Era sábado, lá fora estava nevando. Groferio acordou mais cedo que o sinal, como sempre, ele levantou com um longo bocejo, olhou para o lado e viu que seu amigo não estava deitado em sua cama, oque era muito estranho porque Zero sempre acordava depois que Groferio. Groferio foi para o banheiro, com esperança que seu amigo estivesse lá, não teve sucesso! Groferio ficou preocupado, sabia que seu amigo estava escondendo algo dele.

Groferio ignorou por um tempo, se arrumou, pegou seu cajado e desceu. Afinal era sábado, ele podia ficar livre para fazer tarefas atrasadas e comer muito.O Professor. Dippet parou ele em frente a escada  e começou: - Onde diabos você e seu amigo estiveram ontem? O Diretor fez eu rondar a escola toda a procura de vocês dois! Ande, quero explicações, o diretor disse que não iria expulsar vocês! Oque eu acho que seria muito necessario fazer! Groferio não sabia oque dizer então disse a primeira coisa que veio em sua cabeça: - Bom, é que eu e Zero vimos em um livro que existia um feitiço para ficar invisivel, então decidimos testar, no livro dizia que duraria só uma hora mas acho que fizemos algo errado e durou um dia todo, desculpe-nos. - Groferio ficou surpreso consigo mesmo, como podia ter conseguido contar uma mentira tão boa? O professor olhou para ele desconfiado depois confirmou com a cabeça: - Vou contar essa historia para o diretor ela sabera oque fazer, aaaa, antes que eu me esqueça você e seu amiguinho receberam um castigo, os dois amanhã teram que limpar o banheiro masculino, inteiro, sem magia.

Groferio, não ficou triste por causa do castigo achou mesmo que merecia aquilo, afinal ele causara muitos problemas para o professor: - Ok professor, licença agora! E saiu em direção ao Salão Principal chegando lá para tomar seu café, quando ele abriu a porta viu seu amigo sentado ao fundo do Salão, ele correu para encontra-lo.

–Zero! - Gritou ele - ZERO!

Zero não respondeu, nem olhou para trás. Groferio finalmente sentou do lado dele e começou: - Cara, você me deu um susto, pensei que você tivesse sofrido um acidente ou algo assim.

Zero olhou para Groferio com um olhar interrogativo.

–Desculpe, mas nós nos conhecemos? - Perguntou Zero com um olhar desconfiado.

–A cara pare de brincadeira - Respondeu Groferio, dava para ouvir um pouco de lamentação em sua voz - Então, oque vamos fazer hoje? Já que é final de sema... - Ele foi interrompido por Zero.

–Olha eu acho que você esta me confundindo com outra pessoa, não sei como você sabe meu nome mas eu tenho que ir agora.

Zero pegou suas coisas e saiu do Salão. Groferio ficou perplexo, será mesmo que seu amigo havia esquecido dele? Será que tinha algo haver com oque Dona Morte havia mostrado para seu ex-amigo?

Groferio seguiu Zero, tinha que entender a situação! Zero não poderia ter simplesmente esquecido dele, tudo oque viveram juntos desde que tinham 4 anos, quando se conheceram.

–Zero! - Gritou com os olhos lacrimejando - Zero, por favor olhe pra mim!

Zero parou ficou imóvel e começou a flutuar, ele ficou 3cm acima do chão. Groferio ficou olhando, pensou que seu amigo olharia para trás e diria: Zero meu grande amigo, eu estava apenas brincando com você, vamos enfeitiçar um aluno do 1° Ano. Mas não foi isso que aconteceu, quando Zero virou para trás, Groferio viu que os olhos de seu amigo estava completamente brancos, da mesma maneira que estava quando Dona Morte leu a mente dele.

Zero ergue seu cajado e apontou em direção do amigo, o cajado começou a brilhar e uma bola de fogo esverdeado voou em direção de Groferio, ele teve tempo de desviar antes de atingir ele. Ouve um grande estrondo no local onde a bola de fogo toucou. Vários alunos vieram correndo de dentro da escola, ficaram olhando para aquilo, eram a platéia.

Groferio pegou seu cajado, achava que a Dona Morte estava controlando seu amigo, tinha de que derrota-la! Groferio sabia que a Morte não era tão boazinha.

Groferio apontou seu cajado para o corpo de seu amigo e disse: - Diminus Orvenen. Da ponta do cajado saiu uma luz roxa que acertou o peito do seu amigo em cheio, fazendo ele dar três cambalhotas no ar. Os alunos gritaram e sairam correndo para dentro da escola, sabiam que aquilo não era um duelo normal entre alunos.

A morte se lavantou e disse: -Alunos malditos - Disse Zero/Morte - Não quero que ninguem se meta enquanto eu acabo com sua vida! Falando isso Zero/Morte bateu com seu cajado no chão e Groferio sentiu que ela havia parado o tempo.

Groferio sabia que só aquele feitiço que ele lançou não seria capaz de derrotar a morte ou qualquer outra coisa que estivesse no corpo de seu amigo.

Zero/Morte, abriu a boca e de dentro dela saiu um jato de vapor quente, o vapor era tão quente que poderia cozinhar trinta perus de natal de uma só vez!

Groferio pensou rápido, no momento que o vapor ia atingir seu rosto ele criou um capão de força que recebeu todo o impacto. Depois que o efeito do feitiço passou o campo de força se desfez, Groferio suava muito, usará muita energia para conjurar aquele escudo. Ele apontou o cajado para a morte e uma onda de lava-super-mega-hiper-power-plus quente saiu quando ia bater em seu amigo, ele desapareceu, virou fumaça e reapareceu atrás de Groferio, toda a lava caiu no chão. Zero deu um grande chute nas costas de seu amigo, fazendo assim ele cair no chão, Zero fez aparecer uma longa espada de ouro polido, mirou na garganta de seu amigo quando foi dar o bote, Groferio desviou para o lado, fazendo assim a espada acertar o chão e se partir ao meio. Zero deu um berro de ódio, pegou seu cajado apontou para Groferio e um grande raio foi em sua direção.

Groferio criou outro campo de força, mas este só absorveu um pouco do impacto, fazendo assim o raio destruir o escudo e acertar seu peito em cheio. Groferio caiu para trás, olhou para baixo eu viu sua roupa rasgada e queimada, seu peito sangrava assim como suas mãos! Zero/Morte riu da condição em que Groferio estava.

–Parece que vou receber meu pagamento agora! - Dizia Zero/Morte com um largo sorriso no rosto.

–Que p-pagamento? - Perguntou Groferio fazendo muito esforço para falar, a dor que sentia era horrível.

–Aaaa, seu amigo não te falou? - Perguntou a morte com um sorriso diabolico. - Seu querido amigo, fez um pacto comigo enquanto estavamos na minha caverna!

–Pa-pacto? Que pacto? - Perguntava Groferio.

–Eu li a mente dele para propor um pacto, eu sabia que vocês dois não tinha matado aquela fada, oque eu mostrei para seu amigo era o dia da morte da familia dele, todos morreriam em um acidente enquanto faziam uma viagem em familia, ele disse que daria qualquer coisa em troca para salvar sua familia! Perguntei a ele se ele daria a alma dele, mas depois joguei a ideia fora, eu queria uma alma mais corajosa, e então ele ofereceu a sua e pediu que eu apagasse a memória dele, para não se sentir culpado em ter perdido um amigo! - Dizia a morte apontando o dedo para Groferio.

–Zero nunca faria um acordo desse! Somos melhores amigos, ele nun-nunca faria isso - Respondia Zero suspirando profundamente.

–Mas ele fez! Ele disse que não poderia te matar estando em sã consciência , então eu disse que possuiria seu corpo e destruiria você! Ele concordou na hora, parece que a familia dele é mais importante do que a amizade vocês dois! Hahahahahaha.

Groferio não poderia acreditar que seu amigo faria uma coisa desse tipo! Só sabia de uma coisa ele salvaria seu amigo de um jeito ou do outro! Ficou de pé se segurando em seu cajado, apontou para a morte e disse bem alto e claro: MALDIÇÃO DOS QUATROS PONTOS - Gritou ele. - Da ponta do cajado sua um raio preto em alta velocidade e acertou em cheio no peito de Zero/Morte, fazendo assim ele cair no chão, Groferio estava com a visão embaçada, mas consegui ver uma coisa preta sair da boca do amigo e ouvi dizer: - Você acha que isso acabou? Eu voltarei e você dirá adeus a esse mundo. Groferio foi se arrastando até seu amigo, colocou o ouvido no peito de seu amigo para ver se havia matado seu amigo ou ele só desmaiara! Groferio começou a chorar e desmaiou ao lado de seu amigo. De uma coisa ele sabia, ele havia matado seu melhor amigo.