O Anjo Que Chora escrita por Daniela Lourenzo


Capítulo 7
capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bom com vocês? Sejam bem-vindos!

Se você está chegando agora quero que curta muito a leitura! Se você é um leitor que me acompanha desde '' Descobrindo um amor'' não estranhe o começo estar de uma forma e o resto de outro, estou reescrevendo a fic!



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Pov Ally

O resto do dia foi bem tranquilo. Achei que meus pais entrariam no quarto e me encher de perguntas assim que Austin passasse pela porta da sala, mas não. Eles ficaram quietos o dia inteirinho! Yuri foi um amor e a Kelli não deu sinal de vida por estar na casa da amiguinha até a semana que vem. 

—Hum... - falo olhando para o teto

Austin também não deu sinal de vida desde que saiu. Não sei se eu devo ficar preocupada por tudo o que está acontecendo ou apenas devo ir até sua casa conversar, sair... 

Resolvo levantar da cama e tomar um banho para ir até sua casa. Ligo para Trish que me fez mil perguntas, inclusive as do Dez. Mas na hora de responder o que estavam fazendo juntos ela deu uma volta na pergunta e simplesmente desligou. Sacana!

Desta vez eu não vou andando. Pego as chaves do carro e vou até a casa de Austin. Não, eu não tenho carteira ainda, mas aqui é tão tranquilo e vazio que não corro o risco de ser pega. Eu sei, super errado. Nunca façam isso aí, Ok?

Antes de sair falo com Yuri para onde estava indo e fecho a porta. Olho para rua atentamente para não ser pega de surpresa novamente por qualquer outro estranho. 

—Parece seguro para mim... Vamos Ally, não pode ficar com medo para sempre! - falo para mim mesma

Vou até o carro e abro a porta. Entro, jogo minha bolsa no banco ao lado e começo a partida. Lembra que eu falei que ainda não tinha carteira? Não vai ser por muito tempo já que meu exame vai ser na semana que vem! Então tudo certo, eu acho. 

Começo a sentir um cheiro forte, o mesmo que senti na floresta. O rádio começava a falhar e ao olhar para o banco de trás do carro meu coração acelera no mesmo instante. Com o susto eu freio bruscamente o carro e olho para trás novamente. 

—Olá, Ally. 

—Quem é você? - pergunto

—Mazze. 

—Você é uma vampira?

—Tenho cara de vampira? Não me confunda com aquelas criaturas. 

Ela fala resmungando e eu solto um suspiro aliviada

—Eu sou muito pior que um vampiro. - me encara com os olhos vermelhos

Ela passa uma de suas mãos sobre o rosto e eu me escoro contra o volante.

—Demônio. - pronuncio a palavra com o coração praticamente saindo pela boca

—E você é um anjo. - ela diz voltando ao normal

—O que quer comigo? - pergunto

—Sabe Ally, você não tem muito tempo... - fala limpando suas unhas

—Tempo? Tempo para que? - arqueio uma sobrancelha

—Não se faça de burrinha, meu bem. Você sabe do que estou falando...

—Talvez. Eu não tenho medo de você. 

De onde eu tirei essa coragem? Não sei. Afinal, ela é um demônio! 

—Não teria essa ousadia toda se fosse você, anjinha... - ela fala se aproximando

—Aposto que chegou um vampiro no inferno esses dias - falo com um sorriso atrevido

—Como sabe disso? - fala desconfiada 

—Porque eu que o matei. - falo sentindo orgulho

Não tinha mais um pingo de medo dentro de mim. Não vou deixar ser intimidada por uma criatura.

—Não acredito em você. - responde rapidamente

—Não? Posso mostrar como foi. - desta vez eu chego perto

—Vamos nos ver ainda anjinha. E pode crer que não vai gostar. 

E ela desaparece. 

—Isso foi muito louco... - falo ainda sem acreditar

—Eu enfrentei um demônio... um demônio! Eu enfrentei um demônio! -falo sorrindo orgulhosa

Ligo o carro mais uma vez e vou até a casa de Austin doida para contar o que tinha acabado de acontecer.

Paro o carro na calçada e bato em sua porta. Três batidas depois ele aparece

—Ally? - pergunta confuso

—Oi! Tudo bom? 

—Tudo sim e contigo? Está se sentindo melhor? - pergunta

—Ah, estou sim.

Então fico olhando para ele com um sorriso até que pergunta:

—Quer entrar? 

—Ah, quero sim... 

Ele sorri e da espaço para que eu entrasse em sua casa. Sento no sofá e ele senta ao meu lado ainda me olhando confuso

— O que foi? - pergunto

—Você está diferente... Tá tudo bem mesmo?

Dou risada. Talvez eu tenha passado os últimos dias tão para baixo que ele estranhe o fato de estar sorrindo pela primeira vez.

—Sim! - falo tocando suas mãos

—Então tudo bem - ele ri

—Eu tenho algo para falar... - seguro meus joelhos

—O que?!

—Eu falei com um demônio! - falo orgulhosa

Sua expressão vai de feliz para uma expressão preocupada

—O que? E por que está feliz? Fizeram algo? 

Ele toca os meus braços, pernas, rosto. Provavelmente procurando alguma outra marca.

—Austin, estou bem!  - seguro suas mãos - Eu enfrentei um demônio! Isso não é bom? - pergunto

—Poderia correr grande perigo! Qual o nome?

—Mazze. - respondo

—Mazze... - fala olhando para o lado - conheço ela

—Conhece? - pergunto confusa

—Sim...

—Quem é ela?

—Hum... está bem mesmo?

Fugindo das minhas perguntas pela primeira vez. Talvez ele tenha encontrado com ela algumas vezes, melhor não insistir.

—Estou... 

Olho em seus olhos pela primeira vez desde que cheguei e reparo algo novo.

—Austin, e como você está?

—Estou bem...

—Sente algo diferente? - pergunto

—Não...

'' Olhe em seus olhos e segure suas mãos com firmeza''

Ouço alguém sussurrando isso em meus ouvidos e olho para o lado e não há nada.

— O que foi? - pergunta

—Posso? - aponto para suas mãos

—Ah, claro...

Seguro uma de suas mãos e olho bem no fundo dos seus olhos. Ele para de responder e não consegue desviar o olhar do meu. Não sabia que tinha esse poder. Através dos teus olhos pude ter noção do que aconteceu com Austin no dia anterior.

Ele saiu da minha casa e foi até o local que encontrei o vampiro. Mas ele não estava sozinho, estava com um... anjo?

Então as cenas vão passando uma a uma a minha frente. Quando tudo tinha terminado eu solto Austin e ele volta a piscar os olhos.

—Ally, o que foi isso? - pergunta esfregando os olhos

Levanto do sofá e paro na bancada da cozinha. Ele vem até mim e me puxa pela mão.

— O que eu fiz? - pergunta

—Desde quando você é um anjo Austin?

Ele solta minha mão na mesma hora e abaixa o olhar.

—Austin, me responde! -peço

—Eu queria contar a você, mas não tive o tempo que queria até criar coragem...

— Como isso aconteceu? 

—É uma longa história - ele diz

Sento numa das cadeiras na bancada e olho para os teus olhos

—Eu tenho tempo

(...)

—Nossa... - falo ao ouvir as últimas palavras

—Sim. - ele fala levantando e indo até o seu quarto

Me sinto culpada por ter invadido sua privacidade daquela forma, mas eu não sabia que era capaz de fazer aquilo até ouvir aquela voz em meu ouvido. 

Subo as escadas logo atrás e entro em seu quarto. Ele está virado para a janela com os olhos fechados, sentindo o vento no rosto com um sorriso de orelha a orelha.

—Fico feliz por você, de verdade. - falo sorrindo

—Obrigada. Toda gratidão eu devo a Deus e a Gabriel...

Então ele fecha os olhos novamente e eu observo o seu rosto. Austin é um garoto muito bonito. Tuas sobrancelhas são grossas, mas são certinhas! Teu nariz é empinadinho e possui uma pele clarinha, como se o sol da cidade não fosse o suficiente para bronzeá-lo. Teu sorriso era muito bonito também, teu perfume é forte e bem gostosinho. 

—Você é um rapaz muito bonito - disparo

— O que? - ele olha para mim

—Acho que falei alto demais!! - falo arregalando os olhos

Sinto minhas bochechas queimarem pela vergonha e viro rapidamente para a janela. Ouço Austin rir baixinho e olhar para mim.

—Você também é muito bonita Ally...

—Você acha? 

—Acho sim...

Com um sorriso tímido olho nos teus olhos e dou um beijo em seu rosto.

—Obrigada, Austin.

Não consigo desviar meu olhar do dele, e acredito que ele não consiga desviar o olhar do meu. Ainda estou com um sorriso nos lábios e aos poucos vou aproximando o meu rosto enquanto vou fechando os olhos. Sinto uma de suas mãos em meu rosto enquanto a outra puxa o meu corpo para mais perto de si. 

—Posso? - pergunta

—Sim.

 


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