Darkness to Kill escrita por Quaeso


Capítulo 4
Me espere..


Notas iniciais do capítulo

Demorei a beça para desenvolver a ideia principal do capitulo.. ENFIM terminei. Leiam escutando Evanescence - My immortal, Missing, etc.. acho que ajuda a criar o clima. Boa leitura!



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Liguei para o celular da Sophia diversas vezes. Mas em todas as chamadas, dizia que o número não existia. Oque diabos tinha acontecido?

O pior foi perceber que eu estava naquela paranoia toda sozinha, até então eu não tinha contado da ligação para o meu pai. Ele estava preocupado demais chamando um médico para a Sra.Bitch, que estava mais morgada do que tudo. Incrível, que mesmo indiretamente ela ainda conseguia chamar toda atenção para si. Realmente não me importava com ela e sim com a Sophia, que neste momento estava passando por algum tipo de problema. Percebi que precisava contar para alguém senão ia explodir.

Olhei para o meu pai, que ainda falava no telefone, e corri até ele. Sem me importar com a seguinte conduta : Nunca atrapalhar alguém que está no telefone.

- Pai eu preciso falar com você - falei exasperada

Ele simplesmente virou de costas irritado e continuou falando com a pessoa atrás da linha.

- É urgente tem a ver com a ...- nessa hora ele abaixou o telefone, e colocou a mão para abafar o som.

- Annie será que pelo menos uma vez na vida você pode deixar de ser tão egoísta?

- Você está enganado... - disse levemente magoada

- Não me importo com o que você tem a dizer. A Cristine tem mesmo razão, você não tem jeito.

- Cristine, Cristine, Cristine.. só sabe falar isso? quando é que você vai fazer alguma coisa, sem ter ela para te manipular? Estou cansada dessa palhaçada.. Algum dia você realmente se importou comigo? RESPONDE - soltei completamente irritada, ele não compreendia nada. Nunca compreendeu.

Olhei para ele com os olhos cheios de lágrimas, esperando uma resposta. Eu esperei, mas ele não respondeu. Provavelmente ele sabia que eu tinha razão em cada sílaba do que disse. Não havia o que contestar.

O rosto dele era uma máscara, não havia expressão nela, ele estava mais frio do que nunca.

Me virei, não querendo demonstrar fraqueza. Subi rapidamente as escadas em dois degraus de cada vez. Sem perceber já havia chegado no meu quarto. O meu porto seguro

Aquele era o único lugar da casa inteira onde me sentia bem. Lembrei vagamente da época em que a Sophia me ajudou a decorar cada canto dele. Ela havia espalhado fotos por todas as paredes pretas do meu quarto ( na verdade as paredes eram brancas, mas eu fui e pintei elas de preto). As fotos eram nossas de diferentes épocas, e a mais recente era de duas semanas atrás. Na foto estava eu e ela abraçadas, em um jogo de basquete torcendo para o Philadelphia 76ers,nosso time favorito de Filadélfia/Pensilvânia.Ela estava como de costume, sorrindo. Como se nada importasse no mundo. Aquele lugar conseguia me teletransportar para diferentes momentos, em que estava com a Sophia. O resto do quarto era normal : uma cama de casal, estantes vazias, guarda-roupa, etc..Não era nada muito extravagante. Do jeito que era me fazia bem.

Comecei a me lembrar do sonho que tive na noite anterior, isso me fez ter calafrios. Aquilo não podia ser verdade. O que tinha acontecido com a Sophia? se me lembrava bem do telefonema, ela havia pedido ajuda. Já tinha tentado falar com o idiota do meu pai mas ele nem queria ouvir, do que se tratava.

Já que não tinha a ajuda dele , teria que fazer as coisas por conta própria. Mentalmente decidi que iria falar com o policial Barboza mais tarde.

Primeiro verificaria o quarto da Sophia, um lugar um pouco demais para mim. Diferente do meu quarto meio mórbido, o dela era estiloso e bonito, sem coisas exorbitantes, ou melhor dizendo não era um quarto de patricinha. Cada detalhe foi feito por ela (em algumas coisas ajudei), até a pintura. Nós misturávamos cores formando tons exóticos. Enfim era um lugar nostálgico, não tanto quanto o meu, mais era. Entrei no quarto e não perdi tempo, fui logo procurar QUALQUER COISA que me indicasse QUALQUER COISA. Procurei papéis, anotações, contatos, mas não encontrei nada. Eu estava sendo idiota ao extremo, o que afinal eu queria encontrar? talvez uma mensagem na cabeceira da cama dizendo:  

"Nós sequestramos sua filha, envie a quantia no valor de ********  para a conta *********** até o dia **/**/**. Se não quiser que ela morra, seja rápido.

Ass: VOCÊ NÃO PRECISA SABER, OTÁRIO! "

A minha ideia de sequestradores poderia estar um pouco errada, e também talvez estivesse exagerando no meu pessimismo. Poderia ter acontecido outra coisa para a Sophia me ligar pedindo ajuda. Como por exemplo ....ok....0% de criatividade para formular outra situação - problema. Desisti de procurar, quando olhei para o relógio e vi, 14:15. 

Já havia passado muito tempo, e a única coisa que tinha descoberto era o local para onde Sophia tinha ido com os seus colegas. Camden, New Jersey. Voltando para o meu quarto as pressas, acabei tropeçando no meu próprio pé e cai de cara no chão. Um corte pequeno foi feito de uma extremidade na parte externa até a parte interna, da minha boca.

- Que droga! - falei para mim mesma.

O gosto de sangue na boca me fez pensar na Sophia,  para ela ter ligado justamente para mim, significava que ela me confiou praticamente sua vida. O problema era que eu não confiava em mim. Fui para o meu quarto e peguei alguns documentos para ir a delegacia. O motivo por não ter ido antes, foi porque estava esperando uma chamada da Sophia dizendo que ela havia me passado um trote, e que estava bem. Mas isso não aconteceu.

Arrumei uma mochila com itens básicos e totalmente normais para se carregar: Algumas peças de roupas, kit de primeiros socorros, lanterna, um spray de pimenta, o dinheiro que havia juntado do meu emprego de meio período. Eu trabalhava em um Pet Shop chamado Patinhas's , o salário era legal e me divertia tendo uma vida normal de vez em quando. Lá havia conhecido Catty minha melhor amiga, e com quem compartilhava minha super e incrível vida. Ela era colombiana e havia se mudado para os Estados Unidos especialmente para Filadélfia, minha casa. O incrível era que de primeira tinha me identificado com ela. Catty era linda : olhos com cor de favos de mel, morena, alta, cabelos castanho escuro. Ao contrário de mim, super branquela. Para completar a mochila, peguei a foto de Sophia e eu no jogo de basquete, e enfiei lá dentro. 

Na hora de sair daquela casa infernal, tomei cuidado para não fazer barulho e ser vista. Sai pelas portas do fundo da casa e peguei as chaves do carro que ficavam estrategicamente em cima do armário da cozinha. Eu tinha carteira de motorista mas injustamente não tinha um carro. O carro que iria pegar era o reserva, um modelo antigo que ninguém usava, só os serviçais para fazer compras e ajudar a carregar bugigangas, e as vezes o usava. Ele estava em condições precárias, infelizmente era o que eu tinha no momento.

Entrei no carro e sem olhar para trás sai daquele lugar. Calculei que de Filadélfia para Camden era 5 km, demoraria um pouco para chegar lá, mas sentia que chegaria em algum momento. Primeira parada, delegacia.


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Notas finais do capítulo

Eu quero Reviews para continuar escrevendo! aceito criticas xx



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