My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 6
Discussão


Notas iniciais do capítulo

Ninguém pode negar que eu sou muito boa. Como eu disse estou com tempo para escrever e acabei escrevendo hoje esse capítulo, fiquei ansiosa para postá-lo. ^^ >> Gostei desse capítulo, Kelsey se mostrou mais forte e ágil para raciocinar.Em relação ao meu nome, coloquei SnowFlake porque uso esse no twitter ^^



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― Se quisesse tirar uma foto comigo era só pedir – sussurrou Ren.

Kelsey fechou o celular na mesma hora. Ele estava acordado... Isso era... Assustador. Ren instantemente se levantou, mostrando ainda mais seu corpo. A barriga era definida e os braços fortes, tudo sem exagero e em seu lugar. Sentou na cama e olhou para a garota, pois essa parecia ter congelado no tempo.

― Eu não estava tirando foto... – ela murmurou e abaixou a cabeça.

―O que você estava fazendo então? – Dhiren interrompeu-a, tentando intimida-la.

― Pegando sinal! – respondeu alto para passar o constrangimento.

― Tudo bem senhorita Hayes? – Kelsey escutou e lentamente, olhou para o lado; vendo a enfermeira com uma caixa de primeiros-socorros.

―Si-sim – concordou com a cabeça e voltou para a cama.

A senhora se aproximou e sorriu para os jovens.

― Ren está dormindo aqui desde quando cheguei. Ele disse que está com dor de cabeça. Acho que é mentira – sussurrou a última frase enquanto olhava para o machucado.

― Não é mentira! – comentou do outro lado da cortina com um tom brincalhão.

― Vai dormir Ren – a enfermeira riu e virou-se para pegar um curativo – Perguntei ao senhor Kadam se tinha mais curativos prontos e ele disse que estavam no armário dos professores, teve sorte.

― Não está doendo mais, acho que só arranhou... Não precisa fazer o curativo. – Kelsey disse ainda constrangida por ter sido pega no flagra por Ren.

―Larga de ser boba garota! – o rapaz gritou com ironia – Seus joelhos estão horríveis!

― Não liga para ele – a enfermeira respondeu. – Eu tenho a obrigação de fazer o curativo mocinha, então não se preocupe se vai perder aula ou não.

― Mas é que... Ai! – exclamou quando a enfermeira passou um pouco de álcool no ferimento da perna direita.

―Desculpa e... Pronto – a velha disse com calma e colocou o curativo em um dos joelhos, fazendo o mesmo com o outro. – Mocinha, você é nova aqui, certo?

Kelsey assentiu.

― Que coisa, acho que nunca tinha atendido alguém nesse ano com algum ferimento - pausou, suspirou profundamente e gritou: - Senhor Rajaram?

― Sim. – Ren saiu da trás da cortina ainda sem camiseta, mostrando o bronzeado.

―Vista uma camiseta e ajude a senhorita Hayes ir para a sala.

―Eu? Mas, eu nem sei onde está minha camiseta – ele disse fazendo-se de vítima.

― Está na cabeceira da cama, rápido, por favor. Vocês são da mesma sala? – a enfermeira perguntou para Kelsey.

― Sim – a garota respondeu, querendo que a resposta fosse negativa.

Dhiren vestiu a camisa de uniforme, arrumou as cortinas - voltando-as ao lugar - e sentou na cama que estava dormindo olhando diretamente para Kelsey. Espera a enfermeira terminar de fazer o documento que comunicava que a garota havia passado pela enfermaria.

― Não precisa me ajudar – Kelsey comentou entre sussurros para a enfermeira não escutar – se quiser ir na frente...

― Você não manda em mim – Ren disse com um tom de sarcasmo – Não quero que fique se achando só por causa de ontem.

Kelsey não estava entendendo. Talvez ele tivesse bipolaridade e mudasse de humor muito rápido, pensou e riu por dentro.

― Você está enganado – falou abaixando a cabeça e na mesma altura que antes -, mal te conheço e todo mundo pensa coisas ruins de mim agora. Não preciso de ajuda sua.

― Não importo com isso - Ren "rosnou" as palavras com ferocidade.

― Eu sim.

Kelsey levantou a cabeça para olhar diretamente nos olhos do rapaz e tentar explicar que não o queria perto dela, porque parecia ser odiada por todas as garotas - exceto por Tifany que parecera ser legal e carismática.

― Aqui Kelsey, assine nessa linha – disse a enfermeira entregando um papel e apontando para uma linha.

Depois de assinar, a garota levantou e tentou caminhar. Porém os joelhos doíam ainda mais depois da enfermeira ter passado álcool. Caminhou até a porta com dificuldade e percebeu que tanto a mulher como Ren observavam com os olhos curiosos para ver até onde ia.

―Vá ajudá-la. – enfermeira ordenou, contudo não obteve o efeito desejado sobre Ren.

― Ela disse que não precisa de ajuda, Amélia – respondeu frio.

Kelsey quando estava entre o portal decidiu olhar para trás. Sorriu para Amélia, pois a mulher parecia preocupada e fez um sinal positivo com a mão.

― Obrigada – agradeceu com as bochechas coradas.

― Por nada - respondeu a enfermeiro com um pouco de pena. - Espero que não precise voltar.

Kelsey caminhou mais um pouco e conseguiu chegar na ponta da escada que levava para o andar superior. Kelsey pensou bastante na possibilidade de pedir para seu pai buscar lhe, afinal não quer entrar na sala e ver que todos encaravam seus curativos. Fechou os olhos tentando raciocinar e encontrar uma solução para aquilo, como fizera em muitas vezes.

― Preciso pensar... – falou para si mesma.

― Pensar no quê? – assustada, olhou para trás e viu Ren escorado na parede.

― Não te interessa. – pronunciou de forma rude pela primeira vez.

― Nossa! – ele exclamou – Cadê a garota que tinha machucado o joelho e estava toda...

―Tímida? – interrogou, porém no fundo queria ter ficado calada.

― Isso – concordou e sorriu de lado, demostrando sua ironia.

― Não te interessa, não é mesmo? – Kelsey disse de forma baixa.

― Não mesmo. Mas, sabe o que está me incomodando? - ela negou com a cabeça. - Por que você quis tirar uma foto de mim? – Ren perguntou e caminhou para perto dela.

― Já falei, não estava tirando uma foto sua – o tom de sua voz decaiu ao tímido e as palavras começaram a tropeçar na sua mente –, estava pegando rede. Acho que...

― Acha o que? – O rapaz estava à distância de cinco passos dela e ameaçava aproximar.

Kelsey ficou em silêncio. Não pensava em falar a verdade, mas nenhuma desculpa vinha à tona.

― Que tenho que voltar para a sala - por fim respondeu. - Com licença.

Kelsey abaixou a cabeça e começou a subir as escadas. Depois desse diálogo, não estava importando se os colegas de classe falariam dela. O "mico" de cair na frente de todas as garotas era somente uma forma de crescer e fortalecer seus instintos, pensou e respirou fundo. Somente queria se afastar de Dhiren por estar com vergonha e constrangida pelo que ele falou na frente de toda a turma.

― Espera! – ele gritou e puxou o braço dela. Pressionou os bíceps de Kelsey e virou-a de forma brusca para olhá-la.

― O que foi? – Kelsey quis respondeu na mesma altura, mas se conteve por estar na escola.

―Deixe eu ver o seu celular! - A raiva imanava dolorosamente das palavras.

―O que? Você... – a expressão do rapaz estava séria e dizia não estar brincando sobre o assunto – Você não vai ver meu celular. Não tem esse direito!

―Não? - Dhiren levantou uma sobrancelha, prenunciando seus piores sentimentos com a expressão. - Você tirou alguma foto de mim?

― Eu já disse que não tirei – a voz de Kelsey começava a ficar trêmula, queria chorar e se esconder em algum lugar bem longe dali.

O que garoto tinha que o fizera agir daquele jeito? Tinha algo mais que a foto, Kelsey imaginou. Olhou diretamente nos olhos de Dhiren e repetiu a frase com sinceridade e sem hesitar.

― Não tirei foto sua.

Ren soltou seu braço aos poucos, diminuindo a pressão que havia colocado. Por fim, largou Kelsey de vez e deu um passo para trás abaixando a cabeça. No fundo do seu coração sabia fizera algo para não se orgulhar quando a pressionou daquela forma por causa da foto.

―Desculpa. Eu não queria fazer isso.

― Mas fez - Kelsey aumentou o tom da voz e fez uma pausa para respirar e engolir seco. – Vou para a sala.

―Vou te ajudar - disse, tentando parecer sereno.

Chegou perto dela e colocou a mão no mesmo local que havia apertado, contudo de forma delicada. Kelsey balançou o braço bruscamente quando sentiu seu toque e afastou os dedos dele. Não queria ajuda de uma pessoa queria machuca-la há segundos. Encarando o chão, subiu as escadas com dificuldade. Deixou Ren para trás, não se importando se ele pediu desculpa com sinceridade.

Chegou ao corredor superior um pouco aliviada por perceber que Ren não havia seguido seu passos. Talvez, o garoto matasse os próximos horários para não encontra-la. Seria ótimo se ele decidisse assim, ela imaginou com um sorriso na face, pois Kelsey não queria focar novamente nos olhos azuis cobalto.

Chegou na sala e hesitou em abrir a porta. Abria-a após repensar sobre Ren e sua atitude - atitude que deixaria um roxo em seu braço. A expressão dos alunos era semelhante a indignação e surpresa. A garota loura, vítima da língua de Tifany, sentava ao lado de Dhiren e paulatinamente, olhou para seu rosto com desprezo.

―Kelsey! – gritou Tifany do fundo da sala.

―Entre senhorita Hayes. Espero que esteja melhor - comunicou o professor.

―Não foi nada, somente alguns arranhões – respondeu baixo para somente o professor escutar.

―Ela está bem. Até conseguiu subir as escadas sozinhas.

Kelsey olhou para o lado e viu Ren com um sorriso maquiavélico no rosto, como se nada tivesse acontecido. A garota quis gritar de raiva por causa da expressão dele e falar para todo mundo o que ocorrera no pé da escada.

―Entrem, por favor – o professor ordenou antes que a turma desfocasse da matéria.

― Vamos Kelsey, eu te ajudo – Ren disse e colocou as mãos em sua cintura. Antes que pudesse responder "não", ele sussurrou em seu ouvido: – Negue minha ajuda na frente de toda a sala e eles irão achar que você é uma chata, ignorante e todas as coisas ruins possíveis de se existir .

―Obrigada Ren – afirmou na frente de todo mundo, sentindo o rosto ficar quente.

Dhiren levou-a até a carteira e lodo se direcionou para o seu lugar. Os materiais do rapaz estavam guardados na parte de baixo da mesa e com agilidade e naturalidade pegou os cadernos. Kelsey, por outro lado, estava com vergonha, raiva e sem palavras para descrever o que se passava em sua cabeça. Frases como: "um dia eu mato ele" ou "que a escola seja explodida com esse maldito dentro" eram frequentes nesse intervalo de tempo. Os alunos comentaram da entrada dela e a garota não sabia o porquê de todo mundo fazer escândalo por conta da situação.

A aula não passou de forma rápida como nos outros dias e ela se sentiu constrangida quando o sinal de término soou. Esperou todos saírem, como da ultima vez, e saiu da sala da forma mais discreta possível. O seu pai estava demorando e como os joelhos doíam, sentou no banco, como fizera no primeiro dia de aula.

― Olá, Kelsey! – Tifany disse e sentou ao seu lado.

―Oi – sorriu forçado para não parecer chateada.

― O que foi aquilo que aconteceu entre você e o Ren? – perguntou curiosa.

―Na-nada - Kelsey gaguejou.

― Foi muito estranho – Tifany falou e ficou em silêncio por um tempo – Você sabe o por quê todo mundo comentou e comenta sobre vocês dois? E por que é o assunto do momento?

― Não – Kelsey disse e balançou a cabeça junto.

― Parece que Ren é o dono da escola. Dizem que a última garota que ele namorou morreu por causa dele. As garotas acham isso romântico e a maioria quer estar no seu lugar... Resumindo: você é quase tão odiada quanto a professora Floris.

―Morrer por alguém não é romântico – Kelsey respondeu estagnada com a história.

― Antes dele estudar aqui, visitou o senhor Kadam algumas vezes - Tifany contou fazendo um pouco de drama. - Bom, ele saiu uma vez com a Ambre...

―Ambre? - Kelsey interrompeu-a.

― Ambre é a loirinha com quem ele conversou ontem nos últimos horários. – explicou Tifany.

― Será que ninguém enxerga que não tenho relação alguma com ele? Nem mesmo amizade... E que, definitivamente, não quero nada...Isso irrita.

Tifany riu e continuou a conversa:

― Trate de acostumar, essa escola é assim: os boatos correm soltos.

―Obrigada por avisar - Kelsey respondeu revirando os olhos.

― Você tem celular, certo? – Fany achou graça e interrogou.

―Sim.

― Me passa seu número!

― Claro – assentiu.

Kelsey colocou a mão no bolso e o celular não estava lá, abriu a mochila e, também, não achou. Olhou em todos os bolsos, várias vezes, e, também... nada. Onde será que o celular havia parado? Perguntou para si mesma, amaldiçoando o universo.

― Acho que perdi meu celular – disse querendo chorar, porque não havia nem 24 horas que comprara o objeto.

― Tente lembrar o que você fez - recomendou a outra garota.

― Eu coloquei no bolso do short, depois cai, fui para a enfermaria, enviei mensagem para a Manu, depois... - entre uma imagem e outra refez seu trajeto. - Sai da enfermaria e encontrei com... Meu celular está com o...

Aquela ideia atormentou a sua cabeça. Não podia estar com ele. Era impossível e ele não seria cara de pau de fazer isso... Os dois mal se conheciam, era... Matemática...Possível no momento que ele chegou perto dela.

―Com quem está o seu celular? – perguntou Fany desfazendo o sorriso.

Kelsey não queria dizer o nome dele. Estava com raiva, na verdade, muita raiva.

―Ren.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Postei esse porque estava ansiosa por ele. rsrsrs 'u' Ainda não escrevi o próximo então se você quiser deixar uma crítica ou opinião sobre Ren e Kelsey, enfim sobre a história fique a vontade para soltar a imaginação o/ e comentar comentar sobre possíveis acontecimentos. Novidades: agora tenho 10 leitores *-* Isso é muitooo legal



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