He's A God And My Best Friend escrita por sawada san


Capítulo 14
Romance adolescente


Notas iniciais do capítulo

Oláa pessoas! Sei que talvez vocês desejem me matar por causa da demora, realmente me desculpem, por favor. Tipo são as mesmas coisas de sempre, fiquei sem inspiração. Sem contar que agora estou numa correria total, com provas, trabalhos, viagens, estudos e gravações!!! (Já explico) Antes de tudo quero agradecer a Sarah Laufeyson pela recomendação, eu sei que já faz tempo que ela recomendou mas só agora eu vi (sou muito desligada e não prestei atenção quando o numerozinho de recomendações mudou). Sério quando eu vi eu quase tive um treco, você fez meu dia mil vezes mais feliz.
Sei que não vão se interessar pela minha vida pessoal, mas eu preciso contar para alguém e como vocês não me conhecem, nunca vão ouvir ou comprar eu irei falar. EU GRAVEI UM CD!!! na verdade é o grupo que eu canto e hoje eu descobri que querem que eu faça um solo e eu to muito nervosa. Desculpem incomodar mas eu precisava desabafar. Vocês podem me achar estranha, mas prefiro não comentar o nome do grupo.
Boa leitura!!!!



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Minha mesa estava um pouco babada, e abri os olhos bem a tempo de ver o professor de inglês dar um soco no quadro. A aula começou a uns quinze minutos e ele já tinha perdido o controle da sala. Olhei para os lados certificando-me de que ninguém viu minha mesa babada. Todos estavam prestando atenção no professor; ele fez a chamada e logo começou a passar a matéria no quadro. Passamos uma aula copiando a matéria para o caderno. É uma droga quando temos duas aulas seguidas de inglês. Na segunda aula fizemos exercícios no caderno. Terminei meu exercício e fiquei olhando pela janela, eu gosto de ficar olhando as árvores. Bem na frente da janela tem uma árvore que cobre quase toda a paisagem, suas folhas estão amarelas, outras laranjas e algumas até meio esverdeadas. É lindo de se olhar.

– Ei Anna! - Dan estala os dedos na frente do meu rosto.

– Hã? O que? - pergunto meio desnorteada, olho para eles e depois para a frente da classe - Cade o professor?

– Ele já foi, agora é geografia - Belle faz uma careta.

– Você ficou fora do ar durante alguns minutos - Kaio comenta.

Apenas sorrio para eles em forma de resposta.

Quando o sinal para o intervalo toca, fui praticamente arrastada pela Belle e o Oscar até a cantina. Não entendo esses dois, normalmente casais de namorados preferem ficar a sós, mas eles não, todo o lugar que eles vão eles me levam junto. Eu gosto dos dois mas eu não gosto de ficar de vela, é uma tortura.
Estávamos lá na cantina, estava com os cotovelos na mesa e minha cabeça apoiadas nas mãos, observava o casalzinho apaixonada fazendo juras de amor. Nem preciso dizer que estou em um tédio total.

Tom passa andando rápido por nós.

– Tom! - grito - por favor me leva com você seja lá aonde você estiver indo - imploro.

– Até onde sei você não pode ir no banheiro comigo - ele dá um sorriso brincalhão e vai embora.

– Maldito... - sussurro.

Belle e Oscar riem de mim, eles devem gostar de me torturar.

Estava quase dormindo, mas me assusto quando alguém chega por trás e apóia suas mãos no meu ombro.

– Hey casal maravilha! - Luke exclama e pisca para mim.

Ele senta e se de debruça sobre a mesa.

– Como você aguenta esses dois?

– Nem eu eu sei.

Ele sorri para mim. Posso jurar que o tempo parou, na minha cabeça só nós dois estávamos naquela mesa, sorrindo um para o outro. Mas nosso clima é interrompido pelo Oscar.

– Você vai no treino hoje, Luke?

– Eu não perderia por nada. Ei - ele vira para mim - você não quer ir ver nosso treino? - Luke pergunta.
Meus olhos até brilharam.

– Claro.

O sinal bate. Luke se despede e vai correndo para sua sala.

***

Estou na sala de aula, concentrada na matéria, quando um bilhete é jogado na minha mesa.

"O Luke está dando encima de você!!!"

Reviro os olhos e encaro Belle. Escrevo rapidamente:

" Ha-ha muito engraçado, agora vamos prestar atenção na aula?"

Não passou um minuto e logo outro bilhete pousou na minha mesa.

"Será que depois do treino não rola um beijo?"

Amasso o papelzinho e escondo no meu estojo. Sinto minhas bochechas queimando. Olho para trás brava e ela só ri de mim.

Meus planos de me concentrar na aula foram arruinados por pensamentos sobre uma certa pessoa e um certo treino hoje a tarde.
Depois de mil aulas o último sinal finalmente toca e todos saímos desesperados da classe. Todo dia é a mesma coisa, centenas de alunos saindo da sala no mesmo horário, o resultado é: engarrafamento de adolescentes no portão. Depois uma fila quilométrica no refeitório. É minha gente, vida de interno não é fácil.
Loki já estava no refeitório guardando uma mesa para a gente. Esse é o bom de ter um amigo que não seja da escola, assim ele pode chegar mais cedo e guardar lugar para a gente.

– Vocês demoraram - ele resmunga.

– Olha meu querido - Belle começa - Tenta aguentar mil pessoas fedendo na fila, que se não bastasse, também estão te empurrando e te xingando, quando vc passar por tudo isso AI SIM
vem me falar que eu demorei - Belle termina, meio exaltada.

– Lá em Asgard... - Loki começa a retrucar porém dou um beliscão nele. Ele me olha feio.

Quando ele disse Asgard Kaio praticamente pulou encima dele.

– Você veio de Asgard? - Kaio pergunta.

Eu e Tom nos entreolhamos.

– Sim, também matei Balder e tenho uma esposa chamada Sigyn - ele diz com ironia.

Kaio parecia acreditar no que Loki dissera. Percebendo isso Loki continua.

– Claro que não gênio, Asgard era o nome do meu grupo de amigos. Foi inspirado no meu nome.

A habilidade que ele tinha em mentir era impressionante, por mais estranho que essa história dele fosse, soou muito convincente. Kaio pareceu aceitar essa história e volta a comer.

– Ei, vamos lá fora? - convido Loki, eu já tinha terminado de comer e ele também.

Nos despedimos do pessoal e fomos colocar a bandeja no lugar que deixa a bandeja (estou aqui a mais de dois meses e ainda não sei como eles chamam esse lugar, talvez "despeja bandeja").
Fomos para a frente do refeitório.

– Então Loki, hoje não vai dar para eu ir no piano - falo rapidamente.

– Por qual razão?

Desvio meu olhar do dele e começo a brincar com minha mochila.

– Tipo o Luke me convidou para ver o treino dele hoje - digo meio relutante.

Ele me olha espantado.

– Você vai me trocar por aquele humano imundo? - ele tenta fingir que está magoado mas não dá muito certo.

– Ele não é imundo - discordo.

– Ele toma banho?

– Sim.

– Você já viu?

– Não.

– Então como pode provar? - ele conclui com um sorriso no rosto.

Levanto as mãos em sinal de rendição.

– Nos vemos no jantar? - proponho.

– Talvez.

Corro até o meu quarto. Tenho uma hora para estudar e depois ir para a quadra.

***

Minha "uma hora de estudo" é jogada no lixo pois não conseguia parar de criar expectativas sobre nosso talvez-um-encontro de hoje. Aqui na quadra não está tão emocionante mas o legal é que sempre que o Luke acerta uma cesta ele olha para cá, conferindo se estou vendo. Como me atrasei para sair do quarto, nem deu tempo de conversarmos, pois quando cheguei o treinado já tinha começado.

– Porque estamos aqui mesmo? - Belle pergunta.

– Para ver os meninos treinarem.

– Pra que? É tão chato, e eles ficam todos suados. Nem vai dar para namorar depois - Belle resmunga.

– Pensei que você veio porque gosta do Oscar - comento.

– Eu gosto dele - ela diz pensativa - mas não todo suado! É nojento - queixa-se. Ela olha para eles, os analisa e volta a falar - se bem que vale a pena vir só para ver aqueles meninos - ela aponta para uns meninos que estavam sem blusa, só de colete.

– Hum Belle safadinha - brinco com ela.

Ficamos jogando conversa fora até o final do treino.

Terminando o treino Luke e Oscar vem a arquibancada para falar comigo e com a Belle. Nós, por outro lado, estamos concentradas jogando pedra, papel, tesoura.

– Jokenpo? - Pergunta Oscar rindo - Sério mesmo?

Belle e eu nós levantamos e arrumamos nossas roupas.

– Qual o problema com Jokenpo - questiono.

Belle revira os olhos.

– Dentre todas as coisas que você poderia falar, é isso que você escolhe? - Ela sibila - ninguém liga pra Jokenpo.

– Eu só quero saber porque ele debochou do Jokenpo - explico.

– Ele não debochou, só estava comentando - Belle sussurra.

– Eu também só estou fazendo um comentário - rebato.

– Sim, mas... - Belle não termina a frase porque os garotos começam a rir.

– Foi mal - Luke diz - mas é que vocês duas parecem duas criancinhas mal -humoradas brigando.

– Você diz isso por causa do Jokenpo? - pergunto, um pouco alterada. Qual o problema deles dois? Jokenpo não é um jogo só de criancinhas, ele tem muito lógica por trás do pedra, papel e tesoura.

– Esquece o Jokenpo! - Belle diz exasperada, fazendo Luke cair na risada de novo, Oscar junto com ele.

Eu olho para Belle sem saber exatamente o que fazer. Ela olha para os céus pedindo paciência. Mas só encontra o teto do ginásio.

– Então - Oscar começa - o que vocês querem fazer?

Todos nos encaramos em um momento de silêncio. Ninguém tinha uma ideia para dar. Belle foi a primeira a falar.

– Eu tenho que ir na escola resolver ... - ela me encara por um momento e torna a falar - resolver algumas coisas, você vem comigo né Oscar?

Como um bom namorado ele a acompanha, assim os dois me deixam sozinha com o Luke. Um silêncio constrangedor paira sobre nós. Andamos um pouco até encontrar um banquinho e nos sentarmos.

– Então - falamos simultâneos, acabo rindo de nervoso.

– Que foi? - ele pergunta.

– Sei lá - tento me controlar - nunca ficamos assim.

– Assim como?

Ah, ele sabe.

– Você sabe.

Ele arqueia as sobrancelhas. Ele quer me fazer falar palavra por palavra.

– Nunca ficamos sozinhos. Tipo, só nós. Sempre estivemos com nossos amigos.

– Eu te considero minha amiga - ele diz meio ofendido.

– Não, eu também te considero meu amigo - falo devagar - mas é que é mais recente.

– Hum - ele responde e olha para o além, logo volta sua atenção para mim - você quer que sejamos mais amigos? - ele pergunta, cauteloso.

Cerro meus olhos, desconfiada.

– Você ta tentando insinuar algo? - sinto meu coração acelerar. Como chegou a essa conversa? Ele fica meio sem jeito.

– É que as vezes parece que não somos tão amigos - ele se explica - parece que você é mais amiga daquele cara, o Loki.

Parece errado, mas estou gostando do rumo dessa conversa. Soa como se ele estivesse com ciúmes de mim. Se bem que não temos nada, não tem porque ele ter ciúmes de mim. Sem contar que seria irritante, toda vez que eu fosse falar com os meus amigos meninos teria que ficar me explicando para ele? E isso seria contaste, já que tenho mais amigos do que amigas. Mas me sinto querida assim, é sempre bom saber que alguém presta atenção na gente.

– Vocês são muito amigos? - Luke pergunta.

– Acho que sim - respondo pensativa - nossa relação é complicada. - qualquer coisa com o Loki é complicada. Ele parece ser bipolar, a mudança de seu humor é constante.

– Mudando drasticamente o assunto - Luke informa - gostou de vir ao treino hoje?

– Sim, foi legal - respondo sorrindo.

Ele sorri de orelha a orelha e comenta.

– Ah que bom, acho que você me deu sorte hoje - ele da um sorriso fofo - de dez cestas nove eu acertei.
Sorrio em resposta. Minhas bochechas começam a esquentar e sei que devo estar vermelha neste exato momento.

– Você fica bonita assim.

– Assim como?

– Corada.

Cubro meu rosto com as mãos.

– Não to corada - nego, mesmo sabendo que eu estou.

Ele tira minhas mãos do meu rosto, mas não as solta. Fica segurando minhas mãos e sorrindo para mim. É um momento perfeito. Luke começa a se aproximar de mim, e por mais que eu esteja curtindo o clima estou começando a ficar nervosa.

– Ei! Anna! - do nada alguém me chama e estraga nosso momento perfeito. Eu e Luke nos separamos em um segundo.

– Desculpe-me, estou atrapalhando alguma coisa? - o professor de história pergunta.

– Não, nada - Luke diz enquanto se levanta - eu estava de saída. Tchau Anna - ele se despede com um beijo na bochecha - tchau professor - ele diz meio nervoso. Ele sai andando rápido e eu o observo até ele sair do meu campo de visão.

O professor me cutuca e eu volto minha atenção a ele.

– Você já sabe tocar "The phantom of the opera"?

– Aham - respondo meio irritada. Ele nos interrompeu só para isso?

– Podemos ir no auditório?

– Claro.

Fomos andando lado a lado até o auditório da escola. Ambos não falavam nada. Estava envergonhado e com raiva ao mesmo tempo. O professor me flagrou quase beijando um garoto! Isso não é legal, ele é meu professor, não deveria saber se estou gostando de um garoto. E ele interrompeu nosso momento! Quando que vamos ter outro clima igual aquele? Talvez nunca mais!
O professor abre a porta do auditório para mim e eu entro. Quando olho para a sala quem eu vejo lá? Óbvio, o cara que me perseguiria até o inferno (eu acho).

– Eu pensei que você estava com o Luke, não com alguém que tem o dobro da sua idade - Loki comenta, nos encarando - não é pedofilia?

– Por que você não lê na biblioteca? - ignoro o comentário dele.

– Ninguém vem aqui, só a gente.

Ele cumprimenta meu professor, e tenho quase a certeza que o professor David está nervoso.

Sento no piano e começo a tocar. O bom dessa música é que muitas partes dela tenho que tocar forte, como estou com um pouco de raiva isso facilita a fazer a dinâmica (tocar forte, piano/fraco, assim em diante). No final da música erro algumas notas pois ainda não decorei ela completamente mas logo recupero e termino. O professor bate palmas.

– Muito bom - ele elogia - preciso ir, vocês vem? - ele parece suplicar pelo olhar para que o acompanhemos.

Saímos da sala e ele fecha a porta.

– Anna você tem falado com os seus pais? - o professor me pergunta.

– Não muito - respondo meio incomodado. É um assunto pessoal, e também nunca comentei nos meus pais perto do Loki. - Por que a pergunta? - questiono.

– Por nada. Até mais!

Loki me acompanha até o meu dormitório e depois vai embora. Vou para i meu quarto pensando no que o professor falou. Realmente faz tempo que não converso com meus pais. Sinto muitas saudades mas eles sempre estão ocupado, trabalhando, não quero incomodar eles. Desse jeito que eu falo parece que eles trabalham demais e não dão muita atenção para mim, mas não é isso. Simplesmente não sinto a necessidade de ligar para eles e contar tudo o que está acontecendo. Talvez depois eu ligue.

Pego minhas coisas e vou tomar banho, logo mais vou para o refeitório jantar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.
Desculpem-me por qualquer erro, não deu tempo de corrigir.
Até