logo o humano saberia com quem estava lidando. Dean sentiu o perigo de irritar aquele ser, mas de anjo ele não tinha nada e não ficaria calado ouvindo bobagens sobre seu irmão. Mesmo que essas “bobagens” fossem reais, ele daria um jeito de mudar esse destino obscuro. E Sam não seria um deles, não seria o que estava predestinado a ser, lutaria até o fim pela salvação do que lhe era mais querido nesse mundo.

Zacharias suspendeu o loiro no ar, um bom corretivo lhe colocaria em seu devido lugar. Era isso que o anjo pensava.

— Larga meu irmão cretino! — as palavras duras e sombrias fizeram o anjo estremecer, e antes de virar-se para que desse um fim em seu oponente ali mesmo, uma segunda pessoa atirava-lhe óleo sagrado sobre o corpo.

Zacharias atirou o loiro contra o altar, e as dores das labaredas sobre o corpo do anjo o fizeram gritar e desaparecer.

—Isso é por você ter se metido com os meus meninos, seu anjo mentiroso! — dizia Bobby, encarando os olhos de Sam.

Sam entendeu perfeitamente a intenção do caçador, ambos estavam ali ouvindo parte da conversa, esperando o momento exato para agir. Castiel lhes havia entregue aquele único recipiente, não poderiam errar o alvo. Sabiam que não o matariam, mas o mandariam para bem longe. Pelo menos por enquanto.

— Dean! — Sam viu o irmão correndo em direção a um garoto — Droga! Dean! Volta para mim irmão! Esse não sou eu, cara! Não sou eu! — Sam pulou o obstáculo a sua frente e saiu em disparada, tentando alcançar o loiro.

Dean Winchester queria apenas salvar o pequeno Sam, tirá-lo das garras daqueles seres nefastos. O choro da criança e o lamento o chamaram a atenção.

— Sammy, eu estou aqui. Vou protegê-lo, ok? — dizia o loiro de joelhos segurando os ombros do pequeno Sam.

—Ele é nosso Dean! E é nisso que você irá se transformar quando for para o inferno! — o pequeno Sam agora estava de olhos negros, e gargalhava hora sendo Sam, hora sendo o próprio Dean.

O loiro largou-o e sentiu mãos firmes puxando-o para longe do garoto.

— Dean, olha pra mim cara! Olhe para mim! Vim te buscar irmão, vamos sair deste inferno de cidade! — dizia Sam abraçando o irmão.

— Sammy? — como era bom ouvir aquele apelido que tanto odiava e amava!

— Sim, Dean. Venha. O portal não ficará aberto por muito tempo. Venha! — Sam dizia rapidamente.

— É você mesmo? — o rosto do loiro estava banhado de sangue, pelo corte em seu supercílio quando caiu contra o altar.

— Sim, eu e o Bobby. Agora vamos, ok? — aquele sorriso era único, ninguém mais no mundo o teria, e Dean soube que era seu amado irmão.

Trovões e tremores começaram a tomar conta do lugar, Bobby juntou-se aos dois ajudando Sam a carregar o irmão. Bobby jogou um liquido de cor azulada sobre a parede a sua frente e recitou um encantamento, neste momento uma fenda se abriu e uma forte luz os puxou daquele lugar nefasto.

O trio agora estava em frente ao impala, e nele estava Castiel os esperando.

— Demoraram — Castiel falou aproximando-se de Dean, sua mão tocou o peito do loiro que desconfiado recuou alguns passos — Só quero te ajudar, Dean — o anjo disse tocando o caçador.

Uma energia de paz tomou conta do corpo de Dean, as cargas tão negativas desapareceram como milagre assim como, suas feridas cicatrizou instantaneamente.

— Obrigado.

— Posso curar as feridas externas e livrá-lo da influência de Silent Hill. Só que há coisas que você sabe, que não posso livrá-lo. Sinto muito — Castiel dizia com muita sinceridade.

Dean sentiu nele um amigo. Um amigo de verdade, um anjo ao seu lado. Isso lhe fez ter mais esperança pelo futuro.

— Dean, como você está se sentindo? — a voz de Sam o trouxe lembranças.

— Sammy... eu, agora estou bem. Graças a vocês — o loiro forçou um sorriso.

— Afinal, o que aquele tal Zacharias queria com você? — Bobby perguntou, e percebeu na hora o leve tremor nos lábios do loiro.

— Eu, não sei ao certo — disse olhando para Sam.

— Ouvimos você dizer que me salvaria Dean. Você se referia ao garoto que achava ser eu? — Sam indagou o irmão.

Alguns segundos se passaram, até que Dean falasse.

— É, eu tinha certeza que aquele era você. O lugar realmente me fez ver coisas que jamais pensei existir — o loiro dizia passando a mão pelo impala, desviando o olhar dos amigos.

— O que quer que tenha visto ou ouvido lá, sabe que é mentira. Então tente esquecer as coisas ruins. Castiel nos alertou muito sobre os nossos sentimentos lá dentro da cidade — disse Bobby colocando sua mão no ombro do caçador.

—Obrigado Bobby — dean acenou com a cabeça, concordando com o amigo.

— Fico me perguntando, como pode pessoas fazerem mal umas às outras? — dizia Sam colocando uma das mãos no bolso de sua calça — enquanto procurávamos você, vimos tantas salas cirúrgicas, e anotações com terríveis experiências humanas.

— Silent Hill contêm centenas de histórias macabras, vocês vivenciaram apenas 10% sobre o real acontecimento daquele lugar. Naquele hospital eles faziam experiências em cobaias humanas, e aqueles que eram contrários às leis do culto, eram submetidos a diversas cirurgias, e quando descobriram que podiam implantar o que quisessem na mente humana, a legião cresceu — Castiel explicava serenamente.

— Por isso a lobotomia — Sam lembrou da anotação rasgada.

— É, pior que o lugar ainda está em algum lugar, assombrando pessoas inocentes — dizia Dean com lamento.

— Silent Hill é movido pelos pecados e medos dos que ali entram. Todos tem uma triste história ali. Não há como acabar com uma cidade que é alimentado por isso — Castiel apontou para a própria cabeça, simbolizando o poder da mente.

— Bom. Vou buscar uma corda para rebocar seu carro, ele terá que passar por algumas reformas. Me ajuda Sam? — disse Bobby recolocando o velho boné surrado.

— Claro Bobby — Sam olhou para Dean e sorriu.

Dean ficou parado olhando os dois conversarem animadamente sobre como rebocar o impala, seu olhar saiu deles e parou em Castiel que continuava a seu lado.

— É verdade, Castiel? — Dean perguntou de repente.

O anjo de sobretudo bege e gravata azul, virou-se para ele.

— Sobre Sam? Eu queria muito dizer NÃO, Dean. Sinto muito.

Dean escorou-se no impala, seu olhar voltou para o irmão que se aproximava trazendo corda e ferramentas. Um verdadeiro gigante ao lado de Bobby.

— Quer saber, Castiel. Vou provar que vocês todos estão errados — Dean encarou os olhos azuis daquele anjo.

— Você tem apenas 133 dias, Dean — Castiel falou sem nenhum constrangimento e com o semblante calmo.

Dean arregalou os olhos, aquele número novamente, agora estava explicado, ele estava contando os dias que lhe restavam de vida, dia após dia, era óbvio que estava com medo, e Silent Hill havia percebido isso. O poder daquele lugar era inquestionável. Sam e Bobby não precisavam saber disso.

Dean deixou o anjo e foi de encontro ao irmão, abraçou-o tão forte que Sam, estranhou a atitude. Era como se fosse uma despedida ou uma promessa. Sam apenas retribuiu o abraço, sussurrando um “Vai ficar tudo bem, Dean, Eu prometo!”


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Notas finais do capítulo

Gente, sério agradeço de coração por lerem até o fim. E não canso de dizer, como o profeta dizia..."finais são difíceis..." Espero o comentário de vocês, críticas e sugestões para uma próxima melhoria.

Nessa fic abordei lembranças de Dean que ele passou em uma das minhas fic http://fanfiction.com.br/historia/238686/Estigmas_Das_Trevas

Nessa fic, ocorre coisas diferentes do seriado, mas que levam ao mesmo desfecho, como o que John havia lhe dito antes de entregar sua alma.

Nessa fic John não faz pacto com Azazel e sim com outra pessoa, já que Castiel acaba com o olho amarelo.

Bem acho que era isso, até algum dia pessoal!!!!