Eternally Hunted escrita por Ivie Constermani


Capítulo 8
7 - Discussão boba


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoal ^^
Bom, demorei bastante a postar mas como eu disse antes é porque eu estou recebendo pouquíssimos comentários nos capítulos e acabou desanimando a escrever.
E também estou pensando demais em uma nova ideia que tive, que vai ser bem legal.
Obs.: se alguém quiser saber da ideia me manda uma MP =)
Enfim, capítulo pequeno, mas o próximo prometo que vai ser beeem maior.
#partiuleitura



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- Maxine Uri? - Enid repetiu, chocada.
- Sim. Eu a conheci na minha infância. Foi minha melhor e única amiga, guardava meus segredos. Foi muito difícil ter que separar dela quando... virei um fugitivo do Lullaby. E agora ela está aqui.
Enid o encarou. Maxine Uri, a rebelde, a novata, a menina inalcançável era amiga de Evan! Melhor amiga dele! Aquilo foi como um balde de água fria.
- Quando você diz "aqui", onde é exatamente? - Enid perguntou.
Evan sorriu.
- Aqui em casa. A convidei para vir morar aqui.
Enid estava atônita. Evan continuou sorrindo, esperando que ela dissesse alguma coisa, mas quando notou que ela não estava bem, o sorriso sumiu do seu rosto.
- O que foi? - ele perguntou.
- Não consigo acreditar nisso! Você vai trazê-la para casa!
Evan virou a cabeça, confuso, e depois riu de leve.
- Você está com ciúmes! - Riu mais alto. - Amor, por favor, você não pode ter ciúmes de uma pessoa que você nem conhece.
Enid fechou os olhos e passou a mão pelo cabelo.
- Esse é o problema, Evan. Eu a conheço. Maxine Uri é a novata rebelde da escola.
A que havia feito Dany ficar magoado, porque ele havia contado a Enid que ela era como qualquer outra menina e que estava com o Cezar.
- Como? - Evan engasgou com o ar. - Ela está estudando na Morrison e não me falou.
- Ela é sua amiga de infância? Tipo, vocês são muito próximos? - Agora Enid sentia ciúmes. Qual é, Maxine é linda. Enid podia se sentir insegura.
Evan sorriu.
- Ela é como minha irmã. É a amiga mais especial que eu tive. E quando fiquei sabendo que ela estava em uma pensão da cidade, senti-me na obrigação se chamá-la para vir morar aqui.
Tinha sentido e não tinha ao mesmo tempo. Enid só sentia que essa garota era encrenca, que ela não devia ficar ali. Mas Evan estava tão feliz em vê-la que ela não queria discordar. Não naquela hora.
- Bem, então me diga, como você conheceu essa Maxine? - Enid perguntou.
Evan parou, fitando o vazio e sorrindo. Estava se lembrando antes de contar.
- Foi quando eu morava em Memphis. Maxine era minha vizinha. Eu era um garoto muito solitário. Tinha aulas particulares em casa, não podia sair na rua para brincar... Mas um dia eu estava jogando ping-pong sozinho e minha bolinha caiu no quintal dela. Quando eu pedi para devolver ela falou que meus olhos eram lindos e viramos amigos.
- Linda história...
Na verdade Enid achava que aquilo era realmente uma linda história, mas de amor, não de amizade.
- E depois disso? - ela continuou a perguntar.
- Passamos anos sendo vizinhos e amigos, até que... Você sabe o que aconteceu.
- Sua mãe...
- Sim. Ela me deu todo o apoio possível, me fez ficar melhor, esteve comigo esse tempo todo. Mas minha avó me obrigou a viajar e eu nem pude dizer adeus.
Enid já estava com enjôo. Fez uma careta e andou de um lado para o outro.
- Tudo bem, amor? - Evan perguntou. Ele estava com aquela cara de confuso. A carinha mais fofa.
- Não. Essa Maxine não pode ser sua amiga! Não ela!
Evan se levantou para fitá-la nos olhos. Sua expressão ficou enraivecida e confusa.
- O que há de tão errado com ela?
- O que não há de errado com ela! Não gosto dela. Detesto ela!
Evan se afastou. Ele parecia realmente abalado. Os olhos escureceram e seu maxilar mexia de um lado para o outro. Quando ele falou, sua voz tinha um tom rude.
- É bom começar a gostar porque ela virá morar aqui.
Enid o olhou. Agora ela estava confusa. Evan estava brigando com ela por causa de uma menina metida que ele não via há anos! Não era justo, pelo menos não para ela. Como ele podia defendê-la tanto? Ele nem sabia o que havia acontecido durante esse tempo!
- Você... - Enid começou mas não conseguiu terminar a frase. Evan a olhava tão secamente que ela sentiu como se não significasse nada para ele.
- Não vamos falar mais sobre isso. Ela vem. Ponto.
Quando Evan se virou e Enid estava livre daqueles olhos azuis escuros tão persuasivos ela pôde finalmente falar.
- Ela não pode vir. Quer dizer, você sabe o que houve com ela durante esse tempo? Porque, pelo que você me disse ela era um doce, o que ela realmente não é mais.
- Vou descobrir isso hoje, depois das aulas dela. Vamos nos encontrar.
Enid ficou vermelha de ódio. E ciúmes. Como ele ousava?! Um encontro com a srta. Beleza Exótica? Era demais, até para ela.
- Hã?! Não, não. Você não vai! - Enid soou como uma mãe falando com seu filho pequeno e rebelde.
Evan levantou as sobrancelhas, incrédulo.
- Como?
- Você não vai - ela repetiu, mais convicta.
- Sim, eu vou.
- Não vai não.
- Vou sim.
- Não, você não vai.
- Puta que pariu, Enid, quer parar! Você está com ciúmes dela, é isso? Sinto muito mas ela é minha amiga e não vai deixar de ser só porque você está de criancice!
Eles estavam aos berros. O homem que havia ido para limpar a piscina passou por eles com os olhos arregalados. Evan jogou uma nota de cem dólares para ele e o expulsou.
Enid andava de um lado para o outro.
- Criancice?! Criancice, Evan?! - ela gritou.
- Sim, criancice. Está agindo como uma menina mimada!
Ela caminhou até ele, enraivecido.
- Não estou não! - Cada palavra saiu da sua boca como um rugido.
- Sim está. E eu acho melhor você parar de gritar igual a uma maluca - ele rugiu de volta.
Enid riu, sarcástica.
- Estou cagando para o que você acha! E eu acho melhor você não me chamar de maluca, nem de criança muito menos de mimada!
Evan segurou o pulso dela e a trouxe para perto.
- Ah, é? Pois é assim que você está agindo. Como uma criança maluca e mimada! E ciumenta!
- Sinto ciúmes porque te amo, droga! - Enid berrou e o empurrou.
Ela estava tão vermelha quanto um tomate. Evan estava suando de nervoso e seus olhos estavam muito escuros.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, recuperando-se.
- Ok, já que é assim, só olha para mim. - Evan disse e segurou o queixo de Enid, que se esquivou. - Meu amor, por favor, olha para mim.
Enid estava relutante. Ele havia a chamado de criança mimada. E de maluca e ciumenta. Mas, no fim, cedeu.
- O que foi? - perguntou, mau-humorada.
- Eu vou encontrá-la. Preciso vê-la de novo depois de tanto tempo. Por favor, não discuta comigo.
Não havia saída. Um encontro, só isso. Enid assentiu.
Evan a beijou brevemente. Depois intensamente. Ele parou no meio do beijo quando percebeu que Enid estava completamente sem ar.
- Ui - ela arfou. - Eu... preciso ir.
Evan assentiu e a puxou para mais um beijo de deixar sem ar.
- Ei - ele sussurrou ainda nos lábios dela. - Eu te amo.
Enid sorriu. Estava aliviada em ouvir isso. Isso a deixou um pouco mais confiante, mas queria ser uma mosquinha para ver como seria esse encontro.

Evan ouviu Maxine estacionar seu Mini Cooper vermelho em frente a sua casa e correu ao encontro.
Ela saiu do carro com o cabelo esvoaçante, linda, cheia de si, assim como ele se lembrava. Vestia uma minissaia jeans rasgada e uma blusa que mal tapava o umbigo e saltos (tão ela). Ela abriu seu sorriso lindo que a deixava com as bochechas salientes e is olhos semicerrados e correu ao seu encontro.
O abraço de urso durou minutos, enquanto eles riam e matavam a saudade. Saudade que ficou acumulada por doze anos. Uma eternidade.
- Ev, você está tão lindo! - ela gritou, ainda rindo. - E forte, uau!
- E você! Meu Deus, você... Você está... - ele não encontrava palavras. - Fantástica.
- Pensei que você ia falar gostosa - ela disse e riu alto. Sua risada era engraçada, mas fofa.
- Também. Você está gostosa, isso é fato.
- E você está gostoso! - ela deu um tapinha na bunda dele, brincalhona. - Então esse é seu castelo?
Evan gesticulou para a casa, orgulhoso.
- Seja bem-vinda!
Maxine, apenas sendo Maxine, entrou porta adentro na casa. Olhou tudo em volta, xeretou cada cômoda da casa. Evan a seguiu e a apresentou ao seu novo lar.
O último cômodo foi o quarto que pertenceria a ela. Um cômodo grande e espaçoso, com uma cama e um closet com espelhos e uma suíte.
- Uau! Um pouco de cor e isso vai ficar perfeito! - ela comentou e se jogou na cama. - E aí, conte-me as novidades?
- Há tantas coisas que preciso te contar.
Ela sorriu.
- Hum, comece pela parte mais... delicada, se é me entende.
Evan assentiu. Contou sobre tudo. Seu reencontro com seu pai, Vine, Lullaby, chave, feiticeiros, bruxos e tudo o que cercava sua vida. Ela ouviu atentamente, inexpressiva. No fim apenas disse:
- Tenso.
Evan a fitou, curioso e depois riu.
- Sério? É o que você diz depois de tudo o que eu te contei?
Ela riu também e depois encostou a cabeça no travesseiro.
- É, ué. O que esperava que eu dissesse?
- Sinceramente, não sei.
Evan se juntou a ela, deitou ao seu lado. Ficaram olhando para o teto pintado de azul-róseo, hesitantes, apenas pensando.
Maxine se curvou sobre ele e o abraçou.
- Senti sua falta - ela disse.
- Também senti sua falta. Você foi e é minha melhor amiga.
- Talvez algo mais que isso.
Evan a observou, vacilante. Maxine mordeu o canto do lábio inferior, sorrindo - um gesto sexy que ela fazia uns vinte vezes por hora -, e se aproximou dele.
- Não, Maxie. - Evan disse e se afastou.
- Como? - ela se sentou na cama, corando.
- Não. Estou com alguém.
- Ah.
Dava para ver a decepção no rosto dela. Na infância eles eram muito amigos, tanto que chegaram a gostar um do outro. O primeiro beijo de Evan foi com ela, e vice-versa. Mas ele não podia trair Enid, porque ele a amava.
- Desculpe-me. Pensei... - Maxine murmurou.
- Tudo bem. Eu te amo como minha amiga, ainda tem um espaço no meu coração.
Ela riu de leve e depois gesticulou com os dedos, fazendo o dedão quase juntar com o indicador.
- Me ama tipo isso? - ela perguntou.
Evan não evitou o riso.
- Não, Maxie - ele abriu os braços o máximo que podia. - Te amo tipo isso.
Maxine aproveitou os braços abertos dele e se jogou contra seu peito, o abraçando novamente. Evan beijou o alto da cabeça dela. Ela tinha o mesmo cheiro de biscoito de côco, o cheiro da casa dela na infância.
- Que bom que está de volta. - Evan sussurrou.
- Bom é estar de volta.
Evan segurou o queixo dela e a fez olhar em seus olhos. Aquela era sua amiga que sabia de todos os seus segredos, a pessoa que ele mais confiava. E ela estava ali, do seu lado.
- Seja bem-vinda.


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Notas finais do capítulo

Eeii, comentários, viiu? U.u
Ah, gente, alguém aí vai à Bienal do Livro??? Eu vou gente, tô tão emocionada! Eu fui em 2011 e vou esse ano, no dia 1° de Setembro, domingo. Vocês vão? *-*
Beijooss e como sempre, recomendações supeeeer bem-vindas!



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