Sweet Little Boy escrita por Chris llama


Capítulo 28
Trust Me


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenha pelo menos um serumaninho aqui lendo ahahaha
Depois de quase um ano eu ainda tenho coragem de aparecer aqui... Pois é. Mas é aquele ditado né, quem é vivo sempre aparece.
Nem vou ficar enchendo o saco aqui ~ somente um super obrigado para as pessoas que estavam comentando mesmo com meu mega hiatus e mandando mensagens.. Vocês ♥



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Kurt acordou com o barulho do despertador enchendo a sala, seus olhos ainda inchados e o coração pesado, não era assim que ele tinha planejado seu último final de semana com Blaine, por que as coisas nunca saiam como o esperado?

O castanho levantou-se e foi buscar um copo d´água, encontrando seu pai sentado na mesa.

— Bom dia garoto! Já fiz o café.

Kurt encarou seu pai magoado, e ele sabia que seu pai sabia o que estava acontecendo, mas o Hummel mais velho fingiu indiferença.

— Pai, por favor, eu não posso ir para escola hoje, é o último dia de Blaine aqui! – Pediu quebrando o silêncio.

— Kurt... nem comece, você vai para escola e pronto. Teve muito tempo para passar com Blaine. Mais do que o necessário eu diria.

— Você nunca se importa quando eu falto! Minhas notas são boas, e eu nem tenho nada importante. – Insistiu o castanho. – Você sabe que isso é importante para mim.

— Não insista, eu já disse não. Vá se arrumar antes que você se atrase.

O castanho engoliu toda sua raiva e se moveu para subir as escadas, não sem antes enviar um olhar irritado para seu pai.

— Dentre todas as pessoas eu não imaginava que você seria o primeiro a querer estragar a minha felicidade. – Murmurou antes de deixar a sala.

Por que seu filho era tão dramático?

Burt parou encarando o local em que há poucos segundos estava sendo ocupado por seu filho. Por que as coisas estavam indo por este caminho? Ele não era este tipo de pessoa.

A notícia foi simplesmente assustadora. Seu menino, seu menininho. E um garoto mais velho, embora fosse bem conhecido... Não, principalmente por ser bem conhecido, Blaine convivia com a família há anos, desde a infância ele era muito próximo de seu filho. Desde quando algo assim estava acontecendo? Como ele nunca percebeu? Quem poderia condenar um pai preocupado só pensando no bem-estar de seu filho?

Kurt desceu as escadas, interrompendo o pensamento de seu pai, não por muito tempo, pois logo pegou sua mochila e saiu batendo a porta, sem nem mesmo se despedir.

Burt tirou o boné e passou as mãos pela cabeça suspirando... O que ele faria agora?

~K&B~

Blaine acordou com a sensação que sua cabeça iria explodir, ele sentou-se na cama e parou para lembrar de tudo o que havia acontecido na noite anterior, sobre Burt não aceitar seu relacionamento com Kurt... Tudo bem, pode ser uma coisa difícil de ouvir, mas Burt que era um pai tão próximo de seu filho e o conhecia melhor que ninguém, será que ele realmente nunca havia pensado nesta hipótese?

Hoje Blaine estava determinado a provar para ele que seu relacionamento com Kurt era uma coisa boa e saudável, e se Burt aceitasse ele poderia ir embora em paz. Caso Burt ainda assim não aceitasse... Bem, o moreno odiava isso, mas ele amava Kurt mais que tudo e ele tinha prometido que não o deixaria, e ele não vai.

Hoje pela madrugada Blaine vai pegar seu voo para Nova Iorque, e ele vai passar cada segundo de seu último dia em Ohio com o seu menino. Burt querendo ou não.

O moreno levantou arrumando o quarto o máximo que podia, tentando espantar a ansiedade. Depois de deixar o quarto impecável ele foi verificar o quarto ao lado, quando viu a porta aberta e um quarto vazio suspirou tristemente... Seu anjo havia saído. Blaine em seguida foi tomar um banho para tentar relaxar antes de ir encarar Burt Hummel.

~K&B~

— Bom dia! - Disse o moreno no mesmo animo de sempre, tentando parecer natural.

Burt o encarou e respondeu com um sussurro, não tirando os olhos do jornal. O homem mais velho tomava seu café, evitando contato visual com o moreno.

Blaine tomou uma respiração profunda, preparando-se para tudo o que precisava falar.

— Eu não queria que as coisas acabassem assim. – Disse o moreno, depois de um longo tempo, cortando o silêncio que havia se instalado na cozinha.

 Burt tomou mais um gole demorado de seu café, e tirou seus olhos do jornal finalmente encarando Blaine.

 - Se não queria, por que fez isso com meu filho? Eu não entendo Blaine... Como vocês puderam me enganar, nem sei por quando tempo. Eu sempre te tratei como um filho, e ainda gosto de você da mesma forma, mas eu não entendo como você pode fazer isso. – Burt exclamava, jorrando tudo o que estava em sua cabeça, esperando que Blaine pudesse ajudá-lo a encontrar respostas.

— Com todo respeito, senhor Hummel, mas o que exatamente eu fiz para Kurt de tão ruim assim? O que eu fiz de tão mal para trair a sua confiança? – Perguntou lentamente, não deixando se abater.

— Você traiu minha confiança! Você tentou se aproveitar da inocência do meu filho... Você frequenta nossa casa há anos, como pode ter feito isso?

— Bom, eu não “tentei me aproveitar da inocência” do seu filho. – Falou o moreno, a frase soando estranha em seus lábios. – Eu juro que não foi minha intenção, Kurt é especial, e o que nós temos é real, eu não estou de forma alguma usando ele. Por este motivo achei melhor contar para você ao invés de fazer as coisas escondidas. Eu não acho, aliás, que exista algo para ser escondido, Kurt não é mais uma criança.

— Como não? Ele tem apenas dezesseis anos! Ele não sabe nem qual seu sabor de sorvete favorito... Não me venha com essa história de especial Blaine, eu já fui jovem também, você vai voltar para a faculdade, e eu aposto que você tem algum relacionamento por lá. – Reiterou Burt, irritado.

— E eu realmente gostaria que você pensasse nisso, eu mesmo demorei um tempo para perceber o quanto ele tinha crescido, mas quando parei para realmente enxergar e prestar atenção a ele eu percebi, eu percebi que mesmo vendo ele sempre como uma criança ele cresceu durante todos estes anos que eu sumi, e ele sabe o que ele quer... Ele é mais maduro do que eu na maioria das vezes. -  Blaine continuou dizendo, como se nunca tivesse sido interrompido.  – Senhor Hummel, eu realmente entendo o seu lado. Mas eu posso te garantir que eu nunca havia olhado para Kurt com estes olhos quando ele era uma criança, nós começamos a nos aproximar deste jeito agora. E eu não tenho ninguém na faculdade, eu não quero ninguém que não seja ele.

— Blaine, por favor, não venha com essa conversa. Quatro anos, quatro anos que o meu filho passou sofrendo porque você foi embora da última vez. Quatro anos esperando que você viesse visita-lo, quatro anos esperando um telefonema... A droga de uma carta. E nada. Agora você volta depois de seis anos falando que não vai trocá-lo por ninguém da faculdade?

— Eu realmente sint- O moreno tentou responder, mas antes de terminar uma frase o mais velho continuou.

— Eu sei Kurt é muito maduro para sua idade, ele parece forte porque ele teve que superar muitas coisas, ele sempre  passa  a impressão que nada o afeta, mas não é assim. Ele é incrivelmente frágil, especialmente quando se trata de você, independentemente deste relacionamento ser recente ou não, você sabe o quanto ele sempre gostou de você, o quando ele sempre contou com você, o quanto você significava e significa para ele. Ele não tem ressalvas quando se trata de você, ele pode ser muito intenso quando algo é especial, e eu não posso ver ele sofrendo novamente. – Falava o homem sem pausas, mostrando abertamente seu sofrimento. – Eu entendi quando isso aconteceu seis anos atrás, eu entendi que você tinha que seguir sua vida como qualquer jovem adulto, e que eu não podia te culpar por meu filho ter se apegado a você. Mas eu não posso te perdoar se acontecer novamente. Eu não posso te perdoar se você insistir em dar esperanças para o meu filho que você ama ele e vai estar sempre aqui para ele. Você tem noção do quanto ele vai sofrer quando você simplesmente se cansar de voltar para vê-lo? Agora pode parecer uma coisas séria para vocês... Mas, como eu disse, vocês vivem em tempos diferentes agora. Você está prestes a se formar, agora sua carreira tem tudo par acontecer, por que você insistiria num relacionamento com um garoto que mal entrou no ensino médio?

— Se este garoto for o Kurt eu vou insistir o quanto for preciso. – Murmurou o moreno se levantando. – Eu sei que pode parecer para você que eu vou cometer os mesmos erros de novo e de novo, mas eu não vou. Kurt é importante para mim, o que nós temos é importante, e eu jamais faria algo que pudesse machucá-lo novamente. – Falou sério. – Burt... Eu sempre te considerei, e ainda considero, uma das pessoas mais incríveis do mundo. Eu nunca vou conseguir expressar o quanto sou grato a você por tudo o que fez para mim, você foi uma pessoa melhor do que muitas que eu conheci ao longo da minha vida, e eu sempre vou te admirar e viver em uma dívida eterna contigo. -  Blaine tomou mais uma respiração antes de continuar firme. – Mas... se fazer o melhor para você agora significa estar longe de Kurt, eu sinto muito, mas não posso fazer isso. Eu sempre vou te considerar como um pai, mas, Kurt é mais importante para mim agora, ele é mais importante do que qualquer outra coisa. E eu estou fazendo isso, com certeza para mim, mas para ele também. - Com isso Blaine se levantou, uma vez que não recebeu resposta de Burt.

— Eu vou arrumar minhas coisas e sair daqui imediatamente, novamente eu me desculpo pelo incômodo. – Continuou o moreno, cada vez com maior dificuldade para controlar suas emoções. – E antes de ir para o aeroporto eu vou esperar Kurt sair da escola, e eu vou leva-lo para um encontro e passar o máximo de tempo com ele. E eu não estou dizendo isso agora para te provocar, é só porque eu realmente não acho que você mereça que eu esconda a verdade. Eu amo seu filho, e eu vou continuar falando com ele sempre que possível, independente do que você ache que seja melhor. – Agora Blaine já não conseguia mais segurar suas lágrimas, ele realmente não queria que as coisas fossem assim. – Com licença, vou arrumar minhas malas.

— Espera, Blaine... Você não precisa sair agora. – Falou Burt, aproximando-se do moreno. – E-eu sinto muito que as coisas foram por este caminho, eu não quero nunca que você pense que eu não te quero por aqui. Eu falo sério quando digo que você é como um filho para mim. -  Afirmou o Hummel cansado. – Eu não vou dizer agora que sou a pessoa mais feliz do mundo com essa ideia, eu realmente não sou. Mas depois de tudo o que você falou eu acho que devo apenas te dar um voto de confiança.

Blaine agora encarou o mais velho surpreso, não entendendo direito o que estava acontecendo.

— Eu sempre achei que o que Kurt tinha era uma paixãozinha de criança sabe? Mas então quando ele passou tanto tempo sofrendo pela sua partida eu descobri que não era... Eu sei que ele jamais me perdoaria por arruinar tudo agora, e pelo visto você também não. Só... por favor, não machuque o meu filho.

— Não... eu prometo, o que eu puder fazer para deixa-lo sorrindo eu vou. – Prometeu o moreno, ainda surpreso com o que estava acontecendo.

Mais surpreso anda quando Burt o puxou para um abraço na cozinha, daqueles abraços paternais de sempre que fazia Blaine querer chorar.

— Muito, muito obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim... Eu não ia suportar voltar para Nova Iorque sabendo que você me odiava.

— Eu nunca posso odiar você, garoto. Kurt é meu filhinho precioso, mas eu também te considero como meu filho, não quero te ver machucado, ainda mais por minha causa.

Blaine mal podia controlar sua felicidade, quando se desvencilhou do abraço ele foi para a pia lavar a louça do café, adrenalina ainda queimando em seu sangue.

— O que você está fazendo? Você precisa ir buscar Kur na aula... Eu já estou ligando para seu diretor sobre uma emergência familiar...

— Que tipo de emergência? – Blaine perguntou, confuso por apenas uns segundos, antes de perceber o que estava acontecendo. Wow. Ele esperava por muita coisa, mas não para a manhã terminar tão bem assim. - Kurt ia me matar sabe... Ele queria faltar na aula hoje e tivemos uma pequena discussão. Espero que você possa acalmá-lo.

— Eu nem sei como te agradecer agora.

— Vá logo antes que eu me arrependa... Eu preciso trabalhar, vou deixar minha chave do carro aqui... Leve ele para comer algo ou fazer qualquer coisa que vocês fazem normalmente nas férias enquanto eu não estou em casa.  – Murmurou o Hummel, depois de desligar o telefone. – Aproveite sua última tarde aqui, quando eu chegar vou te levar para o aeroporto. - Terminou saindo para trabalhar, não sem antes receber um outro abraço apertado de Blaine, que murmurou desesperadamente uma série de agradecimentos nos ouvidos do sogro.

Quando Burt fechou a porta Blaine não conseguiu mais conter sua felicidade, ele foi rapidamente trocar sua melhor roupa, saindo rapidamente de casa, tentando pensar em algo inesquecível para fazer com seu menino esta tarde.


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Notas finais do capítulo

Ufa... Quem leu até aqui, por favor me diga o que achou.
Tive que ler toda a história para lembrar o que estava acontecendo ~ não sei se entrei muito no ritmo.
Peço muitas desculpas, de verdade. A história já fez 3 anos de aniversário sem terminar, que vergonha!
Falei para algumas pessoas no privado que só voltaria a escrever quando tivesse toda a história pronta... Mas lógico que isso não aconteceu, tenho mais meio capítulo, então pretendo voltar logo. Pretendo.
Leitores de PB por aí? Então... Só pretendo escrever as outras histórias quando acabar essa :s
Obrigada quem leu até aqui.