Seven Devils - Fic Interativa escrita por PandoraMaximoff


Capítulo 8
Desespero e Mortes




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P.O.V. Alice Rosalya Di Angelo

Eu não sabia o que pensar o como reagir ao ver aquilo. O livro já era, e meu objetivo de encontrar a parte que falta foi totalmente eliminada. Merda. Meu coração estava pulsando rápido , Mikaela estava jogada no chão e ninguém se mexeu , talvez , por estarem assim como eu em choque. Ela tinha simplesmente vomitado aquele negocio preto , e agora a Livy estava daquele jeito , estranho . Nada amigável para dizer o mínimo. Dei um passo para trás , ouvindo a porta sendo aberta por Rose. E com um piscar de olhos , a portinha fora totalmente aberta , e Livy saiu se arrastando. Suas roupas sujas do vomito preto , e sua pele estava estranha... como se estivesse em decomposição. O que mais me assustava era os seus olhos. Não mais azuis  , mas amarelos. Amarelos como caramelos. Então o choque de adrenalina passou por meu corpo , ao me virar e sair correndo empurrando alguém que não vi. Eu estava com...medo. Medo de morre como Candy.

Meu campo de visão não era muito variável , já que só via arvores e mais arvores. Eu corria , sentindo minha respiração falhar e o frio que sentia antes agora estava desaparecendo pelo meu esforço e rapidez. Calor. Mas aquilo não me incomodava mais. Queria sair dali , queria poder saber onde estava os outros. Eu conseguia ouvir alguns barulhos , eu peguei a lanterna em meu bolso e liguei focando no rosto de Rose.

Juliana e Rose haviam saído em disparada antes de mim e dos outros. Foi aqui na floresta. Aqui que Elizabeth morreu. Talvez fosse essa coisa que tenha a matado, mas por que? Será que ela teria lido o livro , porém interrompeu o ritual , assim fazendo ‘aquilo’ tirar-lhe a vida?

Os olhos de Juliana estavam soltados , provavelmente por sentir o mesmo medo que eu , porém não tinha as mesmas duvidas.

Meu corpo sentia os choques de medo me fazendo arrepiar. Uma gota de suor descia pela minha testa , eu tentava parar de ofegar , mas parecia difícil. Minha barrigada doía como se eu tivesse recebido um soco.

- Eu to com medo – Juliana falou baixinho , tentando conter as lagrimas.

Um barulho foi ouvido. Olhei em direção e desliguei a lanterna. Se eu estava com duvidas sobre o que tinha em meu redor além das arvores , sem o auxilio da lanterna seria pior. Eu não podia me desesperar e acabar chorando como Juliana. Não , eu tinha que ser forte. Suspirei fundo , sentindo mas gotas de suor descerem minha testa. Minha situação aqui é uma das piores. A floresta e densa , e não sei dizer aonde exatamente estou. Meio ? Sim , mas meu objetivo é chegar no fim e encontrar a civilização. O silencio misturado com o dos animais so me deixava mas tensa. Ficar perto de Rose e Juliana não em deixava mas tranquila muito pelo contrario so me deixava com medo.

Meu coração pulsava rápido e aquilo me deixava incomoda. Dei um passo para trás sentindo ao em minhas costa , eu por impulso liguei a lanterna porém tudo o que foquei com a luz foi uma arvore.

- Desliga isso Ali – Mandou Rose.

Desliguei. Ainda ofegante. Então senti algo molhado cair em meu rosto , depois em minha cabeça e de forma rápida e intensa uma chuva começou a cair. Meus cabelos ficaram grudados e encharcados , minha jaqueta protegia somente a parte de cima enquanto minha calça jeans já estava encharcada. Sem dizer nada , comecei a andar sem rumo. Não sabia ao certo se Rose ou Juliana estava vindo atrás de mim por que eu não ousei a olhar para trás.

Com a visão bem pior pela chuva , acabei pisando em algo que me vez desiquilibrar e acabei caindo no chão me encharcando com a lama. Droga. A lanterna que estava na minha mão caiu também porém longe , já que tentei procura-la , mas a agua que escorria ali não ajudava.

Parei ou melhor congelei no lugar ao ouvir um barulho como se alguém estivesse grunhindo. A chuva so piorava. Agora eu realmente estava com frio. Cerrei meus olhos para tentar enxergar o que tinha em minha frente e um par de olhos azuis me fitavam.

Novamente escutei o grunhido. Merda , pensei ao deduzir o que era. Me levantei devagar , vendo o rosto do logo se contorcer ainda rosnando para mim. O lobo se aproximou de mim , ele iria me atacar , então eu fiquei em pé. Por que eu estava aqui? Nesta situação? Na verdade , eu não sabia o grande ‘por que’ , eu não sabia o por que de ter roubado o livro de Leon , mas na primeira vez que toquei aquele maldito livro de couro no quarto do rapaz eu senti uma fascinação pelo livro. Como se ele me manipulasse , como se o livro tivesse nos levado até ali.

- E eu a  trouxe – Uma voz doce e ao mesmo tento provocadora.

Era Livy. Arregalei meus olhos. O lobo que estava rosnando dava passos pra trás. Senti novamente o medo em mim. Eu puxava o ar com dificuldade. Me virei rapidamente vendo Livy ensanguentada , então varias lagrimas se acumularam em meus olhos , mas eu tentava não chorar. Por que no fundo eu sabia que aquilo seria o meu fim.

- Por favor – Supliquei.

Mas não obtive resposta , apenas a garota se aproximava mas de mim. Eu então não vi outra saída além de correr. Mas se ela me encontrou em questão de segundos , me encontrar correndo seria fácil. Principalmente pelo fato de achar que o ar , não entrava. Eu tentava respirar , mas não conseguia literalmente.

Sentindo as gotas frias misturadas com as quentes de meu suor em mim. Minhas roupas encharcadas so dificultavam a minha fuga. Estava preocupada com os outros. Olhei para trás ainda correndo e no mesmo instante senti um baque enorme contra meu corpo. Cai novamente no chão. Minha visão estava turva , e meu corpo doía junto com a minha cabeça. Olhei para frente encarando uma enorme arvore. Tentei me levantar mas algo me impedia , não conseguia me mexer. O pulsar de meu coração se intensificou , assim que escutei alguém cantarolando uma musiquinha infantil.

‘’ A dona aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou.’’

Um arrepio passou por meu corpo. Não sabia o que pensar, aquilo de longe parecia doentio , pela voz sair doce e ao mesmo tempo tão maníaca. Agora eu apenas via apenas os galhos de arvores e as gotas de agua se chocarem contra meu rosto.

‘’ Ela é teimosa e desobediente .Sobe, sobe, sobe e nunca está contente.’’

Eu estremeci. Pois a voz estava perto, eu tentava olhar para os lados a procura da pessoa. Mas nada. Eu sabia que era a Livy ou o corpo dela. A cantoria tinha parado. Suspirei profundamente , sentindo-me sendo puxada , mas eu já estava no chão. Mexi minhas mãos , sentindo o chão tão molhado quando eu.

Mesmo sentindo  o chão e tendo certeza disso , eu comecei a levitar. Meu campo de visão era limitado já que eu estava praticamente paralisada, não conscientemente. Sabia disso por que a imagem dos galhos das arvores ficavam cada vez mas perto. A chuva diminuía e o céu agora era um pouco visível.

P.O.V off.

Alice estava paralisada a mas ou menos três metros acima do chão. Flutuando. Poderia considerar aquilo incrível. Mas não , naquele momento. Ela não podia fazer , nada nem gritar. Para a sua tortura psicológica aquela musiquinha continuava em sua mente , e seu campo de visão continuava péssimo. Então ela caiu , tão rápido e tão forte que eu sentir o chão ela gemeu de dor. Sua respiração parou , como se o ar não entrase. A garota loira que estava com suas roupas melecadas da gosma preta que Mikaela vomitará nela apareceu , com uma faca mediana em suas mãos. Passando a parte afiada em sua mão , e o sangue começava a sair. Um corte profundo e de certo modo provocador.

Alice se desesperou. Por que Livy estava daquele jeito? Sua pele horrenda , e fazendo aquilo em sua frente? Livy se ajoelhou perto de Alice que mantia a expressão de dor e horror e com um golpe certeiro e um sorriso de alegria no rosto ela cravou em seu peito.

Um grito podia ser ouvido. Um grito de dor. Dor e pavor. Alice finalmente podia se mexer , mas a dor que sentia e o choque de ter sido esfaqueada tinha feito seu corpo ficar alienado de sua mente. O sujo de folhas , barro se misturava com o sangue que saia sem parar. Alice deixava varias lagrimas escorrerem , ela tentava tirar a faca que continuava ali. Mas Livy não deixava, Alice tentava bater nela , mas não conseguia. Como se sua força tivesse evaporado.

- Ela é teimosa e desobediente – Livy segurou no cabo da faca e começou a torcer ainda encravado no peito de Alice, a mesma gritava de dor - Sobe, sobe, sobe e nunca está contente.

Sua boca puxava ar, seus olhos fitavam uma arvore qualquer. Ela apertava suas mãos formando um punho , mas aos poucos ela desfez. Alice deu seu ultimo suspiro, e uma lagrima caiu de seus olhos.

***

P.O.V. Juliana Johnson Clarke

Medo. Não eu já não sentia medo. Talvez pavor. Depois da morte de Casey , eu mudei , não para melhor como varias pessoas que conheço , mas fiquei fria. Por um momento naquele turbilhão de sentimentos que eu sentia ao saber que nunca mas iria ver minha irmã novamente , pensei que com a minha mudança – para pior- iria perder meus amigos. Mais , não. Apenas me aproximou ainda mas deles. Provavelmente de todos o que mas ficou próximo de mim fora , Rose , Alex e Hanna.

Rose sempre fora uma ótima amiga. Uma das melhores para ser exata , sempre alegre e as vezes de uma forma bem irônica e debochada , mais é isso que a deixa sendo divertida, pois ela não usa para te humilhar apenas para zoar. Alex... bem ele nunca fora de fato um amigo , não antes da morte da minha irmã. Ele se aproximou de mim e me ajudou mesmo eu negando ou recusando qualquer tipo de ajuda. Considero ele como um irmão que nunca tive.

Hanna por outro lado , nunca tive uma amizade muito forte com ela. Mas assim como Rose e Alex , ela me ajudou. Ela é uma das poucas pessoas que conheço que é de fato única , nunca se sabe o que ela pensa , não gosta de se expressar ou tem dificuldades eu realmente não sei. Mas eu vi em seu rosto – a expressão de preocupação – quando me viu jogada no banheiro chorando.

Eu não tinha forças. Não tinha nada mas a perder. Casey era minha família. E rever minha falecida irmã no dia passado fora terrível. Pensei que estava enlouquecendo. Mas , não . Eu vi os rostos de Mike e Alex no carro , eles viram. Eu fiquei um pouco paranoica depois que soube que fora o ex- namorado de Casey que a matou. Maldito. A policia o procurou por toda a cidade , até pelas cidades vizinhas mas ele simplesmente evaporou. Mas no fundo eu tinha medo dele voltar e acabar comigo , mesmo que a probabilidade seja pequena.

Do mesmo jeito que fugi da realidade em um momento da minha vida , desde a festa venho tentando fugir novamente. E agora , tudo o que sinto é medo , eu fecho meus olhos sentindo as lagrimas rolarem pelas minhas bochechas. Meu coração pulsando de forma intensa , sentindo o choque de adrenalina passar por meu corpo.

Foi tudo rápido. E , mas uma vez Rose estava me ajudando. Corremos , sentindo o vendo frio da floresta , mesmo no escuro. As arvores altas  , e os demais animais ali fazendo vários ruídos. De certa forma aquilo não podia ser menos macabro. Eu queria poder chorar. Por que no fundo eu sou apenas mais uma garota assustada. Tão assustada , quando no dia que o senhor Hill morreu.

Paralisei ao ouvir um barulho próximo a mim. E uma luz fora lançada contra uma arvore , podia ver Alice manuseando a lanterna. Rose estava ao meu lado preocupada olhando para todos os lado.

- Desliga isso Ali – Mandou Rose.

Podia-se ouvir a respiração puxada de Alice que não estava muito distante de nós. Rose apertou meu braço com força , tentando passar calma. Mas eu não estava calma. Ver Mikaela vomitar aquilo , e depois Livy aparecer daquela forma. Não , nem de longe eu poderia estar calma.

Em minha mente eu rezava. Desde a morte de Casey meu lado espiritual se manifestou , por isso que depois do que aconteceu eu não zoei mas Livy. Não , apesar das regras triviais e algumas absurdas ela tinha aquela espiritualidade maior e mas profunda. Uma fé mas profunda para ser exata. Mas eu pedia para sair dai. Por que no fundo meu o pressentimento de que a morte estava perto so me apavorava.

Algumas gotas geladas caíram . Chuva. Aquilo não poderia ter vindo no pior momento

Fechei meus olhos tentando lembrar do caminho que fizemos. Mas tudo o que me veio em mente fora o dia da festa. Droga. Olhei em direção a Alice e ela – assim como eu e provavelmente Rose – estava ensopada pela chuva, porém ela não ficou no lugar como eu ou Rose , ela saiu correndo. Desesperada.

- Vamos , vamos sair daqui Juh – Falou Rose.

Mesmo não esperando uma resposta eu assenti. Rose me conduzia , e eu corria atrás de si. Eu não tinha nenhum outro plano , além de correr, e achar a saída da floresta. Mas do que nunca senti tanto medo por estar rodeada por arvores. A chuva so dificultava nossa fuga, e depois de alguns minutos que pareceram milênios. Eu esta ofegante , mas não sentia dor por ter dormido em um sofá , tudo oque sentia era a aflição e a chuva gélida em mim.

- Você consegui prosseguir? – A voz de Rose falhava.

Quando eu iria responder ouvimos um grito. Não um grito de susto ou de surpresa. Mas um grito de dor. Em desespero tudo o que fiz foi correr novamente com Rose , eu estava com medo , mas eu pude reconhecer a voz , era de Alice. So em pensar que um de meus amigos estavam machucados ou pior... varias lagrimas se acumulavam em meus olhos.

Mas Rose parou de correr. Eu parei porém mas a frente , eu mas ofegante ainda olhei para ela. Rose se curvou para frente, franzi o cenho sentindo minha respiração falhando , ela então caiu totalmente no chão olhando para mim ela fora arrastada eu ainda consegui ouvir seus gritos ‘’ Não’’ e ‘’ Me ajuda’’

Agora eu estava sozinha. Tampei minha boca para evitar um grito. Deu alguns passos a frente tentando avistar ela , mas não conseguia. Somente agora percebi que a chuva tinha passado. Apertei minhas mãos , e continuei a correr na mesma direção que Rose me conduzia a poucos segundos atrás.

As arvores passavam por mim , eu tentava desviar delas , o chão  era uma mistura de lama e folhas. Nunca pensei que ver uma fita amarela iria me deixar feliz. Quando em desespero passei pela fita amarela , uma sensação de tranquilidade passou por mim . Sai de perto do local indo até uma calçada. Suspire aliviada por ver pessoas pela rua. Sentia que meu rosto estava quente. Minha visão embaçada. Eu tentava ficar calma , para não chamar atenção. Ao sentir uma mão em meu ombro eu abafei um grito, mas ao perceber quem era, eu me tranquilizei. Levantei-me e o abracei.

- C-césar – Gajei. Mas não liguei.

César me abraçou na mesma intensidade que eu. Desesperado. Desfiz o abraço , e ele me olhou de forma estranha. Eu podia sentir que ele estava se despedindo.

- Onde esta os outros? – Eu neguei com a cabeça.

- Não sei  , perdidos na floresta. Tem... algo lá. A Livy esta estranha , os olhos dela estavam amarelos... eu acho que a Alice esta ferida ou pior.

So agora eu notei a pulseira de identificação no pulso de César. Junto com sua roupa , mas ele usava um casaco. Ele assentiu e fora na direção que eu mas temia. Para a floresta. Não. Eu não podia voltar novamente para aquele lugar.

P.O.V Off

***

Juliana estava com os olhos levemente inchados e seu rosto choroso. Suas roupas sujas e molhadas. A cidade estava fria e algumas gotas de chuva continuavam a cair. Ela tentou criar coragem e acima de tudo, decidir-se para onde ir. Chamar a policia? Não , seria estranho pois a dois dias atrás aconteceu mortes , e a ultima coisa que queria era estar perto da policia. Ela suspirou fundo , ajeitando seu sobre tudo. Seguindo para o parque , ela tinha medo. Muito medo do que poderia lhe esperar. Ao longe Dylan observava a garota que andava de forma rápida e desajeitada por estar muito abalada.

P.O.V Rosemary Hataway Dragomir

Ja tinha passado da hora. A noite agora era o cenário que eu mais temia , odiava o fato de ter que entrar na floresta, e para piorar eu tinha chegado atrasada para o encontro. Eu entrei na floresta. Sozinha. Assim como na festa , eu acabei me perdendo , mas por sorte eu vi algumas fitas amarelas e depois de alguns metros vi a cabana. A maldita cabana. Reuni coragem engolindo a seco.

Mas eu sentia perdida. Para variar tudo o que via era arvores e arvores , e a escuridão. Ao atravessar a fita amarela senti um arrepio. Algo ruim estava prestes a acontecer, talvez fosse apenas o meu lado insinuativo ou de defesa.

Eu estava certa, algo ruim estava preste a acontecer. Quando abri a porta vi algo muito incomum é nojento. Livy estava coberta por algo preto que Mikaela tinha expelido. Vomitado literalmente.

Eu já tinha visto aquela baba velha preta em algum lugar. Depois de pensar por alguns segundos lembrei-me de Kevin, de como ele estava na frente da cabana com seus olhos amarelos e estranho.

Aqueles olhos. Nunca pensei que veria novamente, quando Livy caiu no buraco – que vi depois que dava acesso ao quarto subterrâneo – e Mikaela começar a gritar , como se tivesse sendo torturada , e aquele vento surgir do nada e as janelas abrirem , eu apenas estremeci por que so pensava na possibilidade de Kevin aparecer. Mas, não foi bem pior do que isso. Fora Livy que apareceu no mesmo estado que Kevin , talvez , até pior.

Livy ainda estava coberta pela gosma preta , seus cabelos molhados , seus dentes sujos pela gosma que agora ela expelia, seus olhos amarelos e um sorriso de orelha a orelha de assustar. Não pensei duas vezes em abrir a porta e sair correndo. Percebi que Juliana estava atrás de mim. Eu estava aflita. Não saber ao certo ou saber e fingir que não sabe é uma das coisas que eu fiz. Eu queria uma prova de que era aquilo realmente que eu pensava.

Minha respiração era ouvida , eu corria de forma rápida , pois de certa forma eu sentia que minha vida estava em perigo. Juliana corria atrás de mim. Até que eu parei , fiquei encostada em uma das arvores , procurando alguma saída , mas a única seria sair da floresta.

Merda , pensei.

Cerrei meus olhos para tentar ver quem estava ali , além de mim e Juliana, e vi algumas madeixas loiras. Alice. Eu não tinha olhado para trás em nenhum momento ao sair correndo da cabana, nunca dava certo , era como nos filmes de terror que já vi. Uma luz , foi lançada contra uma arvore, assim pude ver e afirmar que era realmente Alice.

Não podíamos chamar atenção.

- Desliga isso Ali – Mandei.

Ser educada , gentil ou seguir os dez mandamentos – não literalmente – não seria ideal. Não. Aos poucos , o silencio da floresta se misturou com os barulhos que os bichos faziam. Os segundos que passamos ali , apreensivas , aflitas e com medo passaram como horas, e fui pega de surpresa quando as gotas geladas de chuva caíram aos poucos se intensificando.

Passei minhas mãos em meu rosto na tentativa de afastar as gotas de agua.

- Vamos , vamos sair daqui Juh – Falei e sem esperar alguma resposta.

Comecei a correr ao perceber que Alice tinha dado no pé. Minha respiração estava rápida , meu coração pulsante , sentia meu sangue ferver , e todo o frio que sentia so piorava , pela chuva. Apesar de ter me perdido mas de duas vezes na floresta anteriormente , eu sabia por onde estava indo. Talvez intuição , mas sabia que aquele era o caminho para sair da densa floresta. A respiração ofegante de Juliana era bem mas forçada e puxada que a minha , parei preocupada e olhei para a loira.

- Você consegui prosseguir? – Perguntei.

Mas antes mesmo que ela tivesse oportunidade de responder ouvimos... um grito , de dor ou tortura. Continuei a correr junto com juliana, as arvores passavam embaçadas por mim consequência por minha corrida rápida. Eu não sabia oque pensar além de sair dali e ficar a salvo. Foi quando senti algo, meus pulmões pararam , eu tentei puxar o ar , mas não consegui , e como se alguém tivesse me dado um soco no estomago eu me curvei para frente. Sentindo meu corpo sendo puxado contra o chão , gemi de dor , e depois fui arrastada .

Vi a expressão de confusão e pavor em Juliana que estava paralisada.

- Não – falei me debatendo.

Tentei falar um ‘’ Me ajuda’’ mas não consegui ao perceber que estava já longe de Juh. Minha visão estava embaçada pela quantidade de lagrimas que se acumulavam em meus olhos. Eu tentava parar , cravando minhas mãos no chão , mas tudo o que vinha era a terra e a dor.

Estava suja, e quando finalmente tinha parado. Senti que tudo oque não sentia  por estar desesperada veio a tona. Um grito. Gritei de raiva e  medo. Tentei me colocar em pé , mas não consegui , então rastejei por minha vontade até que eu encostei em algo grande jogado no chão sentindo algo molhado e quente. Ao virar meu rosto vi Alice , estava ensanguentada.

- N-não.

Eu sabia que não tinha jeito. Ao ver onde estava saindo o sangue  e o tamanho do buraco em seu peito. Mas eu tentei estancar , colocando minhas mãos em cima. Mas eu não senti a pulsação de seu coração.

P.O.V off

***

Rose estava desesperada. Ela estava em cima de uma poça de sangue da garota caída ali – Alice – mesmo sabendo que a sua amiga estava morta tentava ainda assim , reanima-la. As arvores que rodeavam as garotas balançavam por causa de um vento forte e frio. Livy estava ao longe vendo a cena , ela segurava com bastante força o cabo da faca , com um sorriso maníaco em seu rosto , porém mesmo com sua pele estranha e seus olhos amarelados uma lagrima rolou por sua bochecha. Uma lagrima quente. Em um passo a garota apareceu atrás de Rose , a mesma sentiu a presença de Livy , que me outras palavras não era exatamente ela.

Livy sentia e via o que fazia, porém não queria o fazer. Sabia que era errado, mas não podia se controlar como se não estivesse no controle , e de fato não estava. Alice a poucas horas também sentia o mesmo , manipulação, assim como Leon que decidirá não ir por achar a ‘liberdade e tranquilidade’ pois se questionava antes se estava louco.

Rose engoliu a seco , sentindo algo em sua garganta como um arder. Os seus olhos se deparam logo com a faca na mão de Livy. Sabendo que o pior viria. Ela tentou se levantar, mas sua força ainda estava escassa. Uma gota de suor escorreu do seu pescoço, arregalou seus olhos ao perceber que Livy não estava como virá a poucos minutos atrás. Sua pele antes quase que em decomposição estava voltando ao normal , seus olhos estavam aparelhos porém não tão intensos.

- Você ‘ta’ com medo – A voz de Livy soo de forma delicada e suave.

Livy ergueu uma de suas mãos em direção a Rose , e ela sentiu seu coração acelerar, sentia de uma forma mais intensa. Então uma dor horrenda fora projetada , ela tentava gritar , mas nenhum som saia de sua boca. Sangue tão quente e vivo começou a sair de sua boca , e seu ultimo suspiro fora dado. Livy tinha  psiquicamente esmagado o coração da garota internamente.

***

Mike tinha sido empurrado com bastante força por Alice , ele gemeu de dor ao cair no chão e rolar até um tronco de arvore onde ficou escondido. Ele não sabia dizer o que sentia , se era preocupação ou medo. Talvez ambos. Após ter certeza absoluta que Livy tinha saído ou flutuado – coisa que nem ele mesmo acredita ter visto – engoliu a seco e voltou para a cabana, trancando a porta atrás de si. Ele sabia que simplesmente trancar não era solução. Mikaela já tinha recuperado a consciência , ela tentava chorar por que ela sentia-se... normal. Apesar das dores que sentirá a pouco , foi como se algo tivesse saído de si, como se Mikaela fosse apenas um receptáculo temporário.

Mike não sabia exatamente o que fazer , ou o que pensar , a provável resposta seria o livro ou Alice , pois se ela tivesse descoberto algo somente ela poderia salva-los.

- Consegui se levantar – Ele perguntou , mas não se aproximou de Mikaela.

- S-sim – Ela respondeu com dificuldade.

Mikaela já em pé se apoiava na parede. Um vento frio entrou na cabana, Mike olhou na direção das janelas que continuavam aberta. Ele foi em direção a elas para fecha-las , porém ele parou no lugar ao ouvir um grito. Um grito cheio de dor. Mike nunca sentira tanto medo como agora. Precisava encontrar seu irmão e Allyson Não tendo outra opção ele reuniu coragem indo em direção a porta.

Mary estava ofegante ,sentia seu coração pulsar muito forte cada vez que ouvia um ruído. Ela aperta suas mãos para tentar conter algum grito. Estava desesperada , queria poder sair da floresta. Se arrependendo de ter ido, deveria ter imaginado e contado para seus amigos que virá Elina um dia atrás na casa de Allyson. Mary pulou e tampou a boca ao sentir uma mão em seu ombros , ela virou o rosto vendo César.

Os olhos de Mary brilhavam , ela estava em choque e desacreditada. As lagrimas se acumulavam em seus olhos. César sorriu fraco , sentia a felicidade por ver a garota bem. Por um impulso fora do normal , Mary se aproximou rápido de César e o beijou. Não era um dos momentos mas adequados para aquilo , mas sentia que precisava naquele momento. Mary sentiu uma onda de tranquilidade passar.

- Mas c-como? – Ela perguntou depois de se afastar do rapaz.

- Depois te explico , precisamos ajudar os outros – Respondeu pegando na mão da garota  e a conduzindo em direção a cabana.

***

Expressar medo perante aquela situação seria o padrão , mas Hanna recusava-se a fazer aquilo ,muito pelo contrario ela prestava atenção aonde estava , em busca de uma saída. Alex tentava manter a calma , ele estava preocupado demais com o irmão , assim como Hanna.

Hanna franziu o cenho ao ver alguém com uma roupa clara passar não tão longe deles de mãos dadas com Mary . Eles andavam de forma rápida , em direção de onde Hanna e Alex tinham fugido.


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Notas finais do capítulo

Oi! Primeiro esse capitulo saiu uma grande e enorme defecação de cavalo u-u
...
...
...
Eu realmente nem sei o que dizer , eu odiei ter que matar esses personagens. Sim , o fim esta perto, eu não sei vocês mas eu estou com um aperto no coração :/
Minha querida vizinha vivi escutando o cd da galinha pintadinha e depois da nona vez repetindo a infortuna musica, resolvi encaixa-la. Rs. Desculpem não ter colocado todos no capitulo , mas o próximo todos que viveram vão aparecer e mais mortes aconteceram então... para o desfecho da historia.
Provavelmente a fic acabe até o final da semana. Talvez o ultimo capitulo possa fazer alguns ficarem com raiva e outros indignados , eu não sei , mas foi o que eu imaginei para a fic, e como eu prometi um capitulo bônus do Kevin e Elina , vou trocar por um extra contendo o flash black completo sobre o caso do senhor Hill. Desculpem por não ter respondido os comentários do capitulo anterior , mas vou responder , assim que tiver tempo.
Kissses :*