O Anjo Caído (HIATUS) escrita por Manu


Capítulo 5
Cap. V- "Sofrendo com os reflexos do corpo humano"


Notas iniciais do capítulo

O começo ficou com um toque quase ecchi, eu tive um pequeno momento pervo... SHAUSHAU' Mas bom, esse capitulo ficou um pouco calmo no começo, mas o final acho que fez valer a pena! hahah Capítulo sem reflexão final do Uriel, um ponto a menos pra mim vindo do povo que curte a "poeticidade" dele! ;-; rsrs.Have fun, guys~~ .



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Segunda-feira, 10:03 AM.

Acordei com a imagem de duas pernas branquelas e uma calcinha de ursinhos cor-de-rosa passando logo acima de mim. Meu corpo não conseguiu evitar, meu rosto corou e eu fiquei... “Entusiasmado”.

“P-pare de olhar para a roupa íntima da Cassie, s-seu anjo pervertido!”, advertiu Arian, mas garanto que a excitação não foi proporcionada apenas por mim.

“Eu?! Parar?! Garanto que é você que fez o nosso corpo ficar desse jeito!”, retruquei.

“E-eu?! Mas é você que está no controle! E alias...! B-bom! Que seja! Pare de olhar isso!”, ordenou o albino.

Virei o rosto para a direita. Incrivelmente, essa briga mental durou apenas alguns segundos.

— Hum? Te acordei, Arian? — Perguntou Cassie olhando para a gente.

— H-hãm... S-só um pouquinho. — Me ajeitei no colchão improvisado no chão do quarto. Aquela coisa era realmente desconfortável, mas a mãe de Arian disse que nós tínhamos que dormir ali, já que Cassie era menina e justamente por isso e por outros mais, era incogitável a hipótese de dormirmos juntos na mesma cama.

— Quer dormir comigo na cama? Aqui parece... Desconfortável. — Falou ela analisando o colchão ao se sentar ao meu lado.

— Mas mamãe disse que... — Comecei, porém ela colocou seu indicador sobre os meus lábios.

Calei-me e ela riu.

— Ela não vai saber. — Cassie levantou-se e trancou a porta. — E além do mais, suas costas devem estar doendo, não é mesmo? — Ela estendeu a mão sorrindo com seus olhos verdes brilhantes um pouco inchados por causa do sono. Porém, mesmo nesse estado, não pude discordar do que Arian pensava naquele momento. Cassie ainda estava... Bela.

É meio difícil ignorar sentimentos por ela... Cassie é uma fada, lembrei-me da fala de Arian. Realmente, com aquela pele e lábios tão claros como os de uma ninfa ou sei lá o que... Ela estava extremamente atraente.

Saí do meu repentino devaneio humano e peguei a mão de Cassie, a própria me puxou no mesmo momento e me jogou na cama, deitando-se por cima e fechando os olhos sutilmente. Sem dúvida alguma, ela estava sonolenta.

Arian e eu perdemos o sono naquele momento. Nosso corpo estava imóvel e... Com uma garota ligeiramente em cima dele! Até a nossa respiração ficou forte.

“E-espero que Cassie não note esse nosso estado...”, disse Arian.

Não respondi, mas o albino mesmo assim soube que concordei.

— Faz tanto tempo, né? — Perguntou ela com a voz num tom baixinho.

Virei o rosto para ver a face dela e antes que eu dissesse qualquer coisa ela abriu os olhos e prosseguiu com a sua fala:

— Tanto tempo que a gente não dorme junto... Desde os sete anos. — Ela sorri colocando sua mão delicada no meu rosto.

— P-p-p-póis é...! — Falamos com dificuldade.

— Sua mãe me viu usando brilho labial pela primeira vez e achou que eu estava crescidinha demais para dormir junto com o filhinho dela... — Riu.

Arian soltou um riso.

— S-sei, lembro bem disso...! É-éramos apenas crianças e mesmo assim mamãe nos tratava como pequenos adultos... — Comentei sorrindo.

— Sim, tem razão... — Ela soltou um riso curto enquanto apoiava sua cabeça em meu peitoral. — Mas hoje pelo jeito ela confia na gente, me deixando dormir no mesmo quarto que você, mesmo que ela tenha me fuzilado com os olhos ao ver a minha camisola “enorme” ontem à noite... — Ela olhou para mim e nós rimos. — O tempo passou e nós ainda somos bons amigos... — Ela acariciou meu peito.

— S-sim... Verdade seja dita, não é? — Soltei um riso nervoso.

— Sim... E bom... Sabe, Arian... — Ela se ajeitou na cama, encostando as costas na cabeceira. Fiz o mesmo.

— Diga, “Miss”. — Arian sorriu.

Ela riu olhando para baixo com as mãos inquietas, seus polegares faziam um movimento circular estranho.

— E-eu senti muito sua falta nesse tempo que eu fui morar com a minha tia e... E... — Ela não conseguia terminar a frase, então Arian segurou a mão dela com rosto feito um tomate.

— T-tudo bem... Também senti sua falta, Cass. Se precisar desabafar, reclamar, chorar, rir... Q-qualquer coisa, eu estou aqui, ok?

— O-ok... — Ela sorriu e seu olhar abaixou-se de novo.

Ele tirou a mão de cima da de Cassie, totalmente corado.

— Você ainda sente falta dos seus pais, né? — Tentou mudar de assunto.

— Sim. Ainda dói muito, mas... — Ela continuava a remexer os dedos. — N-não era exatamente isso que eu queria falar...

— E-então... O que era? — Perguntou Arian corando.

— Era sobre... — Ela mordeu o lábio, nervosa. — S-sobre...

Que estranho... Ela parecia ter dificuldades para falar algo. Eu apenas observava aquela cena tentando entender o que se passava.

Duas batidas na porta. Nós “três” tomamos um susto.

— Arian, querido! Cassie? — Chamou a mãe de Arian, rodando a maçaneta. — Ué? Por que a porta está trancada?

Cassie correu até a porta.

— Olha, Cassie... Se estiver tirando a pureza do meu querido filhinho...! — Começou Dona Molly até que a ruiva finalmente abriu a porta. — Hã?! Ainda com essa camisola minúscula, Senhorita Cassie? — Indagou mamãe repreensiva com os braços cruzados.

Cassie riu e Dona Molly olhou para mim. Cassie e Arian tinham esquecido uma coisa. Ou melhor, Arian tinha esquecido uma coisa.

— Arian, você dormiu na cama? — Perguntou a mulher desconfiada.

— N-não, mamãe... — Respondeu ele imediatamente.

— Então por que está na cama?

—S-sendo assim... — Ele olhou para Cassie que mandava um olhar repreensivo. Arian não sabia o que falar. — E-eu dormi na cama sim, mamãe.

— Então Cassie dormiu no colchonete?

— Não mamãe... — Respondeu automaticamente e depois se deu conta no que tinha dito.

A mãe de Arian ficou boquiaberta.

SANTA BURRICE, Arian...!

— H-hã?! — Disse Dona Molly.

Cassie levou a mão até a testa e fez um gesto de “não” com a cabeça, por causa da tolice das palavras de Arian.

Pelo amor de Deus... Esse corpo não é NADA MESMO sem mim...!

— Q-quer dizer...

— Nós trocamos de lugar no meio da noite! — Disse Cassie salvando a pátria.

— É-é! F-foi isso que eu quis dizer! — Ele soltou um risinho.

De repente o nosso coração quase parou e o corpo de Arian ficou sem ar. Nós seguramos o nosso pescoço com a mão esquerda e tentamos sugar ar, sem sucesso.

Corri até o banheiro do quarto e me coloquei em frente ao lavatório, ainda tentando puxar ar, falhando outra vez.

Ouvi uma risada maléfica e alta na minha mente.

— Oh, meu Deus! Arian! — Gritou Cassie vindo atrás de mim.

Cuspi sangue no lavatório e com sorte, consegui voltar a respirar com extrema dificuldade. Cambaleei e tentei me segurar no porta-toalhas, caindo num grande impacto com o chão e a toalha amarela nas mãos.

— Meu filho! — Gritou mamãe me observando pela porta do banheiro.

“CUIDADO COM OS HUMANOS, URIEL... E NÃO SE ESQUEÇA DE SUA PUNIÇÃO, SUA PUNIÇÃO...”, disse a voz.

Demônios... — Falei ofegante, olhando para o chão com meus olhos totalmente sem vida.


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Notas finais do capítulo

Sério... Esses demônios assustam até a mim! kkkk Quem gostou levante a mão!! Yeaah! o/. (Não vejo mãos, mas ok. kkk talvez veja reviews... ou nao.)rs. Desculpem a demora, Manu é lenta para desenvolver o enredo. Mas uma hora de repente ela cria coragem, deixa a preguiça de lado e escreve. Espero que a história esteja lhes agradado. Obrigada namicchin por dizer que está amando loucamente a fic! *OOOOO* Morri e ressucitei depois dessa, heheh.Beijitos e até o próximo, pessoal.