Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 24
Presente e passado.


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo me fez chorar ): nem acredito que isso vai mesmo acontecer, mas é a vida né? Mesmo que vocês achem que a Ana n vive sem o Tony... Enfim, tomara que vocês gostem, já que eu chorei horrores escrevendo ele )):
Bom proveito e boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387778/chapter/24

POV Ana.

‘Dizem que quando você vai morrer toda sua vida passa diante dos seus olhos, e naquele instante foi assim que eu me senti, como se tudo estivesse conspirando para que minha vida fosse levada de mim, e ficar morte mediante estar viva, não era lá uma das hipóteses que eu considerava para uma vida plena e feliz ao lado dele’.

“Eu podia descrever com total perfeição como eu estava me sentindo, ali, naquele momento. Ao vê-lo ali, entre a vida e a morte, eu podia ver toda a minha vida passando pelos meus olhos.

Eu podia sentir a emoção tomando conta do meu corpo, meus olhos tentando transbordar aquilo que eu queria que ele soubesse que eu sentia. Tudo aquilo que eu precisava dizer e que eu não tinha dito antes porque eu não tinha tido coragem, tudo aquilo que ainda tínhamos que viver.

- Por favor, sobreviva. – eu sussurrei para ele, o Tony se mexeu na cadeira e o homem ao seu lado sorriu, o cara segurava meus braços com força, enquanto fazia o mesmo com o Léo e com a Maria.

- Você quebrou as regras Tony, porque contou a ela? – o homem se virou para ele e deu um tapa no seu rosto, eu fechei meus olhos deixando algumas lágrimas caírem.

Era como se os tapas que ele levassem, fossem os tapas que eu estava levando, porque nada era mais doloroso do que vê-lo ali, naquele estado, daquele jeito.

Eu abri os olhos e o pano da boca do Tony já estava no pescoço.

- Eu vou te matar se você encostar um dedo nela. – eu nunca tinha visto seu olhar daquele jeito, ele me encarou por alguns minutos, abandonando a fachada de auto confiança para mostrar seu verdadeiro desespero, eu sabia que o que ele iria me mandar fazer e eu não podia fazer, eu não conseguia abandona-lo assim.

- Amarrado Tony? – o homem andou até mim e segurou meu rosto, a cadeira se mexeu de novo. – você é muito bonita Ana, sempre achei você... – ele virou o rosto para o Tony e ele bufava. – areia demais para o caminhãozinho dos Albuquerque, você faz mais o meu... – ele riu e voltou o rosto pra mim de novo. – tipo.

Eu respirei fundo duas vezes.                 

- Deixa o Tony ir. – eu implorei.

- Não posso, regras são regras. – ele virou pro Tony com a arma na mão e andou até ele colocando a mesma na sua cabeça, eu perdi o ar. – agora ele precisa ser punido.

- NÃO! – a Maria gritou. – eu fico com você, eu fico... Deixa eles irem, não faz isso... Por favor. – ela se debateu nos braços do homem.

- Shiu. – o Ângelo disse para ela. Ele apertou o punhal da arma e eu empurrei o homem que me segurava e corri na direção do Ângelo.

Só ouvi o barulho da arma ser disparada”

Eu não conseguia entender o motivo do Tony precisar sair naquele sábado a noite, nem dele e nem do Léo e nem da Maria.

Todos misteriosos demais.

- Eu preciso que você deixe a Esther com os meus pais e fique com eles essa noite. – ele disse me dando um selinho.

- Onde você vai? – eu perguntei cerrando os olhos.

- Eu conto quando eu voltar. – ele segurou meu rosto. – eu te amo mais do que tudo Ana. – sua testa se aproximou da minha e ele fixou o olhar no meu. – a cada segundo que eu ficar longe de você essa noite, se pegue firmemente a isso, eu te amo e ninguém no mundo sente amor maior que o meu. – eu sorri de lado.

O desespero tomando conta do meu corpo, ele nunca falava assim, nem mesmo quando me traiu, eu nunca tinha visto seu olhar daquele jeito. Ele estava aterrorizado.

- Tudo bem. – eu disse segurando seu rosto, eu me levantei e o encarei. – quero que leve isto. – eu tirei a correntinha do meu pescoço e coloquei em cima da palma da sua mão. – me leve com você aonde quer que você vá. – ele apertou minha mão e sorriu de lado.

- Ok. – ele me deu um beijo lento, tinha uma grande dose de desespero e de calmaria, como se ele estivesse se concentrando em tentar deixar claro que aquele não seria o nosso último beijo, eu queria controlar o choro na garganta, ele parou o beijo com um selinho e encostou a testa na minha, eu deixei uma lágrima rolar. – ei vida, porque você está chorando? – ele disse limpando uma das lágrimas no meu olho.

- Por favor, onde quer que você esteja indo, onde quer que você tenha se metido, por favor me prometa que vai voltar, me prometa que isso não é uma despedida. – eu me deixei sufocar. – eu não quero viver nem mais um dia sem você. – eu o abracei com força e pude sentir seu batimento cardíaco acelerado, junto com o meu.

- Eu jamais iriei te abandonar Ana. – eu senti o peso das suas palavras em cima de mim. – e eu jamais deixarei que alguém faça algum tipo de mal a você. – ele beijou minha testa e em seguida segurou meu rosto o levantando para nós dois nos encararmos. – eu te amo.

- Eu te amo. – sussurrei, ele pegou a jaqueta de coro em cima da cadeira, deu um beijo na testa da Esther e saiu pela porta do elevador, meu coração se apertou de uma forma que eu não conseguia compreender.

Dois minutos depois a campainha tocou, eu fui abrir, era a Fernanda.

- Você me ligou, o que aconteceu? – ela disse de mãos dadas com seu namorado.

- Eu preciso que você me faça um favor. – eu os olhei.

- Mas é claro. – o Bernard sorriu.

.

.

.

POV Tony.

A Maria estava com uma calça de coro preta e um daqueles tops coloridos, estava de all star também e eu nem perguntei o porque deles.

Era obvio, para a corrida caso precisássemos das pernas.

O Léo estava quase parecido comigo, se não fosse pelo seu jeans rasgado. Estávamos prontos.

- Eu não estou com uma sensação boa. – a Maria sussurrou.

- Ele vai tentar nos matar. – eu disse sério segurando o volante com força.

- Temos que pensar e não agir por impulso. – o Léo disse olhando para a Maria.

- Não olhe pra mim. – ela disse ofendida. – fale com o Tony. – eu sorri de lado.

- Não farei nada que bote a vida das pessoas que eu amo em risco. – fui sincero.

- Assim esperamos. – o Léo assentiu.

Quando chegamos a rave, ela já estava cheia, uma porção de pessoas vieram conversar conosco e nos cumprimentar, a maioria já se sentir “íntima” de nós e ficavam do nosso lado, e não demorou quase nada para nos conseguirmos vender boa parte das drogas.

Nós dispersamos e vendemos em grupos separados, e quando era mais ou menos umas duas da manhã, eu sozinho, já tinha quase cinquenta mil reais nos bolsos e na mochila.

Comecei a andar em direção a Maria que estava mais próxima de mim quando vi um lampejo de um rosto conhecido, sufoquei.

A Maria andou até mim.

- Já tenho o dinheiro. – ela disse no meu ouvido, mas eu estava pálido.

- O que diabos vocês estão fazendo parados aí? – o Léo disse chegando até nós.

Ela começou a se movimentar entre as pessoas e começou a andar na nossa direção.

- Ana. – eu sussurrei com meu coração a mil, a Maria ficou com a expressão branca e antes que ela conseguisse chegar até nós, um homem  segurou seu braço, soltei a mochila na hora e corri na sua direção sem me importar com as pessoas, outro cara conseguiu me alcançar antes que eu chegasse até ela. – ME SOLTA! – eu berrei. – SOLTA ELA. – eu soltei um dos meus braços e empurrei o cara lhe dando um soco no rosto e correndo até o cara que segurava a Ana, eu o empurrei e puxei a Ana pelo braço pra perto de mim, envolvi seu corpo com os meus braços, ela chorava.

- Tony... O que... – eu apertei sua cintura.

A Maria chegou em seguida.

- Pra quê isso gente? – ela sorriu completamente nervosa. – pra que discutir? Brigar? Somos todos amigos. – ela se aproximou de nós e segurou na mão da Ana. – Ana, o que você acha de se divertir? – ela encarou a Ana.

- Não! – um homem forte disse. – ela vem comigo. – eu entrei no seu caminho.

- Nem fodendo. – eu disse cerrando meus dentes.

- Então vamos todos! – o Léo se pôs entre nós. – não tem a mínima necessidade de qualquer violência aqui, estamos em um lugar publico, tenho certeza que o Ângelo odiaria se alguma coisa atrapalhasse a sua rave. – ele encarou o homem. – você não acha?

- Claro. – ele sorriu ironicamente. – acompanham-me.

A Ana foi o caminho todo com o corpo grudado no meu e eu beijei sua testa várias vezes, tentando sussurrar que ficaríamos bem, mas era em vão. Não sei se realmente ficaríamos bem.

Chegamos a uma casa bem distante da onde estava tendo a festa e o homem abriu o portão.

- Primeira as damas. – ele disse pegando no braço da Maria e depois da Ana, eu queria avançar pra cima dele, mas outros dois já tinham me imobilizado e imobilizado o Léo.

- O que foi agora? – ouvi a voz do Ângelo ao fundo e depois quando nos viu, ele ficou surpreso. – vocês três... – ele riu. – ou quatro, deve dizer? – ele cruzou os braços.

- Deixa ela ir. – eu disse sentindo o cara apertar mais meus braços e forçar minha coluna pra frente, controlei o impulso de soltar um gemido de dor. – ela não tem nada haver com isso.

- Quem é você querida? – Ângelo me ignorou completamente e segurou o queixo da Ana, eu queria gritar para ele solta-la, mas me mantive calado.

- Ana. – ela respondeu cerrando os olhos.

- Mas ela claro! – ele soltou um riso frouxo. – daquele dia na ONG, quatro anos atrás... – ele riu. – o tempo realmente a fez muito bem, minha querida! – ele sorriu. – solte-a, solte-a. – ele ordenou, ela relaxou.

- Temos o dinheiro! – o Léo foi o primeiro a falar. – temos quase cem mil reais, muito mais do que você pediu hein! – o Ângelo o olhou. – deixem as garotas irem, tratamos disso só nós, homens de negocio, as meninas podem curtir a festa ou ir embora, elas quem sabem, você sabe... Ninguém aqui vai contar nada pra ninguém. – ele olhou pra Ana e ela dividiu seu olhar entre mim e o Léo.

- Não sei não... – ele franziu os lábios. – talvez elas queiram ficar aqui, não é queridas? – ele voltou a segurar o queixo da Ana.

- Tira. As. Mãos. Dela. – eu disse de dentes cerrados e ele me olhou, com um sorriso debochado no canto dos lábios.

- Ora, vejo que você finalmente está apaixonado hein. – ele soltou o queixo da Ana e fez um gesto para a cadeira, o homem me arrastou até lá e me colocou sentado amarrando minhas mãos e me colocando uma mordaça.

Eu queria gritar para ele, mas aquela mordaça me impedia, podia ver a face de todos ali, tudo por minha culpa, eu devia ter fingido melhor.

.

.

POV Ana.

Eu podia descrever com total perfeição como eu estava me sentindo, ali, naquele momento. Ao vê-lo ali, entre a vida e a morte, eu podia ver toda a minha vida passando pelos meus olhos.

Eu podia sentir a emoção tomando conta do meu corpo, meus olhos tentando transbordar aquilo que eu queria que ele soubesse que eu sentia. Tudo aquilo que eu precisava dizer e que eu não tinha dito antes porque eu não tinha tido coragem, tudo aquilo que ainda tínhamos que viver.

- Por favor, sobreviva. – eu sussurrei para ele, o Tony se mexeu na cadeira e o homem ao seu lado sorriu, o cara segurava meus braços com força, enquanto fazia o mesmo com o Léo e com a Maria.

- Você quebrou as regras Tony, porque contou a ela? – o homem se virou para ele e deu um tapa no seu rosto, eu fechei meus olhos deixando algumas lágrimas caírem.

Era como se os tapas que ele levassem, fossem os tapas que eu estava levando, porque nada era mais doloroso do que vê-lo ali, naquele estado, daquele jeito.

Eu abri os olhos e o pano da boca do Tony já estava no pescoço.

- Eu vou te matar se você encostar um dedo nela. – eu nunca tinha visto seu olhar daquele jeito, ele me encarou por alguns minutos, abandonando a fachada de auto confiança para mostrar seu verdadeiro desespero, eu sabia que o que ele iria me mandar fazer e eu não podia fazer, eu não conseguia abandona-lo assim.

- Amarrado Tony? – o homem andou até mim e segurou meu rosto, a cadeira se mexeu de novo. – você é muito bonita Ana, sempre achei você... – ele virou o rosto para o Tony e ele bufava. – areia demais para o caminhãozinho dos Albuquerque, você faz mais o meu... – ele riu e voltou o rosto pra mim de novo. – tipo.

Eu respirei fundo duas vezes.

- Deixa o Tony ir. – eu implorei.

- Não posso, regras são regras. – ele virou pro Tony com a arma na mão e andou até ele colocando a mesma na sua cabeça, eu perdi o ar. – agora ele precisa ser punido.

- NÃO! – a Maria gritou. – eu fico com você, eu fico... Deixa eles irem, não faz isso... Por favor. – ela se debateu nos braços do homem.

- Shiu. – o Ângelo disse para ela. Ele apertou o punhal da arma e eu empurrei o homem que me segurava e corri na direção do Ângelo.

Só ouvi o barulho da arma ser disparada.

Por um segundo tudo ficou escuro demais, depois conseguia ouvir vozes e depois uma sirene de ambulância, meu subconsciente se recusava a acordar.

- Ele precisa de uma ambulância! – ouvi a voz de alguém gritar, depois alguém me pegando no colo.

- Senhor, o que fazemos com ela? – eu ainda estava presa?

- Imbecis! – ouvi a voz da Maria. – levem-na para o carro e tentem não chamar a atenção. – o homem saiu me carregando, e eu abri os olhos com certa dificuldade, vi alguém sendo colocado na maca e o Léo agachado perto dele.

- Vai ficar tudo bem amigão, vai ficar tudo bem. – eu sufoquei quando vi quem era a pessoa que estava em cima da maca, meu coração se acelerou e meu corpo liberou uma sensação de desespero, eu estava consciente, me joguei do colo do cara para o chão e sai correndo aos tropeços até a maca.

- ANTONY! – eu sufoquei.

- Calma Ana, calma! – o Léo segurou minha cintura para longe da maca.

- ANTONY! – eu berrei. E então eu podia ver o sangue na sua blusa e seus olhos fechados. – AI MEU DEUS! – eu gritei, minhas pernas amoleceram.

- TIREM ELA DAQUI! – o Léo gritou, a Maria segurou meu rosto tampando minha visão.

– Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.

Eu não conseguia parar de chorar, minha cabeça gritava seu nome. Senti minhas pernas cederem e alguém sair me puxando.

- Baby... – eu disse baixo. – você prometeu que não ia me deixar... – o desespero se formando dentro do meu peito e eu não conseguia parar de pensar em como minha vida seria sem o Tony.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?