Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 24
XXIV. Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai um capítulo grande pra vocês e, como muitos pediram, decidi fazer o primeiro e único lemon da fic. Esse capítulo é praticamente só isso. :P Espero que gostem. Boa leitura!



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O plano de Draco e Hermione, apesar de simples, havia sido executado com maestria. Os dois atingiram sua meta de conseguir impedir o incidente com Ronald Weasley sem que nenhuma outra alteração significativa acontecesse. Ainda que tenham sido vistos por alguns de seus colegas, eles jamais imaginariam o que estava ocorrendo, pelo simples fato de não terem encontrado dois Dracos e duas Hermiones ao mesmo tempo. Harry, por sua vez, não se lembrava de absolutamente nada. Nem de seu encontro inesperado com Severo na mansão dos Malfoy, muito menos de ele – ou o próprio Harry - ter matado Narcisa Malfoy. Isso sim foi o grande feito do sonserino e da grifinória. Evitaram duas mortes – porque Ron, evidentemente, também poderia acabar morto – e, consequentemente, evitaram com que transtornos maiores, como a situação desagradável para Harry explicar que tivera que matar – ou ser cúmplice – da morte da própria sogra.

Os dias se passaram e as coisas pareciam estar se readequando. Apesar de que Voldemort ainda estava à solta e seus comensais também, no castelo, as coisas pareciam estar normais. O relacionamento de Draco e Harry retomara o fogo intenso e a paixão que lhes pertencia desde o seu início. Em seu tempo livre, os dois retomaram seus encontros noturnos na Sala Precisa e, vez ou outra, também se arriscavam em fazer piqueniques às margens do lago negro ou um passeio diurno pela Floresta Proibida. Era como se os dois soubessem que nada podiam fazer para derrubar o lorde das trevas e procuravam aproveitar da melhor maneira possível os momentos de paz que ainda lhes restavam.

Hermione e Ron também pareciam um pouco mais próximos. Depois de praticamente assistir à morte do – até então – amigo, se deu conta de que seus sentimentos por ele eram maiores do que imaginava. Por isso, procurou se aproximar dele para ter certeza de que poderia estar nutrindo um sentimento que ela jamais imaginou poder sentir pelo garoto.

Certo dia, Harry caminhava pelos corredores da escola, voltando de uma aula de Estudo dos Trouxas. Ele decidiu fazer aquela matéria opcional para ocupar sua mente com algo produtivo, ainda que, como havia sido criado pela família Dursley, já dominava a maior parte do conteúdo lecionado pela professora. Draco o acompanhava em sua caminhada. Os dois pretendiam tomar um pouco de sol e conversar no pátio de transfiguração, quando foram surpreendidos por Minerva no meio do corredor.

– Bom dia, Potter – ela cumprimentou, com sua irreverente elegância.

– Bom dia, professora McGonagall – lhe respondeu, parando em sua frente.

Minerva percebeu a presença de Draco ao lado do outro garoto.

– Senhor Malfoy – falou, reverenciando-o apenas com o movimento da cabeça.

– Professora McGonagall – respondeu Draco, correspondendo o movimento da senhora.

– Tenho um recado para dar-lhe – iniciou seu discurso, tornando a cabeça e o olhar na direção do grifinório – o professor Dumbledore disse que gostaria de vê-lo em seu gabinete o mais rápido possível – completou sem deixar que o menino respondesse antes.

– Ahn, brilhante – comentou – ele disse que do se tratava?

Minerva se atreveu a soltar um pequeno sorriso debochado, como se já estivesse cansada de ouvir aquela mesma pergunta.

– Oh, Potter – ela recuperou o fôlego – você não aprendeu até hoje o método de Dumbledore? – arfou – ele nunca diz do que se trata, até que você chegue lá e fale com ele – ela deu de ombros e se virou de costas, deixando os dois garotos parados no meio do corredor de sua sala.

Harry permitiu-se também dar uma pequena gargalhada e virou-se na direção oposta da qual seguia, puxando Draco pela manga de sua capa.

– É mesmo, parece que eu não conheço o diretor dessa escola.

xXx

Chegando na porta da sala do diretor, Harry pediu para Draco que o esperasse por alguns minutos do lado de fora. Imaginou que Dumbledore teria algo novo sobre Voldemort para anunciar e que, logo em seguida, voltaria ao encontro do loiro. Draco, apesar de um pouco descontente com aquilo, respeitou o pedido do namorado e deixou que ele entrasse no escritório sozinho.

– Me chamou, professor? – perguntou Harry com a intuição de se anunciar.

– Por favor, sente-se – disse Dumbledore diretamente, apontando para a cadeira à sua frente.

Harry fechou a porta detrás de si, assentiu e logo se sentou na cadeira.

– Harry, não há tempo para confeitar muito sobre esse assunto – iniciou – mas descobri algumas coisas sobre Voldemort.

Potter não se atreveu em fazer qualquer comentário, apenas assentiu novamente e esperou que o mais velho prosseguisse com aquilo.

– Eu descobri que Voldemort tem apenas três Horcruxes, contando com aquele anel que vimos na vez em que estivemos na casa – ele acenou para a mão como se ilustrasse o objeto – e, soube por fontes seguras, que todas estarão no esconderijo dele amanhã. Ele pretende transferi-las para algum lugar e somente lá haverá o portal. – Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro – a julgar pela sagacidade desse bruxo, me arrisco em dizer que ele as colocará em lugares diferentes e que, se já temos problemas para encontra-las agora, não quero nem pensar no quão árdua será a tarefa de praticamente começar do zero.

Ainda que inseguro daquilo, Harry imaginou aonde aquela conversa iria chegar. Provavelmente, Alvo estaria sugerindo que invadissem mais um dos esconderijos de Voldemort. Mas, como ele poderia saber de tanta coisa sem ter ido lá? Será que havia alguém dentro daquele grupo de Comensais que o estaria mantendo informado sobre tudo? Pouco provável. Pouco provável para qualquer pessoa, menos para aquele mago. Preferiu deixar aqueles pensamentos secundários de lado e se focar na mensagem que o velho tentava emitir.

– Então você sugere que o ataquemos mais uma vez? – questionou de maneira suave.

Dumbledore fixou seu olhar no garoto por alguns breves segundos.

– Sim – respondeu. – Não era exatamente a ideia que eu tinha em mente, mas não podemos deixar essa oportunidade falhar.

– Professor, gostaria de lhe fazer uma pergunta – arriscou o menino.

– Fique à vontade – falou o mais velho, sinalizando com a mão.

– O senhor tem algum contato nos comensais?

O senhor congelou no lugar onde estava por um momento. Depois de parecer tentar ganhar algum tempo antes de responder, prosseguiu.

– Não acho que seja uma pergunta adequada. Tente alguma outra.

Apesar de não ser de uma maneira convencional, Alvo havia respondido à pergunta de Harry da maneira mais direta possível naquele momento. Harry entendeu a posição do diretor, assim como sua resposta, e arriscou mais uma vez.

– Bom – ele pareceu limpar a garganta – o senhor sabe ao menos aonde ele está escondido dessa vez?

– Certamente – ele se aproximou do jovem, puxando sua cadeira – agora comunique a senhorita Granger e o senhor Weasley. Eles serão os únicos que irão conosco dessa vez. Assim que tomarem seu café da manhã, quero os três na minha sala.

Harry concordou com aquilo e, sem tentar questionar mais nada, saiu dali. Estava um pouco inconformado pela falta de informações que tinha, mas saberia que de uma forma de outra, acabaria sabendo de tudo que Dumbledore não poderia responder naquela hora.

“É mesmo, parece que eu não conheço o diretor dessa escola.” Riu consigo ao se ouvir repetindo aquelas palavras no corredor de transfiguração.

Harry saiu da sala do diretor e passou sua mão pela de Draco. Guiou-o pelo corredor vazio sem falar absolutamente nada. O loiro não entendeu muito bem o que estava acontecendo, mas ainda que contrariado, seguiu-o. É claro que não deixou de reclamar.

– Potter... o que está fazendo? – ralhou, enquanto tentava desvencilhar seu braço do outro garoto.

– Você já vai saber – respondeu o moreno, enquanto continuava a caminhar e puxar o outro pelo pulso.

– Seu grosseiro – disse num tom mais alto – você vai deixar meu braço marcado!

Harry apenas riu e ignorou o comentário de seu namorado. Apesar do alerta do mesmo, não relaxou nem um pouco seus dedos da pele do outro e permaneceu a praticamente arrastá-lo por Hogwarts.

– Harry – tentou novamente – o que vão dizer de você me arrastando por aí?! Vão pensar que sou seu bichinho e...

– Quieto! – insistiu Harry, interrompendo o outro.

Draco se calou e desistiu de tentar impor qualquer vontade ao outro. Ele estava irredutível e isso começou a preocupa-lo um pouco. Talvez ele precisasse lhe contar alguma coisa importante que Dumbledore tenha lhe dito, ou ele apenas estava ficando louco. Os dois chegaram à frente da sala precisa e poucos segundos depois, os dois já estavam dentro da mesma, que havia uma cama coberta com lençóis de seda em tons de azul turquesa e azul bebê. Acima dela, havia apenas um candelabro pendurado com várias velas iluminando o local, pois todas as janelas haviam sido subtraídas. Um pouco mais à frente, havia uma lareira que crepitava uma chama não muito forte.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou Draco, conseguindo finalmente se soltar do namorado.

– Eu senti uma necessidade enorme de ficar com você agora – disse Harry, olhando-o nos olhos e parado em sua frente.

– E não poderia simplesmente me pedir para te acompanhar até aqui? – perguntou mais uma vez, virando os olhos e cruzando os braços.

– Eu prefiro sempre o jeito mais difícil – retrucou, abraçando-o e dando beijos pelo seu pescoço.

– Você poderia ter arrancado meu braço – sibilou, passando uma das mãos pelo pulso aparentemente machucado pelo outro.

Harry não falou nada. Simplesmente se soltou do abraço e pegou o pulso direito do sonserino, puxando a manga um pouco para cima e visualizando algumas marcas vermelhas de seus dedos. Ele sabia que não o puxara com força o suficiente para deixar algum hematoma, mas a pele excessivamente alva do outro era sensível demais e sempre ficava marcada com o menor de seus toques. Sensibilizado pelas marcas que vira, guiou o pulso do outro garoto até seus lábios e distribuiu vários beijos por toda a região aparentemente lesionada.

Após dar uma série de beijos carinhosos e demorados em cada ponto daquela parte do corpo de seu amado, ele o olhou nos olhos novamente.

– Você me desculpa? – disse Harry, ajoelhando-se na frente dele.

– Vamos, não seja dramático – replicou Draco, desviando o olhar daquela cena – não vou fazer parte disso.

Harry abriu um sorriso sincero e segurou o outro pela mão, ainda mantendo-se de joelhos na frente do outro garoto.

– Você me desculpa por ter sido um brutamontes e ter te trazido para cá desse jeito?

Draco olhou para o outro e soube naquele instante que não conseguiria manter aquela pose por muito mais tempo. Aquelas duas esmeraldas que agora pareciam fixadas em sua direção o deixavam completamente hipnotizado por sua beleza. Harry tinha um charme que era impossível de resistir – pelo menos para ele.

– Tudo bem – disse, suspirando – com o tanto que você levante daí.

Potter deu uma gargalhada gostosa e se levantou, segurando imediatamente o outro pela cintura e o trazendo para mais perto de si. Selou-lhe os lábios com os seus próprios e encostou suas testas e narizes. Era possível que cada um sentisse a respiração do outro.

– Eu te amo, Malfoy – sussurrou baixinho.

– Eu também te amo, Potter – correspondeu, entre um risinho e outro.

E essa foi a deixa para que seus lábios se encontrassem uma vez mais e um beijo voraz se iniciasse. Harry pressionou o corpo do outro contra a parede, deixando sua coxa entre as pernas do sonserino, que pressionava seu quadril contra a mesma, demonstrando que começava a se excitar com aquele momento. Potter posicionou uma das mãos na nuca de Draco e desceu a outra até seu quadril, deixando-a escorregar para seu bumbum. Ali ele se demorou, enquanto acariciava e apertava a protuberância do namorado.

O beijo dos dois era intenso. Fazia algum tempo que não tinham aquele tipo de contato e tudo o que sentiam um pelo outro, estava vindo à tona naquele momento. Devido às circunstâncias anteriores, não estavam tendo cabeça para se deixarem levar pelos desejos da carne. Pelos desejos de terem um ao outro. Pelos desejos de serem um só. Draco não podia mais conter o impulso de entregar-se totalmente ao outro, como costumava fazer. Já fazia muito tempo que aquele desejo era reprimido e agora ele confiava o suficiente no outro para deixa-lo explorar cada centímetro de seu corpo sem qualquer restrição.

O moreno puxou o loiro pelo quadril e, lentamente, guiou-o para a cama no centro do cômodo sem interromper o beijo. Começaram a despirem-se*, inicialmente pelas capas e longo em seguida pelos suéteres e blusas. Ambos já conheciam aquela região do corpo da outra e precisavam de mais. Só aquilo não era mais suficiente. Então Harry arriscou deslizar a mão até o cós da calça do namorado, enquanto distribuía beijos pelo pescoço do garoto que murmurava ofegantemente com cada beijo e mordida que lhe era direcionada. Observando que não tivera qualquer resistência da parte do outro, abriu-lhe a peça de roupa e tirou-a, fazendo o mesmo com a sua. Agora os dois estavam seminus e sentiam o calor do outro.

– Harry – fraquejou com a voz – eu preciso sentir você.

Ao ouvir cada palavra proferida pelo outro, Potter retirou a peça intimida de roupa de Draco juntamente com a sua, o que revelou dois membros extremamente enrijecidos e pulsantes pelo desejo que sentiam um pelo outro. Encaixando-se entre as pernas do sonserino, por cima dele, Potter começou a introduzir-se dentro do namorado. Draco não continha alguns gemidos abafados numa mistura de dor e prazer. Cada pequeno centímetro dentro de si, parecia preencher-lhe de uma maneira quase que incomum. Não demorou muito até que o moreno estivesse completamente dentro do outro e ambos movimentavam-se em sincronia, pois naquele momento, já eram um só. Ambos já estavam entorpecidos pelo êxtase de estarem completamente entregues um ao outro... mais um pouco e aquela fusão estaria completamente selada.

Mais uma, duas, três estocadas. Foi o suficiente para que Potter jorrasse dentro de Malfoy. Ao sentir o fluído quente do outro dentro de si, o loiro não se conteve e também chegou ao ápice sexual sentindo a mão do outro acariciar-lhe o membro. Os dois gemeram alto, mas não o suficiente para que sua presença fosse percebida por alguém. Por fim, caíram um ao lado do outro e deitaram-se, olhando para o teto. O sorriso em ambos os rostos denunciava o que acabara de ocorrer: consumaram aquele amor que há tanto tempo estava sendo cultivado.

– Enfim nossa primeira vez – comentou Harry, deitando-se de lado e fitando os olhos tímidos do outro.

Draco corou imediatamente. Ele encarou o outro e apenas assentiu. Estava tímido demais para projetar qualquer palavra que fosse. Harry apenas o acolheu em seu peito e acariciou seus sedosos fios de cabelo loiro.


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Notas finais do capítulo

* Não soube se o correto era “começaram a despir-se” ou “... despirem-se”.

Não sou bom em escrever lemon, espero que tenham gostado. e.e Comentem a opinião de vocês pra eu saber se mandei bem ou não, hehe.



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