"– E então, quando será? - Eu vou mata-lá.

– Quando ela quiser. - Ele respondeu.

Meu Deus eu vou morrer."

– Uh Sam. E ae quando vai assumir? – Eu vou matar essa garota. Vou arrancar cada membro do corpo dela. Vou mata-la lentamente. Eu vou matar a Mayte.

– Vem Mayte. – Disse descendo do carro antes que ela falasse mais alguma coisa e eu a mata-se ali mesmo. Odeio pessoas que não sabem a hora de calar a boca.

Pierre ainda estava parado com o carro na frente da minha casa se despedindo da Mayte enquanto eu entrava e via que pra completar a desgraça da tarde minha mãe não estava novamente em casa e havia um bilhete na mesa da sala (bilhetes não são bons sinais).

“Filha sai com um amigo e não tenho horas pra voltar. Qualquer coisa vá para a casa da Cat.

Beijos mamãe”.

– Ótimo, além de me deixar sozinha resolve que quer me arranjar um pai. Era só o que me faltava. – Disse enquanto jogava o papel fora e ia ver o que tinha de comida.

– Samantha assume que gosta do Pierre e namorem lofo porque eu não aguento mais vocês dois. – Mayte disse chegando na cozinha enquanto eu me enfiava dentro da despensa e concluía que iria morrer de fome.

– Mayte, sua idiota cala a boca. Para de falar desse garoto. Se você abrir a boca novamente eu vou te matar. – Disse procurando algum dinheiro no porquinho da cozinha.

– Estamos sem comida. Quanto você tem ae? – Disse pra May enquanto contava o dinheiro.

– Tenho 5 só. – Ela disse pegando o dinheiro.

– Beleza. Vamos comprar algo pra comer se não eu morro. – Disse á puxando para fora de casa.

...

Terminamos o trabalho em pouco tempo e a May foi embora. Ela não disse mais nada sobre o Pierre e eu, até porque se dissesse estaria morta agorinha mesmo.

Já são 19:30 e eu estou morta de fome e não há nada comestível nessa casa, pelo menos não algo pronto e eu não estou afim de lavar louça ou incendiar a casa.

Eu. Vou. Matar. A. Minha. Mãe.

– Filha.

– Aleluia né? Eu to morrendo de fome. – Disse enquanto olhava a madame entrar toda sorridente pela porta.

– Eu sei disso meu amor por isso eu trouxe um lanche pra você. – Ela veio para perto de mim e me deu o lanche e um beijo na testa.

– Comece a falar tudo o que aconteceu hoje para você estar com esse sorrisinho na cara e quem é o moço? – Perguntei enquanto ia pra cozinhar pegar um prato.

– Ai filha ele é lindo, é um amor. – Ela disse suspirando.

– Ih já vi que se apaixonou. Só quero deixar bem claro que é bom ele ser um excelente padrasto se não eu o ponho para fora de casa. – Falei abocanhando o meu delicioso lanche.

– Calma que eu estou conhecendo ele ainda e vai demorar em ele vir morar aqui ok? – Ela disse me dando um empurrão no ombro.

– Sei mãe. – Falei bebendo minha coca.

– E você e o Pierre? – Ela disse se sentando do meu lado.

– Ah mãe, por favor, não vem com essa conversa agora não. – Disse levando o prato para a pia.

–Conversa seria agora filha. Eu sei que você gosta dele, e ele também gosta de você e todos veem isso menos você. – Ela disse do meu lado.

– Eu vou dormir. Boa noite, mãe. – Disse indo pro meu quarto.

– Vocês vão ficar juntos. – Ouvi minha mãe gritar enquanto eu subia as escadas.

...

– Samantha você vai se atrasar - Ouvi minha mãe gritar enquanto eu pegava minha mochila e descia as escadas.

– To pronta mãe. - Disse indo até a cozinha onde ela estava.

– Pierre já esta lá fora. Boa aula. - Ela disse me dando um beijo na testa.

– Bom dia. - Disse saindo de casa.

Pierre já estava lá me esperando eu entrei no carro e disse um "oi" para ele que me respondeu com outro e ligou o carro e fomos para escola.

– Sam, meu amor. - Austin disse vindo me abraçar.

– Oi idiota. - Falei enquanto andávamos juntos com a turma toda, incluindo o Pierre, para as nossas salas de aula.

O sinal bateu e cada um entrou na sua sala. A May se sentou do meu lado e começou a me contar como andava seu rolinho com o carinho que eu não me lembro o nome porque eu estava com sono e não prestei atenção, só sei que ela quer namorar.

Ouvi o sinal bater novamente, mas dessa vez para o recreio. Sai em disparada para o refeitório, comi minha comida de sempre na paz enquanto o povo todo conversava em volta de mim. Quase no fim da hora do lanchinho me lembrei que havia chocolate na minha bolsa (ae, fogos, palmas algo saudável para comer hoje). Fui na inocência, peguei o meu chocolate o abri e estava quase para coloca-lo na minha boca quando ouço alguém berrando.

– CHOCOLATE. Samantha você esta me devendo me de esse AGORA. - O Pierre gritou/berrou vindo atras de mim e eu obviamente me levantei derrubando tudo e sai correndo pelos corredores com o MEU chocolate.

– Sai Pierre é meu. - Gritei enquanto corria dele.

– Me dá. - Ele disse quando me alcançou me encurralando na parede.

– Não. - Disse desviando minha mão das dele, porém ele é maior e mais forte que eu e COMEU na MINHA própria mão o MEU chocolate.

– Seu idiota era meu. - Disse dando tapas no braço dele.

– Isso mesmo, ERA. - Ele disse sorrindo enquanto terminava com o meu chocolate.

– Idiota. - Falei e passei por ele e fiz questão de quase arrancar o braço dele enquanto voltava para o refeitório.

...

Depois daquele episodio onde eu tive meu chocolate roubado, cada um voltou para a sua sala e eu dormi novamente é claro.

Acordei com a May me dizendo que tinha que ir logo e que o Pierre já estava me esperando para ir embora.

Me levantei ajeitei minhas coisas e sai da sala dando de cara com o Pierre.

– E ae, como foi a aula? - Ele disse começando a andar enquanto eu tentava acordar para segui-lo.

– Pierre espera. - Disse indo até ele.

Fomos para o carro com eu apoiada nele morrendo de sono enquanto ele me dizia algo sobre mãe, trabalho e eu. Mas eu não me lembro o que tudo isso tem haver porque dormi até chegarmos na casa dele.

– To com fome. - Disse enquanto entravamos.

Descobri que o que ele estava tentando dizer era que minha mãe saiu com a Cat para sei la eu o que e minha mãe disse para eu ficar lá.

– Tem coca e doritos. - Ele disse subindo as escadas.

Como sempre, peguei a comida e me joguei no sofá como se fosse a minha casa.

– Folgada nem um pouco né? - Ouvi o Pierre dize enquanto descia as escadas e vinha se sentar do meu lado.

– Claro que não. - Falei terminado de beber minha coca-cola.

– Precisamos conversar. - Ele disse depois de alguns minutos.

– Olha, dessa vez eu juro que não fiz nada pra você. Vem não. - Disse o olhando seria. Ta doido, fiz nada para ele porque quer conversar?

– É serio Sam. Preciso te dizer uma coisa. - Ele disse chegando mais perto.

Fodeu.