LEIAM AS NOTAS INICIAIS. 

- Nenhum deles é excelente. – Falo rispidamente.

- Não precisa ser excelente Katniss, bom já é aceitável.  – Finnick tenta me convencer pela milésima vez que os cinco dançarinos que estão há nossa frente são os melhores que encontramos durante esses quinze dias ou seja em quinze dias a competição será iniciada com uma entrevista com todos os grupos e todos os dançarinos, mas nós só temos quatorze integrantes e isso está me deixando louca.

-Ainda temos quinze dias  – Annie como sempre nos impedindo de discutir. – nós vamos conseguir.

- Vai dar tudo certo na hora certa. – Cato nos conforta.

- Podem ir embora. – Clove sacudia as mãos incentivando para que as cinco pessoas que estavam no teste, assim incentivam que eles fossem embora. – Temos os números de vocês, quando nós decidirmos quem vai ser ligaremos. – E assim eles se foram.

- Katniss você tem que ser menos exigente. – Annie lembra a minha mãe, Por que? Porque dona Suzanne sempre gostou de falar sobre como sou mandona, exigente e perfeccionista.  Eu sempre estou cobrando muito dos outros e principalmente de mim e foi assim que consegui ser a excelente bailarina que sou, consegui duas distensões no tornozelo esquerdo por conta do meu “alto fanatismo” em deixar uma dança ou um passo perfeito.

- Se nós queremos o premio teremos que achar alguém melhor do que eles. – Digo.

- Você é muita chata Everdeen. – Finnick é meu melhor amigo, mas temos o mesmo temperamento difícil e irônico por isso  nós dois nos desentendemos tanto. Eu dei a ideia de montarmos um grupo e ele foi o primeiro a me apoiar e quando dei a ideia de comprar essa casa ele também não pensou duas vezes e me apoiou novamente.

- Digo o mesmo de você Odair. – Falo sorrindo.  É impossível ficar com raiva dele.

- OH!  – Exclama Clove. – Já são 19:00 horas, temos que descer e organizar a boate.

Todos corremos para os quartos. Talvez eu não tenha mencionado... Mas Cato e Clove formam um casal há um ano,  Annie e Finnick  também formal um casal mas eles já estão juntos a dois anos.  Já faz um ano e meio que compramos nosso espaço, mas já moramos aqui a dois anos porquê primeiramente tínhamos alugado e depois disso resolvemos comprar, por isso estamos nesse aperto, pois o prazo está esgotando. 

Entro no banheiro e ligo o chuveiro para que a água fique quente e começo a me despir, jogo minhas roupas no cesto  e entro no banho. Não tem nada melhor do que água bem quente para relaxar os músculos, saio do banho e passo meus cremes. Vou até meu armário escolher uma roupa, pego uma calça jeans rasgada uma blusa cinza e meu tênis.  Faço uma maquiagem forte, seco meus cabelos deixando-os  lisos e nas pontas ondulados.

Olho no relógio e percebo que demorei mais do que pensava e vou direto para a boate onde todos nós trabalhamos, eu normalmente fico no bar fazendo drinks e recebendo varias cantadas o que é bem legal...

- Até que fim. – Clove fala no microfone que fica junto a ela para animar a festa. Ela já está no espaço para o DJ. Sim, ela gosta de remixar e criar musicas,, acho que encontrar uma pessoa mais animada do que ela é impossível e assim ela se tornou  ótima em ser DJ.

Direciono-me ao bar onde Cato já está ajeitando tudo e coloco o colete da boate. Aqui não temos um uniforme especifico, usamos somente um colete preto, sem mangas com o nome da boate que é Dance’s em neon, rosa para as meninas e verde para os meninos.

- Todos estão prontos? – Clove pergunta novamente no microfone, é meio que um ritual o que ela faz, todos respondemos em uma só voz.

- Sim!

São exatamente 20:00 horas e sempre abrimos nesse horário, temos duas pessoas na entrada, Annie e Finnick ficam na sala de vídeo para monitorar as pessoas, outras duas pessoas no segundo bar, Gale que também é um de nós fica na parte de comandar as luzes de dança e os últimos três ficam servindo mesas.

Todos nos que participamos do Elte Capitol trabalhamos aqui, mas ainda trabalhamos em outros lugares para poder nos sustentar. Vejo as luzes de avisos dos banheiros, entradas e saídas acenderem e as luzes normais da boate serem apagadas, isso que dizer que realmente estamos abertos.

As postar se abrem e as pessoas começam a pagar por suas entradas, nossa casa de dança é muito badalada porquê sempre temos competições de break  e isso traz muitas pessoas.

Amo tudo isso que construímos, mas eu consigo ver esse espaço com uma academia de dança para todas as idades e não somente uma boate para adolescentes e adultos.

- Katniss? – Uma voz conhecida me tira dos meus pensamentos.

- Prim! – Abraço ela por cima do balcão mesmo. – O que aconteceu? Você sumiu.

- Pois é... Faculdade e trabalho não se conciliam com festas. -  Ela sorri. Prim é uma amiga que conheci aqui mesmo na boate.

- E o que vai querer? – Pergunto já sabendo sua resposta.

- O mesmo de sempre. – Coloco Absolut  vodka  de morango  em um copo e entrego a ela. – Vou indo... Tenho que encontrar meus amigos. - Aceno para ela e a mesma se perde na multidão. Hoje será uma noite  longa, é sexta-feira e os universitários aproveitam isso.

Nós poderíamos chamar Brutus, ele foi o melhorzinho dos outros, já está  na hora de escolhermos alguém para começarmos os ensaios  e buscar entrosamento com ele. Talvez Brutus melhore com o passar dos dias, nós podemos ajudar ele a melhorar seus passos e sua coordenação  motora ... Ou pelo menos podemos tentar.

- Katniss! – Olho para Cato. -  Atenda o rapaz. – Me viro e vejo um homem loiro de olhos negros me encarando.

- Oh! Me desculpe. – Pego um copo. – O que vai querer?

- Pode guardar minha mochila ai? – Semicerrei os olhos para ele.

- O que tem ai? Drogas?

Ele me olha incrédulo. – Não,  são somente roupas.

- Ok! – Pego sua bolsa e coloco embaixo do balcão. – Mas não se esqueça de pegar.

- Obrigada... Pode me dar um whisky? – Pego a bebida e despejo no copo. Em fração de segundos eu o encaro pois pude ver que ele fazia o mesmo e vejo que seus olhos não são negros e sim azuis, tão azuis quanto o céu. Nossos dedos se tocam quando vou entregar a bebida e sinto um tremor em minha coluna, deixo o copo cair na bancada e todo o liquido sai do copo.

- Me desculpe. – Falo já pegando um pano e limpando tudo. – Ando meio distraída.

- Não tem problema, mas ainda quero meu whisky.

-Claro.  Faço tudo novamente, pego o copo e coloco o liquido quente, pois é a melhor maneira de se beber e o entrego. – É por conta da casa. - Ele solta um sorriso gentil e vai dançar.

A noite vai passando e o fluxo de pessoas aumentando, olho no relógio e já são 23:00 horas. Meu horário de descanso chegou.  – Drika. – Chamo uma das meninas que estão servindo as mesas e logo ela se aproxima mais de mim. – Vou até a sala de vídeo, fique aqui com o Cato, ok?

- Certo. – Ela sorri e eu tiro meu colete deixando-o guardado. Vejo que já está rolando uma disputa de break, a rodinha que ali está é mediana e eu empurro as pessoas para poder ver. São dois homens, eles são bons,  mas o loiro é magnifico, ele mistura ballet com break assim deixando sua dança única... Espera, eu o-conheço. É o rapaz da mochila! Corro até a sala de vídeo.

- Vejam a roda de dança. – Falo ao entrar na sala.

- Já estamos vendo. – Finnick me informa.

- Gostou dele? – Annie pergunta.

- Olha... Ele é diferente, seu jeito de dançar é diferente. – Aponto para uma das pequenas Tvs que estão ali. -  Precisamos dele.

- E o que você está esperando? – Finnick se levanta e me empurra até a porta. – Vai lá, vai falar com ele agora.

A disputa já tinha acabado e eu comecei a procura-lo, ele era um rapaz alto de camisa vermelha, não podia ser assim tão difícil. Vi um rapaz de costas e ele estava de vermelho. – Ei!. – Grito por causa da musica.

Ele se virou e sorri maliciosamente. – Oi gatinha. – Sussurrou no meu ouvido  e passa  um braço por minha cintura.

- Engano. – Me solto dele rapidamente e continuo minha procura.  Já chamei a atenção de 4 homens e nenhum deles era ele. Começo a dançar e bato em alguém.

- Moça me desculpa. – Ele grita com sua voz rouca e extremamente sexy. Me viro e obrigada senhor,  achei ele.

- Graças a Deus. – Falo e puxo ele pela mão. – Preciso falar com você.  – Gritei, levo-o até a sala de vídeo. Ele me olha assustado.

- Eu não fiz nada. – Ele fala com as mãos para cima.

- Não se preocupe cara. – Finnick dá tapinhas em suas costas. -  Temos uma oferta...

- Finnick deixe a Katniss falar. – Annie o-interrompe.

- Então... Você faz parte de algum grupo de dança? – Pergunto.

- Não.

- E por que você anda com uma mochila com roupas? – Faço outra pergunta.

- Por que cheguei agora na cidade. – Ele nos olha desconfiado. Ele chegou agora e isso é uma boa noticia.

- E você tem família aqui? - Annie o pergunta. – Ops, desculpa.

- Não... O que vocês querem de mim? – Ele se senta na cadeira onde Finnick estava.

- Queremos saber se você gostaria de entrar para o nosso grupo, gostaria?  – Seus olhos brilham com minha pergunta.

- Mas onde eu ficaria? Não tenho onde morar... Ai fica difícil.

- Cara, nos moramos aqui em cima, todos do nosso grupo Elite Capitol moramos aqui em cima. – Finncik o informa.

- Então aceita? – Pergunto com nervosismo. Diga sim, por favor – penso.

- Claro que sim. – Ele se levanta e estende a mão e eu aperto firme com minha mão. – Prazer, Sou Peeta, Peeta Mellark .

- Katniss Everdeen. –  Falo.

- Finnick Odair. – Ele também dá um aperto em sua mão.

- Annie Cresta.

- Agora vamos. – Falo. – Quero te mostrar tudo.

Mostro cada canto de nossa boate e subimos para a casa. Le mostro a sala, a cozinha, banheiro, a sala de colchões para treinos, a sala com barras para ballet.

- Você já dançou ballet? – Pergunto.

- Fiz quatro anos de ballet. – Ele diz.

- Vi você na roda de break e achei genial sua ideia de misturar os dois. – Ele sorri e eu retribuo o sorriso.

Andamos até o quarto, mostrei cada um para ele. – Você vai ficar no quarto junto a Gale.

- Quem é Gale?

- É o cara que cuida das luzes... Você viu? Ele fica perto do DJ que é a Clove e também faz parte de nós.

- Não, ele não vai se importar? – Pergunta

- Não, creio que não. – Penso e continuo. – Na verdade esse é o único quarto livre para você ficar... Tem o meu, mas é somente meu então você terá que ficar aqui mesmo.

- Entendido.

Fazemos o caminho todo de volta e paramos na sala, vejo uma movimentação estranha por uma televisão que temos na sala e temos contato com as câmeras. Glimmer!

- Vamos, temos que resolver esse problema. – Falo.

-Que problema? -  Ele pergunta sem entender nada.

- O Grupo Panem está aqui.

Desço as escadas rapidamente e corro em direção onde meu grupo já está embarreirando os vândalos do outro grupo.

- O que quer aqui? – Grito.

- Calma Katzinha... Só viemos fazer uma visitinha.  – Ela fala com aquela conhecida voz aveludada como se fosse um anjo, mas de anjo não tem nada.

- Já pode ir então. – Clove se aproxima dela e dá um tapa em sua cara. – Isso foi por ter me chamado de anã.

E a confusão começou, todos do nosso grupo estão batendo no grupo rival e vice versa.  Droga!  As pessoas que estavam somente se divertindo agora estão gritando e correndo, uma noite de prejuízo isso é o que vamos ter. Corro até o microfone e chamo a atenção de todos.

- Elite Capitol. – Grito. – Parem já com isso. – E como em um passe de magica todos param. Pelo menos eles me escutam. – E vocês do grupo Panem devem ir embora agora.

Glimmer está toda despenteada. – Vai ter volta sua vadia. – Ela grita para Clove que está perfeitamente bem.

- Gente nós desculpem... Podem ir embora. – E assim as poucas pessoas que tinham ficado ali dentro se vão.  Desço do palco com ajuda de Gale.

- Cadê o garoto novo? – Cato pergunta. – Queremos conhecer.

- Então é assim? – Perguntou olhando para todos com incredulidade. – Vocês brigam e fingem que nada aconteceu? – Ninguém responde. – Quero ver vocês todos limpando tudo.

- Mas... – Annie tenta protestar.

- Sem nada de “mas”. – Falo demostrando toda a raiva que sinto. – Agora!

E todo começam a limpar tudo,  cadeiras caídas, mesas tortas, copos quebrados, bebidas no chão. – E o garoto novo não vai ajudar?

Alguém pergunta mas não percebo quem foi. Ele sumiu na hora da briga e eu não percebi tenho que procura-lo, mas realmente não sei onde está. – Vou procura-lo. – Olho em todos os lugares da casa e nada dele. Desço e vou até a sala de vídeo.  – O que você está fazendo aqui?

- Ué!. – Ele sorri. – Vigiando vocês.

-Muito engraçado, agora vamos, eles querem te conhecer. - Saímos da sala e todos se viram para nos olhar.  Digo o nome da cada um que ali está para ele e eles se cumprimentam.

- Esse é Peeta Mellark. – Falo sonoramente para todos. 

LEIAM AS NOTAS FINAIS.