Eternally Hunted escrita por Ivie Constermani


Capítulo 16
15 - Acorde!


Notas iniciais do capítulo

Hey beautiful people ^^
Tenho avisos!
1 - Sei que estou demorando a postar, mas é porque eu tenho muitas ideias para a história, mas não estou conseguindo me concentrar em apenas um capítulo para terminá-lo.
2 - Recebo comentários lindos de vocês (suas gostosas u.u), mas estou sentindo falta de recomendações. Sei que é chato vocês lerem isso, sentem-se obrigados a fazer uma recomendação para a história. Mas sabe, tia Ivie adora leitores novos e recomendações atraem leitores novos. E eu quero saber se vocês estão realmente amando a história, porque gostar é uma coisa e amar é outra ;D
3 - O terceiro aviso darei nas notas finais. Fiquem ansiosas porque é bombástico!!!

Boa leitura! Nos vemos lá em baixo.



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Dany deu mais uma mordida no cheeseburger e comeu uma batata quando Enid olhou pela janela, observando a chuva.
O Dooh-Wah-Wah estava cheio, mesmo com a leve garoa que caía do lado de fora. Era sábado a noite e as pessoas precisavam sair para espairecer. E o Dooh-Wah-Wah era o lugar certo.
– Eu estou apaixonado. - Dany falou com a maior tranquilidade, de repente e de boca cheia de hambúrguer.
– Como? - Enid quase cuspiu o refrigerante. - O que disse?
– Disse que estou apaixonado. Só que ela não gosta de mim.
Enid estava chocada. Mas aquele era apenas o Dany sendo ele. Tratava de situações graves com uma calma assustadora.
– Deus! Dany, me conta isso direito. Quem é a garota?
Ele pôs umas dez batatas chips na boca e mastigou, mordeu o cheeseburger gorduroso com queijo duplo e depois hesitou para dar um leve arroto. Após tudo isso ele falou.
– Maxine.
Enid não sabia como reagir, então só fez uma careta. Dany limpou as mãos gordurosas num guardanapo e bebeu mais refrigerante.
– Eu não paro de pensar naquela bruxa. - Acrescentou.
– Hã... Isso... Eu... Acho... Ai, nem sei o que dizer.
Dany assentiu e comeu mais batatas.
– Pois é. E o pior é que ela e o Cezar estão tendo um caso.
– Estão?
– Sim. Tô arrasado - ele suspirou e comeu o último pedaço do hambúrguer. Gordura escorreu por seus dedos, e ele rapidamente limpou.
– Hum. Dany, acho que você deve esqucê-la. Ela á chave de cadeia, e você sabe. Aquela garota é uma rebelde, nada a ver com você.
– Como assim? Eu também posso ser rebelde.
Enid tentou não rir.
– Eu sei. Mas é que... Ela não é só rebelde. É encrenca. Com certeza. Muita encrenca. Se você quiser se ferrar, é com ela mesmo...
– Enid, eu sei. Só que meu coração nunca entra em acordo com minha mente. Ele sempre me atrapalha, sempre vai contra mim e me machuca. Maxine é a garota perfeita para o cara que é tudo o que eu não sou. Acredite, eu queria muito ser esse cara.
Enid entendeu a gravidade da situação.
– Deus, Dany... Você está... Amando! A Maxine!
Ele olhou para a garoa do lado de fora, pensativo. Estava triste.
– A única vez que eu amei uma garota, ela ferrou comigo namorando um outro cara. E, por mais irônico que pareça, nós éramos muito iguais, e ele o contrário de nós dois.
Enid sorriu e pôs a mão sobre a dele, acariciando.
– Não sabia que você já havia se apaixonado por alguém antes.
– Claro. - Dany olhou no fundo dos olhos dela. - Porque essa garota era você.
Primeiro Enid ficou sem palavras. O fitava com misto de pena e vergonha e uma pitada de dor. Como ela não havia percebido isso? Dany, sempre tão atencioso... Seu melhor amigo no mundo. Nunca havia percebido, e aquilo foi um choque.
– Você... Por que não me contou? - ela disse baixinho.
– Por que eu contaria? Sou tímido nesse assunto, não sei como agir. E você, droga, era minha amiga, quase uma irmã. Eu até pensei em contar mas o Evan apareceu... Aí eu me convenci de que nunca faria certo e me forcei a esquecer.
Enid sentiu os olhos queimarem.
– Eu te fiz sofrer...
– Mas eu já me curei de você. Quando eu conheci a Maxie. Ela é incrível!
Enid sorriu torto, balançando a cabeça negativamente.
– Você é um garoto meio eclético. Eu sou o oposto dela e você gostou de mim.
– Não é o estilo dela que me atrai. É... Ah, aquele jeito de ser. Rebelde, ousada, sexy, porém inteligente. E o sorriso. Os olhos dela...
– Vai mudar de ideia sobre os olhos quando vê-la irritada! - Enid falou de brincadeira, mas Dany pareceu encantado.
– Como ficam? Brilhantes? Mudam de cor?
Enid fez uma careta.
– Na verdade algo como lágrimas negras descem deles e a íris fica amarela.
Os olhos de Dany brilharam.
– Uau!
Enid deu um tapinha nele.
– Isso não é legal, Dany.
– Ela deve ficar tão linda...
Enid riu.
– Na verdade, ela fica assustadora.
Dany deu de ombros.
– Eu gosto dela. E agora não sei o que fazer.
Enid acariciou o ombro do amigo.
– Tudo bem. Acho que o futuro nos dirá o que vai acontecer.
– Assim eu espero. - Dany suspirou. - Assim espero.

Aquele mesmo pesadelo voltou a atormentar Enid naquela noite. Dessa vez, ela conseguia ver com mais clareza, sentir com mais clareza. Foi terrível.
Ouviu as pessoas gritando por ajuda, sentiu o cheiro de decomposição, sentiu seus pés tocando no chão úmido. Estava tudo claro demais, e dessa vez ela sentiu como se fosse ela quem o estava fazendo. Sentiu que era ela quem ia na direção da porta.
A porta continuou lá, do mesmo jeito. E dessa vez ela se aproximou lentamente da porta com a mão esticada. Tocou a porta levemente, acariciou e sua mão esquentou. Sentiu que devia abrí-la. Mas como?
E então ela viu. Na outra mão - lá estava ela. Brilhou, incandescente, e os rubis pareceram cintilar e esquentar. Não estava consciente de si, mas percebeu o erro grave que ia cometer.
Aquela era a chave de rubis. Aquela era a porta cuja fechadura encaixa perfeitamente na chave.
Ela estava diante da porta do inferno.

Enid acordou ofegante e suando frio. Aquele pesadelo já não a atormentava há dias, mas dessa vez ele voltou, e mais claro.
Ofegante, passou as mãos no cabelo, e então percebeu uma presença ao seu lado. Abriu os olhos e olhou para o lado, e tentou sufocar um grito de pavor.
– Teve um pesadelo, querida?
Caius. Era ele. Mesmo no escuro do quarto seu corpo era visível. Vestia preto, mas desta vez estava com uma camisa de mangas cortadas, mostrando seu braço magricelo e longo.
– Não se assuste, bela humana. Estive aqui o tempo todo - ele esticou a mão na direção de Enid, que se encolheu, esperando o pior, mas ele apenas pegou uma mecha do cabelo dela. - Eu pus esses sonhos na sua mente. São apenas mais avisos.
– E esse pesadelo... Qual era o aviso? - ela perguntou. Sua voz estava baixa e rouca, quase inaudível.
– Tire sua própria conclusão. - Ele sorriu, sombrio. - Mas não se preocupe, essa é apenas mais uma visita de rotina. Aliás, cadê a minha chave?
Enid se levantou e caminhou até a janela, que estava aberta. Foi por onde ele passou. Chovia lá fora, e os pingos passavam por ela. Fechou a janela e caminhou em círculos no quarto.
– Já disse, preciso de tempo - respondeu, enfim.
– Mais tempo? Enid, querida, eu preciso da chave. Tenho pouco tempo nessa vida e se eu não pegá-la antes de um mês, só vou poder pegá-la daqui há alguns anos.
Claro. A lenda. Era real. Ele morria aos vinte anos. E então uma ideia veio a cabeça de Enid. Se ela fingisse tentar pegar a chave durante um mês, ela se livraria dele.
Ela o olhou, e percebeu que ele a fitava atentamente, como se estivesse hipnotizado. Seus olhos desciam e subiam por seu corpo, brilhando de desejo. Enid se olhou no espelho e corou. Estava apenas com uma calcinha e um blusão de Evan.
– Sabe, esse nephilim tem bom gosto afinal - ele disse e sua voz soou leve, muito leve, e a fez viajar.
Em um segundo ele estava diante dela, tocando seu rosto com extrema delicadeza. Sua outra mão tocou sua cintura e segurou, igualmente delicado. Seus toques fizeram Enid relaxar. Algo nele acalmava. Algo nesse assustava. Era estranho e bom.
A mão que tocou seu rosto o aproximou do seu, e seus narizes se tocaram. Enid olhou no fundo dos olhos acinzentados e pálidos, que estava a menos de um centímetro do seu. Caius beijou sua bochecha, exatamente onde fica a pinta, e desceu o beijo para o queixo.
E então Enid acordou do tranze. Empurrou Caius, que caiu na cama com os olhos ainda fixos nela. Enid correu para o outro lado do quarto e ficou de costas para ele.
Um segundo depois, Caius estava de volta, com suas mãos em volta de sua cintura e seus lábios secos no pescoço de Enid. Ela se arrepiou - de medo e desejo. Afastou os pensamentos libidinosos que Caius pôs em sua cabeça - a imagem dele nu (que era realmente atrativa), eles deitados na cama nus, Caius fazendo movimento circulares com a língua em sua vagina, Enid pondo os lábios delicadamente em volta do pênis dele - e afastou ele novamente, que investiu nela logo depois.
– Não, pare. Por favor. Não faça isso... - ela implorou, o afastando com uma mão.
– O que foi, bela humana? Não sente desejo por mim? Não quer ser minha por uma noite?
Enid pensou bem. Droga, ela queria. O que havia de errado com ela?
– Não - respondeu.
– Quer sim. Sei que quer. Posso fazê-la esquecer dessa noite após acabarmos. Mas tenho certeza de que, se experimentar, não irá querer esquecer.
Enid balançou a cabela e se afastou dele. Foi até a janela e a abriu.
– Por favor - disse.
Caius sentou na janela e olhou para o jardim. Depois olhou para ela.
– Se mudar de ideia, estarei em seus sonhos - disse e pulou.
Assim que ele sumiu na escuridão Enid sofreu um choque de realidade. Ela quase havia feito sexo com Caius! Quase havia traído Evan!
Sentiu nojo de si mesma, mas percebeu que não era sua culpa. Caius mexia com ela, fazia ela entrar num tranze de desejo, medo e excitação. E ela precisava reagir antes que algo acontecesse.
Ela precisava acordar.


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Notas finais do capítulo

Hey, e aí? Comentários, comentários, comentários, por favor!
Ah, o aviso, certo? Bem, lá vou eu!

3 - A fic terá continuação!!! (eeeeeeeeeh, *fogos de artifício*)
Decidi há um tempo que essa fic é uma trilogia (Eternamente, o nome *-*), e eu vou postá-la até o final aqui. Espero que tenham ficado felizes com isso, porque eu estou realmente muuuito animada com isso!

Mas, como disse é uma trilogia, ou seja, Eternamente terá fim na terceira fic.

Me digam o que acharam, por favor. E, se quiserem C-L-A-R-O, façam uma recomendaçãozinha, por favor. Tia Ivie agradece.

Beijosss, nos vemos no próximo cap!