Percy Jackson E A Legião Da Luz escrita por Christhian Costa


Capítulo 13
Episodio 2 Capitulo 3




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Catarina

Talvez tentar carregar o garoto ao subir a montanha não houvesse sido minha melhor ideia. Havia acordado na beira de um precipício e isso não me deixou nada feliz, tudo que me lembrava era da luta com Caius e uma luz que parecia o sol na minha cara, então estava ali, com garoto um pouco perto de mim, apenas uma faca em minha cintura e nenhum sinal de meu arco muito menos de qualquer flecha na aljava, definitivamente não estava sendo o melhor despertar de todos, mas pelo menos a paisagem era bonita, tentei me distrair para não ter um ataque nervoso, mas realmente era um lugar belo, exceto pelo precipício, era um planalto cercado por uma cordilheira, a luz do sol atravessava ao lado do cume das montanhas e deixava tudo ainda mais belo.

Quando comecei a me acalmar prestei atenção no garoto loiro, ele estava jogado no chão a alguns metros de mim e não parecia nada bem. Chegando mais perto pude notar que ele estava muito pálido e sua respiração era ofegante, comecei a me preocupar, ainda não entendia nem metade do estava acontecendo e isso me deixava muito irritada, mas não podia continuar descontando nele, afinal, ele havia nos ajudado, sem ele agora possivelmente estivesse morta. Olhei em volta, não parecia haver nada nem ninguém por perto para ajudar, mas então uma brisa de ar quente me atingiu e por algum motivo acompanhei sua direção com o olhar e pude ver quando algumas árvores tiveram suas folhas remexidas e por trás delas pude algo que parecia uma grande porta talhada na montanha, podia não ser a melhor ideia, mas era a única, então puxei o garoto e coloquei ele ao meu lado, mas acabamos caindo porque ele não demonstrava reação nenhuma, eu teria de fazer aquilo por nós dois, tirei minha armadura e o coloquei em minhas costas, era muito difícil de se equilibrar, ele era pesado e maior do que eu, mas de alguma forma consegui começar a caminha, as brisas quentes continuavam soprando em direção a porta talhada e isso  estava me deixando um pouco inquieta, já que ainda me preocupava com Caius, mesmo que desejasse que ele tivesse virado churrasquinho de mago na explosão não podia assumir que estivesse livre dele, mesmo assim não havia nada o que eu pudesse fazer, a minha vida e desse tal Jason estavam em minhas mãos.

Depois de uma longa caminhada e de perder a noção do tempo pude a vegetação que escondia a porta, mas então vi que a porta se encontrava a quase 10 metros do chão e não havia nenhuma escada para nos levar até lá, mas definitivamente havia algo, ou alguém lá, tochas ladeava a entrada e apesar de estar alto eu podia ver alguma luz vindo de dentro. Respirei fundo, onde quer que estivesse sabia que era longe demais para poder esperar ajuda, e não havia muito tempo de ficar parada de qualquer forma, Jason parecia cada vez mais fraco, então olhei para a parede de rocha que me impedia de chegar à porta.

— Já me livrei de coisas piores, então não ache que vai me fazer desistir — Olhei em volta, havia muitas árvores ali, mas nenhuma que fosse tão alto, então notei que elas tinham cipós e decidi o que faria, deixei Jason no chão e comecei a juntar alguns cipós e depois os usei para amarra-lo às minhas costas, não era nenhum pouco fácil me manter equilibrada, mas aos passos vacilantes cheguei a base da rocha e me posicionei — Aprenda quem é que manda aqui seu monte de pedra idiota.

Os primeiros metros foram mais fáceis e ainda foram muito difíceis, a força que tinha de usar era descomunal, mas me render não era opção, não para mim, não para Jason, não para meu batalhão e Edgar que ainda rogava para que estivessem bem, eu tinha a obrigação de voltar para eles e nada me impediria de cumpri-la. A subida não era tão íngreme e fui ganhando altura, seis, sete, oito metros estava quase lá, só mais um pouco, já podia colocar uma das mãos sobre o parapeito plano da varanda onde estava a porta, mas então notei que não conseguia achar mais apoios para os pés e ainda não tinha altura para me levantar bem, nesse momento todo meu corpo ardia intensamente e não do jeito bom da coisa. Respirei fundo, tinha de conseguir, voltar não era opção é ficar ali muito menos, juntei as forças que sobraram num último esforço e com um pequeno salto desajeitado consegui colocar as duas mãos sobre o parapeito, meus pés escorregavam na rocha enquanto tentava continuar a subir, concentrei minhas forças nos músculos dos braços de alguma forma consegui começar a nos erguer para cima, lágrimas de dor e esperança corriam pelo meu rosto, iríamos conseguir, mal conseguia acreditar, mas então quando já estava me colocando sobre aquela varanda meus braços começaram a escorregar no próprio suor e meus pés ainda não tinham apoio, com desespero vi todo meu esforço sendo destruído assim como meus ossos seriam se caísse daquele jeito, mentalmente implorava para que Jason acordasse e nos tirasse voando da li, mas sabia que isso não aconteceria, se ele já não estivesse morto logo estaria, tudo estava em minhas mãos que agora escorregavam sem apoio, quando estava nas últimas lágrimas de desespero antes de aceitar meu derradeiro destino notei algo de diferente, um brisa soprava sobre mim, parecia com a brisa de antes, mas estava mais forte, como uma vento de tempestade, mas ainda uma brisa e me empurrava contra a montanha, talvez estivesse ficando louca, mas não me importava, não havia o que perder então tirei forças de onde nem eu mesma sabia que tinha e no esforço final nós ergui sobre o parapeito e usei o peso de Jason conseguir rolar para o pátio, havíamos conseguido, apesar de tudo, e num último momento de meus olhos se fecharam e cair na inconsciência ao pensar em quanto em um tempo tão curto criei tanto apego por esse tal de Jason pude ver a silhueta branca de uma mulher atravessando a porta e se aproximando de nós.

Acordei, mas não sabia se podia chamar aquilo de estar acordada, meus músculos doíam em uma intensidade desumana e eu não conseguia move-los, nem mesmo abrir os olhos, era como estar em uma casca imóvel e dolorida, se isso fosse o que chamavam de paralisia do sono realmente estava me dando em um maldito momento, mas então ouvi passos, na verdade mais senti, era como se alguém se aproximasse e movesse o ar ao seu redor criando pequenas brisas que pararam quando alguém falou próximo a mim:

— Acalme-se, não estou aqui para fazer mal, sinto muito que o tratamento lhe dê tantas dores, mas é o único jeito — Era a voz de uma mulher, e era uma voz tão doce que parecia acariciar meus ouvidos, pude sentir o toque macio dos dedos dela sobre meu rosto e era como se a brisa mais calma soprasse em meu rosto — Você foi corajosa de uma forma que não vejo há séculos, fez algo que poucos fariam e  alguns de seus músculo se romperam com isso, nesse momento eles estão se reconstruindo por isso não pode se mover, prometo que logo isso passará e que pode se acalmar, você e seu amigo são bem vindos em minha casa.

Com isso ela tocou em minha testa e senti a inconsciência voltar a me dominar enquanto questionava quem seria aquela mulher, mas parte de mim sentia como se a pergunta devida fosse “o quê?”.


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