The Innocent Can Never Last escrita por Clarawr


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos migos lindos. Então, demorei um pouco para postar o novo capítulo, porque eu estou entrando naquela fase insana de provas/trabalhos/testes lá na minha escola e eu simplesmente não sei nada de nenhuma matéria nem não comecei a fazer nenhum dos trabalhos, sendo que todos eles são para daqui a duas semanas RSRSRS Depois disso, tenho provas, que serão igualmente estressantes. Então, já adianto que não vou postar com tanta frequência pelo menos até o fim do mês. Para compensar, vou postar dois capítulos hoje (sim, dois hue) porque não sei quando vou poder voltar aqui de novo.
Espero que gostem. ♥



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- Eu falei que iam vestir vocês de árvore. – Digo, com desgosto. – Essa maçã é de verdade? – Eu pergunto a Liz. Ela assente com a cabeça, então eu arranco uma das maçãs de sua copa e dou uma mordida. – Vamos embora. Eu quero treinar com vocês para a entrevista pela última vez. – Eles me olham sem nenhum entusiasmo. – Não me olhem com essa cara! Vocês sabem que é importante!

     Vou atrás dos outros mentores mastigando a maçã e sinto Liz e Roger atrás de mim. Chegamos rapidamente ao prédio, mas tem tantos outros tributos e vitoriosos de todos os distritos chegando que eu sou obrigada a esperar que o elevador faça duas viagens para poder ir até a sala de jantar, onde costumamos treinar. Sinto o olhar de Finnick em mim o tempo todo, mas talvez eu esteja simplesmente sendo presunçosa. Não cheguei a olhar para ele para ter certeza. Deixo que Liz e Roger irem até seus dormitórios para trocar de roupa e lavar a maquiagem que seus estilistas lhes obrigaram a usar.

     Estou completamente sozinha na sala de jantar, mergulhada em um silêncio profundo. Não é ruim. Concentro-me na total falta de som para poder esvaziar minha mente. Não pensar em nada pelo menos uma vida é bom. Aproveito o torpor do meu cérebro, concentrada apenas em mantê-lo em minha mente.

     Ouço os passos e em menos de um segundo Roger entra em meu campo de visão. Estávamos tentando com ele um estilo adoravelmente convencido, daqueles que você se irrita com a prepotência, mas não consegue tirar os olhos dele. Resumindo: todos iriam falar mal dele, mas secretamente, iam querer ser Roger. Os Patrocinadores não podiam ignorar alguém com tanta influência. Podiam?

     - Então, Roger, qual a sua principal estratégia para voltar? – Eu falo, imitando o Ceasar Flickerman.

     Ele me olha gravemente antes de responder:

     - Eu não vou voltar para casa. Se a chance de Lizzenie sobreviver depende da minha morte, eu vou morrer. Ponto final.

     Encaro-o por pelo menos cinco segundos. Passado o choque da resposta incisiva, volto à realidade:

     - Você não está pretendendo responder assim, não é?

     - Por que não? – Ele sorri daquele jeito convencido que eu mesma lhe ensinei. Parece bem convincente.

     - Porque, se é isso mesmo que você quer, a partir do momento que você exibir esses planos, os Idealizadores vão fazer de tudo para matá-la. – Eu digo, ciente que estou falando demais.

     Ele franze o cenho.

     - Como assim?

     - Eles não valorizam esse tipo de coisa. Eles querem um vencedor que tenha ganhado por conta própria. Que tenha matado com as próprias mãos, que tenha passado pelas piores coisas que a arena tem a oferecer. Só para que a gente pire bastante depois de voltar. – Eu suspiro, amargurada ao descrever o que aconteceu comigo. - Se você não só protegê-la, mas ainda assim espalhar seus planos antes dos Jogos começarem, ela já estará praticamente morta.

     - Então você está dizendo para eu largar ela por conta própria na arena? – Ele diz, o tom de voz aumentando perigosamente.

     - Claro que não. Até mesmo porque, o povo da Capital sabe que vocês são irmãos. Vão odiar você de todas as maneiras possíveis se você largá-la – Eu respondo. – Mas você vai ter de ser bem esperto para fazer o que você pretende.

     - Vou ter de esconder o que quero fazer, então? – Ele pergunta.

     - Mais ou menos. O Ceasar provavelmente vai fazer alguma pergunta sobre isso. Então, você vai ter que estar muito atento para responder sem deixar escapar demais. Você vai ter de deixar claro para o povo da Capital que você não vai largar Liz, mas ao mesmo tempo esconder dos Idealizadores que você está numa missão suicida.

     Ele me olha de um jeito que faz eu me sentir mal. Estou usando o amor dele por sua irmã num chamariz para Patrocinadores. Mas se eu não usar isso, vou usar o quê?

     - Desculpe ser tão fria. – Eu digo, olhando para baixo. – Mas se eu não fizer isso, não consigo ajudar nenhum de vocês.

     - “Nenhum de vocês.” – Ele repete. – Johanna, você não entendeu ainda? Me esquece. Acabou. Não sei nem porque você ainda fica me treinando. Você precisa trazê-la de volta, não eu.

     Odeio isso tudo. Odeio a Capital odeio os Jogos, odeio ser obrigada a passar por esse tipo de coisa. Odeio ter de escolher entre dois irmãos. Estou prestes a tacar alguma coisa na parede, para exprimir a raiva cortante que me enche por dentro, mas respiro fundo, tentando me controlar. Quando volto a mim, me sinto subitamente cansada. Muito cansada. Queria poder deitar e dormir, dormir. Só acordar quando esses tempos hediondos tiverem passado. Mas não tenho essa opção. Então preciso encarar isso tudo e fazer meu trabalho direito:

     - Eu não posso. Não consigo, Roger. Simplesmente esquecer a sua existência e me concentrar só nela. Eu sou mentora de dois tributos, não só de um.

      Ele me olha, avaliando minha resposta. Então toda aquela determinação e frieza que eu via em seus olhos desde que o vi pela primeira vez se desfazem:

     - Acho que eu entendo. Então é assim? Você volta, mas o inferno não acaba, não é? – Ele parece quase solidário.  

     - Nunca mais. – Eu concordo, para me arrepender meio segundo depois das palavras terem escapado. Estou praticamente dizendo a Roger que morrer é melhor, quando eu devia estar incentivando-o a simplesmente chegar na arena e cortar o máximo de cabeças quanto for possível. Mas acho que isso não vai fazer diferença, porque ele já está mais do que compromissado com seu sacrifício por Liz. A única diferença é que, seguindo meu exemplo, ele estaria morrendo por covardia, enquanto fazendo o que ele vai fazer ele estaria morrendo por um dos maiores atos de coragem que eu já vi na minha vida.

     Ouço um barulho que vem do corredor e sei que Liz está chegando. Não preciso nem olhar para Roger para saber que o assunto está encerrado.

     - Desculpem a demora, é que essa maquiagem mutante que passaram na minha cara parece que não sai nunca. – Ele senta ao lado do irmão e olha para ele e para mim. – Como ele está indo?

     - Muito bem. – Eu sorrio da forma mais doce que consigo. – Duvido que as pessoas não o notem.

     - Ótimo. – Ela sorri. – Então, vamos? Acho que já até decorei as perguntas, Johanna.

     - Isso é que é eficiência. – Eu sorrio para ela.

     - E eu vou dormir. Essa coisa toda de ser tributo cansa muito. – Ele sorri para Liz e consegue retorcer os lábios para mim. Acho que é o máximo de proximidade que vamos conseguir. – Boa noite.

     - Boa noite. – Eu e Liz respondemos em uníssono.

     Fico uma hora praticando com Lizzenie e só posso dizer que se nenhum Patrocinador aceitar bancá-la, eu desisto da vida. Ela é engraçada, esperta e às vezes dá umas respostas tão inteligentes e sagazes que sou obrigada a rir. Rimos juntas e falamos sobre como será seu vestido. Tranqüilizo-a dizendo que vou levar um papo com seu estilista, para que ele a vista com a roupa mais estonteante que a Capital já viu nesses 69 anos de Jogos. Até que eu percebo que já são quase uma hora da manhã e Liz precisa ir dormir.

     - Hora de criança ir para a cama. – Eu digo. – Vê se não passa a noite toda acordada rolando na cama para que a Equipe de Preparação não tenha muito trabalho para esconder suas olheiras.

     - Vou me esforçar. - Ela responde. 

 Acompanho Liz até seu quarto. Despedimos-nos e eu volto para o meu quarto, percebendo que quem vai passar a noite acordada, rolando de um lado para o outro na cama sou eu. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam da declaração de amor do Roger pela Liz? Eu confesso que amei escrever essa parte, mas quero saber de vocês como estão lidando com isso tudo hehe.
Não percam o próximo capítulo hehe.



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