Darkness to Kill escrita por Quaeso


Capítulo 8
Só um tarado... será?


Notas iniciais do capítulo

Faz exatamente 41 dias que eu não posto um capítulo novo, e eu realmente sinto por isso... Mas tenho explicações para tal.
Em novembro eu estava participando do NaNoWrimo (escrever um livro em 30 dias não é fácil)... E por isso me dediquei totalmente ao meu livro.
Em dezembro aconteceu algo totalmente trágico... Fiquei sem internet. Vocês não ouviram errado... Acho que foi mais de uma semana e meia! Enfim foi horrível...
Quando a net voltou percebi o quanto estava pondo em descaso minhas fics, e me senti muito mal por isso... O que me ajudou a perceber isso, foi que: Estava lendo uma fic, muito boa por sinal, já fazia um bom tempo... e sem nem dar uma explicação a escritora excluiu sua história, junto com o seu usuário... Fiquei irritada e decepcionada, pois a autora instigou a minha curiosidade, e logo após sumiu... Percebi que foi mais ou menos isso que eu fiz com vocês... e por isso peço mil desculpas!! Sei mais do que ninguém que por causa de seus comentários estimulantes, eu me vi pensando na possibilidade de virar uma escritora... Ainda estou escrevendo o meu livro, e não é nada definitivo... mas não quero ter que deixar vocês, meus amados leitores numa pior... Enfim, só quero dizer que não vou parar de escrever "Darkness to kill"...
Recomendo que leem o capítulo anterior, para se recordarem da história.. Porque confessando eu mesma fiz isso...

Só avisando, vou postar os capítulos toda segunda OU terça... Porque são os dias em que estou menos atolada... (por enquanto é só um por semana, Compreendem por favor!)

Boa leitura!



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Infelizmente não pude ter o enorme privilégio de desfrutar da paisagem, enquanto esfriava a cabeça no banco de carona. O idiota do Jake tinha de ser tão precavido a ponto de colocar um lenço em torno dos meus olhos? Era só o que faltava agora Eu ser sequestrada.

— Você não está me entendendo... — Tentei explicar pela milésima vez sem obter sucesso — A minha irmã está correndo perigo de vida...

— Já disse isso — interrompeu rápido.

— E vou repetir mais quantas vezes forem necessárias... — Esperneou impaciente.

— Por favor, só mantenha-se quieta. — Implorou — Falta pouco para chegarmos.

— Chegarmos aonde? — disfarçadamente fui tentando me desvencilhar da algema que prendia minha mão direita, em um ferro que ficava atrás do banco. Não tinha entendido o porquê dele só prender a mão direita, enquanto a esquerda estava solta.

— Se eu fosse você, não faria isso — Alertou tranquilamente, porém feroz.

— Do que você está... — Sem dar aviso prévio, o Sr. Gostosão Arrogante, estendeu a mão e colocou por cima da minha, que não estava algemada. Como estava vendada não pude ver a que distância exatamente, ele se encontrava de mim, mas pelos leves choques que recebi através da pele, percebi que era ele quem provocava aquilo. Me senti insegura e nervosa, e por um momento “esqueci” meus outros problemas. Mas foi só por um momento. Rapidamente recuei, assim que senti o seu toque.

— Não tente fugir — Respondeu, cortando os meus pensamentos que dizia exatamente o contrário — Não vai conseguir.

— Quem você pensa que é? — esbravejei irritada — “Não tente fugir”, não me faça rir numa situação dessas. É lógico que vou tentar fugir de um tarado.

Ele somente suspirou cansado.

— Além do mais... — Continuei, disposta a prolongar a discussão — Você acha que eu devo agradecer, por ter-me “salvado” do acidente de ontem?

— Justamente. Eu poderia tê-la deixado morrer lá. — A voz dele soou tão calma e segura, que senti que falava a verdade. — Mas não o fiz...

— E porque não?

— Por que... — Hesitou — Apesar de tudo, ainda tenho um coração humano.

— O que quer dizer com isso?

— Que eu ainda sou humano, e só pessoas sem coração te deixaria naquele estado

— Está mais para um comedor de cérebros... — brincou sem humor.

— Esqueça.

Por um longo tempo, um silêncio desconfortável pairou sobre nós. E como estava vendada, me senti ainda mais desprotegida que o normal.

— Se você quisesse que eu te agradecesse... — Interrompi o silêncio — Não deveria ter me sequestrado em sequência, e muito menos me levado a um motel.

— Se isso faz você se sentir melhor... Eu a teria sequestrado de qualquer jeito, só esperei pela melhor oportunidade, e infelizmente foi aquela.

— Então quer dizer que o carro atrás de mim... — Ao começar a entender os fatos reais, senti um pânico dentro de mim.

— Exatamente.

— Mas por quê? Quer dizer... Se estiver pensando em conseguir alguma recompensa, não vai conseguir nada. Ou melhor, se for fazer isso me jogue numa vala antes, prefiro morrer a escutar meu pai dizer o quanto sou imprestável, até mesmo em arrancar dinheiro dele.

Mesmo vendada pude perceber que seus olhos de tempestade me encaravam.

— Não é esse meu objetivo, mas me estranha o fato de a queridinha e patricinha senhorita Dophes, seja tão insignificante assim para os seus pais.

— Na verdade sou pior do que insignificante para eles... — Achei cômica a situação, quem diria que estaria ali contando a minha história idiota para um tarado. — Mas fico feliz ao contar que aquela cobra não é minha mãe.

— Ela não é? — Ele com certeza mentia muito mal, a um tempo atrás pronunciou o meu nome completo. — Mas eu fiquei bastante surpreso... Quer dizer quem diria que você seria você.

— Hã?

— A imagem que tinha de você, é bem diferente da realidade... Imaginei você com roupas de grifes, maquiagem e cabelo feito... E quando te encontro está de All stars e cheia de machucados.

Por mais desesperadora que fosse a situação não aguentei, e cai na gargalhada. Um riso sincero e sem precedentes. Percebi que fazia tempo desde que tinha rido daquele jeito.

— Eu com roupas de grife? — Ri novamente. Só de imaginar a cena não consegui manter um rosto sério.

— Mas você é rica e...

— Eu não sou rica — Interrompeu — A família Dophes que é... Não sei se me espionou o suficiente para descobrir, mas eu trabalho em um Pet shop.

— É informação demais para mim... — Resmungou rindo — Quer dizer que você trabalha lavando cachorros?

— Não são só cachorros...— Fiz bico — Desculpe se eu destruí sua imagem de princesa da Disney que tinha de mim, mas essa é a realidade.

— Prefiro assim.

— Como?

— Estou dizendo que prefiro você assim, do que como uma princesa metida.

Imediatamente enrubesci e acho que estava corando. O que ele quis dizer com aquilo? Qualquer garoto normal preferiria uma garota fútil, que passa o dia no salão de beleza, do que uma que fica na companhia de quadrúpedes metade do dia. Essa era a minha realidade... E gostava de ser assim. Despreocupada. Lembrei que o Johnny também gostava dessas garotas fúteis... Então porque o Jake não?

Então se tentasse... Não, cortei rapidamente o pensamento maluco.

— Vou fingir que acredito para não te decepcionar.

— Estou falando sério... E por falar em aparências, gostei do seu cabelo.

Agora ele estava realmente tirando uma com a minha cara. Meu cabelo preto era simplesmente um show de horrores. Por contas de tantas revoltas na vida emocional eu mesma cortava o próprio cabelo, (Mentira... na verdade só não queria ir ao salão com a Cristina). Nunca deixava o comprimento passar de pouco abaixo dos ombros, e por isso não tinha cabelos longos como o da Pocahontas, e nem um cabelo muito curto como o da Branca de neve. Não entendi a comparação com as princesas, pensei. No geral ele era extremamente repicado com uma franja lateral, e cortado em camadas.

— Pode falar a verdade, não brinque comigo... Eu sei o quanto meu cabelo é estranho.

— Não estou brincando — Respondeu sério — Ele é da mesma cor que o meu.

— Não, o seu é mais escuro — Respondi rápido demais, e isso fez parecer que eu o conhecesse a vida toda.

— Sério? Conseguiu perceber isso em tão pouco tempo... Parece até que ficou me encarando.

— Não seja estúpido... Eu só sou detalhista. Por que eu ficaria te encarando?

— Porque eu sou bonito? — Não se fez de convencido, mas isso me fez ficar vermelha.

— Você nem é bonito... E atlético... E bonito... — Tão logo as palavras saíram, percebi que soei descaradamente mentirosa.

— Hm... Sei... — Riu. — Mas não estou tão por fora assim, durante esse tempo que estou te olhando, percebi que você tem uma pinta embaixo da orelha esquerda.

— O quê? Você está me olhando? Seu tarado — Como pressenti... Ele estava realmente me encarando.

— Qual o problema em olhar? Só não posso tocar... — Aquilo soou tão indiscriminadamente dissimulado e pervertido.

— Seu... — Comecei, porém calei-me quando Jake colocou o indicador embaixo da minha orelha.

— Fica bem aqui.

Senti meu coração bater mais rápido, á medida que ele descia o dedo e parava no pescoço. Aquilo foi terrivelmente bom... Mas continuou sendo terrível. Por todo centímetro e trajetória que seu dedo passava, senti minha pele ficando mais quente, onde calafrios sinalizavam perigo eminente.

— Está tocando — Disse, me esquivando do seu toque.

— Tem razão — Percebi a distância, que um sorriso havia se formado em seus lábios carnudos. — Mas quem resiste? — perguntou retirando a mão, e voltando a atenção a estrada. Do jeito que ficava toda hora, parecia que estava a beira de provocar ouro acidente.

Por mais um longo tempo o silêncio tomou forma, mas desta vez não estava disposta a quebrá-lo. E aproveitei esse tempo para acalmar o meu coração, que ainda batia descompassadamente. O que diabos tinha? Não me lembrava de ter problemas respiratórios. Talvez o problema tivesse nome. E por acaso se chamava: Jake Andrew. Podia retirar o lenço facilmente com a mão desocupada, mas naquele momento preferi não olhar. Não ver aquele... Tarado... Maluco... Gostoso... Lindo... Idiota. Sim, ele era um idiota. Porque estava me sequestrando? Porque estava dando em cima de mim? Se é que estava dando em cima de alguém como eu... Ele era só um tarado, não fazia diferença quem iria galantear. Tantas perguntas e nenhuma resposta. Tantos problemas e nenhuma solução. Mas porque só conseguia ocupar meus pensamentos exclusivamente com a pessoa ao meu lado. Porque só pensava nele?

Fiquei pensando tanto que nem percebi quando o carro parou.

— Chegamos — Disse Jake tranquilamente.

Me permitindo fazer mais uma pergunta: Onde havia chegado?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do meu capítulo de retorno... Por favor deixem reviews... Quero a opinião de vocês... Vou ficar extremamente triste se vocês não se pronunciarem!!
beijos xx



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