Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 16
XVI - Lugar errado na hora errada


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei muito pra postar esse, né? :) Quero terminar logo antes que minha criatividade fuja de novo! Hahaha

Boa leitura!



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Após aquele momento no armário do corredor do Hermione, Draco se encontrou com a menina naquele mesmo dia durante a noite, para discutirem sobre o que fariam e para que ela lhe dissesse como usar o aparato. Draco insistiu que fizesse tudo sozinho, mas ela foi irredutível ao negar aquilo. Depois de contar-lhe todos os riscos e adverti-lo sobre tudo o que poderia acontecer caso ele fosse visto ou qualquer coisa parecida com isso, ele finalmente cedeu e ambos concordaram em fazer aquilo juntos. Eles só precisavam decidir quando fazer aquilo e em que época voltariam, o que não era uma tarefa fácil. Não poderiam arriscar mexer no momento errado e causar um estrago maior. Ficar indo e voltando no tempo até conseguirem um resultado desejável estava completamente fora de cogitação, pois o risco de abrirem qualquer fenda no tempo ou de só piorarem tudo cada vez mais, ficaria maior a cada vez que mexessem demais naquilo.

Levando tudo isso em consideração, os dois decidiram esperar mais um ou dois dias antes de fazerem qualquer coisa. Precisavam ter plena certeza do que fariam, pois não haveria volta. Se, de fato fossem mexer com o tempo, suas ações mudariam a vida de todo mundo e, caso escolhessem o momento errado, vidas poderiam ser literalmente perdidas. Inclusive as deles mesmos.

xXx

Naquela mesma noite, Draco e Harry foram se encontrar na sala precisa como faziam desde o começo de seu relacionamento. Dessa vez, Malfoy havia convocado o outro para repassar-lhe a notícia de que sua mãe estaria tentando envenena-lo. Hermione disse por várias vezes que poderia faze-lo, mas o loiro achava que por ser sua mãe, aquilo tudo era culpa dele e ele deveria ser o mentor da notícia.

Quando Harry chegou, Draco já estava dentro da sala. A sala estava completamente vazia, com apenas uma lareira na parede em frente à porta. Malfoy estava na frente dela, esquentando suas mãos. Fazia frio naquela noite.

Ao ouvir o barulho da porta, o sonserino se virou e viu seu amado parado bem ali. Um pequeno sorriso de canto se formou em seus lábios. A emoção de o ver depois de algum tempo sem contato era uma coisa que nunca mudara. Por mais que seu relacionamento estivesse um pouco abalado, o sentimento não parecia diminuir um pouco sequer. O mesmo sorriso apareceu nos lábios rosados do moreno. Os dois seguiram um em direção ao outro e se abraçaram com força. Fazia algum tempo que não se curtiam daquela maneira.

– Estava com saudades – sibilou Harry.

– Eu também – correspondeu o outro.

– Pelo tom que você falou comigo mais cedo, não foi só por isso que me chamou aqui – continuou.

– Não – respondeu Draco, enquanto se soltava do abraço – preciso te contar uma coisa séria.

Harry não disse nada, apenas manteve as mãos na cintura do outro e o encarou com a expressão preocupada, mas leve. Era como se pedisse para que ele prosseguisse.

– Então – Draco pigarreou – fiquei sabendo que minha mãe está achando que fui enfeitiçado para ajudar vocês.

– Não me surpreende – ele deu de ombros.

– Acontece que ela está procurando uma maneira de te envenenar para se vingar – prosseguiu com um certo remorso no fundo de seus olhos.

Harry parecia surpreso.

– E como soube disso? Achei que não ia mais em casa...

– E não vou – interrompeu o grifinório – fiquei sabendo por outra pessoa.

– Quem? – a expressão de Harry era de um pouco de desconfiança.

– Não importa – ele desviou o olhar – só queria te pedir para não beber ou comer nada estranho. E não fique longe de copos ou qualquer coisa que esteja bebendo ou comendo. Não sei se alguém no castelo irá ajuda-la.

– Tudo bem – concordou Harry, confortando seu namorado no peito – vou tomar muito cuidado. Imagino que deva ser realmente difícil ficar contra sua própria mãe.

Uma lágrima desceu do olho de Draco e ele se encaixou perfeitamente no abraço do seu amado. Aquele era seu único porto seguro. A única coisa que lhe importava.

Os dois ficaram mais algumas horas na sala precisa. Procuraram conversar sobre qualquer outra coisa que pudessem tirar a tensão que se formara com o assunto de Narcisa Malfoy. Por um momento ou dois, os meninos conseguiram até mesmo rir de alguma coisa e puderam se distrair de todas aquelas coisas ruins que estavam acontecendo consigo. Quando ficou tarde demais para que aguentassem ficar acordados, se despediram e seguiram para suas respectivas salas comunais.

Ao chegar à sala comunal da Grifinória, estava tudo quieto. Aparentemente, todos os alunos estavam dormindo. Harry tratou de tirar os seus calçados e seguir silenciosamente para seu dormitório para não ser pego por qualquer monitor. Subiu as escadas e entrou no quarto. Ron, que dormia na cama ao lado da sua, parecia estar desmaiado sobre a cama. Estava tão cansado que nem se dera ao trabalho de retirar suas cobertas antes de deitar. Harry deu uma pequena risada contida e conseguiu trocar de roupa, colocando uma calça de moletom e uma blusa azul de algodão. Ron sempre seria Ron. Desajeitado, mas um bom amigo.

No dia seguinte, Harry acordara não muito cedo, mas a ponto de conseguir se arrumar sem se atrasar para a aula de Adivinhação que seria o primeiro horário daquela manhã. Ele colocou seus óculos e viu que todos os outros companheiros de quarto já tinham descido para tomar café da manhã, com exceção de Ron, que ainda dormia na mesma posição da noite anterior. Harry esfregou seus olhos e achou estranho que ele não tivesse movido um músculo desde a última vez que o vira.

Ele estaria tão cansado assim?

Harry se levantou, deu uma espreguiçada gostosa e bocejou.

– Ron, acorda! Precisamos nos arrumar para ir à aula – falou em um tom um pouco mais alto.

Nada. Ele nem sequer murmurou alguma palavra.

– Ron? – Harry começou a ficar preocupado.

O moreno se levantou e seguiu em direção à cama do outro, cutucando-o algumas vezes.

– Ron? Ron? Ron! Acorda! – ele já sacudia o amigo e não obtinha nenhuma resposta. Algo estava terrivelmente errado com ele.

Foi quando Harry viu uma caixa de chocolates jogada do outro lado da cama de Ron. Na tampa dizia:

“Querido Harry,

Um tempero especial para o grifinório mais corajoso dessa escola.

Um beijo, sua admiradora secreta!”

Narcisa conseguira colocar seja-lá-o-que-fosse dentro do castelo de Hogwarts e, sem saber, Ron fora envenenado. Ele definitivamente acreditara que se tratava de uma caixa de bombons comuns de uma admiradora qualquer e não viu problema em comer só um.

Harry juntou o resto dos bombons na caixa e foi buscar ajuda para levar Ron até a ala hospitalar.

xXx

– E então? – perguntou Harry para a madame Pomfrey e Slughorn que intercalavam o olhar entre o Weasley e a caixa com cada um dos bombons.

Harry e Hermione estavam ao lado da cama do amigo desmaiado, olhando para os dois professores do outro lado da cama. Ron estava absurdamente pálido e não tinha consciência desde a noite passada. Seus batimentos cardíacos eram mínimos e sua respiração parecia quase que insuficiente. Ninguém sabia ainda do que se tratava.

– Com certeza ele foi envenenado por algo muito poderoso – iniciou Slughorn.

Parecia meio óbvio com toda aquela situação.

– Vou precisar ficar com esses bombons para fazer alguns testes e ver qual das minhas suspeitas é a correta – continuou o professor.

– Pode ficar, com certeza isso não me fará falta – disse Harry, um pouco exaltado.

– Assim que tiver alguma resposta, me avise, senhor Slughorn. Assim saberei que poção preparar para acabar com o efeito desse envenenamento. Até lá, farei um elixir com bezoar para ver se consigo alguma coisa.

Os dois saíram da enfermaria, deixando apenas Harry e Hermione com Ron.

– Tudo isso é culpa minha – Harry já estava vermelho.

– Não se culpe, Harry – Hermione o abraçou.

Ele apenas fechou seus olhos e respirava fundo, enquanto segurava a mão de seu melhor amigo

– Vou resolver isso agora – disse Granger, determinada.

– Mas não há nada na biblioteca que possa ajudar, tenho certeza – ele olhou para a menina, desesperançoso.

– Confie em mim – ela olhou para Ron, depois para Harry e saiu de lá, deixando os dois amigos a sós.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Desculpe se estiverem achando meio maçante, com muitas voltinhas, mas garanto que tudo isso já estava meio que planejado. Tudo se encaixará no fim da história. Espero os comentários!



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