Por Toda A Eternidade escrita por Snapette


Capítulo 2
Capítulo 2 - Minha Casa, Minhas Regras


Notas iniciais do capítulo

olá amoras :3
Espero que vocês gostem desse capítulo. Quero reviews, okay?
Eu gosto de escrever e ler fic's com alguma música, e esse capítulo eu escrevi ouvindo Nights In White Satin :3
Se quiserem ouvir...
Mas enfim,
Boa leitura



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Pvo: Julia Hoffman

– E aonde está aquele bastardo do Roger?
David enfiou a cabeça numa almofada e começou a chorar. Elizabeth abaixou a cabeça e disse só para mim:
– Roger foi embora.
E foi tarde. Me abaixei ao lado do menino e falei baixinho:
– Você quer conversar? - ele acenou com a cabeça que sim.
– Onde fica o meu consultório, isso é, se ele ainda existe...
Barnabas ficou mais sem graça ainda. Perfeito.
– Não estavamos esperando a sua volta, Julia. Barnabas me disse que tinha certeza que você jamais voltaria - Elizabeth falou
Olhei para ele e ergui as sobrancelhas.
– Parece que suas palavras não foram exatamente verdadeiras, não é, Barnabas querido?
Ele semi-cerrou para mim.
Me levantei junto com o menino e disse:
– Qual é o quarto mais próximo aqui?
Segundo andar, terceira porta - disse Barnabas. Olhei pra ele com uma sobrancelha arqueada - Era o seu, certo?
Assenti e levei o menino para lá. Eu estava de volta e nada me impediria de infernizar a vida de Barnabas Collins.


Pvo: Barnabas Collins

Uma saia preta bem justa, uma blusa branca com detalhes dourados com um decote gigante e um salto muito alto. Essa era o modelito de Julia Hoffman. Pelos olhos ela se tornou uma vampira.
Mas como?
Eu bebi cada gota do seu sangue, como ela não morreu?
Jossete percebeu o meu incômodo e tocou o meu braço. Sorri sem graça para ela e voltei o meu olhar para Elizabeth.
– O que você fez com ela, Barnabas? - ela me perguntou, irritada
Eu a impedi de ter o que queria mas acidentalmente não deu certo.
– Eu, mas eu não fiz absolutamente nada - respondi tentando parecer calmo
– Certo, então ela aparece aqui com um cabelo diferente, de um jeito diferente e sóbria. SÓBRIA! Julia Hoffman nunca esteve sóbria na vida - gritou Elizabeth - E todos sabem aqui que você foi a última pessoa que a viu antes de ela sumir pelo mundo.
– Não grite com ele - falou Jossete para ela
– Quem é você para dizer o que devo fazer na MINHA casa? - Elizabeth retrucou
Jossete mostrou as presas para ela. Elizabeth ficou assustada.
– Carolyne, venha comigo.
– Mas mãe...
– AGORA!
A adolescente se levantou e foi com a mãe para o escritório dela. Olhei para minha amada chateado.
– Porque fez isso?
– Porque ela não pode gritar com você. Você manda nessa família.
Não. Eu não mandava nessa família. Elizabeth mantinha o controle por aqui. Eu era apenas um membro dela. Me virei e sai andando, deixando-a lá.
Passei em frente ao quarto onde Julia e David conversavam. Ouvi risadas vindas do garoto e não me contive. Espiei pela fresta da porta. O garoto estava deitado na cama enquanto a médica estava sentada na poltrona ao lado da mesma.
As pernas dela estavam completamente à mostra. O cabelo cor-de-fogo comprido e ondulado cobria-lhe o colo pálido. Ela estava numa daqueles momentos de perguntas e fazia algumas caretas que devo admitir que eram maravilhosamente belas.
– Ah, esses saltos estão me matado - disse ela. Deslizou as mãos até os pés e tirou os sapatos.
Perguntou algumas coisas para David e, enquanto prestava atenção nas resposta, deslizava suas mãos pelas pernas, desde as canelas até as coxas e vice-versa.
Conviver com ela agora será difícil. Muito difícil.

...

Naquela mesma noite, Julia foi chamada por Elizabeth para ir ao escritório improvisado no quarto.
– O que aconteceu com você, Julia?
Julia andava de um lado para o outro, olhando a bebida em cima da mesa da matriarca. Não podia não beber, mas seu estômago se embrulhava só de pensar em beber algo daquele tipo.
– JULIA HOFFMAN! - Elizabeth a acordou de seus pensamentos
– Ah, me desculpe, o que dizia? - ela disse, meio zonza
– O que há com você?
Julia respirou fundo. Poderia muito bem inventar uma mentira. Estava sóbria para isso.
"Ela foi sua única amiga por anos. Acho justo lhe contar a verdade" disse a consciência de Julia a ela
– Você quer a verdade, Liz?
A matriarca abriu a boca para com a tamanha doçura da voz da psiquiatra e falou:
– Por favor.
Hoffman respirou fundo. Teria que contar uma hora, e era melhor que Elizabeth já soubesse.
– Eu estava roubando o sangue de Barnabas para me tornar imortal, mas ele descobriu. Ficou muito irritado e tentou me matar. Sugou o meu sangue e me atirou no mar. Quando acordei no fundo do oceano já havia virado uma vampira.
Falou tudo de uma vez só e caiu sentada na cama da madame Collins.
Elizabeth abriu a boca, mas tornou a fechá-la. Não sabia como mas era verdade. Julia estava sóbria. Não havia tocado em nenhuma bebida desde que chegou.
– Então é por isso que você não está bebendo? - foi o que conseguiu dizer
Julia balançou a cabeça, afirmando.
Elizabeth foi até a bandeja de bebidas e se serviu de uma boa dose. Virou o copo inteiro em sua boca e tornou a encarar Julia.
Ela não sabia o porquê, mas a médica estava chorando silenciosamente durante todo esse tempo. Em toda a sua estadia, nunca havia chorado. Na verdade, Julia nunca havia chorado na frente de outra pessoa. Nem mesmo de sua própria mãe, que insistia em dizer que ela era desumana por não se submeter a tal fraqueza.
– Julia, tem mais coisa aí, não tem?
A médica enxugou as lágrimas rapidamente e disse:
– Elizabeth, eu morri e ressuscitei. Não sei o que pensar da minha vida. Ou da minha morte. Eu quero apenas que você me deixe ficar. Não quero sair daqui. Collinwodd se tornou a minha casa e você sabe muito bem disso.
A loira sorriu e foi em direção a doutora.
– Pode ficar no mesmo quarto se quiser, mas me diga uma coisa.
Julia a olhou.
– O que é?
– Parou de fumar também?
Julia sorriu.
– Sim.
Elizabeth abraçou a ruiva.
– O que um homem não faz conosco, não é minha amiga?
Julia rosnou baixinho, mas não disse nada. Apenas retribuiu o abraço de Elizabeth, torcendo para que não ficasse visível o quanto estava envergonhada com a situação.

Nunca fora tão apaixonada por um homem como fora para com Barnabas. Mas ninguém sabia disso e ninguém precisava saber.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?
deixem reviews pq senão ficarei desanimada e não vou postar os outros caps.
bjs