A sala proibida escrita por Fawn, Ever Sparky


Capítulo 9
Banho com rosas e desertos escaldantes


Notas iniciais do capítulo

Prova de matemática hoje. Díficil u.u
Boa leitura! ;)
~Sabrina~



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Eu levei a sério o que o Dimítre disse.

Ficar sozinha era realmente perigoso. Por isso sentei e fiquei torcendo pra Catherine me encontrar. Só não entendi o porque deles me chamarem de coelho. Tem alguma semelhancia? Nesse tempo que eu fiquei só com a natureza eu fiquei pensando em tudo que me aconteceu. Num dia eu descobri uma sala na minha casa muito estranha que eu não posso entrar. Brigo com meu tio. Fujo e conheço uma menina cosplay da Lindinha. Tomamos sorvete. Minha tia se apaixona por ela e a convida pra dormir em casa. Ela me faz contar minha vida e me leva até a porta da sala. Mágicamente meu colar abre a porta e Catherine sabia que ele fasia isso. A sala tem milhares de espellhos, caimos em um, vou parar em outra dimensão, fujo, sou ataca por monstros e um homem de capa, e salva por um beldade chamada Dimítre. E agora estou aqui. É............. Eu realmente preciso trocar de roupa depois de tudo isso. Eu escuto o barulho de passos que me desperta dos meus pensamentos. E com um suspiro eu finalmente vejo quem eu queria.

– Sua louca! O que você tava pensando?! Isso aqui não é a floresta encantada da branca de Neve!- Ela pareceu finalmente ver minhas roupas manchadas de sangue das bestas e os cortes em minha pele.- Ai meu Deus! Você se machucou?!- Ela perguntou afobada vindo e se ajoelhando na minha frente.-Está bem?

Eu sempre achei tão tonto o fato da pessou ver a outra lá morta, estirada, ensanguentada, cortada e perguntar se ela tá bem. Nossa. Lógico que ela tá bem. Olha a cara de bem estar dela. Desculpa mas não vai dar pra não ser sarcástica:

– Não, não. Eu tô maravilhosa e isso tudo é maquiagem! Que você acha?

– Que você não pode ser irônica numa hora dessas. O que ouve com você?

Eu agradeço nessas horas por ter conhecido um garoto egípcio chamado Ramsés que me ensinou a não mentir. E sim ocultar.

– Bom... Do nada apareceram homens com cara de cavalo misturado com piranha e me atacaram, mas eles caíram em um barranco e eu fui mais esperta, me segurei em um galho de árvore e me arranhei. Mas eu estou bem-Disse dando um sorriso amarelo.

–Tudo bem.- Ela deu um suspiro cançado- Fiquei te procurando por 3 horas nessa floresta e eu estou cançada...

– Sério?! Fiquei sumida por 3 horas?! Eu achei que fossem 20 minutos.-Cortei-a, mas ela prosegui balançando a cabeça.

– ... Vamos dormir aqui. Vou usar uma Pyramidem para nos proteger de eventuais invasores. E antes que pergunte, sim, vamos dormir no chão.

– O que é uma Pirámiden?

– Pyramidem. É um instrumento usado para proteção. Parece uma pinha. Você pega enfia no chão e ele cria um campo de força num raio de 5km. Protege o que tem dentro, e mantem o que quer que seja, de fora.

– Legal! Agora me diz: Que lugar é esse esse? E porque me trouxe aqui?

– As respostas viram com o tempo, desculpa. Mas... Para não te deixar roendo as unhas estamos em Swiat. Um planeta do sistema Visums. O espelho é o portal que nos leva, e nos tira dele.

– Como o guarda-roupa de Nárnia!

– Hã?- Ela fez uma cara de perdida.

– Esqueçe. Você não conheçe...

– Pronto. Acabei.

Ela encaixou no chão uma peça transparente identica a uma pinha. Só que essa, soltava pequenas faíscas vermelhas as vezes. Eu me levantei do tronco de árvore caído que estava sentava sentada e me atirei no chão.

– AI! Por que eu fiz isso???

Cath riu.

Fiquei olhando as... estrelas? Aquilo pareciam estrelas. Porém seu brilho era vermelho, verde e azul claro. Era uma mistura interresante, mas era muito Bem, bem, beeeem mais distânte tinha um planeta. Era lilás, com manchas e listras rosas. Dai eu me virei pra Catherine, que também observava o céu da floresta que nunca clareava, pensativa,parecia lembrar de algo.Acho que essa floresta era sempre assim. Escura:

– Cath...

– Fala.

– Tô com fome.

– Não tenho comida.

– Você também não tinha outra roupa, mas agora tá vestida que nem uma espiã.

Ela estava usando uma roupa preta colada,(bem colada), ao corpo. Com um ziper na frente. Não sei como ela respira.

– É que eu encontrei um antigo esconderijo que o povo daqui usava pra se esconder dos so... Esquece! Esquece o que eu disse!

Achei aquilo muito suspeito. Mas nada falei(de novo), e fechei os olhos, encostando a cabeça do chão húmido e frio.
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Eu estava caminhando pelas colunas de gelo. Os picos gelados tinham ventos muito fortes! Mas eu escalava. Cheguei no topo e vi o que me esperava além da montanha. A morte certa? Sim, certeza. Eu sou fraca. Quer dizer, eu sei lutar boxe, karatê, esgrima e judô. Mas eu duvído que isso funcione com um dragão de 20 metros de altura! Ele era escamoso e dura como aço. Dentes como verdadeiras espadas. As garras capaz de dilacerar com um toque. Eu tremi inteira. O dragão acordou e focou seus olhos nos meus. Tremi mais. Ele falou na minha cabeça.

" Está pronta para o fim?"
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Acordei de lentamente. Suando frio. Foi só um sonho. Últimamente tenho tido sonhos estranhos... Rolei pro lado e não vi Catherine. Levantei e olhei em volta. A floresta continuava escura, o que comprou minha teoria. O campo de força tinha sumido, o que me deixou meio inquieta. Escutei um grito de longe:

– Annie!!!

– Que foi?- Pela voz já deu pra saber que era aquela menina irritante.

– Vem aqui!

– Como você quer que eu saiba onde você tá?

– Segue a minha voz. "Você vem, você vem..."- Ela começou a cantar. Devo admitir que ela canta bem. Mas DE NOVO ela perde pra mim.

– É, eu venho.- Murmuro.

Chego em uma campina escura e vejo Cath sentada com as pernas esticadas do lado de um laguinho, segurando dois pessêgos. Me aproximo e sento ao seu lado, ela me ofereçe a fruta e como com vontade. Ficamos assim por um tempo até que ela levanta limpando a calça e fala:

– Temos que ir. Se formos andando até o castelo chegaremos amanhã a tarde. Seja que dia ou... hora for lá. Passei tempo demais no seu mundo, meu senso de direção e tempo está confuso. E não consigo ler as estrelas aqui. Vem, vamos.

Levantei e começei a andar na direção que ela seguiu. Meus pés estavam com bolhas e sangrando. E eu estou mais confusa e perdida do que adolêscente em bingo de velho.
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Depois de sair da floresta-da-noite, passar por um milharal, uma fazendinha, um vilarejo, uma ponte, eu vi a ponta de uma torre. Era um castelo estilo medieval, bege, no alto de uma colina. Em baixo tinha uma cidade enorme, cheia de casas, barracas, lojas, e flores. O chão era de azulejos azuis e brancos, e as casas eram de pedras. Fomos andando em silencio para não acordar ninguém.

Chegamos em frente ao castelo e Cath abriu a porta, revelando um pátio dourado. Havia desenhos no teto e no chão brilhante, eu até conseguia ver meu reflexo. Tinha duas escadas de cada lado do salão, e no meio delas, uma porta aberta que levava ao jardim lindo, com bancos, e pilares cobertos por trepadeiras com flores lilás. Havia paus de banbu ligando esses pilares, fazendo sombra nos bancos. De uma das escadas eu vi uma mulher jovem, com cabelos loiros lisos, olhos castanhos claros, lábios rosa, usava um vestido comprido até o tornozelo dourado com traçados pretos na parte da saia. Ela era elegante e séria. Mas quando nos viu abriu um sorriso de canto.

Catherine puxou minha mão e me levou até ela. Ela me examinou com os olhos curiosos, e se voltou pra Cath:

– Cath! Você ficou muito tempo fora dessa vez, pensei que não fosse voltar, querida. Quem seria essa?

– Essa é a Annita. A que ando procurando.

– Você disse isso das duas últmas, Cath. Mas se não for, podemos usar o "Oblivianis evocatis" nela.

– Você viu o que ouve da última vez.

– Eu garanto. Vamos tentar, por favor, agora já não tem mais volta mesmo.

A mulher de um suspiro derrotado.

– Tudo bem,- Ela se virou pra mim- Você vai fazer um favor fazer pra cinco pessoas.

– Oi? Tô boiando na conversa. Você quem é? E por que EU?

– Sou Arabel. Tudo ao seu tempo, menina.- ODEIO quando me chamam assim, ou de criança. Eu tenho 16 anos, porra! E nem sou virgem! Eu sei, isso não tem haver com o assunto mas é a pura verdade- Para obter as respostas você precisa ajudar os 5 da realeza. Cada um controla um elemento. Primeiro: Você vai passar por um deserto até o castelo do Andrew, que controla o gelo. Catherine irá esplicar tudo sobre ele no caminho.- Ela olhou de esguia para Catherine que ficou corada ao mencionarem o nome do rapaz . Hummmmm... Tô sabendo...- Mas agora vou te mostrar seu quarto temporário. Venha, precisa se trocar, comer, se banhar...

Eu a segui por um corredor branco. Tudo nesse castelo era claro.

Gostei.

Ela me mostrou o quarto que eu ia ficar. Era cinza claro com toques dourados no teto. Havia uma cama e, uma comoda embutida com um espelho cheia de produtos de beleza,havia tambem um banheiro com uma banheira. Fui tomar um banho de 30mim. Coloquei um liquído amarelo cheiroso na água e me esfreguei com as rosas.

Saí do banheiro enrolada em uma toalha felpudinha e fofa. Em cima da cama tinha um vestido verde limão. Coloquei minhas roupas intimas e coloquei o vestidinho. Ele ia até 1 palmo acima do joelho. Era parecido com um tutu de bailarina, só que menos estufado. As alças e trançadas estilo trança. E o colo era verde esmeralda com pedrinha mínusculas de diamantes. Fiquei esticada na cama pensando em como a ídeia de ter que atravesar um deserto scaldante para ter chegar em um lugar com neve era absurda. Eles queriam que ei tivesse hipotermia?

Dormi pensando em quando eu iria encontrar o garoto de olhos violetas outra vez e o que eu deveria de fato temer: O fato de que eu teria que fazer sabe se-lá o que pra pessoas assustadoras ou o fato de aqui não ter internet.

Realmente não sei.


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Notas finais do capítulo

Pronto!
*A música que a Cath canta é a da "Árvore forca". Do livro "A esperança" da trilogia "Jogos vorazes". Pesquisa no youtube essa música linda!
~Sabrina~



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