LEIA AS NOTAS INICIAIS.

- No três. – Falo enquanto começamos a ensaiar. Como eu pensei assim que vi Peeta ele realmente é um maravilhoso dançarino e um amigo incrível.  Sei que pode ser meio estranho ou precipitado falar que ele é meu amigo, mas Peeta Mellark nos cativou e se mostrou uma pessoa incrivelmente sociável e amigável.

Já se passaram quatorze dias desde que  convidei ele para o nosso grupo e todos amaram ele exceto Gale  que por sua vez é um pouco chato.  Amanhã aconteceram nossas entrevistas para o programa Pop Dance e nós já estamos preparados. As disputas irão ser gravadas na segunda-feira  mas só serão transmitidas na sexta-feira.

- Hora de descansar. – Clove grita.

- Quem precisa de descanso? – Pergunto.

- Nós todos Everdeen. – Ela me responde e solta um olhar mortal.

- Nós precisamos ensaiar. – Falo.

- Kat, nós ensaiamos a tarde toda e ainda iremos abrir a boate e isso significa que precisamos descansar até a hora do trabalho.

- Eu sei Finn,  nós temos que aperfeiçoar. 

-  Nós nem precisamos ter nada pronto para amanhã. – Gale diz.

- Como vocês sabem que não iremos dançar amanhã? E se eles quiserem fazer uma surpresa para nós? Como ficamos?

- Katniss, a dança já está perfeita! – Clove grita e isso me deixa muito triste.

Não respondo nada, subo correndo para o meu quarto e me jogo debaixo do chuveiro. Eu já disse para mim mesma que vou  parar de ser tão perfeccionista mas  acho que é uma doença e muito mais grave do que eu imaginava. Visto-me com  uma calça jeans preta,  uma blusa cinza de mangas longas, meu tênis preto e um gorro na cabeça, deixo meu quarto indo em direção a porta , ainda são 19:00 horas e vamos demorar um pouco para abrir então não tenho nada melhora para fazer a não ser sair e pensar.  Esbarro-me em algo solido e vou ao chão.

- Não tinha te visto. -  A voz que mais me acalma fala.

- Eu também não. – Peeta me dá sua mão e me ajuda a levantar.

- Aonde vai?

- Dar uma volta, preciso pensar.

- Posso ir?

- Claro! – E assim nós dois saímos para mais uma volta. Assim que passamos pela porta da nossa casa, ele me pergunta.

- Aonde vamos?

- Tem alguma preferencia? – Pergunto, ele faz que não com a cabeça. – Gosta de café?

- Gosto.

-Então vamos ao Starbucks. - Starbucks é minha cafeteria preferida e sempre que preciso pensar eu vou até lá.

- Fica longe? – Ele pergunta.

- Fica a duas quadras.

Caminhamos em silencio, fico pensando em como Peeta pode ser uma pessoa tão boa, legal, lindo mais o melhor de tudo é seu bom humor. Nós nos acostumamos com ele fácil demais, Peeta não é espaçoso e ainda é muito prestativo. Acho que ele caiu do céu... E com esse cabelo e olhos minha tese é provada a cada dia. Logo paramos enfrente a cafeteria.

- Por favor. – Peeta abriu a porta para mim.

- Peeta Mellark é cavalheiro? – Passo pela porta e adentro o lugar que me é tão familiar. – Mais uma qualidade para você.

- Tenho varias qualidades. – Ele pisca para mim enquanto escolhíamos um lugar para nos sentar. – Só não tive tempo para te mostrar. – Preciso dizer que fiquei corada com aquele comentário, que mais me pareceu uma indireta bem direta para mim.  

- Ér ... Vamos pedir?

- Moça. – Peeta chama uma garçonete e ela vem até nós. – Quero um chocolate quente com creme e um donut de creme. – Enquanto ele fala a moça deve ter pesando em mil formas de ser fodida por ele. Seus olhos não o deixaram por um minuto. – E você Katniss, vai querer o que?

A mulher me lança um olhar gélido, ponto pra mim! – Quero um café com creme e dois donuts de chocolate.

A mulher se vira para Peeta novamente. – Se precisar de mim, para qualquer coisa, é só me chamar. – Ela sorri.

- Pode deixar. – Ele fala.

Sabe, é constrangedor estar com uma pessoa, mesmo que ela não seja nada minha, e outra dar em cima dele. Tudo bem que Peeta é só meu amigo, mas imagina se não fosse... Agora nós estaríamos brigando.

- E então... Você sempre causa esse efeito nas mulheres? – Pergunto.

- Que efeito? – Posso ver que ele realmente não está entendendo nada.

- Vai dizer que não viu a moça te comendo com os olhos... – Nós dois nos encaramos. – Não viu?

- Ah, você está falando sobre o efeito que você – Ele da ênfase no “você” – causa em todos os homens...

- Como se fosse verdade...

-Aqui está. – A garçonete nós serve, vi em seu crachá que seu nome é Meggie, ela é bonita, morena, corpo bonito, olhos castanhos. E novamente ela se vira para Peeta. – Já sabe não é? Pode me chamar. –  Meggie vulgo vulgar, sai rebolando.

- Vamos comer logo, a boate vai já abrir. – Dito isso nós começamos a comer e a conversar sobre a entrevista que teríamos no dia seguinte. – Olha a hora. – Falo já me levantando.

- Estamos atrasados?

- Atrasados e mortos. – Olho ao redor para ver se vejo a moça e logo a chamo, Peeta vem para o meu lado e passa um braço por minha cintura me puxando mais para perto. – O que é isso? – Pergunto indignada.

-Ué, não era você que estava reclamando da moça... – Ele dá de ombros. – Assim ela vê que eu estou muito bem acompanhado.

Ela nos fita e depois seu olhar queima sobre mim. – A conta.

-Eu pago querida. – Fuzilo Peeta com o olhar. Ele coloca o dinheiro na pasta de coro e entrega a moça. – Obrigada.

Saímos sem olhar para traz. – Você é sempre convencido assim?

- Talvez... Como eu já disse ainda tenho muita coisa para mostrar. - Só eu que senti um sarcasmo ai?

- Espero que não sejam coisas ruins. – Falo.

Ele ri,  voltamos a passos rápidos para casa ou melhor, boate.

[...]

-Onde estavam? – Cato nos pergunta. Quando chegamos já havia pessoas dançando, Peeta agora ficava comigo e com Cato no bar. Coloco meu Colete e o Mellark faz o mesmo.

-  Fomos tomar café.

- Achei que iam nos deixar na mão.

Servindo drinks, conversando, levando cantadas assim se passou minha noite. Já se passavam das quatro horas da manhã quando o ultimo cliente se foi.

- Kat e Peeta, vocês dois limpam tudo já que não ajudaram mais cedo. – Annie disse.

- Mas... – Tento protestar.

-  Sem nada de mas. – Clove fala e todos sobem as escadas para subirem. Argh!! Eu me atrasei um pouquinho e como punição, recebo uma lugar enorme para limpar.

Pego um pano e começo a limpar as mesas enquanto Peeta limpa o chão. – Você tem algum problema? – Peeta pergunta e iss o que me leva a pensar “qual o motivo de sua perguna?”.

- Como é?

- Você sabe... Essa sua coisa de querer que tudo fique perfeito... Que todo mundo tem que dar não o melhor de si mais sim o impossível.

- Isso não é problema... Isso é responsabilidade.

- Katniss, isso é um problema não só pra você mais também para todos nós.

- E o que você entende?  - Pergunto fazendo pouco caso dele e minha raiva só aumentam. Como ele ousa perguntar uma coisa dessas.

- Não entendo nada, só sei que você precisa de ajuda. – Não respondo nada só termino de limpar tudo e subo para o meu quarto.

Sei que é meio idiota chorar pelo que Peeta disse, mas não é a primeira vez que ouço isso, até meus antigos professores de dança falavam que eu tinha um problema. Nunca fui ao medico, ou melhor, nunca fui a um psicólogo e isso deve ser em grande parte culpa do meu pai pois ele é como eu e por isso nunca acho que fosse um problema. Eu não sou perfeccionista sempre... A não ser na dança, claro. Alguém bate na porta e eu não tenho tempo de limpar as lagrimas, pis a pessoas já entrou.

-Kat? Por que está chorando? – Peeta se senta em minha cama ao meu lado. – Eu não quis dizer aquilo...

- Não! – Falo limpando minhas lagrimas. – Você está certo, eu tenho um problema.

- Então por que você não procura ajuda?

- Porque... Porque... – Não consigo terminar de falar e volto a chorar.

-Shiu!. – Peeta me abraça e afaga minhas costas. – Eu posso te ajudar.

- Como? – Pergunto.

- Não sei, não se preocupe, eu estou aqui e vou te ajudar. – Ele limpa minhas lagrimas e deposita um beijo casto em meu rosto. – Agora durma. Amanhã cedo temos uma entrevista.

- Obrigada. – Falo. Fecho os olhos, minha cabeça ainda está em seu peito e posso ouvir os batimentos de seu coração. É uma musica suave e com isso caiu em meu sonho.

[...]

- Acordem casal. – Clove gritou. Olhei atordoada para os lados e Peeta estava debaixo das cobertas comigo. Oh shit! Minha amiga sobe em minha cama e começa a pular. – Não sabia que vocês estavam namorando... Eu tinha que ter percebido ainda mais quando Cato disse que vocês chegaram atrasados porquê estavam juntos.

- Porra Clove! – Grito, Peeta já está sentado na cama com os olhos arregalados. – Pare de pular e não, não somos namorados e sim, somos amigos.

- Não finja que não me ama Katniss. – Peeta fala e em sua voz vem um som falsamente triste que logo é seguido por um sorriso.

- Tudo bem. – Clove fala. – Em duas horas estaremos saindo. –E assim ela se vai.

- Tchau. – Aponto para a porta e Peeta entende meu recado.

- Isso que é amor. – Ele ri e também se vai.

Ligo o registro esperando a água ficar quente e entro no banho, hoje será um grande, grande dia. Passo meus cremes e faço minha higiene bucal. Desço até a cozinha onde todos estão conversando animadamente.

- Bom dia. – Falo.

-Bom dia. – Eles respondem.

- A noite foi boa? – Finnick pergunta me olhando maliciosamente.

- Melhor impossível, não é amor? – Peeta deposita um beijo em minha bochecha. Vejo que Gale não está gostando do que as pessoas comentavam. Pra quem não sabe o motivo, Primeio: Gale detestou Peeta e Segundo: Gale e eu já ficamos algumas vezes e essa sua cara emburrada me faz crer que ele ainda é afim de mim.

- Que merda! Eu não tenho nada com o Mellark. – Vejo que Gale suavizou sua expressão com minhas palavras. – Ele só...

- Só o que Katniss? – Annie pergunta.

- Dormiu lá.

- Só isso? – Cato pergunta e nós dois assentimos. – Não creio nisso.

- Não tenho que dar satisfação da minha vida para vocês. – Todos na mesa começam a ri. Tomo meu café da manhã e saiu para correr com Drika.

Já estávamos dando a terceira volta no parque quando minha companheira pergunta sobre nosso mais novo agregado. – Você e Peeta...

- Não, não estamos namorando.

- Tem certeza? – Mas que diabos eles querem com isso? E se eu tivesse? Isso não é problema deles. Mais uma coisa eu admito, estou gostando dessa ideia mais do que deveria.

- Tenho. – Falo por fim.

- Então tem problema se eu tentar conquistar ele?

Essa ideia faz com que meu coração dê um solavanco. – Não, vá enfrente. Agora vamos, temos que nos arrumar. – Mudo de assunto e seguimos de volta para nossa casa.

[...]

- Vamos. – Grito. – Já deveríamos ter saído.

- Gostei desse uniforme. – Annie fala. Nosso uniforme é nada mais do que um colete roxo com o nome do nosso grupo.

- Eu também. – Clove também fala. – Você tem um ótimo gosto para roupas Kat!

- Eu sei, agora vamos.

Saímos de casa e trancamos a porta. – Como fica a divisão? – Peeta pergunta.

Nós temos três carros e somos quinze pessoas, ou seja, estamos acima do permitido. – Clove, Drika, Michele e Will vão comigo no meu carro. – Cato diz.

-Annie, Logan, Dylan e Lily estão no meu. – Finnick.

- Tudo bem então, Gale, Drake , Mia e Peeta irão no meu. – Entro no carro e todos fazem o mesmo. – O caminho não é tão longe... Que dizer, em meia hora estaremos lá. O caminho foi engraçado, cantávamos, conversávamos e até mesmo Gale que é muito na dele, conversou.

[...]

- Até que fim! – Mia fala descendo do carro. – Kat, o que nós vamos fazer agora?

- Entrar, até porquê todos os grupos já devem está lá dentro.

- Ver a Glimmer era uma coisa que eu não queria. – Clove joga as palavras, ela ainda está muito, mais muito brava mesmo.

- Olhem. – Chamo a atenção de todos. – Aconteça o que acontecer, nós jamais iremos brigar com o grupo Panem, em hipótese alguma isso pode acontecer. Estamos entendidos? -  Eles concordam e nós adentramos o lugar.

Vejo varias pessoas que conheci em outras competições e falo com eles. Mais a frente vejo Rue, Glimmer e sua cadelinha de estimação, Madge.  Nota mental – Manter distancia. – penso.

- Vou ver se precisamos fazer algo. – Falo para o meu grupo.

- Vou com você. – Peeta me segue.

- Preciso de uma informação. -  Falo com um cara... Ops! É o apresentador Caesar Flickerman.

- Em que posso ajudá-los? – Ele pergunta. Caesar é muito famoso e isso não subiu a sua cabeça já que ele é completamente legal... Ou aparenta ser.

- Precisamos confirmar algo? – Peeta pergunta.

-Oh! Claro que não lindinhos. Estejam prontos em menos de cinco minutos, pois logo começaremos a gravar.

-Obrigada. – Falo e voltamos para o local onde nosso grupo já está sendo posicionado para a grande estreia.

- Gravando em três... dois... um. – O  cameraman dá o sinal para o apresentador.

- SEJAM TODOS, TODOS BEM VINDOS. – Ele grita ao microfone. -  HOJE O POP DANCE ESTREIA SUA TERCEIRA COMPETIÇÃO DE DANÇA. -  Ele chega mais perto da câmera. – Sentiram falta? Por que eu senti. Agora vamos as apresentações.

 Enquanto a voz de uma pessoa desconhecida anuncia cada grupo um dos cameramans foca no grupo respectivo.  O programa faz varias perguntas sobre nós, sobre o que mais gostamos... Essas coisas. Pouco mais de uma hora o programa está terminando.

- Queridos competidores e queridos telespectadores –  Tambores rufam. – agora vou anunciar o ritmo de dança que nossos adoráveis jovens terão que apresentar próxima semana. Lembrando, que serão 10 grupos em uma semana e 10 na semana seguinte. - tambores rufam mais alto dessa vez. – HIP HOP. – Ele grita. – Até a próxima semana.

- Corta. – O rapaz grita.

Voltamos para casa, prometendo que no dia seguinte iriamos ensaiar muito, hoje iriamos descansar... Mas a semana promete. Alguém bate em minha porta.

- O que quer? – Pergunto ao loiro que está parado a minha frente.

- Só isso. – Ele me dá um selinho rápido. – Boa noite Katniss. .

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