Uma Nova Semideusa: A Reviravolta - Hiatus escrita por BDP


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oooi, minha gente linda! Eu voltei de viagem e escrevi esse capítulo no meu primeiro dia aqui no Brasil! Alguém aí sentiu minha falta? Não? Vale a pena perguntar, né? haha, enfim, desculpa a demora, não deu para escrever antes, mas, como vocês viram, eu escrevi o capítulo o mais rápido o possível. Estava com saudades de vocês, por mais que vocês não tenham de mim (#xoranu. Ok, sei que vocês querem ler o capítulo logo e, provavelmente, muitos de vocês nem leram isso, então, até lá embaixo!



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(POV Lena)

Eu comecei a andar o mais rápido o possível em direção de onde veio o grito. Nico vinha logo atrás de mim.

Então, no meio da multidão, eu vi Travis, e, no meio de toda essa desgraça, eu consegui sorrir. Comecei a correr até ele e senti que Nico também corria comigo. Mas então, de repente, vários campistas se metem na frente dele e eu não consigo mais vê-lo. Continuo a correr para onde, segundos antes, estava Travis, mas quando chego lá não tinha mais ninguém.

Escutei mais um grito. Olho, preocupada, para Nico e vejo que ele também está preocupado.

Foi tudo muito rápido, muitos gritos, muitos encontros e desencontros. Comecei a correr para onde vieram os gritos, o mais rápido possível. Não olhei para trás para confirmar se Nico estava vindo, mas achava que sim.

Quando cheguei ao lugar de onde vieram os gritos meu mundo desabou sob meus pés. Eu não podia acreditar no que via. Era horrível demais, triste demais. Os semideuses ali presentes formavam um círculo. No centro do círculo estavam: Percy, Travis, Connor, Rafael e dois semideuses que eu nunca tinha visto.

Rafael segurava sua espada no pescoço de Travis. Um semideus segurava uma faca e apontava para as costas de Connor, de um jeito que, se o filho de Hermes se mexesse seria atingido direto no coração. E, por fim, o outro semideus empunhava uma adaga e a segurava no pescoço de Percy.

Finalmente vi de quem foram os gritos. Leo tentava segurar Lily com o máximo da sua força, enquanto ela lutava para sair dos seus braços. O mesmo acontecia com Kate, mas quem a segurava era Malcolm. Pela primeira vez em minha vida vi lágrimas nos olhos de Lily, ela tentando contê-las. Kate já chorava, escorriam várias lágrimas pelo seu rosto doce e gentil.

Quanto a mim, eu quase caí no chão, mas Nico me segurou. Depois eu comecei a gritar desesperadamente, assim como Kate e Lily.

– Solte-os, por favor! – Implorou Kate, gritando.

Meggie estava na enfermaria, que era um pouco longe dali. Annabeth estava no mini-quartel. A não ser que alguém fosse avisá-la sobre o que se passa, estávamos sozinhas nessa.

– Eu vou no lugar deles – disse Lily, séria. – Largue-os e eu me rendo.

– Eu também! – Gritamos eu e Kate ao mesmo tempo.

Vi que Travis estava tentando falar algo, mais Rafael apertava a espada no pescoço dele com muita força, mais força do que o necessário para render um adversário.

– Alguém as tire daqui! – Gritou Travis, quando conseguiu falar.

Erro dele. Nesse exato momento Rafael pressionou com ainda mais força no pescoço de Travis. Começou a escorrer sangue do seu pescoço e eu gritei mais ainda e minha visão ficou embaçada.

Nico, que me segurava com muita força para eu não correr até eles, me puxou para fora dali, ignorando meus protestos. Pelo canto do olho vi que Kate e Lily também estavam sendo arrastadas para longe dali.

Meu meio-irmão, que no instante eu quero matar, entrou no chalé de Hades e deixou a porta aberta, para que Leo entrasse com Lily e Malcolm com Kate.

Quando Malcolm passou ele fechou a porta. Nico olhou para ele e Leo e disse:

– Quanto mais pessoas estiverem na luta, melhor. Voltem para lá, eu fico aqui.

Leo e Malcolm concordaram com a cabeça e saíram pela porta. Imediatamente Nico pegou uma chave, trancou a porta e botou a chave no bolso.

Depois disso Nico olhou para nós três, que estávamos morrendo de raiva dele, de Malcolm e do Leo, e eu vi que ele estava com um pouco de medo.

(POV Lily)

Olhei para Nico. Como ele pôde fazer isso? Meu meio-irmão e meus melhores amigos estão lá fora, sendo torturados por um traidor e por dois semideuses idiotas e ele me tranca aqui?

– Nico, saia daí e me deixa passar – disse entre os dentes.

– Desculpa Lily, mas não posso fazer isso.

Não queria brigar com Nico, não mesmo. Mas pelo visto isso será necessário.

– Nico, você não vai querer brigar conosco, vai? – Perguntou Lena, com um olhar ameaçador.

– Não posso deixar vocês saírem! Se deixar, vocês vão fazer alguma besteira, me desculpem, mas...

– Você não tem que se importar com o que nós fazemos, ou deixamos de fazer! – Explodiu Lena.

– Claro que tenho! – Respondeu Nico.

– Se fosse você o capturado, não gostaria que fôssemos ajudá-lo? – Perguntou Lena, quase gritando.

Nico olhou para o chão e falou:

– Não se vocês tivessem que trocar de lugar comigo.

Vi que Lena ia abrir a boca para respondê-lo, mas Kate, que até agora tinha ficado sentada na cama, com a cabeça baixa falou por ela:

– Não. Ele está certo.

Eu e Lena olhamos para ela, incrédulas.

– Kate, você tem consciência do que está falando? – Perguntei, ela levantou o olhar, olhando para mim.           

– É claro que tenho – sua voz soava cansada e triste. – Você acha que eu não queria ir lá e simplesmente salvá-los? Ajudá-los? Mas não é assim, temos que pensar! Por que você acha que ele capturou Travis, Connor e Percy? Eles devem querer algo em troca. E se o inimigo quiser semideuses em troca? Tudo bem, ele já tem três. Mas se ele quiser mais de três? Capturando Travis, Connor e Percy ele pode achar que eu, vocês, Meggie e Annabeth vamos dar nossas vidas para mantê-los seguros. Assim ele teria mais que três semideuses, de um jeito mais fácil.

– Então você prefere ficar aqui, parada? – Perguntou Lena, sem a menor sensibilidade.

Nesse momento vi que não teria como sair deste chalé na força. Sabia que Kate lutaria ao lado de Nico, se precisasse.

Sendo assim, fiz o que sabia fazer muito bem: menti. Não pense que me orgulho disso, pelo contrário, mas não tinha outra escapatória. Olhei para Nico por um segundo. Não gosto de mentir para ele, mas seria necessário.

Olhei discretamente para Lena, tentando avisá-la que ainda estava do seu lado. Acho que ele entendeu meu sinal, pois ela assentiu com a cabeça discretamente.

Sentei na cama, fingindo estar derrotada, olhei para o chão e falei, tentando usar a voz mais triste e fina que conseguia:

– Kate tem razão. Não podemos fazer nada. Percy, Travis e Connor estão sendo torturados, seqüestrados, mas nós não podemos fazer nada. Só aguardar – olhei para Nico. – Nico, eu preciso de você.

O filho de Hades hesitou, não sabendo se deixava seu posto na frente da porta. Eu estendi meus braços, pedindo um abraço, e Nico veio em minha direção rapidamente. Kate lançou um olhar acusador para ele, mas, vendo meu estado, entendeu o lado dele.

Eu me levantei da cama quando ele me aproximava e o abracei forte. Por cima do seu ombro lancei um olhar para Lena, indicando Kate. Estava tentando pedir para ela distrair Kate.

Depois de um tempo Lena entendeu e começou a conversar baixinho com Kate. Eu sai do abraço de Nico, olhei para ele por um tempo e o beijei. Sabia que o que eu estava fazendo era errado, mas era necessário. Minhas mãos começaram a descer pelo corpo do Nico, uma delas estava no abdômen bem definido dele, a outra indo para o bolso dele. Peguei a chave discretamente e guardei no meu bolso.

Saí dos braços de Nico e olhei para Lena.

– Lena, Nico e Kate têm razão.

Ela estava perto da porta, posicionada estrategicamente. Caminhei em sua direção e a abracei. Sussurrei meu plano em seu ouvido e fiquei ao seu lado. Olhei para Nico e disse:

– Nico, me desculpa.

Antes que ele percebesse o que estava acontecendo gritei:

– AGORA!

Tirei a chave do bolso enquanto Lena pegava sua espada e invocava dois esqueletos. Corri para a porta e lutei com a mesma para conseguir abri-la e Lena segurava Kate e Nico.

Eu finalmente consigo abrir a porta e grito para avisar Lena. Ela invoca mais um esqueleto e nós duas passamos pela porta. Eu fecho a porta e a tranco, para que eles não conseguissem vir atrás de nós.

Lena e eu começamos a correr de volta para a batalha com armas em punho. Quando chego lá vejo Meggie chorando no ombro de Leo e começo a ficar preocupada.

Nós corremos o mais rápido possível para onde vimos Percy, Travis e Connor pela última vez. Mas quando chegamos não tinha nada mais lá. Procuro algum sinal deles em volta, desesperada. Olho para Lena e quando ela me viu ela aponta para cima. Olho na direção que ele aponta e me desespero ainda mais com o que vejo.

Percy, Travis e Connor estavam sendo sequestrados. Eles estavam amarrados em pégasos, e já estavam um pouco longe do acampamento.

Olho em volta, à procura de BlackJack, e quando o vejo monto nele o mais rápido que consigo.

Assim que monto no BlackJack ele começa a voar rapidamente. Pelo canto do olho vejo que Lena se armou com um arco e flecha e atirando contra o inimigo. Empunhei minha espada e tentei falar com BlackJack, para ele correr ainda mais.

Eu precisava salvá-los, precisava. Eu consegui me aproximar mais do inimigo no exato momento que uma flecha da Lena atingiu a testa de um inimigo, que morreu imediatamente e caiu do pégaso. Isso chamou atenção de todos, que olharam para baixo e depois para trás.

E foi aí que eles notaram minha presença.

Uma pequena voz na minha cabeça me mandava sair dali, afinal, eles eram muitos e eu só tinha uma espada, ou seja, teria que chegar muito perto para atacar. Mas não ia deixar meus amigos aqui, não vou abandoná-los.

BlackJack voou ainda mais rápido. Uma flecha vinha em minha direção e, num movimento rápido, eu a desviei com minha espada. Então muitas flechas vieram em minha direção, eu desviava de muitas, mas algumas me atingiam.

Comecei a me aproximar cada vez mais do inimigo e eu fiquei ainda mais determinada. Desviava de flechas com agilidade e rapidez que eu desconhecia.

Eu consegui chegar perto de um semideus e eu o golpeei com a parte plana da minha espada. Ele desmaiou e caiu do pégaso, de uma altura tão grande que ele, com certeza, morreria com a queda.

Vi que os pégasos que levavam Travis, Connor e Percy estavam na frente. Então, para eu chegar até eles teria que passar por vários pégasos e derrotar vários semideuses armados.

Seria difícil, praticamente impossível, mas eu teria que tentar. Não podia simplesmente desistir.

Cheguei mais perto de outro pégaso e quando iria golpear o semideus que estava montado alguém bate na minha cabeça. Minha visão vai escurecendo aos poucos e, então, eu desmaio.


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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou muito curto? Se ficou, desculpem. Então... o que acharam do capítulo? Eu estava muuuuuito ansiosa para escrevê-lo, queria que saísse perfeito. Digam a verdade! Enfim, vou tentar não demorar para postar o próximo capítulo de novo, ok?
Eu sei, eu sei, deixei vocês curiosos de novo. Desculpe, amo fazer isso!



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