Darkness to Kill escrita por Quaeso


Capítulo 2
Johnny Bitch


Notas iniciais do capítulo

Gente esse é o primeiro capitulo, e é a partir daqui que algumas coisas serão esclarecidas...Aceito criticas!



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Descobri mais tarde por uma intimação, que Johnny havia feito uma queixa contra mim por sequestro e tentativa de estupro, o que me deixou totalmente chocada.

– Estupro? Eles acham que eu sou uma maníaca psicopata, ou o que? - Apesar disso estava mais preocupada com o que meu pai ia achar disso. Me lembrava muito bem do dia em que ligaram da escola pedindo que algum familiar viesse me buscar, por conta que estava me sentindo mal. Naquela época ele disse que eu tinha interrompido uma reunião de importantes negócios e me fez sentir horrível. Mas agora é pior, já que envolve a polícia e eu não estou mais com 12 anos e sim com 17.

Mais tarde na delegacia, acompanhada do meu pai, que como esperado estava muito bravo por causar problemas a ele e sujar o seu nome. De fato ele era muito ocupado e importante, pois comandava uma companhia de fast food.

O policial disponível se apresentou a nós como Sr. Barboza, ele era um homem de meia-idade, que aparentava ser muito bonito enquanto jovem. Tinha cabelos escuros com alguns fios grisalhos. Seus olhos profundos, já castigados pela idade, demonstravam uma pessoa sábia e doce. Ele me lembrava alguém, mas não sabia quem poderia ser. Primeiro ele ouviu atentamente o depoimento de Johnny, logo foi minha vez.

– Senhorita Annie Dophes não é mesmo? - Disse ele olhando a ficha com uma expressão indagadora em seus olhos - falando sinceramente a Sra. não tem o perfil de um sequestrador, muito menos de um molestador. Muito pelo contrário pelo que vejo é de família rica e conservadora.

– Exatamente Sr. policial, tudo isso é apenas um engano. Eu confesso que roubei o tempo dele por um instante, mas foi apenas para termos uma conversa. Isso é loucura, afinal nós nos amamos, ele só esta um pouco confuso.

– Já que vocês se amam, então porque segundo o depoimento de Johnny ele estava amarrado?

Senti um pingo de deboche nas palavras dele e mudei de posição obviamente desconfortável na cadeira.

– Sr. Policial, eu sei que foi uma atitude insensata e imatura, mas eu estava com muito ciúmes dele, e em nenhum momento pretendia mante-lo em cativeiro era só para conversarmos.

– Sra. Dophes, tenho mais uma pergunta. Como conseguiu levar ele a um galpão? Suponho que não foi com a sua própria força.

– Evidentemente que não. Eu pedi ajuda a um amigo.

Ele fez mais algumas perguntas e disse:

– Hmm...Bem agradeço a senhorita pela sua sinceridade, pode não parecer mais reconheço uma mentira de longe e o depoimento de Johnny creio que foi um tanto exagerado e sem nexo, mas ele não pareceu que deixaria passar isso sem uma devida punição ou reembolsamento, digamos.

Nesse momento meu pai interveio e pediu para conversar a sós com o policial. Destino foi a palavra que me veio a mente assim que sai da sala encontrei Johnny sentado em uma cadeira com um copo d'agua na mão. Não aguentei e fui em sua direção.

– Johnny, eu queria muito falar com você.

– Não acredito que ainda tem coragem de vir falar comigo depois do que fez - Ele levantou e se virou de costas já caminhando para a saída.

– Espere! - gritei fora de mim - você se esqueceu?

Ele se parou e se virou com uma expressão de dúvida no rosto.

– Do que você está falando?

– A promessa! você tinha prometido que m--

–Olha eu menti, ok? aquilo foi só uma forma de te persuadir a me soltar. Não me diga que você acreditou?

– Mas você disse que me amava - lágrimas surgiram dos meus olhos antes que eu as contivesse.

– Como eu disse antes foi uma M-E-N-T-I-R-A - disse ele soletrando e debochando de mim - mais sabe, isso até que pode ser muito benéfico para mim. Quer dizer, eu posso ganhar indenizações por danos morais. Bem então eu acho que obrigada! thau. - Ele foi embora com uma cara feliz e pensativa, provavelmente estava pensando no que fazer para se dar bem as minhas custas.

Sequei as minhas lagrimas com uma dor no coração, não podia parecer assim tão fracassada como me sentia, a única coisa que queria no momento era correr pra minha cama e chorar no travesseiro a noite toda, onde definitivamente não seria julgada pelos meus muitos defeitos. Sempre tive problema de ansiedade e compulsividade além de ser su-u-u-per ciumenta, mas o que podia fazer?

Meu pai enfim saiu da sala do Sr. Barboza e disse com uma voz tão fria quanto gelo.

– Vamos embora.

Assenti, se querer discutir. No carro havia um silêncio insuportável, que me constrangia. Sem saber o que dizer me arrisquei.

– Ahnn..Pai? o que o Sr disse para o policial?

Sem tirar os olhos da estrada, ele disse.

– Você realmente só sabe criar problema. Graças a mim não vai ser presa de imediato.

– Oh, sério? quer dizer... mas o policial di--

– Como eu estava dizendo!- disse ele me interrompendo - disse ao policial que você enquanto cometia aquela trucidade - ele fez questão de por em enfâse a palavra trucidade - faltava-lhe a lucidez.

– O quê? disse a ele que eu sou louca? - falei completamente exaltada.

– Não entendo porque se surpreende - disse sem alterar seu tom de voz - Afinal como gostaria de chamar a sua falta de sanidade? você é realmente a ovelha negra da família.

Tentei parecer forte, mas na realidade aquelas palavras foram forte demais para mim. Que meus pais nunca demonstraram nenhum tipo de amor por mim, não é novidade, mas falar algo assim tão horrível sem hesitar é monstruoso. Ele não parou por aí e continuou.

– Mesmo assim não vai ser tão fácil se livrar da acusação que aquele moleque fez. Falando nisso você estava falando sério quando disse que amava ele?

Não sabia como responder aquela pergunta, pra falar a verdade estava muito confusa ainda com todas as coisas que Johnny tinha me falado, mas para evitar uma futura discussão, disse o que me pareceu mais sensato.

– Eu pensava que sim , mais estava enganada. Não precisa se preocupar não vou mais me iludir - acredito que aquelas palavras foram mais pra mim do que pra ele.

– Eu espero que sim! mas o pior de tudo é que você sabe que sua mãe tem a saúde fragilizada e não faz nada para poupa-la de suas tolices.

–Ela não é minha mãe - murmurei

– Já te disse que ela é sua mãe.

Lá vem você de novo falando as mesmas coisas. Como se eu fosse acreditar nisso.

–Dessa vez não sei que punição te dar. Insensata e imatura, fazendo as coisas sem pensar você realmente é filha dela--- quando percebeu o que ia falar, parou fingindo uma tosse de mentira, me deixando completamente confusa.

– Como assim pai? o que quiz dizer com--

– Pare! esta me deixando confuso. Esqueça o que eu disse.- senti ele ficando nervoso, e percebi que não adiantaria pressionar ele.

O resto do caminho nós ficamos em silêncio, e assim que chegamos, pulei do carro e corri escadaria acima direto pro meu quarto. Quando fechei a porta atrás de mim uma enchurrada de emoções pulou pra fora de mim, e não consegui evitar chorar descontroladamente.

Naquela noite vários pensamentos percorreram minha cabeça, mas somente duas coisas prevaleciam sobre todas as outras.

O primeiro seria a pior desilusão amorosa do universo Johnny. Eu esperava que depois que me confessasse pra ele no galpão, tudo ficaria bem mesmo tendo sequestrado ele, mas pelo contrário descobri que ele era um mal caráter que só tinha beleza e mais nada. Quando conheci ele seus cabelos loiros e olhos azuis, junto com seu físico maravilhoso, me encantaram achei que teria encontrado meu príncipe mas não era bem assim.

O segundo seria sobre o que meu pai tinha falado ou que pelo menos tentou falar, não consegui dormir direito pensando na frase :

"Insensata e imatura, fazendo as coisas sem pensar você realmente é filha dela"


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Notas finais do capítulo

Gente espero realmente que vocês tenham gostado...não esqueçam de comentar, por favor ♥ .. aceito criticas, e me informem qualquer erro, e me deixem saber que tem alguém lendo pra continuar escrevendo!



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