Por Toda A Eternidade escrita por Snapette


Capítulo 4
Capítulo 4 - Tentação e Discussão


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal. Eu estava viajando por isso fiquei sem postar --' mas aqui está.
Queria agradecer à Gaby, que deixou a primeira recomendação ♥
E um recado para a Srta. Rebeca : comente ou morra.

Boa leitura e não se esqueçam que julia born to samba :3



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Pvo: Barnabas Collins

Ver Julia saindo por aquela porta foi um tanto esquisito. Tive a pequena sensação de que ela não voltaria do mesmo modo que partiu, mas mesmo assim mantive-me quieto. E ela estava linda. Tão linda que eu seria capaz de dizer isso na frente dela se não estivesse com Jossete ao meu lado.
Ao olhar para aquele corredor antes da porta, me lembrei de Angelique.
"Mulheres morrem por amar você" havia dito naquele dia "Jossete, Dra. Hoffman e a sua amada Vicky"
Mas espere, ela disse Dra. Hoffman?
Julia me amava?
Não era segredo que ela gostava de mim, mas me amar? O amor apenas surge quando é recíproco, como eu e Jossete. Angelique não era incluída nessa lista porque nunca me amou, apenas queria me ter. Mas e se Julia fosse igual a bruxa? Se quisesse apenas me ter e não me amar realmente?
Me peguei pensando na possibilidade de Julia realmente me amar. Se ela me amasse ficaria triste e chorando pelos cantos toda vez que passo ao lado de Jossete, mas ela parece nem ligar para o nosso relacionamento. Como se ele nem existisse, como se fosse algo forçado.
Jossete disse algo a mim e eu apenas assenti. Não havia escutado e nem queria escutar. Queria apenas entender o que Julia Hoffman senti por mim.

Pvo: Julia Hoffman

Levei Carolyn até um bar no centro da cidade e ela me perguntou se podia beber.
- Carolyn, eu deixo, mas me prometa que se começar a ficar tonta você vai parar.
A menina sorriu e assentiu. Pedi logo um whisky. Se ela ia beber, que começasse pelo mais forte. Ela sorriu quando bebeu.
- Eu nunca tomei algo tão gostoso! - brandou ela. Virou o copo inteiro na garganta e depositou-o, vazio, sobre o balcão.
- Pronto, chega - falei
- Tá bom - suspirou ela - Julia, onde você comprou essas roupas novas?
- Numa loja aqui perto - respondi
- Você se importaria de me levar até lá? Minha mãe que vive comprando minhas roupas e eu fico parecendo uma abobalhada.
Tive que rir. paguei o bar e levei a menina até a loja.
- Carolyn, eu não tenho dinheiro - admiti

Ela soltou um sorriso diabólico e tirou do bolso uma carteira.

- Eu tenho!

Arregalei os olhos.
- Carolyn! Essa é a carteira da sua mãe.
Ela confirmou. 
Mesmo sabendo que era errado, levei a menina até lá e ficamos escolhendo várias roupas. Quando a loja estava para fechar, saímos de lá cheias de sacolas. Carolyn cheia de alegria, e eu cheia de culpa.

...

No dia seguinte, Julia acordou cedo e não chegou atrasada no café da manhã. Repito: Julia Hoffman não chegou atrasada no café da manhã.
E é claro que todos estranharam.
Carolyn parecia que estava quase morrendo ali sentada.
- Julia, eu disse que não queria que minha filha bebesse - disse Elizabeth
- Não, você disse que não queria vê-la bêbada. 
Barnabas ficou prestando a atenção na discussão.
- Mas olhe só o estado dela. 
- Dá pra vocês pararem de gritar? Eu to morrendo de dor de cabeça - reclamou a menina
Elizabeth revirou os olhos.
- Viu?
- Elizabeth, a menina não morreu. Carolyn, a ressaca daqui a pouco passa.
Elizabeth bufou.
- Eu nunca mais tomo whisky na minha vida - sussurrou a adolescente
Elizabeth ficou furiosa.
- Whisky, Julia?! Você deu whisky para a minha filha de 15 anos?
- Não tenho culpa se ela virou o copo inteiro na garganta.
- Chega! - Elizabeth se levantou - As duas, comigo agora!
Julia e Carolyn se levantaram e seguiram a matriarca.
Barnabas, que prestava a atenção na conversa, soltou um comentário.
- Julia parece que esqueceu de crescer quando o assunto é responsabilidade.
- Concordo - falou Jossete
David ficou perturbado com tudo aquilo. Julia sempre o ajudara e não ia permitir que falasse mal dela.
- Pelo menos ela se importa de verdade com essa família - falou David, bem baixinho
- O que disse, mestre David? - perguntou Barnabas
- Eu disse que a Dra. Hoffman pode ter esquecido de crescer, mas pelo menos ela se importa de verdade com essa família, ao contrário de algumas pessoas - e olhou para Jossete/Vicky
- David, não estou entendendo - falou Jossete
- Então eu vou explicar - falou o menino - A Dra. Hoffman está nessa casa por nossa causa enquanto você está aqui por causa do tio Barnabas. Ela pode ter dado bebida para a Carolyn, mas pelo menos ela levou minha prima para sair. Ela está aqui porque gosta de nós. E você NÃO!
Dizendo isso, o menino saiu do local.

No quarto/escritório de Elizabeth, a mesma estava a ponto de explodir de tanta raiva.
- Julia você não podia ter dado whisky para a minha filha.
- Elizabeth, foi só um copo. Eu não a deixei tomar mais porque sabia que ela ficaria bêbada. Ela é só uma adolescente, deixe-a fazer algumas coisas erradas de vez em quando. Eu não a deixaria bêbada nunca porque...
- Parem de falar alto - gritou a menina, que estava deitada na cama da mãe, com um travesseiro cobrindo a cabeça.
- Porque?
Julia engoliu um seco.
- Porque Carolyn é sua filha e eu imagino que se eu tivesse uma filha, não gostaria de vê-la chegar em casa bêbada.
Elizabeth finalmente entendeu o que ela dizia.
- Julia eu...
- Não diga nada, só dê algum remédio para Carolyn para aliviar a dor de cabeça. - dizendo isso, Julia saiu do quarto da matriarca.

No corredor, Barnabas seguia lentamente a doutora. Ela nem percebeu que era seguida por ele, então começou a cantarolar baixinho uma música. Ele sorriu ao perceber que a voz dela era delicadamente bela.
Ela entrou no quarto, mas Barnabas a puxou pelo braço.
- O que está fazendo com essa família?
- Olá para você também, Barnabas. - sorriu sarcasticamente
- Responda a minha pergunta - ele apertou o braço dela, mas não surtiu efeito algum nela.
- Eu não fiz nada com essa família, muito pelo contrário. 
- Você disse alguma coisa a David e a Elizabeth, por isso eles implicam tanto com Jossete.
Julia sorriu.
- Só porque eles não gostam da sua namorada, eu sou a culpada?
- Eles preferem você à ela.
- Fico muito lisonjeada ao ouvir isso. - a doutora zombou
Barnabas prensou ela contra a parede, ainda apertando o seu braço, e com o rosto perigosamente perto do dela.
- Me diga você. Porque eles a preferem?
Julia ponderou um pouco.
- Porque eu não sou careta igual a sua namorada, porque estou aqui a mais tempo que ela, porque Elizabeth é minha amiga, porque eu ajudo David, porque sua namorada é uma chata, quer que eu continue?
Barnabas ficou irritado com tantos argumentos, mas concluiu que grande parte deles era verdade.
- Quem você pensa que é para falar assim de Jossete?
- Sou parte dessa família, querido.
As narinas de Barnabas incharam.
- Pare de falar de Jossete ou eu...
- Vai me matar? Francamente, você já tentou isso uma vez e não deu certo.
Barnabas apenas percebeu que estavam numa posição um tanto tentadora quando sentiu as pernas dela roçando nas suas.
-  O que foi Barnabas? Jossete vai ficar brava se me ver aqui com você?
Ele não respondeu. Apenas baixou os olhos para os lábios de Julia. Ela sorriu ao ver que, por enquanto, estava no controle da situação.
Ela mordeu o lábio inferior e Barnabas teve vontade de agarrá-la. Mas ouviu passos e soltou a doutora, saindo do quarto dela o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? comentem por favor
beijos
~julia born to samba :3



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