Uma Nova Semideusa: A Reviravolta - Hiatus escrita por BDP


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey, então, demorei? Enfim, o capítulo não é o melhor da fic, mas foi o que deu para escrever, pois estou morta de cansaço e em época de testes, então, espero que não me xinguem.
Eu vi Mar de Monstros! Alguém já viu? Se quiser dê sua opinião do filme nos reviews!



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(POV Lena)

Enquanto atirava no inimigo Lily tentava alcançá-los com BlackJack. Então um deles fica propositalmente e, sorrateiramente, vai pra trás de Lily, sem que ela percebesse.

Tentei gritar, mas era óbvio que ela não ia escutar, atirei uma flecha perto da cabeça passando reto, numa tentativa de fazê-la olhar pra trás. Não deu certo, Lily, determinada, continuou a olhar para frente.

Então o inimigo que estava atrás dela a alcançou e bateu na cabeça dela com a parte chata da espada.

Eu a vi caindo do pégaso e gritei mais uma vez, impotente. Mas, graças aos deuses, BlackJack, num movimento rápido a pegou, ainda no ar.

Imediatamente BlackJack desceu do ar e trotou até mim. Eu montei no pégaso e ele foi imediatamente para a enfermaria.

Chegando à enfermaria eu olhei em volta, sabia que Lily gostava de uma filha de Apolo que geralmente cuidava dela enquanto ela se feria. Meredith, era o nome dela, ela tinha cabelos loiros e uma mecha azul. Quando a encontrei eu gritei o nome dela e ela veio até mim, correndo.

Meredith me ajudou a tirar Lily de um pégaso e a colocá-la numa maca, depois ela começou a botar gelo na cabeça dele e pegar ambrosia. Meredith era muito amiga de Rafael, eles sempre andavam juntos. Eu me perguntei se ela já sabia sobre ele.

Ela olhou para mim, com seu típico sorriso perfeito e brilho nos olhos.

– Rafael está bem? – Ela perguntou.

– Então você ainda não sabe? – Devolvi a pergunta.

– Eu não sei o quê? – Ela me olha, com um olhar de preocupação enorme. Meredith saiu de trás da máquina, fica na minha frente e olha no meu olho. – Aconteceu alguma coisa com ele?

– Eu não sei se sou a pessoa certa para te contar... – Comecei, mas Meredith me interrompeu.

– Lena, meu irmão gostava muito de você, muito mesmo. Se aconteceu alguma coisa com ele, ou com alguém, acho que ele gostaria que você me contasse.

Suspirei fundo, isso seria difícil. Não queria dar uma má notícia para ela, principalmente agora, com tantos campistas feridos precisando dos cuidados de filhos de Apolo.

– Meredith, eu tenho que te falar uma coisa. Não acho que ouvir de mim seria a melhor opção, mas como você insiste... – procurei alguma maneira de falar menos impactante, mas não encontrei. – Rafael traiu o Acampamento. Foi ele quem deu permissão para os monstros entrarem. Eu tentei impedir, lutei contra ele e deixei dois esqueletos de guarda. Mas, pelo visto, ele conseguiu escapar, pois ele e mais dois semideuses seqüestraram Percy, Travis e Connor.

Vi que Meredith ficou sem ar. Ela segurou numa mesa que tinha ali e respirou fundo. Talvez eu pudesse ter pensado numa maneira mais delicada de dizer isso, pensei tarde demais.

– Está falando sério? – Perguntou.

– Desculpa, eu devia ter falado de uma maneira mais delicada...

– Você está mentindo! – Ela me interrompe. – Rafael jamais faria algo assim, essa é a casa dele, a nossa casa.

– Desculpe perguntar, mas ele já te disse isso, ou você concluiu sozinha?

Mais uma vez Meredith precisou se apoiar em algo. Quase podia ouvir engrenagens funcionando na cabeça dela, tentando processar tantas informações.

– Eu não consigo! – Ela murmurou, mais para si mesma, do que para mim. El olhou para mim. – Desculpa, eu preciso de tempo. Não vou poder cuidar de Lily.

Sendo assim ela deixa a pequena enfermaria improvisada, e quando passa por mim seus ombros batem no meu.

Olho por onde ela saiu e penso que, se era para alguém ir ajudá-la agora, esse alguém seria eu. Afinal, Rafael era meu melhor amigo, sei pelo o que ela está passando.

Chamo outro campista de Apolo e peço para que ele cuide de Lily. Depois disso eu saio correndo atrás de Meredith.

Eu corri bastante, mas não encontrei Meredith em lugar algum. Então, decido ir para o chalé de Apolo, o último lugar que restou.

A porta do chalé estava aberta, então entrei sem bater, porém o chalé era tão luminoso que praticamente me cegou. Tive que cerrar os olhos para tentar enxergar.

Depois de alguns segundos consigo ver. Vejo Meredith sentada numa das camas ali contidas, ela estava com a cabeça voltada para o chão e com as mãos no rosto.

Eu me sentei ao lado dela e botei minhas mãos nas suas costas, tentando consolá-la de alguma forma.

– Meredith, eu entendo pelo que você está passando. Rafael era meu melhor amigo.

– Não ouse falar isso! Se ele fosse seu melhor amigo você teria tentando impedi-lo – ela disse entre os dentes.

Então eu comecei a ficar estressada. Eu venho até aqui para consolá-la, falar que ela não estava sozinha nessa e ela me diz isso?

– Eu tentei! Meredith, eu o amo tanto quanto você! O que você acha que eu devia ter feito? Fazer um lindo discurso para tentar trazê-lo de voltar para o bem? Naquele exato momento minha casa estava correndo perigo e ninguém, a não ser eu, Rafael e os próprios invasores, sabiam disso! Não podia perder tempo, fiz com que ele ficasse inconsciente, pois minha esperança era que o inimigo fosse embora enquanto Rafael estava desmaiado, aí eu falaria com ele!

Meredith olhou para baixo e soluçou. Depois de alguns segundos ela levantou e correu para o banheiro. Antes de a porta fechar e consegui ver Meredith procurando algo nas gavetas do banheiro. Comecei a ficar preocupada e, lentamente, caminhei até a porta do banheiro. Coloquei minha orelha na porta, para tentar escutar o que se passava lá dentro, e escutei o barulho que parecia de uma tesoura cortando. Imediatamente eu abri a porta num estrondo e praticamente gritei:

– Meredith, o que você está...

Olho para ela e vejo que ela tinha lágrimas nos olhos. Sua mão direita segurava com força uma velha tesoura e a direita segurava seu cabelo, numa tentativa de cortá-lo reto. Ela não para o que estava fazendo, continua como se eu nunca tivesse aberto a porta.

A mecha azul de seus cabelos já não existia mais. Agora eles estavam curtos, mais ou menos na altura do ombro, e um pouco repicados, enquanto antes eles eram longos e alinhados.

Depois de um tempo, Meredith me olhou e, ainda com lágrimas nos olhos, perguntou:

– Você vai tentar trazê-lo de volta?

A verdade era que eu não sabia o que responder, eu ainda não tinha pensado nisso. Por um lado Rafael é (ou era, não sei) meu melhor amigo, mas, por outro, ele traiu o acampamento e sequestrou meu namorado e meus amigos. Porém olhando para Meredith chorando e me olhando desesperadamente eu já sabia o que ia fazer.

– Sim, Meredith, nós vamos trazê-lo de volta.

– Promete que vai tentar ao máximo possível?

– Sim, eu prometo.

Então foi assim que prometi algo que talvez eu não pudesse cumprir. Algo complicado, muito complicado. Foi assim que eu prometi salvar o garoto que raptou o amor da minha vida e meus amigos a cima de tudo.

Não era como se eu e a filha de Apolo fossemos amigas, mas tínhamos um objetivo em comum, e isso nos aproximaria mais, tenho certeza. Meredith caminhou até mim e me abraçou forte. A nossa volta tufos e mechas de cabelo loiro.

(POV Lily)

Sinto alguém afastar meus cabelos e tento abrir os olhos. Sinto uma mão entrelaçar à minha e conheço a fria sensação, reconheço de quem é a mão: Nico.

Arfo e desejo, acima de tudo, abrir os olhos e ver Nico. Tento, tento e tento. Em vão. Sinto os dedos de Nico acariciarem minha mão e consigo abrir os olhos.

Minha primeira visão são três cabeças olhando ansiosamente para mim. Uma era de Kate, a outra de Nico e a outra de um garoto que eu não conhecia.

Mordo o lábio inferior me lembrando de tudo que tinha acontecido, ou quase tudo, pelo menos. Lembro de trancar Nico e Kate no chalé de Hades, lembro de ter montado em BlackJack para salvar Percy, Travis e Connor, mas a partir daí eu não sei de nada.

– Como vocês conseguiram sair do chalé? – É a primeira coisa que eu falo.

Nico riu.

– Eu tinha uma chave extra e do mesmo jeito conseguiria viajar pelas sombras.

– Nem tinha me lembrado disso! – Resmunguei.

– Então – falou Kate –, da próxima vez, faça algum plano com uma filha de Atena, que te conhece desde pequena, não como uma filha de Hades que some e te deixa aqui, desmaiada.

– Está com ciúmes, Kate? – Pergunte, sorrindo.

– De jeito nenhum!

– Ei, minha irmã não a largou aqui sem nenhum motivo! – Protestou Nico. – Ela deve ter uma boa razão, pois gosta tanto de Lily quanto você!

– Eu não acredito que estão brigando! – Exclamei, mas senti uma dor profunda na minha cabeça.

Contrai o rosto e levei minha mão até a cabeça, senti um galo enorme.

– O que houve, Lily? – Pergunta Nico, preocupado.

– Eu que pergunto isso, o que aconteceu? – Eu rebati.

– Lena me contou que você estava perseguindo os inimigos, quanto um deles chegou por trás de te bateu com a parte chata da espada na sua cabeça. Então você desmaiou e começou a cair, mas BlackJack te pegou e te levou até Lena e ela a trouxe aqui.

Nico olhou para Kate, como se dissesse que sem Lena eu não estaria na enfermaria agora e que ainda estaria desacordada.

– E você sabe por que ela saiu da enfermaria? – Perguntou Nico.

– Ela saiu correndo atrás de Meredith, que não estava nada bem.

Era tanta informação para minha cabeça que eu acabei murmurando alguma coisa, e dormindo.

~~~

Quando acordei de volta a dor de cabeça tinha parado. Eu me sentei e vi Lena dormindo com a cabeça apoiada no colo do irmão, que olhava para baixo sério, Kate sentada num canto isolado com lágrimas secas no rosto, também dormindo. Também vejo Meredith, que está encolhida num canto da enfermaria, sentado no chão, com as costas apoiadas na parede, abraçando as pernas e com o rosto nos joelhos.

– Nico... – Falei baixinho.

Ele cutuca a Lena, que acorda, resmunga e tenta voltar a dormir, mas Nico fala:

– Lily acordou.

Ela, assim como ele, se levanta e vem até mim. Eles se sentam um de cada lado da minha maca e ambos pegam minha mão.

– Como você está? – Perguntou Lena.

– Bem, eu acho... Lena me desculpa, eu não consegui salvá-los. Eu devia ter tentado mais, devia...

– Lily, a culpa não foi sua. Lily... – Lena parou de falar, ela olhou para Nico e ele olhou para ela, sem entender. – Nico, pode nos dar licença?

– Ah... Claro – respondeu Nico se retirando dali.

Lena olhou para Meredith, para pedir para ela também nos dar licença, mas a garota estava tão mal que nem se começasse um tiroteio ela iria escutar algo.

– Lily, promete que o que eu vou falar agora vai ficar apenas entre a gente? – Eu assenti com a cabeça e ela continuou. – Lily, desde a primeira vez que eu te vi eu fiquei impressionada com você. Vi como as pessoas gostavam de você. Você era tão corajosa, determinada. Fiquei até com medo de Nico preferir você a mim, mas quando eu te conheci melhor vi que estava sendo boba, você era forte e determinada, sim, as pessoas gostavam muito de você, sim, mas parecia que você mal sabia disso, mal sabia da sorte que tinha.

Eu simplesmente não podia acreditar no que ouvia. Lena Santiago, filha de Hades, que fugiu do Mundo Inferior e de Hades, que pensava que tinha perdido a família toda (com exceção a Hades), que descobriu que tinha um irmão, o achou, conseguiu criar uma ótima relação com ele, fez trezentos amigos e muito mais, estava me dizendo isso.

– Lena, isso é verdade?

– Não, é mentira. Queria ver sua reação! – Ironizou ela. – É claro que é verdade!

– Lena, você realmente é muito boba! Olha a sua volta, olha tudo o que você fez! Você é incrível, fala sério, você fugiu de um dos três grandes e de seu reino e me chama de corajosa e determinada?

Nós nos abraçamos e rimo. Eu e Lena, de alguma forma, nos aproximamos nas últimas horas. Talvez fosse pela dor que estávamos sentido, ou por termos nos ajudado e apoiado quando ninguém mais apoiou. O motivou, eu não sei, mas estava feliz com isso.

Também reparei que Meredith e Lena também sentiam uma pela outra o que eu sentia por Lena.

A sua vida por mudar apenas em um segundo. Em um segundo, estava feliz por estar de volta no acampamento, no outro sofrendo e lutando contra a invasão. Em um segundo eu e Lena éramos apenas amigas, no outro tínhamos criado uma espécie de laço. Em um segundo Rafael era o melhor amigo de Lena e o meio-irmão de Meredith, no outro ele era o maior traidor do Acampamento Meio-Sangue. Tudo pode mudar, em apenas um segundo.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu acho que vai ser aqui que essa "onda de POV's Lena" acaba, porque, não sei se vocês perceberam, mas teve MUITO capitulo com ela narrando. Mas vocês gostaram da participação dela? ATENÇÃO isso não quer dizer que ela vai parar de narrar e aparecer na fic, mas é que geralmente os POV's são da Lily, né?
Eu sei que o capítulo não está lá muito bom, mas eu ainda mereço reviews, né? Diz que sim... por favor...



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