Uma Grande Mudança escrita por Happy


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olááááá! Ta aí mais um capítulo proceis...
Boa leituuura! o/



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Depois de caminhar por alguns minutos, finalmente consegui me acalmar e já não chorava mais. Sabia que deveria estar procurando pistas sobre a mãe do Amais-san, da qual não lembro o nome... por que eu sempre esqueço o nome das pessoas? Argh. Eu sou mesmo uma idiota por gostar do Rin. Quero dizer, eu gosto dele. Mas é diferente do que eu já senti antes. Acho que... Não, não e não! Isso com certeza não. Tudo menos isso. Não posso estar apaixonada por um idiota como...

– Oi... - Escuto a voz de Rin atrás de mim. Me virei e o fitei nos olhos. Olhos que até agora não havia percebido a tonalidade. De um azul quase tão escuros quando o mais profundo oceano.

– O que você quer? - Pergunto deixando de lado a cor dos olhos desse idiota. Suuper idiota. O mais idiota de todos.

– Você... ainda está triste? - Suas feições demonstravam que ele estava meio tenso. Mas não creio que seja arrependimento.

– Não é da sua conta. - O respondo e continuo caminhando em frente.

– Missa, me desculpa. - Rin segura delicadamente em minha mão e faz com que eu fique de frente para ele.

– Se você me odeia tanto, poderia simplesmente não ter se aproximado de mim. Fingido ser meu amigo.

– O quê? Não diga isso. Eu não te odeio! Nunca odiei.

– Ah é?! - Digo cinicamente.

– É! Acredita em mim. Eu só estava um pouco irritado.

– Um pouco?! Mesmo com essa carinha de arrependido, isso não vai me convencer! Não sou idiota, Natsuko Rin!

– Eu estou realmente arrependido! Pare de ser teimosa, Etsuko Missa!

– Eu não estou sendo teimosa, seu idiota!

– Não me chame de idiota, garota! - Ele diz e se aproxima um passo, ficando a centímetros de mim.

– Não me chame de garota, imbecil!

– Ah, por que? Por acaso você não é uma garota? - Ele debocha e retorce a boca em um sorriso.

– Pare com esse sorrisinho! Não tem nada engraçado aqui, idiota!
E então, sem mais nem menos, ele me envolve em seus braços num abraço quente e... eu não sei mais o quê. Fiquei tão surpresa que não tive nem reação. Nem respirar eu me atrevia.

– Me desculpa, garota. Eu nunca quis te fazer chorar. Sou realmente um idiota, você tem toda razão. Mas, por favor, Missa, me perdoa.

– ...Por quê você ficou daquele jeito? - Consegui murmurar.

– Não gosto de você tão próxima daquele loiro arrogante. - Ele responde depois de uns segundos.

– V-você está com... c-ciúmes? - Gaguejo. Ah, vamos lá. Você também ficaria envergonhada, não me julgue. E afinal de contas, como eu iria imaginar que alguém sentiria ciúmes de mim? Ainda mais um garoto! E, tenho que admitir... Rin é muito bonito... Aaaah! Pare com isso, Missa! Droga, minhas bochchas estão queimando mais que asfalto no verão. Kyyaaa >.

– Você quem está dizendo... - Ele diz me "desabraçando" (realmente tenho que parar de inventar palavras) e olhando em meus olhos. Me afastei uns passinhos na tentativa de recuperar o fôlego.

– Você está vermelha. - Ele riu.

Nem sei ao certo o que eu disse. Só sei que não fez sentido algum.

Nós caminhamos por um tempo e finalmente chegamos ao mercado. Entramos lá e perguntamos a alguns funcionários sobre a mãe do Amaia-san. À descrevemos e tudo mas nenhum deles sabia responder.

Saímos do mercado e já havia passado um bom tempo. Já devia ser quase a hora do almoço. Ainda assim, paramos um pouco e sentamos no banco de madeira que outrora nos serviu de esconderijo.

– Hey, Missa.

– Hum?

– O que você acha do Amaia? - Ele pergunta se inclinando no banco e olhando o céu e as copas das árvores. Parei um estante o observando. Sua pele parecia brilhar por entre as brechas de Sol. Seus olhos meio abertos meio fechados, extremamente brilhosos, quase como esferas de vidro feito com água do mar. Saí do transe quando ele olhou para mim com o canto do olho.

– Ahm... a aura dele é estranha. Tem momentos que fica espeça e escura. Mas as vezes é normal, como a das outras pessoas.

– Não quis dizer isso. Estou perguntando o que você acha dele como garoto. Fora essas coisas de aura e de ele estar "possuído". - Fez aspas com os dedos.

– Por que está perguntando isso? - Pergunto deixando que meus lábios, involuntariamente, formem um sorriso fraco.

– Ah... por nada, oras. Vamos logo. Vão ficar preocupados.

– Rin. - Chamei.

– Sim?

– Amanhã é meu aniversário. - Disse simplesmente. Sabia que ninguém, nem mesmo a Nee-san iria saber se eu não contasse. Como saberiam, né.

– Eeeh?! Aah, que notícia boa! - Disse me puxando para ficar de pé. - Vou contar para o resto da equipe quando chegarmos. Talvez nós saiamos para jantar ou algo assim. O que acha?

– Boa ideia, mas acho que deveríamos nos focar no caso e...

– Não, não. Nem se dê o trabalho de terminar a frase. Vamos sim comemorar seu aniversário. Não discuta comigo, garota. - Sorriu novamente. Ele sempre da esse sorriso torto.
Então caminhamos até a casa do Nishijima-san. Quando chegamos lá, Rin saiu contando a todos do meu aniversário e - até o Naru-san - ficaram planejando como comemoraríamos.

– Pessoal, o que vocês descobriram do caso? - Pergunta John.

– Ah, vocês nem imaginam! - Suspira Ayako.

– Nós conversamos um pouco com a Namida-san quando ela recuperou a consciência. Ela nos contou que foi até a igreja antes de passar no mercado...

– E o quê houve? - Interrompe Mai bastante curiosa.

– Se você fechasse a matraca seria mais fácil descobrir.

– Desculpe. - Responde Mai fazendo careta para Naru.

– Continuando. Ela foi até a igreja e acendeu uma vela para um amigo falecido a um tempo. Ontem fez onze anos que este morreu. - Rin se meche um pouco no sofá parecendo desconfortável. - E... depois disso ela não lembra de mais nada. - Naru olha para Rin e em seguida para Takigawa. O monge encara Rin com uma expressão tensa. Um pequeno filete de suor escorre de sua testa, quase imperceptível.

– O que foi? - Pergunta Rin deixando claro o nervosismo e ansiedade que sentia.

– Rin... o nome do amigo da Namida-san era... Natsuko Bunko. Seu pai. - Ele diz.
Rin esbugalhou os olhos e ficou muito pálido. Baixou o olhar e depois olhou para mim, quase como um pedido de socorro. Não fazia a mínima ideia de que Rin havia perdido o pai.
Cleck! A janela ranje, chamando a atenção de todos. Em um estardalhaço a janela se quebra bruscamente. Masako se levanta com os olhos bem abertos em um olhar repreendedor. Olhei para o canto que ela observava e vi. Vi a coisa mais assutadora e sombria. A mesma que envolvia a Namida-san. E o que mais me deixou pasma foram os olhos. Azuis como o oceano. Azuis como o de Rin.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comeeeeentem!!!!!
o/



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