Darkness to Kill escrita por Quaeso


Capítulo 10
Inesperadamente


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas liindas... Gente eu queria agradecer a TODAS as favoritações que eu recebi nessa fic... Sério vocês não fazem ideia do quanto isso faz diferença pro autor, é super estimulante!! Beijos para todass... ( acho que não tem nenhum garoto lendo) E eu sei que estou demorando pra postar mais é que tá dificil pra mim arranjar tempo... ( mentira hahaha Só estou com preguiça mesmo)
Boa leitura!!



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Por nenhum momento que sucedeu as palavras do Jake duvidei se aquilo seria uma mentira. Por mais insensato que isso parecesse apenas fiquei calada. Não questionei. Não gritei. Não chorei. Apenas fiquei calada. Ouvindo o som dos meus pensamentos confusos. Ouvindo a batida irregular do meu coração que pouco a pouco se acalmava, trazendo uma calma inigualável. Apenas esqueci-me de tudo a minha volta, comprimindo qualquer sentimento de dor que estivesse sentindo. Pra que chorar por um crápula? Ele não merecia minhas lágrimas. Naquele exato instante era outra pessoa quem merecia minha atenção. Não sei por quanto tempo fiquei desligada do mundo, só sei que à medida que a dor ia se esvaindo, as vozes de outras pessoas começavam a ocupar minha mente.

—... Por isso eu preciso que você me diga tudo que sabe sobre ele. — Disse Sam. Apesar de eu não ter escutado uma palavra do que ele havia dito antes.

Levantei a cabeça finalmente e observei que Jake ainda estava escorado na porta de braços cruzados me encarando com olhos... Preocupados? Isso seria estranho. Por isso no momento que nossos olhares se cruzaram ele apenas continuou me encarando sem dar conta que isso é muito mal educado. Era como se olhando em meus olhos pudesse encontrar as respostas do que procurava. Então eu mesma interrompi a conexão de nossos olhares e olhei para o Sam, que me olhava impaciente a procura de uma resposta.

— Engraçado isso... — Indaguei silenciosa. — Passei a vida inteira à procura de respostas que nunca chegavam, e agora você vem cá e exige que quer que eu de as respostas que você procura? — Ri sem humor. — Sinto muito, mas eu não sei de nada, e olha que eu poderia muito bem estar dizendo aquela famosa frase clichê: “Mesmo se eu soubesse não diria nada pra você”. Mas eu estou pouco me lixando para tudo isso ok?! Não me importo com o idiota do meu pai, e se eu soubesse de qualquer coisa que poderia prejudicá-lo diria com prazer. Agora façam o favor de me soltar porque eu juro que estou no limite.

Todos os presentes (exceto o Pooh) me olharam em dúvida considerando se o que eu tinha dito era verdade ou não. Olhei profundamente para o Jake, porque bem lá no fundo sentia que de todos ele era o único que de alguma forma não queria me matar. De forma estranha ele tinha me salvado naquele acidente. Jake apenas desviou do meu olhar, passando a encarar a parede sem reboco, como se fosse algo super interessante. Seguindo o exemplo passei a observar o interior da casa, que a cada hora do dia ficada mais iluminada, apesar do céu nublado. Tijolos vermelhos cobriam todo o interior da casa. Uma lareira simples com interno de ferro ficava no centro do cômodo, dando certo charme a casa que estava caindo aos pedaços. Uma pele de animal cobria o chão do que seria a sala, não havia mobília exceto um piano de madeira que ocupava o cantinho isolado daquele breu. Um quase sorriso se formou no meu rosto com a lembrança de que gostava de tocar piano. Sim... era tão agradável. Rapidamente esqueci disso, afinal pra que lembrar de algo que muito antigamente me trazia prazer num momento tão desconfortável? Havia muita poeira em todos os cantos da casa. E isso me deixou ligeiramente incomodada. Até que aquela casa não era tão ruim assim.

— Muito bonito seu discurso Annie, mas você não vai ser solta. — Respondeu Sam. — Temos ordens explicitas para...

— Tá eu já entendi isso... Mas se você tem ordens explicitas do seu chefe para me matar então porque você quer descolar informações dele? Será que você está planejando um ataque a ele? — Perguntei achando divertida a possibilidade.

— Isso não te interessa. — retrucou.

— Ah eu te garanto que isso me interessa... Você não confia plenamente nele, não é mesmo?

— Não que eu precise te explicar alguma coisa, mas... A verdade é que nunca é demais ter informações, entende? Informações valem muito dinheiro, mas já vi que você é completamente imprestável, então vamos logo acabar com isso e...

Antes que meus olhos pudessem captar o que havia acontecido Sam ergueu uma arma de fogo apontada para mim e um milésimo antes disso Jake apareceu atrás dele sacando uma faca no seu pescoço. Senti uma tensão desesperadora no ar, e não entendia com clareza o que havia acontecido, apenas senti o Pooh que ainda estava atrás de mim erguer meu pescoço com uma só mão me levantando a 3 centímetros do chão. O ar quase que congelado escapava bruscamente dos meus pulmões me impossibilitando de formar qualquer palavra coerente. Naquele momento eu lutava desesperadamente chutando o ar como se ele fosse meu inimigo. Com a consciência que ainda me restava ouvi uma parte da conversa de Sam e Jake.

—... Porque esta fazendo isso Jake? — Sorriu nervoso sem abaixar a arma — Isso é traição, sabia? Ele não é o tipo de pessoa que perdoa traidores.

— Sei o que estou fazendo. — Respondeu sem hesitar. — Abaixe essa arma, senão eu corto sua artéria carótida e você vai morrer em menos de 10 segundos, mais precisamente em 6 segundos.

— Nossa parece que você entende o corpo humano... Você é uma verdadeira máquina de matar, não é mesmo? — Disse sem abaixar a arma.

— Não vou repetir novamente, abaixe a arma. — Falou levemente irritado.

— Porque quer salvar ela? Vai arriscar sua vida por uma garota qualquer?

— Esta mais que óbvio que ela não sabe de nada, não tem porque matar ela.

— Hmm... Me parecia que você era quem mais precisava das informações Jake... Só te digo uma coisa e é melhor considerar isso como um conselho, Ele não vai te perdoar, vai te caçar até a morte e mesmo quando tiver morto ainda vai mandar incinerar sua alma. Aquele cara não vai descansar até ter certeza que sua alma foi pro inferno. Espero que saiba o que está fazendo para não se arrepender depois. — Respondeu abaixando a arma e a jogando longe.

Jake mesmo de costas deu um murro em Sam e o deixou inconsciente. Achei estanho o fato do Sam ter falado tão mal assim do meu pai. Tá que ele era um idiota mas não sabia que era tão rancoroso assim. Por um momento achei lindo o que Jake fez, e se tivesse forças gritaria algo ofensivo para o Sam, mas naquele momento não tinha mais forças. Talvez fosse tarde demais, para ele tentar me salvar, minha consciência estava escurecendo e meu pulso foi ficando fraco. E antes de apagar completamente, escutei um baque surdo atrás de mim acompanhado de uma dor sem dimensões que preencheu meu corpo, e a única coisa que lembro era que eu estava caindo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentemmmm *-*