Ding Dong, Ding Dong

Samantha acorda com a campanha tocando várias vezes, levanta da sua cama um tanto quanto irritada por ser acordada, desce as escadas e vai até a porta.

Ding Dong

— Já vai! –respondeu bocejando.

— Ae Sam, é sábado! – disse a loira empolgada na porta.

— Sério? Não sabia. – disse ironicamente. Quinn revirou os olhos diante da amiga e entrou no apartamento se jogando no sofá.

— Quinn são 10h30 da manhã de um sábado, oque está fazendo aqui? – disse em direção a amiga.

— Vim planejar oque vamos fazer hoje. – deu um sorriso sapeca pra morena. — E ai vai ser barzinho? Ou contratar algumas garotas ou...

— Quinn! – repreendeu a loira.

— Calma, estava brincando, e então?

— Estava pensando em dormir até amanha, não é boa? – disse indo pra cozinha.

— Credo que depressão. – disse seguindo Samantha, e pegando uma caixa de cereal no armário.

— Não é depressão, estou um pouco cansada e meu tornozelo está doendo.

— Ai Sam esse negócio está roxo.

— E acha que eu não sei?

— Sexo muito bom? – falou Quinn pronta para se desviar de alguma coisa que supostamente iria aprender a voar.

— Você não tem mais oque fazer não é?

— Não, por isso estou aqui.

Pirrrrrr Pirrrrrr

Quinn olhou para a tela do celular e abriu um sorriso enorme.

— Por que o sorriso? – perguntou a morena curiosa.

— Temos uma festa, aham, aham. – começou uma dança estranha de comemoração.

— É aqui no prédio Sam vai ter DJ e tudo.

— É? Legal agora pode ir...

— Você vai comigo Samantha Mal Humorada Klein.

— Dispenso essa Quinn. – disse pegando um livro na estante e indo para a amada poltrona ao lado da grande janela de vidro.

— Você não vai ficar aqui em pleno sábado. – disse Quinn séria.

— Ok, então vou ter que optar pelo apelo, se você for eu resolvo as papeladas da semana que vem.

— Certo.

— Sabia! – a loira comemorou.

— Que horas começa essa tal festa?

— 20h30.

— Ok – disse virando uma página.

— Então já vou indo, passo aqui pra te pegar?

— Ta bom, Quinn, mas sem bebedeira.

— Pode deixar. –disse ela fechando a porta.

Samantha estava no quarto capitulo do livro que Anne havia lhe dado no parque e estava adorando cada parte dele cada centímetro não só pelo o escritor ser um dos melhores, mas também a pessoa de quem havia ganhado o livro. Deixou o livro um pouco de lado e olhou para baixo, os dois carros passavam muito rápido em comparação aos outros e em seguida duas motos com policiais, Samantha assustou, pois uma da motos passou em cima da calçada quase atropelando uma mulher com várias sacolas nas mãos, Samantha não pensou em nada ativou logo seus instintos protetores e levantou com um pulo da poltrona, passou pela porta como um foguete e saiu pela saída de emergência. Em minutos estava no térreo, passou pela porta giratória do prédio e estava na rua, à moça ainda estava tentando pegar as sacolas no chão, mas ao ver de Samantha estava um pouco atordoada. Chegou mais perto da mulher e começou a pegar as frutas do chão e colocar de volta na sacola.

— Pode deixar, eu pego. – falou a mulher.

— Anne? – perguntou a morena chamando a atenção da loira.

— Samantha? – disse a encarando.

— Tudo bem? – disse segurando a loira antes que sentasse no chão.

— Sim, só estou um pouco tonta. – disse com a mão na cabeça.

— Espera, vou pegar as frutas do chão e te levo lá para cima. – disse apanhando o resto das frutas.

— Pra cima aonde? – disse ela.

— No meu apartamento. – respondeu Samantha com um sorriso.

— Você mora aqui? – olhou para o prédio admirando sua beleza externa.

— Sim, agora vem. – pegou na cintura da loira, com certeza estava adorando aquilo, com o outro braço segurava todas as sacolas com frutas.

Entraram pela porta e seguiram para o elevador, a recepcionista do prédio ao ver a situação de Samantha foi ajuda-la.

— Precisa de ajuda senhorita Klein?

— Não, obrigada. –disse com um sorriso torto.

Logo o elevador chegou e Samantha apertou a cobertura.

— Sério? Cobertura? –falou a loira recebendo apenas um sorriso tímido da morena. O elevador chegou e Samantha dirigiu a loira até o único apartamento do andar, abriu a porta e deixou que Anne achasse o caminho até o sofá, deixando as sacolas em cima da mesa da sala de jantar, foi até a cozinha pegar um copo d’água.

— Bebe. – deu o copo para a loira que admirava cada canto do apartamento. — Obrigada, não sabia que você era tão...

— Linda? – disse gargalhando.

— Besta. – riu.

— Você sabe...

— Por quê? Se soubesse não me trataria do mesmo jeito?

—Claro que trataria, só pensei que não tinha mais atrás do porsche, vai me fala aonde você trabalha.

— Sou praticamente dona do ‘’colchões Z’s’’.

— Sério? – abriu a boca.

— Pra que a surpresa, sou a mesma Samantha.

— A dona do colchões Z’s gosta de pandas! – disse ainda mais surpresa. Samantha olhou para a sua roupa e descobriu de onde vinham os pandas, havia esquecido se de tirar o pijama, rapidamente corou.

— É... pois é. – riu.

— Vou subir para me trocar, fica a vontade, já volto.

— Ok. –disse sorrindo.

Samantha colocou um short e uma camisa básica, prendeu o cabelo e escovou os dentes, e logo desceu as escadas e viu a loira sentada em sua poltrona, se fosse qualquer outra pessoa iria ficar muito irritada, mas não, era Anne, e chegando mais perto viu que estava com o livro nas mãos.

— Agora entendi por onde você me viu. – disse olhando pela janela.

— Estava lendo e pensei que havia se machucado.

— Sabia que era eu? – perguntou Anne agora encarando a morena.

— Não, se esta vendo não dá pra enxergar direito. –sorriu.

— Samantha a salvadora de donzelas indefesas.

— Pode ser mulher maravilha. – disse convencida.

— Como quiser. –riu da morena.

— Agora tenho que ir, tenho uma coisa para ir mais tarde e minha mãe está sem plantão e deve estar esperando essas coisas. –disse indo em direção as sacolas.

— Quer que eu te leve? Já melhorou?

— Não precisa e sim estou melhor, minha casa e logo ali você sabe.

— Sei, então está bem.

— Obrigada, a gente se vê Samantha, e coloca gelo nesse tornozelo. – disse se aproximando e dando um beijo na bochecha da morena, que sentiu um arrepio no pescoço e pôde sentir seu perfume, o mesmo perfume de sempre supostamente um floral amadeirado. Corou e fechou a porta.