My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 43
Dores


Notas iniciais do capítulo

OIE! Como vocês estão? Voltei com My Tiger, como prometido. Acho que quem leu o último capítulo, que foi um especial, viu que agora postarei somente nos domingos. Tentarei melhorar minha escrita a partir de agora e por mais que eu não tenha alguém para revisar tentarei, eu mesma, fazer isso de uma forma mais criteriosa.
Alguns capítulos anteriores, antes da fic entrar em hiatus, não foram revisados, ou seja, tem muitas coisas erradas. Mas de agora em diante, como disse, revisarei com mais cautela e antes de postar.
Espero que aproveitem o capítulo "Dores" e quero deixar o meu abraço e gratidão a todos que continuam lendo. Obrigada pelos elogias, que sempre leio nos comentários, e obrigada por me darem forças para escrever. Queria poder abraçar a todos pessoalmente, porque My Tiger é a primeira fic que escrevo que tem tantos leitores assim.
Vou largar de melancolia e...
BOA LEITURA!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397849/chapter/43

O amuleto estava caído ao lado dele e brilhava de forma menos intensa. Esbanjava uma cor dourada e, às vezes, reclinava para um roxo escuro. Kelsey pegou o amuleto com as mãos trêmulas e o jogou no chão. Nada. A luz do objeto ficara mais forte. Pegou novamente e por impulso o apertou contra os dedos. Como algo insignificante, o pedaço de pedra se desfez entre seus dedos.

******

Dhiren abriu os olhos, não entedia o que estava acontecendo. Kells estava sentada ao seu lado com os olhos marejados. A garota parecia respirar com dificuldade e por instante pensou que, talvez, ela estivesse cansada. Sim, ela estava cansada. Não sabia como, mas Kelsey sentia-se completamente exausta. O amuleto desaparecera, sobrando apenas o cordão caído no chão.

―Kelsey – Ren disse tocando o rosto dela – O que aconteceu?

―E-eu quebrei a pedra – falou pausadamente. – Vamos... Tenho que te levar para o senhor Kadam.

Dhiren tentou se levar e com a ajuda de Kelsey se colocou de pé. Sua cabeça doía como a vez em que o Sr. Kadam o perguntou sobre a noite que Lokesh invadiu o reino. Era estranho ter essa sensação novamente.

―Ren, você está melhor? – Kells perguntou em um tom baixo quando percebeu que ele a encarava.

―Não sei. Minha cabeça dói.

―Você bateu em algum lugar?

Dhiren não sabia, não era uma dor de combate como muitas vezes sentira. Pensando bem, percebera que a dor era mais espiritual do que física. Ao refletir sobre isso fleches da conversa que teve com o Sr. Kadam passaram por sua mente. Logo, o rosto de Kelsey quando a viu na enfermaria e o sentimento de culpa que sentiu, ao ver os joelhos dela machucados, retornara. Memórias de quando chegou à escola voltaram e novamente a face de Kells, com a expressão confusa, passara. A dor sumia aos poucos e ele não entendia porque daquilo agora.

―Ren – de longe escutou Kells o chamar.

―Eu não sei o que está acontecendo. Estou me sentido estranho como se algo estivesse sido adicionado a minha vida, mas eu não sei o que é.

Kelsey tentou entender o que ele falara, mas não sabia o que dizer. Estava com medo de que a quebra do amuleto prejudicasse Dhiren e Kishan. Pensava na hipótese de a voz em sua mente ser de Lokesh e o mesmo ter a feito quebrar a pedra para que pudesse fazer mal à Ren. Se isso tivesse sido possível, talvez, tudo estava perdido.

―Eu só queria você bem – murmurou sentindo o peso em sua consciência.

―O que? – Dhiren perguntou dando um passo a frente.

―Na-nada.

Os dois caminharam até o prédio principal da escola. Pelo visto ficaram um bom tempo dentro da estufa, pois não havia mais alunos. Kelsey abriu a porta que ligava ao corredor de emergência para que Ren pudesse passar. Seguiram a passos lentos até a sala do Sr. Kadam e pelo caminho viram que Nilima e Kishan estavam na cantina sentados em uma mesa afastada.

Abriram a porta que tinha uma plaquinha escrita “diretor” e entraram. Sr. Kadam estava olhando pela janela pensativo. Vira da sua sala a dificuldade que fora para que Kelsey e Ren atravessassem o jardim. Ele estava curioso para saber o que havia acontecido, mas ao mesmo tempo tinha medo do que acontecera.

―Kadam – escutou a voz de Ren o chamando e virou para o rapaz.

―Fiquei preocupado – disse quando o viu. – Obrigado, senhorita Kelsey.

A garota assentiu e ajudou Dhiren a se sentar.

―Eu não conseguia me tornar humano – Ren falou com a cabeça baixa. – Desculpa por ter saído correndo daquele jeito no meio da nossa conversa. Eu tive a mesma sensação que tenho quando sou obrigado a me transformar em tigre...

―Tudo bem, Ren – interrompeu o rapaz. ― A culpa foi minha pro ter te pressionado daquela forma. O seu pai sabia quem era o rei e talvez eu possa achar alguma coisa nos arquivos do reino.

Ficaram em silêncio, Ren tinha a impressão que Kadam sabia de algo e estava escondendo. Ao mesmo tempo, pensou que talvez não devesse falar sobre o amuleto para ele. Queria, por enquanto, esquecer disso. Kelsey tinha destruído a pedra e por algum motivo estava tão cansada como ele, tal como se ela tivesse passado pela mesma situação.

―Vamos Kells – sorriu e se levantou pegando na mão dela.

―Ma-mas... – Ren beijou a boca para que a mesma não falasse.

Ele não queria ter manipulado ela dessa forma, entretanto não saberia explicar para ela que não queria que ela falasse com Sr. Kadam. Dhiren a conduziu até a parte de fora da escola e agora queria ver Nathaniel, pois sentia como se o rapaz pudesse dizer algo.

―Vamos para o hospital – disse para Kelsey quando abriu o carro.

―Tudo bem.

―Quero ver Nathaniel. Eu sei que o Sr. Kadam foi visitá-lo, mas quero vê-lo pessoalmente. Dardas não são feitas somente por quem tem alguma conexão com Durga. Elas são feitas quando alguém invoca Durga com um pedido maligno e isso qualquer um pode fazer.

―Como você sabe disso? – Kelsey disse imaginando que quando Dhiren soube das marcas mal sabia lhe explicar o que era.

―Eu... – pausou tentando se lembrar onde lera tal informação - Não sei onde vi isso, mas tenho certeza.

―Certeza? – perguntou em um tom baixo.

A palavra “certeza” fez com que Kells se lembrasse da voz que ouvira quando estava na estufa. Tudo fazia sentido agora, Ren estava se lembrando de coisas necessárias para acabar com a maldição. Sua memória estava retornando, então bem capaz que ele já sabia sobre as marcas, mas as informações necessárias para ajudá-lo tinham sido bloqueadas.

Dhiren ligou o carro e saiu do estacionamento da escola. Dirigia um pouco mais lento que o normal, por causa do gelo que cobria a rua. Ligou o aquecedor para que Kells pudesse ficar confortável.

―Kells. – a chamou.

―Sim.

―Eu te amo. Obrigada por hoje, eu estava agoniado, mas quando te vi, não sei o que aconteceu e eu fiquei calmo.

Kells sentiu o seu rosto esquentar e pelo reflexo do vidro vira que suas bochechas começavam a ruborizar.

******

―Quem diria que você conseguiria Yesubai – Lokesh falava pelo telefone em um tom ríspido.

―Eu disse que conseguiria – respondeu com raiva das palavras que escutara.

―Não estou completamente satisfeito. Você invocou marcas de darda naquele rapaz e acabou deixando provas contra mim.

Yesubai sabia daquilo, mas achara necessário usar Nathaniel para invocar Durga. Era como se tivesse mostrando que podia ser poderosa, tal como Lokesh era. Somente pessoas que tinham conexão com Durga podiam fazer o que ela fez e até o momento Kelsey, Lokesh e ela podiam.

Dentro os três, Yesubai era a única que podia invocar as marcas da mesma forma que os antigos que seguiam Lokesh faziam para pedir algo à deusa. Como Lokesh era uma dos seguidores de Durga, ela sempre atendia os seguidores de seu criado com mais atenção. Mas isso acabou fazendo com que a maioria deles tentasse enganar a deusa com pedidos que tivessem cunho maligno.

―Yesubai, quando lhe dei liberdade para usar as marcas da darda eu estava pensando em algo para a garota ou para os tigres. Se fizer isso novamente...

―Não farei – ela disse friamente e desligou o telefone.

Yesubai sabia que as marcas de darda eram muito mais do que um efeito colateral que se apresentava no ritual de invocação à Durga. Ela sabia que a pessoa que é marcada morre aos poucos e quando isso acontece é como se a existência da mesma nunca fora real.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que tenham gostado.
O próximo capítulo sairá no próximo domingo (19/01)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Tiger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.