Era um rapaz de ,mais ou menos, 24 anos. Cabelos negros que caíam na testa. O rosto afinado. Era moreno e muito bonito. Tinha uma cicatriz na sombrancelha direita. Mas não foi isso que me fez ficar assustada. E sim o olhar ameaçador que me lançava. Ele me matava com o olhar.

Tentei abrir a boca e falar que eu não essa tal de Samatha de que todos me confudiam. Mas nenhum som saio dessa. Vendo meu desespero, seu sorriso aumetou e se abriu:

– Fique calma coelho. Não vou te machucar. Mas...- Ele estalou os dedos e as árvores atrás dele começavam a chacoalhar, avisado a aproximação de algo bem grande.- Que tal brincar-mos de pega-pega?

Não gostei.

Fiquei tensa e arregalei os olhos. Tinha na minha frente 6 homens. Só com cabeça de cavalo.

Ele riu:

– Acho melhor correr.

Me virei e corri como se tivesse fugindo do dêmonio(o que de fato estou) e 5 segundos depois as criaturas corriam atrás de mim. Os galhos das árvores cortavam meu rosto e meus braços, mas no momento isso era o de menos. Em vez de pensar como isso era louco, assustador e que aqualquer minuto eu posso morrer; eu pensava naquele epísodio de "Ben 10 ominiverse" onde o parceiro do Ben está sendo perseguidos por alíens, e quando o alcançam ele diz "Agora quem quer brincar com o titio Brucewille?" A única diferença que nesse meu jogo de pega-pega, quando me pegarem eu não vou tirar uma arma de tecnologia alíenigena das costas e atacar.

Quando passo por baixo de um galho de uma árvore paro bruscamente.

Na minha frente tinha um precipício não muito fundo e largo mas o suficiente para mim não conseguir pular para o outro lado. Olho em volta desesperada. As árvores são muito baixas, se eu subir não vai me oferecer proteção. Rezo pra todos os santos e Deuses que eu conheço(gregos, romanos, incas, egípcios, maias...). Mas eu não vejo os monstros. Eles não aparecem. E o barulho de passos morreu.

Me aproximo com cautela e vou refazendo meus passos. Até que vejo as 6 bestas caídas, morta, no chão. Sangue jorra do peito de cada um, onde há um corte profundo. Mais a frente escuto o ruído de espadas se confrontando. Caminha em direção ao som e um garoto luta com o homem de capa. Ele tem cabelos castanho escuro e olhos de um violeta profundo. Usa uma camiseta branca e calças de couro. É lindo. Uma beleza pura e angelical. Minha vontade é toca-lo mais não posso. Fico observando enquanto o eles lutam. Até que o homem das bestas segura o braço do outro e num movimento rapido torce pra trás e aponta uma adaga pro coração dele:

– Você não quer me matar Kevin. Conheço você. Não tem coragem de matar seu irmão.- O outro, que se chama Kevin, rosna alto.- Vai embora. Deixe a garota.

Kevin larga seu irmão, aparentimente mais novo, se vira e sai andando até que as sombras o envolvem.

O garoto de olhos violeta se vira pra mim e caminha na minha direção. Eu automaticamente me afasto. Ele abre um sorriso tranquilizador:

– Não se preocupe. Eu te salvei, não vou te machucar.

– Vai brincar de pega-pega comigo?

Ele da um risinho.

– Não. Não sou como meu irmão. Deveria tomar mais cuidado coelho. Essas terras agora são terrítorio das sombras, não é lugar para uma garota tão linda como você.

Eu enrubesco ligeiramente. Mas ele não parece notar.

– Sou Annita.

Ele da um sorriso de parar o mundo.

– Sou o Dimítre. Nos veremos novanente por aí querida. Mas não conte pra ninguém de mim.- Ele se abaixou no chão e tirou uma rosa branca de baixo das raízes de uma árvore, e olhou fixamente pra ela. Ela brilhou, e ficou colorida. Arfei, e ele colocou no meu cabelo- Fique com isso, princesa.

E pulou para a escuridão, me deixando parada com cara de tonta numa floresta de dar arrepios. Retiro tudo de ruim que eu disse daqui.