Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 23
XXIII. Ainda Revertendo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, tenho uma boa notícia pra vocês. Finalmente terminei de escrever a fic. Ela terá 27 capítulos. A partir de agora, postarei duas vezes na semana. Espero que gostem do desfecho final. Beijos ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390633/chapter/23

“Depois de rodopiar algumas vezes, chegaram ao Armário Sumidouro que estava na velha saleta esquecida de Hogwarts. Antes de tomar qualquer atitude, se asseguraram de que não veriam a si mesmos – ou mais ninguém – dentro da sala, para só depois tentarem sair dali. Rapidamente, seguiram em disparada cruzando o cômodo em direção à porta. Pouco antes de chegarem lá, Hermione pausou. Estranhando aquilo tudo, Draco segurou-a pela mão e puxou-a sem olhar para trás.

– Venha! Não temos tempo para parar agora – ele disse.

– Espera – ela se soltou dele, virando-se para trás.

Forçado a parar pela menina, Malfoy também se virou cento e oitenta graus e observou o que ela estava fazendo, ainda que estivesse muito contrariado e aborrecido com aquilo.

– Eu preciso fazer uma coisa antes de irmos – ela sacou sua varinha e apontou para frente.

– Pode se apressar? Nossos namorados estão correndo risco de vida – respondeu o sonserino impaciente.

Possivelmente o garoto nem percebeu, mas acabara de dar um fora e tanto. Hermione sentiu um frio atravessar sua espinha quando ouviu “nossos namorados”. Ela nunca imaginou naquela possibilidade, mas seu coração pulsava com mais força cada vez que se imaginava acolhida nos braços de Ronald. Ela respirou fundo, procurando abrir sua mente e se concentrar na tarefa atual. Caso se demorasse demais ali, não haveria qualquer possibilidade de um futuro com o ruivo que tanto gostava. Ela apontou a varinha para o armário e conjurou.

– Colloportus! – exclamou, vendo a porta do armário se fechar abruptamente e um barulho de tranca foi ouvido – isso é para que ninguém tente abrir essa porta. E agora, só por garantia... Bombarda Maxima! - e um estrondo foi ouvido, logo em seguida pedaços de madeira foram espalhados por todo o cômodo, permanecendo apenas a base do móvel um pouco intacta.

– Bem pensado – elogiou Draco – mas agora precisamos achar o Dino.

Hermione assentiu e os dois saíram dali. Após alguns passos na grande escadaria, se deram conta de que não faziam a mínima ideia de onde começar a procurar pelo garoto. O castelo era enorme e eles eram apenas dois. Seria uma tarefa árdua e praticamente impossível acha-lo a tempo de evitar que uma desgraça já premeditada acontecesse.

– Tive uma ideia – comentou Hermione.

Draco apenas sinalizou com a cabeça para que ela falasse. Os dois já estavam no primeiro andar.

– Vamos ao dormitório do Harry, pode ser que o pacote já esteja lá – sugeriu.

– Ótima ideia, mas eu não posso ajudar – ele apontou para a gravata verde e prateada que usava, fazendo uma careta de descontentamento.

– Hm – murmurou a menina – verdade. Você procura ele pelo Grande Salão, pelos jardins, pelo viaduto de entrada e pelo pátio principal. Depois me viro e encontro você.

Draco apenas assentiu e já ia partir, quando foi segurado pela garota.

– Aja normalmente, só fale com alguém o que for estritamente necessário. E, principalmente, não seja visto no mesmo local que você mesmo.

Ele olhou para o seu relógio.

– Provavelmente, agora estou na sala comunal da sonserina, me preparando para ver o Harry mais tarde.

A garota apenas concordou e soltou o braço do loiro, deixando que ele iniciasse sua busca pelo outro grifinório. Subindo as escadas, encontrou Gina, que descia tranquilamente as escadas com Luna Lovegood.

– Hermione, você parece nervosa – comentou Luna.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou a ruiva.

– Sim, quer dizer, não... ainda não, mas sim – Granger se perdeu em suas próprias palavras.

As outras duas meninas franziram o cenho e aparentavam estar confusas com as palavras de Hermione. O que, de fato, não era surpresa, pois ela não soube explicar o que estava acontecendo – e mesmo que soubesse, não poderia.

– Deixem para lá – disse, suspirando – vocês viram Ron ou Dino? – olhou especificamente para a Weasley.

– O Dino não – tentou demonstrar algum descaso – mas o Ron está sentado na frente da lareira.

– Obrigada! – agradeceu, subindo as escadas no ritmo apressado de antes. As outras duas meninas continuaram confusas, mas deram de ombros e voltaram a seguir o caminho que já traçavam.

xXx

Malfoy desceu as escadas principais do castelo com uma pressa sem igual. Esbarrou em algumas pessoas, mas não se deteve por isso e continuou a seguir o seu caminho. Parou na frente da entrada principal do castelo, mas lembrou que à suas costas, estava o Grande Salão, um local onde Dino também poderia estar.

Sem qualquer cerimônia, entrou no imenso cômodo vermelho de tão cansado, mas a euforia por encontrar Dino era tão grande, que mal se deu conta de que o suor lhe cobria o rosto. Parou na frente da porta e, com o olhar, buscava o outro grifinório... até que viu Potter sentado na mesa da Grifinória. Abaixou a cabeça e procurou virar-se de costas, mas já era tarde demais. Seu namorado já o havia visto e não tinha mais nada que pudesse fazer, pois o mesmo já havia se levantado e corria em sua direção. Ele tentou andar e fingir que não o tinha visto, mas Harry gritou-o de longe.

– Ei, Draco! – anunciou o menino, correndo em sua direção.

Depois de engolir a seco e soltar um logo suspiro, Draco lentamente virou-se de costas e procurou usar o melhor sorriso que encontrara em sua coleção pessoal de máscaras. Sabia que enganar Potter seria uma das coisas mais difíceis de se fazer.

– Olá – respondeu, tentando parecer tranquilo.

– Estranho – comentou Potter, analisando-o de cima a baixo.

Draco apenas aparentou não saber do que ele estava falando.

– Você – continuou.

– Eu...?

– Disse para mim que iria dormir até a hora de nos vermos mais tarde. Daí você me aparece aqui, todo vermelho e suado...

– Mudei de ideia – contestou, tentando parecer indiferente – quis me exercitar um pouco. Não posso? Quero manter a forma.

Harry deu de ombros e levantou as mãos em sinal de defensiva.

– A propósito – iniciou, tentando manter a postura e a cara de paisagem – você viu Dino Thomas?

– O que você quer com ele? – Harry parecia mais desconfiado.

– Ahn – gaguejou – encontrei Hermione no caminho e ela me disse que precisa falar com ele. Pelo tom que ela usou, acredito que tenha a ver com alguma disciplina.

Harry relaxou.

– Bom, o vi há algumas horas, para falar a verdade. Talvez agora ele esteja lá fora com o Simas.

– Obrigado!

Por um momento, Draco pensou em agradecer seu namorado com um discreto selinho, mas percebeu que estavam bem no meio do salão e seria impossível que ninguém percebesse aquilo. Deteve à apenas tocar o ombro do outro e sair dali em disparada. Potter não entendeu nada, mas estava com a cabeça tão cheia de coisas que preferiu relevar.

xXx

Chegando na sala comunal da grifinória, Hermione percebeu Ron deitado em um dos sofás na frente da lareira. Ele parecia ler algum livro de uma disciplina qualquer, com a expressão demonstrando todo e maior tédio. Num primeiro momento, ela quis abraça-lo e sentir sua respiração consigo, mas precisava se conter, pois, ainda que ele não tivesse sido envenenado, isso poderia acontecer a qualquer hora.

– Ron – o nome saiu com mais ênfase do que deveria.

– Oi, Hermione – respondeu o garoto, tirando os olhos do livro.

– Você pode me fazer um favor? – perguntou, tentando ser o mais educada possível.

Ele olhou desconfiado para ela e fechou o livro, sentando no sofá.

– Não sei, não – ele se levantou – tente me pedir.

Ela respirou fundo, fechou os olhos, contou até cinco e os abriu, deixando a mostra um sorriso simpático.

– Acho que estão tentando pregar uma peça no Harry – prosseguiu – você pode ir ver se deixaram alguma coisa na cama dele? E, por favor, se deixaram, não coloque nada na sua boca.

Ele demorou alguns segundos analisando a expressão da garota, até que assentiu e decidiu ir.

– Tudo bem – ele fez sinal para que ela esperasse.

Ele subiu até o dormitório e ela ficou na beira da escada, impaciente. Roía as unhas com uma voracidade assustadora. Após longos dois minutos, o ruivo desceu com as mãos vazias.

– Nada – ele disse, balançando as mãos – ninguém deixou nada lá.

– Que bom! Acho que era apenas fofoca – ela deu de ombros – mas caso isso aconteça, é importante que não coma nada e me avise se isso acontecer.

Ele franziu o cenho e, desconfiado, assentiu. Novamente, abriu o livro e parecia tentar retomar a leitura.

Perfeito. O veneno ainda não tinha sido colocado lá, mas era preciso encontrar Dino Thomas, antes que ele desse um outro jeito de entregar o pacote a Harry, que por sua vez, ainda não sabia o risco que estava correndo.

Hermione desceu correndo até os jardins da escola, quando bateu de frente com Draco na porta principal de saída, pois o garoto vinha na direção oposta.

– E então? – perguntou o menino.

– Ele ainda não realizou a entrega – ela respondeu – mas precisamos acha-lo antes que o faça.

De repente, como se nada estivesse acontecendo, Dino passou pelos dois, carregando um pacote avermelhado embaixo dos braços. Conversava com Simas como se não estivesse sob efeito de qualquer encantamento.

– Dino? – perguntou Hermione. O garoto apenas parou e cumprimentou-a.

– Olá, Hermione – respondeu.

– O que tem aí? – perguntou Draco, sem qualquer delonga.

– Boa tarde para você também, Malfoy – alfinetou o garoto.

– Ele quis dizer – corrigiu Hermione, sem graça e nervosa – vai presentear alguma garota? – ela deu um sorriso amarelado.

– Desculpem, mas isso é coisa min – e então foi interrompido.

– Simas – disse Draco – esqueci de avisar-lhe que Harry está te procurando. Pediu que vá até o Grande Salão.

O garoto acenou com a cabeça e saiu dali. Aproveitando aquilo tudo, Hermione discretamente sacou a varinha.

– Finite incantatem!

Dino pareceu acordar de um transe e olhou para o pacote em suas mãos.

– O que é isso? – ele abriu o pacote e viu uma carta para Harry.

– Deixe comigo – Hermione pegou o pacote de suas mãos – você estava me pedindo para levar isso ao Harry. Obrigada – ela sorriu.

Ele pareceu não entender muito, mas aparentou não ligar. Sorriu, deu de ombros e saiu dali.

Hermione abriu o pacote e era a mesma caixa de bombons que envenenara Harry. O bilhete também era idêntico. Não havia dúvidas que conseguiram impedir que aquela tragédia ocorresse. Juntos, voltaram à sala do armário e incendiaram todos os bombons. Se juntaram no centro da sala e decidiram voltar ao tempo presente.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Assim que terminar de postar tudo, vou corrigir os erros de digitação de TODOS os capítulos e também mudarei os nomes da versão traduzida, para a versão original (ex.: Belatriz - Bellatrix))
Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oblivion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.