Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 13
First Mission - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Ei aí, cambada?! Sabe de uma coisinha, hoje eu falo poucas palavras, digamos que eu estou de raiva com as senhoritas, tá U_U Vei, fiquei muito triste quando vi que meu capítulo s[ó recebeu dois comentários :/



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POV Andy

Olhei para Mona ainda incrédulo. A guria fala que odeia arma e de repente mata sem dó nem piedade o povinho, medo. 

– O.K – falei pausadamente, pegando um lencinho e limpando minhas mãos.

– Credo! – Mona riu ruidosamente. – Cê tá parecendo um gay com esse lencinho aí!

Bufei e revirei os olhos. Menino Jesus na manjedoura, dê-me paciência porque se me der força mato a Ramona.

– Ave, até no trabalho tu me perturba, eim?! Não enche. 

Mona deu de ombros e abriu a boca para falar, mas Collins chegou antes e parecia muito furioso.

–E aí, o cara tá morto? – Foi Mona que perguntou. 

Collins passou reto, lançando-lhe um olhar frio e jogando uma camisa no chão que julguei ser a do funcionário. Por um momento tive medo do meu amigo. Abri a boca para chamá-lo, mas Luke já vinha e tinha visto o que estava acontecendo e me impediu, segurando o meu ombro.

– Deixa ele. Vamos Ramona, agora é com o Andy. – Luke chamou com a mão Mona que o seguiu, não sem antes me mandar um olhar confuso. Devolvi o olhar por um instante, mas percebi que ainda tinha muita coisa para fazer e eu não podia mais tempo.

Peguei o meu celular, discando o número de Thony. 

– Senhor? 

– Senhor está no céu – resolvi zoar um pouco com cara dele, mas sem mostrar nenhum pingo de diversão na voz. – Venha ao local imediatamente e limpe a sujeira, mas não demore, porra. – Desliguei, sem ouvir a sua resposta mas sabia que ele iria fazer exatamente aquilo, ou ela sabia o que aconteceria com a sua cabeça. 

Fiquei alguns segundos ali, parado olhando para o nada. Balancei a cabeça, pegando no meu piercing e indo devagarinho para o carro. Mona tinha ido com o Luke e Collins certamente foi embora também com a sua Mercedes. Entrei dentro do carro, dando marcha ré e saindo cantando pneu. 

Suspirei baixinho quando parei em frente a enorme mansão, os portões estavam abertos para eu passar. Apertei os volantes com força, e semicerrei os olhos no escuro quando vi uma movimentação estranha, mas não obtive sucesso algum. Inclinei-me mais um pouquinho para frente e vi uma minúscula sombra e pensei seriamente se a minha imaginação estava muito fértil. Esperei alguns minutos, ainda tentando ver o que acontecia ali e depois de perceber que eu ficaria plantado ali a madrugada toda e nada veria, acelerei o carro, entrando dentro da garagem. 

Fechei os carros e um dos meus capangas, Jassie pegou a chave, sem falar nada e saiu logo sem seguida. Caminhei direto para dentro de casa, mas acabei esbarrando com Luke no caminho. 

– Desculpe-me senhor, só estava querendo falar com Collins, mas como não o achei, já estou de saída. 

– Tudo bem, Luke – murmurei, dando espaço que ele passasse. Até que contratar Luke não foi uma das piores ideias que eu já tive. O garoto era bom no que fazia, e tinha a qualidade que eu mais gostava, era obediente.

Fui direto para o meu quarto, totalmente cansado tanto psicologicamente quando fisicamente. O corredor estava vazio e só agora eu tinha percebido que nem um "Oi" eu dei para a minha avó e tive uma impressão que ela ia cortar minha cabeça fora amanhã, sem dúvidas. Mona estava lá, e percebi que estava com uma roupa para dormir e sabia que estava me esperando. 

– Demorou! Estou com sono. – Mona jogou-se na cama, totalmente folgada! 

Ignorei completamente sua presença e tirei os meus sapatos, pegando algo no meu closet e indo direto para o banheiro tomar banho. Minha cabeça doía muito e o sono tomava completamente, pensei em ir saber aonde Collins tava indo e o motivo dele ter saído assim tão furioso, mas com certeza eu desmaiaria no meio da escada. Amanhã eu conversaria com ele. 

Voltou para o quarto e vi Mona quase caindo da cama de tanto sono, revirei os olhos e desliguei a luz, indo me deitar do seu lado. 

– Andy? – Mona sussurrou depois de longos minutos, procurei forças para abri a boca e um sussurro baixinho saiu de minha boca:

– O quê? - falei em sussurro, mas tenho certeza de que ela me ouviu.

– Collins está com raiva de mim, eu tenho certeza absoluta. Eu acho que algo aconteceu quando eu tava matando aquele... carinha. – Tive muita dificuldade de ouvir o que ela falou no final e só depois de dois minutos consegui processar em alguma parte no meu cérebro o que ela falava.

–  Hum. – E essas foram as minhas últimas palavras depois de meus olhos pesarem, e Mona com certeza me acompanhava nisso enquanto ressonava tranquilamente do meu ombro. Antes de me desconectar com a realidade, percebi nossa proximidade e o jeito delicado que ela repousava sua mão sob meu abdômen. Caí no sono sorrindo levemente.

POV Mona

Acordei assustada, ofegando ruidosamente com os gritos altos que vinham do corredor. Andy abriu os olhos lentamente e por um momento pensei que ele fosse acordar, mas não. O estrupício simplesmente enfiou a cara no travesseiro em que eu estava deitada e algo me dizia que ele não sairia daquela posição bem cedo. Esse Andrew é foda, depois quer pagar de Poderoso Chefão!

– Droga! – passei as mãos pelo meu cabelo oleoso e levantei, colocando a primeira roupa mais decente que tinha e abri a porta, exasperada com o barulho. E algo me dizia que nada estava bem. 

O que eu vi me deixou chocada, com toda certeza. Eve discutia com o carinha que reconheci ser Thony e Luke tentava  todo custo segurá-la.

– SEU SAFADO! SEU SAFADO, SEU SAFADO! – Ela batia as pernas a todo momento e coçava força para ser solta. 

– MAIS QUE PORRA É ESSA? – Gritei tão alto que eu sabia que iria ficar rouca em breve, Eve parou de gritar e me olhou, Luke e Thony faziam o mesmo.

Alguns segundos se passaram e finalmente Luke largou Eve e veio conversar comigo. 

– Sua amiga está tentando matar ele e eu ainda não descobri o motivo – cruzou os braço e eu fiz o mesmo. Ah, meus côco, essa Eve...

– Argh! Esse.. esse, maníaco apertou a minha bunda! – Só agora eu tinha percebido que Eve usava uma saia rosa (obviamente) minúscula, uma blusa curta e colocada ao corpo preta e sapatilhas rosa claro. 

Revirei os olhos. 

– Você bem quer, né? Tô quase vendo o seu útero com essa saia, vamos... Eu vou com você para se trocar. - disse sem disposição, ainda preciso dormir.

Eve abriu a  boca para retrucar mas depois revirei os olhos e cruzou os braços,  indo para o outro corredor, a segui em silêncio. Entramos no seu quarto e Eve tirou os sapatos e deitou-se na cama. 

–Vou buscar uma saia mais decente, mocinha. – Minha voz parecia de uma mãe falando com a filha, medo. 

Entrei dentro do seu closet cacei a calça jeans mais decente, pegando-a e jogando na cara de Eve. 

– Acho melhor você me contra tudinho enquanto coloca calça – sugeri, sentando-me na cama no mesmo instante que Eve levantava. 

– Estou cansada e estressada. Olha, eu levantei e fui na cozinha comer... Não resisti ao cheiro de panqueca que vinha de lá e mesmo sendo sete horas da manhã, eu estava tentado, não me julgue. Mas aí, aquele ser inútil apareceu na minha vida e bem na hora em que eu tava comendo a panqueca, ele pegou na minha bunda! Sabe, só tinha a Ritinha e ele na cozinha, então... A não ser que a Ritinha seja lésbica... – Enquanto falava, Eve colocava a calça com um pouco de força. 

– Hum...Acho melhor não comentar isso com ninguém, não foi nada grave. Só tome cuidado Eve, não estamos em Paris e muito menos na minha casa para podermos usar as mesmas roupas de antes. Não temos mais direito a tamanha liberdade e a diversão na piscina foi uma coisa totalmente diferente, maneire okay? - tentei soar razoável, sem parecer que eu estava contra Eve - Isso morre aqui, melhor se ninguém souber, ainda mais Andrew, ele tá é procurando uma desculpa pra atirar no Thony. - falei como se pensasse alto.

Eve parou de abotoar as calças e olhou-me, não pude decifrar o que seus olhos verdes diziam. 

– Você é uma droga, Eve! Eu cansei, eu cansei! Não posso, não consigo mais viver nessa vida! Eu quero comprar sapatos e ir ao shopping quantas vezes eu quiser, quero ligar para mamãe e ficar com saudade de ir para Paris, quero ir para uma bote e dançarmos até o amanhecer e ser arrastado pelo seguranças quando estive vomitando e rindo de tão bêbada. Eu não nasci para isso. Desculpe. - Ela dizia em prantos, doeu ver Eve assim.

Ficamos em silêncio e um nó surgia em minha garganta. 

– Arrependo-me de ter colocado você nesse mundo, mas agora... Não dá mais para tirá-la, não por enquanto. Sinto muito, Eve. Mas você não vai embora. – Saí do quarto com os olhos marejados e bati a porta com violência, trancando-a ali.

Ser rude com Eve não foi fácil, sei que ela vai me odiar até a morte, mas vai ser melhor assim. Não posso protegê-la aqui dentro se ela continuar desse jeito. Só quero que tudo se resolva logo. Respirei fundo, passei a mão em meus cabelos desgrenhados, fingi que estava tudo bem e voltei pro quarto.


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Notas finais do capítulo

Pisem, amassa, MAS DEIXEM OS COMENTÁRIOS!