Ken correu até Tesla. Tentou reanimá-lo, mas ele estava desacordado.

– Yammy! Eu acabo com você! – Gritava Ken correndo até o décimo Espada, mas foi impedida por Grimmjow e por Nnoitra.

– Calma, garota! Você está querendo morrer aqui?! – Disse Nnoitra.

– Eu quero é meu amigo, Nnoitra! Solte-me! – Debateu Ken.

– Por que a gente não faz assim: Nós levamos o Tesla para cuidar dos ferimentos? Tudo bem? – Perguntou Grimmjow.

– Tá!

E eles levaram Tesla para ser curado. Szayel seguiu um caminho diferente. Foi diretamente para o quarto de Orihime.

– Aporro? – Perguntou Orihime.

– Eu mesmo! – Respondeu o oitavo Espada sorridente.

– O que faz aqui?

– Vim ver como está o meu sobrinho! – Szayel abraçou Orihime e sentou-se no sofá.

– Ainda bem que você veio! Eu precisava conversar com alguém! – Orihime sentou ao lado dele.

– O que aconteceu dessa vez? Se for mais um desejo que toda grávida tem, não pede pra mim porque a Ken e o Tesla voltaram quebrados e eu não quero que aconteça o mesmo comigo! – Disse Szayel. Orihime riu.

– Não é nada disso. É sobre o Ulquiorra que eu quero falar. – Disse ela.

– Como? O que o quarto Espada fez dessa vez?

– Ele anda um pouco diferente. Está mais frio, mais sério...

– Acho que só você não percebeu que ele continua o mesmo de sempre. No dia que ele for divertido e engraçado, aí sim, você tem que estranhar.

– Mas isso é motivo para ele quase me manter presa nesse quarto?

– Deve ser o que vocês humanos chamam de ciúme.

– Eu sei que ele é ciumento, mas...

– E eu também sei que ele é ciumento com você! Por isso mesmo, eu sairei para não apanhar! A última coisa que eu quero hoje é que alguém bata em mim... – Disse Szayel enquanto andava, mas viu que bateu em alguém e cai no chão. Ao olhar pra cima reconhece o seu companheiro. – Oi, Ulquiorra.

– Preciso perguntar o porquê que você está aqui no quarto dessa mulher? – Perguntou Ulquiorra.

– No quarto da sua mulher, não é, ô quarto Espada?! Não precisa ter vergonha pra falar assim porque ela já é sua mesmo... – E Szayel saiu. Ulquiorra deu um suspiro impaciente e encarou Orihime, que segurava o riso.

– Do que está rindo?

– Nada não. Mas... Você fica... Diferente quando está com ciúme.

Ulquiorra olhou pro lado. Ficou assim durante alguns minutos enquanto Orihime o encarava. Até que ele disse:

– Vem comigo. – E Orihime o seguiu. Eles andavam pelos corredores até que pararam em frente de uma porta. Ulquiorra a abriu e Orihime entrou, deixando Ulquiorra esperar fora do quarto. Era o quarto de alguém. Olhou para a cama, onde Tesla estava deitado.

– Senhorita Orihime. – Chamou Tesla.

– Sim?

– Você entende mais sobre os... Sentimentos humanos do que qualquer um no palácio. Pode me responder uma coisa? – Perguntou o loiro.

– Claro que pode. – Respondeu Orihime docemente.

– Eu disse para a Ken que eu gosto dela, mas ela não compreendeu. Acha que ela não gosta de mim? Acha que serei somente um fracción do mestre Nnoitra? – Orihime ficou surpreendida com as palavras do fracción. Via em seus olhos que ele estava sofrendo de sentimentos pela nova sétima Espada.

– Talvez ela goste de você, mas não sabe demonstrar. O Ulquiorra era assim também... – Orihime tentava tranqüiliza-lo.

– Acredito que eu apanhei do Yammy pra nada. – Comentou Tesla tristemente.

– Ora... Pelo que me disseram, foi só um soco. E pelo o que eu ouvi falar, a Ken quase brigou com o Yammy por sua causa.

– Verdade?! – Disse Tesla enquanto sentava-se na cama.

– Sim! Mas ela só não chegou a bater nele, porque Nnoitra e Grimmjow não deixaram. Mas acho que ela ficou preocupada com você.

Tesla colocou a cabeça no travesseiro, sorrindo. Foi como se ele visse uma luz de esperança. É claro que supostamente a Ken sente algo por ele. Depois quando Tesla dormiu, Orihime saiu. Ulquiorra a esperava.

– Por que demorou? – Perguntou Ulquiorra.

– Parece que mais alguém vai encontrar um coração em Las Noches além de você... Do Nnoitra...

– Nnoitra?

– Ele e a Neliel estão se entendendo, apesar de que estão sempre brigando. Nem sei o que será do filho deles. – Comentou Orihime.

– Ridículo.

– Ora, Ulquiorra! Se você pode ter filhos, por que Nnoitra não? – Ulquiorra não conseguiu uma resposta rápida para a pergunta de Orihime. Ficou calado, apenas encarando-a.

– Acho que venci nessa brincadeira de respostas de novo, não foi? – Disse Orihime enquanto colocava a mão no rosto do arrankar. Iam se beijar, mas escutaram alguém brigando. Foram ver o que é. Vinha do quarto da Ken.

– Como assim ‘’o Tesla será útil’’? Eu não usarei a vida dele para nada, ouviu, Aizen?! – Era a voz da Ken.

– Como não? Quer desfazer o acordo? Você disse que faria de tudo para acabar com o shinigami que tirou a vida de seu pai! – Era a voz de Aizen.

– Eu não vou deixar que Tesla seja morto por causa de uma vingança! – Ken gritava com raiva.

– Não me diga que... Você se apaixonou por ele? – Perguntou Aizen.

– Claro que não! Ele é meu amigo! Assim como Szayel, Grimmjow e Nnoitra! Eu não quero perder eles assim como perdi meus pais! – Disse Ken em tom firme.

– Escuta aqui, garota mimada! Eu estou cheio das suas ordens! – Debateu Aizen enquanto puxava o cabelo de Ken.

– Aizen Sousuke, você não tem direito de opções! Você está na palma da minha mão! Por minha causa, você não está em uma prisão ou perdido nessa porcaria de deserto! Você me deve lealdade por eu ter salvado a sua vida! – Disse Ken.

– O que eu lhe devo é um tapa! Para aprender a ser mais esperta! Achou mesmo que eu iria ser seu servo até o fim?! Eu deixei de ser eu escravo faz tempo! Fui eu quem mandou a Loly e a Menoly atacar a Orihime! Eu sabia que você a defenderia, mas eu não sabia que você acabaria com elas! – Revelou Aizen. Orihime, Ulquiorra e Ken ficaram surpresos.

– Colocou em risco a vida de uma mulher humana e grávida só para me machucar?!

– Machucar é pouco! Eu queria mesmo é acabar com você! – Disse Aizen. Ken estava com tanta raiva que conseguiu chutar o estômago de Aizen, que foi jogado na parede.

– Covarde! Eu vou mostrar a você como é que se tenta acabar com alguém! – Ken apontou o dedo indicador para Aizen – ‘’Luce Del Sole’’.

Ulquiorra pegou Orihime e afastou-se dali. O poder foi tão forte que Aizen atravessou várias paredes até cair na areia branca do deserto. Ken, com um sonido, apareceu na frente de Aizen, apontando sua espada para o peito dele.

– Vai me matar? – Perguntou Aizen ironicamente.

– Vou fazer essa porcaria de deserto comer o que sobrou de você! Como uma pessoa como você, bonito, forte e inteligente, pode merecer um fim trágico como esse? – Aizen rapidamente pegou sua espada e feriu a perna de Ken, fazendo-a cair.

– E você? Como uma criança tão jovem como você pode ter esse fim?! Ah sim! É filha de Zommari! – Provocou Aizen.

– Não... Diga... O nome do meu pai, falso! Ambicioso! Traidor! – De repente, asas surgiram na cintura de Ken, fazendo-a voar. A luta de espadas entre Aizen e Ken estava tensa.

Szayel e Grimmjow assistiam a cena.

– Aquela é a Ken?! – Perguntou Szayel.

– E lutando com Aizen?! – Perguntou Grimmjow.

Aizen e Ken, ainda lutando, estavam se aproximando de Las Noches. E como a situação não estava nada boa, todos tinham que sair do palácio, que corria risco de ser destruído. De repente, Orihime sentiu uma contração na barriga e começou a gritar.

– Mulher? O que foi? – Perguntou Ulquiorra que parecia preocupado.

– Ulquiorra... E - Eu estou... Molhada... – E ele percebeu que caia algo úmido debaixo do vestido da ruiva.

– Não quero preocupar ninguém, mas... A bolsa estourou! – Disse Szayel.