Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 15
XV - Um passo importante


Notas iniciais do capítulo

Podem me xingar, podem me bater, podem fazer o que quiserem porque eu mereço. Peço perdão por ter demorado todo esse tempo para postar o capítulo, mas eu tive um bloqueio terrível que não me permitia dar continuidade à história de forma alguma. Fico feliz porque ainda existem pessoas que, de certa forma, ainda acompanham a história e isso realmente me deixa muito, muito feliz. Creio que dessa vez a história seguirá direto até o fim, sem qualquer outro hiato em seu desenvolvimento. Obrigado a todos que continuaram acompanhando a fic e não desistiram de esperar pela continuação da mesma!

Uma boa leitura!



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Após o fim do período das aulas daquele dia, Harry decidiu se sentar à beira do lago negro para pensar um pouco sobre a vida e sobre o rumo que as coisas estavam tomando. Ele definitivamente não tinha ideia sobre o que fazer em relação à Voldemort ou, até mesmo, sobre o seu relacionamento com Draco. Estava tudo complicado demais.

A situação não estava tão diferente assim para Draco. Ele subiu na torre de astronomia como sempre costumou fazer e sentou-se no chão para observar o pôr-do-sol e pensar em tudo o que estava ocorrendo consigo. Ele sentia uma imensa vontade de poder voltar para casa e ter o aconchego de sua mãe, mas sabia que aquilo seria perigoso demais tanto para ele, quanto para sua família. Fora isso, sentia que por mais que se esforçasse, não conseguiria jamais segurar a barra que o seu relacionamento com Harry estava passando. Ele o amava e sabia que a recíproca era verdadeira, mas fatores externos estavam afetando diretamente aquele namoro. As fofocas. As intrigas. O perigo iminente que aquele amor causava era demais.

xXx

Durante a noite, Hermione ficara na biblioteca estudando alguns assuntos de Adivinhação que não conseguia entender de jeito nenhum. Talvez por ter pouco interesse por aquela matéria, ela sentia um enorme bloqueio com todo o conteúdo apresentado pela professora Trelawney. Fora isso, aquilo a ajudava a se distrair um pouco sobre toda aquela confusão que estava ocorrendo.

Foi quando, de repente, escutou um barulho parecido com um pequeno estrondo vindo da seção reservada. Era de noite e ela estava aparentemente sozinha na biblioteca. Ignorou, pois imaginou que pudesse ser Pirraça ou qualquer outra fantasma perambulando por ali. Até que o barulho se repetiu. Ela virou seus olhos para as prateleiras velhas e empoeiradas, quando viu uma sombra se mover em sua direção. Automaticamente, empunhou sua varinha e apontou para lá.

– Quem está aí? – gritou, visivelmente assustada.

Alguns livros foram derrubados quando Dobby se jogou de cima a estante mais alta e caiu bem perto da menina, no chão.

– Dobby! Você quase me matou de susto!

– Desculpe, senhorita Granger! Não foi a intenção de Dobby assustar ninguém. Dobby precisava falar com a senhorita Granger em particular e não encontrou oportunidade melhor para fazer isso – disse Dobby, se levantando e limpando a poeira que marcara suas vestes já bem surradas.

Hermione guardou sua varinha e se sentou, dando um grande suspiro de alívio.

– O que é, Dobby? – perguntou a menina.

– Dobby acha a senhorita Granger muito inteligente e prudente – iniciou o pequeno elfo.

Hermione apenas assentiu com um sorriso no rosto, lisonjeada pelos elogios proferidos por ele.

– Obrigado, Dobby. Mas não acredito que tenha vindo aqui somente para me elogiar – ela comentou com expressão de desconfiança.

– Sim, sim – ele olhou para os dois lados – a senhorita precisa ajudar Harry Potter.

Maravilha. Dobby sabia de mais alguma coisa que ninguém sabia naquele castelo. Mais um problema envolvendo Harry. Tudo o que todos precisavam naquele momento. Obrigado, destino!

– Como assim? Você sabe de alguma coisa? – indagou novamente, segurando-o pelos braços.

Dobby olhou para as mãos da menina, que se constrangeu e o soltou. Ele se ajeitou no banco à frente dela e prosseguiu:

– Hoje cedo, Dobby estava apenas dando uma volta pelo beco diagonal quando ouviu a bruxa de mecha branca dizer que viria pessoalmente à Hogwarts envenenar o garoto.

“Bruxa da mecha branca, bruxa da mecha branca...” pensou Hermione consigo mesma. “Narcisa! Só pode ser!”

– Dobby, você já trabalhou na casa dela! Por que não me disse logo seu nome? – Hermione parecia um pouco exaltada. Ela não estava com paciência para rodeios.

– Dobby se recusa a pronunciar o nome de qualquer carrasco daquela família – Dobby se afastou.

– Tudo bem – arfou Hermione – ouviu mais alguma coisa?

– Ela disse que sabe que Potter enfeitiçou seu filho para que ele trabalhasse contra Você-Sabe-Quem – sussurrou a última palavra da frase emitida por ele.

– Então quer dizer que ela acha que Draco está sendo forçado a ficar do nosso lado? – ela riu, parecia algo hilário naquele momento.

– E não está? – Dobby parecia curioso.

– É uma longa história, Dobby. Mas não, não está – ela continuava a sorrir e passou a mão pela cabeça do pequeno elfo.

– Dobby precisa ir. Dobby vai ver se consegue mais informações sobre o outro lado. Dobby espera ter ajudado a Ordem com essa dica. Não deixe que nada de ruim aconteça com Potter.

– Só mais uma coisa, Dobby: por que escolheu justamente a mim para dizer isso?

– Quando Dobby tenta ajudar Harry Potter, Harry Potter costuma ficar bravo com ele. E Dobby prometeu que nunca mais tentaria ajudar Harry Potter, então Dobby está ajudando a senhorita Granger a ajudar Harry Potter. Entende?

Hermione deu outra gargalhada. A lógica de Dobby era torta, mas não era falha. Definitivamente aquele elfo, mesmo que por meios pouco convencionais, só queria ajudar. Dobby correspondeu o sorriso da menina e desaparatou dali.

xXx

No dia seguinte, depois da aula de Transfiguração, Hermione puxou Draco rapidamente para dentro de um armário no corredor da sala de McGonagall.

– Draco, preciso te contar uma coisa – ela deu uma conferida para ter certeza de que ninguém os vira entrando ali antes de fechar a porta.

– O que é? – ele parecia assustado – Sabe de alguma coisa que estão aprontando do lado de lá?

– Mais ou menos – ela respirou fundo – você não vai ficar muito contente em saber.

– Desembucha!

– Sua mãe está vindo para Hogwarts para tentar envenenar Harry – ela fechou os olhos e esperou que os gritos de Malfoy começassem.

– Como assim?! Como soube disso? Como ela pode...? – ele havia ficado vermelho em apenas um segundo - Espera, como soube disso?

– Um conhecido – Granger pausou – me disse que ouviu ela dizer que acha que você está enfeitiçado para ficar do nosso lado. Ela quer envenenar Harry porque acha que ele é o culpado de tudo.

– Eu preciso impedir isso – ele já seguia em direção à porta, quando Hermione o segurou pela manga da capa.

– Calma aí! Isso não é tudo – exclamou a menina.

– Então termine! – ele já estava impaciente por conta da preocupação de saber que seu amado poderia ser envenenado a qualquer momento.

Ela retirou uma espécie de colar do pescoço. Era o vira-tempo. Objeto completamente desconhecido para Draco, até então. Ele olhou para o objeto e tentava entender do que se tratava. Ela o colocou na palma da mão e aproximou-a do sonserino.

– Do que se trata isso? – perguntou, franzindo o cenho.

– Isso é um vira-tempo. Eu já usei ele para – ela pausou - não importa – terminou com um suspiro – ele permite que você volte a qualquer hora ou qualquer dia que quiser.

Draco ficou atônito. Como aquilo era possível?

– E por que não usamos isso antes?! – ele parecia intrigado sobre a veracidade daquilo.

– Porque mexer com o tempo não é algo simples. Coisas horríveis aconteceram com bruxos que mexeram com o tempo. Dumbledore já havia dito isso à mim.

– E por que está me mostrando isso agora? – ele já parecia desesperançoso.

– Porque acho que estamos numa situação de emergência e devemos utiliza-lo.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, de verdade, não custa nada deixar apenas um pequeno comentário depois de ler o capítulo. Em parte, um dos meus motivos para ficar desestimulado com a história é o fato de que vocês não comentam os capítulos, então tenho um pouco a sensação de estar escrevendo para as paredes. Sábado o próximo capítulo será postado. Obrigado a quem está lendo a fic e, principalmente, a quem comenta.

Até o próximo capítulo!



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