Sweet Little Boy escrita por Chris llama


Capítulo 20
Regionals


Notas iniciais do capítulo

Heey gente voltei o//
Demorei um pouquinho, não consigo viver sobre pressão haha
Obrigada por todas as mensagens e reviews!!
Espero que gostem deste :))



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Kurt estava reunido com todos os seus companheiros do coral em uma sala, se preparando para o grande campeonato regional. Os dias passaram tão rapidamente que era até difícil acreditar, foi um longo tempo de dedicação, treinos vocais para o coro, e ensaio diário da coreografia, o New Directions estava pronto para esta competição como nunca estivera antes.

O castanho sentia seu estomago se revirar, ele não sabia dizer se era devido a toda a pressão de se apresentar pela primeira vez em um campeonato regional para centenas de pessoas, ou se era por conta de apenas um único homem que estava hoje na plateia para assisti-lo. Tudo bem, Kurt nem teria de cantar hoje, desde que ele não caísse no palco tudo correria bem, e mesmo que isso fosse uma coisa boba ele se sentia nervoso.

– Já que fomos obrigados a ouvir Mercedes ensaiando este solo há semanas, merecemos ao menos o primeiro lugar nesta competição. – Disse Santana interrompendo os devaneios de Kurt, enquanto curvava seus cílios com um rímel preto.

– Oh, nós com certeza já ganhamos essa... Ensaiamos muito para este momento. – Completou Brittany, enquanto amarrava seus longos cabelos loiros.

– Eu espero que sim, daria tudo para participar do campeonato nacional. – Falou o castanho, ainda nervoso.

– Vamos lá pessoal, hora do show! – Chamou o professor Schuester animado, fazendo todos os alunos se aproximarem formando uma roda. – Esperamos muito por este momento, e nós merecemos este prêmio, então vamos mostrar a todos porque estamos aqui. – Falou animado.

Então os alunos juntaram suas mãos dando seu grito de guerra, antes de saírem da sala em direção ao palco.

~K&B~

– Oh, isso é tão empolgante! Kurt deve estar tão animado neste momento. – Disse Rachel empolgada para os três homens que sentavam próximo a ela. – Isso me lembra tantas competições do colégio, vocês não se sentem assim meninos? Todas as brigas, dramas e lágrimas no camarim, daria tudo para poder falar com Kurt agora. – Continuou Rachel, falando uma quantidade exagerada de palavras por segundo. - Eles pegaram logo a primeira apresentação. Espero que arrasem e façam os jurados ignorarem os próximos competidores.

– Eles vão se dar bem, ensaiaram muito pra isso. Mr. Schuester deve ter preparado bem eles para este momento. – Disse Finn simples.

– Por que eles demoram tanto para começar com isso?- Perguntou Burt entediado, ele sempre estava feliz em apoiar seu filho, mas ele simplesmente não pertencia a este lugar.

Blaine continuava alheio a toda a conversa, ele não conseguia parar de pensar em Kurt. Desde que Finn e Rachel chegaram eles mal tinham tempo para conversar, ele sabia que Kurt estava chateado por eles não poderem estar próximos, preocupado por que Blaine teria de partir e ele estava nervoso com o campeonato.

Ele só teve tempo de trocar uma palavra com Kurt na madrugada passada quando se esgueirou no quarto do menino escondido, mas não foi difícil perceber que Kurt não tinha muita vontade de conversar com ele; Kurt só parecia distante e triste, e a culpa agora estava matando Blaine, tudo o que o moreno queria era poder ter abraçado Kurt antes de ver o menino entrando no palco.

Quando as cortinas do palco a frente subiram Rachel finalmente se calou, e Blaine deixou seus pensamentos de lado por um tempo para poder apreciar o show. Bem, ele tentou ver a performance e apreciar a apresentação, mas seus olhos estavam muito treinados em Kurt, em todos os seus movimentos e até os pequenos murmúrios de sua boca enquanto Kurt fazia os sons do coro. Blaine queria poder beijar Kurt agora.

Blaine não percebeu o tempo que as duas músicas demoraram para terminar, nem mesmo quais eram as músicas sendo cantadas, a única coisa que ele deu atenção excessiva foi uma fração de segundos onde o olhar de Kurt se encontrou com o dele, e ele pode ver um sorriso tímido de seu menino no palco, Blaine nunca esteve tão orgulhoso em sua vida.

Quando a apresentação terminou, Blaine foi o primeiro a se levantar e aplaudir o mais alto que podia. Ele estava quase gritando o nome de Kurt, mas então se lembrou que seria totalmente inapropriado.

Após o New Directions se retirar do palco Blaine ainda teve que assistir mais duas equipes com números entediantes que ele não se importava fazerem suas apresentações, e ainda ouvir Rachel comentar os defeitos técnicos deles. Mas, após minutos dolorosos de espera, os três corais subiram ao palco para que os jurados atribuíssem à colocação.

Kurt parecia em pânico no palco, seus olhos verdes estavam perdidos procurando algum lugar para olhar, seu lábio inferior já estava maltratado de ser pressionado por seus dentes e sua mão que estava enlaçada com a de Brittany parecia trêmula.

Em seguida um senhor se posicionou em frente a um microfone e começou um discurso breve antes de anunciar as colocações.

–... Então, sem mais delongas. O terceiro lugar vai para... Aural Intensity! – Blaine soltou a respiração que nem sabia que estava segurando, e viu Kurt relaxar, mesmo que pouco, o aperto da mão de Brittany,

Após entregar o prêmio para um jovem sorridente, apertar a mão do treinador da equipe e vê o grupo deixando o palco o senhor retornou ao microfone.

– E finalmente, o primeiro lugar vai para... – Deu uma pausa um pouco mais dramática desta vez. – Vocal Adrenaline! – Assim que o nome foi anunciado a plateia explodiu em aplausos e o grupo começou a se abraçar no palco enquanto recebiam o prêmio.

Blaine mirou seu olhar para Kurt rapidamente, apenas para ver os olhos verdes agora azuis, forrados de lágrimas não derramadas e uma expressão triste no rosto do menino. Ele sentiu seu coração se quebrar em pequenos pedacinhos, Blaine estava quase subindo no palco e puxando Kurt para um abraço até que pudesse esconder o menino em seu bolso e não deixar ninguém machucá-lo, ele odiava ter de ver essa expressão no rosto de Kurt.

Até que Blaine viu o garoto loiro se aproximando de Kurt e puxando-o para um abraço carinhosamente; agora Blaine queria simplesmente subir no palco para puxar Sam longe de seu menino. O pior é que Kurt parecia confortável nos braços do loiro, ele correspondeu tudo rápido demais, e deixou seu rosto afundar no ombro de Sam, parecendo... cuidado. Talvez Kurt de fato merecesse alguém que pudesse estar lá sempre que ele precisasse, mas ainda assim, Blaine sentiu seu estomago revirar-se desconfortavelmente, ele achou que se ficasse lá por mais alguns segundos ele poderia realmente vomitar.

~K&B~

Felizmente para Blaine, a família Hummel se deslocou próximo a saída para encontrar Kurt, e ele não teve que ficar assistindo seu menino agarrando outro cara no palco por muito tempo.

Eles não esperaram muito tempo o menino mais novo, apenas tempo o suficiente para Rachel recitar umas duzentas razões pelas quais New Directions deveria ter vencido, e alguns exemplos de como os juízes já foram injusto com eles em competições de sua época de estrela do coral.

Kurt olhou para sua família meio abatido, recebendo um tapinha de seu pai nas costas e um afago de Finn nos seus cabelos. Tudo o que ele podia fazer em resposta era oferecer um meio sorriso, e caminhar lentamente com o grupo até o carro, ainda se mantendo em silêncio.

Blaine se sentou no banco do carona ao lado de Burt, e Kurt foi atrás com Finn e Rachel. Eles passaram toda a viagem com a menina, e o pai do castanho fornecendo palavras de conforto e inspiração e Blaine podia ver pelo espelho que tudo o que Kurt não precisava eram essas palavras de consolo, e Blaine também podia ver que Kurt queria chorar. E o moreno agora se sentia totalmente frustrado porque ele daria tudo para abraçar Kurt, e ele ainda não tinha sequer tocado o castanho, ele não tinha trocado uma única palavra com Kurt desde o final da competição.

Quando a familia desembarcou no quintal dos Hummel, Blaine começou a ficar elétrico, ele precisava falar com Kurt ou ele teria um ataque.

– Eu... Eu vou sair, preciso comprar pipoca. – Disse Blaine de repente.

– Pipoca? – Perguntou Rachel lentamente, com a voz intrigada.

– Claro! – Disse como se fosse óbvio. – Pensei que poderíamos fazer uma grande noite de filmes para descansarmos, e claro, não podemos fazer isso sem pipoca. – Explicou seu ponto.

– Oh, faz sentido! – Respondeu Rachel animada. – Venha Finn, acho que deixamos alguns DVD’s aqui da ultima vez, vamos escolher os melhores.

– Acho que Kurt deveria ajudar na escolha, ele teve um dia difícil, vai ser melhor ver um filme que ele queira. – Disse Finn em meio a um encolher de ombros.

– Qualquer coisa que Rachel escolher está bem pra mim... – Disse sem ânimo. - Rachel nem insistiu e já puxou Finn para dentro de casa.

– Venha comigo Kurt! – Disse Blaine animado. – Eu compro sorvete pra você na volta. – E lá estava ele tratando Kurt como uma criança novamente...

– Vocês podem ir com meu carro. – Disse Burt dando a chave nas mãos de Blaine, seguido por um sorriso.

Blaine e Kurt entraram no carro e logo sumiram de vista na rua.

~K&B~

A viagem foi silenciosa, e cheia de voltas que Kurt julgava desnecessário. O clima entre eles era tenso e silencioso, como já não era há algum tempo, e quando eles estavam próximos a um parque Blaine parou o carro.

– Aqui não é o mercado. – Disse Kurt afirmando o óbvio.

Blaine desafivelou seu sinto e jogou seus braços no menor, puxando Kurt para um abraço apertado, cheirando o cabelo do menino e distribuindo beijos em sua bochecha.

– Kurt, você estava incrível hoje. – disse entre os beijos.

– Como eu poderia estar incrível? Eu não fiz nada além de balançar no fundo. – Disse, tentando manter a expressão séria, mas com muita dificuldade, pois Blaine Anderson ainda estava passeando com os lábios em seu pescoço, e tudo era tão confortável e familiar que fez Kurt esquecer o motivo de sua decepção.

– Você estava maravilhoso, eu não consegui tirar meus olhos de você. - Disse ofegante. – O resto da apresentação não importa, você estava perfeito e eu estou muito orgulhoso de você.

– Bom, não faz diferença, nós perdemos...

– Se você tivesse cantado o solo eu tenho certeza que vocês teriam ganhado. – Disse antes de dar um único beijo casto nos lábios de Kurt.

– Duvido muito... – Suspirou o castanho tristemente. – Eu nem sei se eu ainda terei um solo em uma competição.

– Eu só ganhei uma competição nacional no colégio e foi depois de dois anos; não fique chateado, você ainda tem mais três anos para tentar.

A frase teve totalmente o sentido contrário que Blaine esperava. Porque três anos na escola significavam três anos sem Blaine, três anos com Blaine se formando na faculdade e brilhando nos palcos, três anos com Kurt aguentando a perseguição de Karofsky e a vida solitária em Ohio... Quanto tempo o amor deles poderia aguentar isso?

Kurt se desafivelou do cinto e se jogou nos braços de Blaine afundando seu rosto no peito do mais velho.

– Blaine...– Murmurou o castanho, baixinho para apenas o amante ouvir. - Eu amo você.

De repente Kurt queria chorar porque ele amava Blaine muito e tudo sobre eles era errado para o resto do mundo. Porque Kurt era um menino que era apaixonado por outro menino, porque Kurt era uma criança apaixonada por um homem mais velho.

– Você não vai me deixar, não é? – Disse com os olhos forrados de lágrimas olhando para o mais velho.

– Nunca. – Falou inflexível, antes de tomar os lábios do mais novo com os seus, num beijo mais demorado, e molhado, e apaixonado. – Eu amo você, Kurt. E nós vamos dar um jeito nisso, eu prometo. – disse Blaine roubando os lábios vermelhos de Kurt mais uma vez.

E mesmo no banco do carro em plena luz do dia no meio da rua Blaine achava que aquilo era romântico e íntimo. Blaine amava os pequenos sons que Kurt fazia, e a pele pálida de Kurt coberta com as bochechas coradas, não era possível que aquele menino simplesmente se envergonhasse a cada vez que eles trocavam um beijo. E Kurt tinha aqueles longos cílios que cobriam seus olhos meio fechados, e seus lábios rosados e angelicais, com o gosto mais doce que Blaine já havia provado; aquela inocência única de seu próprio anjo. Blaine era um homem de sorte.

– Blaine... – Disse Kurt ofegante, tentando organizar as palavras m sua mente. – Nós precisamos voltar, o mercado é do lado de casa, não é possível que demoremos tanto tempo para comprar pipoca.

Blaine demorou mais algum tempo para conseguir se afastar de Kurt, e logo eles passaram rapidamente no mercado e já se dirigiram em direção à casa dos Hummel. E Blaine percebeu que foi uma péssima ideia sugerir uma sessão de filmes, pois ele seria obrigado a ver Rachel e Finn em suas sessões não agradáveis de demonstração de afeto, enquanto ele nem podia sentar ao lado de Kurt, pois Burt estaria lá... Seria uma tortura.

As coisas não foram tão previsíveis quanto Blaine pensava. De fato, Rachel e Finn deitaram no sofá menor, deixando suas bocas coladas durante a sequencia de filmes e Burt tinha dormido em sua poltrona nos primeiros minutos do primeiro filme.

Ele e Kurt sentaram-se no maior sofá, um em cada ponta no início, mas inevitavelmente a cada filme eles se aproximavam mais, e no fim, Kurt pegou no sono encostado no ombro de Blaine. E tudo parecia tão certo. Kurt cabia perfeitamente nos braços de Blaine, e não existia nenhum outro lugar no mundo em que ele desejaria estar agora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Me deixem um review pra eu saber o que vocês estão achando da história, e quem ainda está acompanhando (: E me perdoem pelos erros de escrita, concordância e tudo mais... Continuo com a mania de não revisar capítulos haha
Não vou prometer nenhuma data para os outros capítulos porque vou escrevendo conforme a inspiração vem haha Mas para os que estão me perguntando de OUAT, eu vou continuar sim, e espero que ainda essa semana, já escrevi boa parte do capitulo ;)



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