Uma Grande Mudança escrita por Happy


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Yo, pessoal! Se ainda tiver alguém acompanhando, peço mil desculpas pelo atraso!! Eu tentei postar esse capítulo ontem, mas não sei pq o Nyah! não postou :c
Espero que gostem! E desculpem novamente >



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– Missa-chan. Ei, Missa-chan, acorde. - Escuto ao longe a voz da Ayako.
Me sento na cama e dou um longo bocejo. Não é legal acordar cedo quando na noite anterior você tem uma conversa estranha com um menino suspeito às três da manhã... Argh, isso me faz lembrar como o Rin agiu ontem. Não sei o que houve para ele ficar daquele jeito tão repentinamente. Com certeza vou tirar essa história a limpo com ele hoje.

– Bom dia, querida! - Ayako disse com um sorriso meigo e confortante para mim.

– Bom dia, Ayako! - A respondi retribuindo o sorriso.

– Vá tomar um banho quente e depois desça para o café, está bem? Até mais.

– Depois de ter dito isso, a boa sacerdotisa depositou um beijinho afetuoso em minha testa e depois saiu do quarto me deixando sozinha.

Me levantei e tomei uma boa ducha quente. Em seguida pus uma roupa qualquer e passei a escova em meus cabelos. Enquanto o escovava notei uma coisa estranha. Um fio com uma tonalidade mais clara. Um fio vermelho para ser exata. Achei muito estranho mas ao mesmo tempo bem legal. Que será isso? Não aguentei e soltei um risinho.

Quando desci as escadas e cheguei a cozinha, vi Mai ajudando uma das empregadas a terminar de preparar o café.

– Bom dia. - Cumprimentei. Em resposta a empregada sorriu para mim.

– Bom dia, Missa-chan. Dormiu bem? - Disse Mai. Desculpe Nee-san, mas dessa vez vou ter que contar uma mentirinha, pensei.

– Ah, é.. claro. - Respondi forçando um risinho para disfarçar.

De repente um grito apavorado ecoa pela casa. Meu sangue gelou. Saí em disparada em direção a voz, escadaria acima; e percebi que Naru, Takigawa e Lin já estavam na frente. Resumindo, toda a equipe correu para ver o que tinha provocado o grito.

Quando chegamos ao andar, novamente um grito apavorante ecoou pela casa e nós descobrimos que vinha do quarto do Nishijima-san.
Naru abriu a porta abruptamente e o que se encontrava la dentro era perturbador.
Nishijima-san estava encolhido na cama e a sua filha - mãe do Amaia-san - estava com os olhos totalmente brancos. Sua aura era a coisa mais sombria que já tinha visto. Parecida com a do Amaia-san só que mais densa. Novamente senti um arrepio doloroso na espinha dorsal.

Todos estavam paralisados. Como não tínhamos percebido? Desde ontem essa moça não havia chego do mercado e nós nem sequer notamos! Nem mesmo o próprio pai ou o próprio filho notaram! Mas o que diabos está acontecendo aqui???
De repente a mulher - que eu nem sequer sabia o nome - se virou para mim e cravou os olhos albinos nos meus. Aquilo me paralisou. Nunca senti tanto medo em minha vida quanto agora. Era como se tudo e todos tivessem sumido, só existisse eu e... e "aquilo" que com certeza não era mais a filha do Nishijima-san. Foi quando John abriu sua bíblia e leu algumas palavras em latim. Saí daquele transe bizarro e percebi que Rin segurava firme meu pulso e me direcionava um olhar preocupado com o cenho franzido.

– Você está bem? - Perguntou com a voz baixa e firme. O fato de ele estar preocupado comigo não escondeu a secura em sua voz. Eu podia não conhecer Rin a tanto tempo e sei que estou acostumada com pessoas me tratando friamente... Mas é estranho para mim ouvir ele falando neste tom. Nunca pensei em Rin agindo desse jeito comigo. Não foram as palavras que me machucaram e sim a forma como foram ditas. Permaneci calada pois havia um nó em minha garganta. Ele simplesmente largou minha mão e se virou.
Pude ver que a senhora que a pouco estava "possuída" - creio eu - deitada ou caída - mais provavelmente caída - na cama de seu pai.

– Takigawa, Ayako, e John. Fiquem aqui por um tempo. Preciso da ajuda de vocês. Lin, cheque as filmagens de ontem a noite e as de hoje também, veja se encontra algo. Mai, Hara-san, Rin e Missa. Vocês saiam daqui e vejam se conseguem descobrir onde a ... - Naru parou um estante, afinal ele também desconhecia o nome da moça.

– Namida, Shibuya-san. O nome de minha filha é Amaia Namida.

Em resposta, Naru apenas nos dirigiu um olhar do tipo "O.k., vocês entenderam, agora vão". E foi exatamente o que fizemos.
Quando saímos do quarto, Mai pôs a mão delicadamente em meu ombro e disse:

– Ah! Eu ainda não entendo por qual razão ainda trabalho aqui. - Choramingou.

– Mas não está claro? O que te prende a equipe é o Shibya-san. Obviamente ha um sentimento possivelmente mútuo entre vocês. - Disse Hara colocando a ponta da manga de seu kimono em frente a boca para esconder os risinhos bobos.

– Eeeeeeh????? D-do que você está f-falando, Masako??? - Gritou Mai ficando totalmente ruborizada. Não consegui conter a risada. Mesmo depois daquela situação bizarra de agora pouco eles ainda se divertem. É muita sorte minha ter conhecido essa gente.

Quando nós descemos as escadarias, Mai poi-se a dizer:

– Olha, vamos nos separar em grupos, o.k? John, Masako e eu vamos andar pela vizinhança depois que perguntarmos se os funcionários da casa sabem de algo, como fizemos ontem; mas agora com o foco na Namida-san. Vocês dois...- Mai não conseguiu terminar o que ia dizer pois Rin a interrompeu.

– Por quê eu sempre tenho que sair com ela? - Ele disse sem nenhuma expressão, pondo um pouco de ênfase no "ela" enquanto enfiava as mão nos bolsos do jeans. Parecia até que sentia nojo de mim, pelo modo como falou aquilo. Não tive nenhuma reação além de olhá-lo surpresa e, tenho que assumir, muito magoada. Ninguém teve reação ao comentário. Reuni todas as forças que me restavam e consegui perguntar com a voz fraca e um pouco tremula:

– O que foi que eu fiz para você ficar tão bravo? - Acabou quase saindo como um sussurro, mas no silêncio que estava, todos puderam ouvir. Eu realmente iria chorar e eu sabia disso. Meu olhos estavam começando a ficar embaçados e ardidos, mas eu não podia. Prometi a mim mesma que não choraria mais, a muito tempo.

Rin pareceu surpreso ou assustado quando olhou para mim. O que eu fiz em resposta foi olhar para o carpete bem limpo e consegui murmurar algo assim:

– Tudo bem... eu vou sozinha, não se preocupe. Logo estarei de volta, Nee-san. Até mais tarde.

Com isso me virei de costas para todos e nem tive a coragem de olhar para Mai e para os outros porque sabia que o olhar deles me faria desabar e cair no choro. Eu devia saber que Rin não era diferente das outras pessoas que eu conheci até agora. Deveria saber que não valia a pena me machucar de novo. Deveria saber que ele nunca tinha sido sincero comigo. Deveria, mas por burrice e estupidez acabei confiando nele... confiando até de mais. Talvez por ele ser parente do Takigawa-san que é uma pessoa tão legal eu acabei me iludindo ao achar que Rin seria assim também.

Percebi que as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e que já estava bem afastada da casa. Eu não deveria estar me importando assim por causa disso. É só mais uma na minha lista de decepções, por que estou tão doída? Eu não entendo...


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Missa ;-;...
Reflexões a parte (huahua) Espero que tenham gostado. E muito obrigada pra quem leu até aqui!! Se ainda existir algum leitor, POOOR FAAVOOR mande um comentário!!! o/



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