Uzumaki Narue - O Poder Do Conhecimento escrita por Yoru


Capítulo 7
Água


Notas iniciais do capítulo

Bem, pessoal! Esse vai ser um capitulo difícil para os fãs de NaruKazu, mas mantenham em mente que o rapaz estava com fome e sede. Não estava pensando direito, ok?

Boa Leitura!



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Capitulo 6 – Água

Os três Genins acordaram naquela manha com o som do sino. Levantaram-se, parecendo acabados, e ainda meio dormindo, e trocaram de roupas, quase automaticamente. Foram para a sala de jantar e comeram completamente sincronizados. Um não precisava pedir para o outro passar o leite. Depois de tanto tempo, eles simplesmente sabiam.

--Bem, garotos. –anunciou Kaiza, olhando-os assim que entrou na sala de jantar. –Hoje é o dia do teste.

CRASH!

O jarro de suco de laranja que Aoi estava indo entregar para Kazuto caiu no chão, com um estrondo, molhando o chão.

--O... O que? –perguntou Aoi, chocada.

--Mas nós terminamos o treinamento ontem! –reclamou Kazuto. –Não vamos ter um descanso para nos recuperar?!

--Não sou eu que faço as regras. –estalou Kaiza. –Terminem de comer e me encontrem do lado de fora da casa. Estamos indo para a torre do Hokage.

Então ele saiu.

Os três comeram tudo o que podiam, em um silêncio aborrecido. Mal sabiam todos o que Narue estava fazendo...

Dez minutos depois todos estavam no escritório do Hokage.

--É um exercício de sobrevivência. –anunciou o Hokage. –Se vocês conseguirem sobreviver sete dias na floresta dos Theandrykes (Pronuncia: The – An –Drykes), vocês passam e serão Genins.

--E se não passamos? –perguntou Kazuto, confuso.

--BAKA! Se não passarmos, quer dizer que morremos por que é um teste de sobrevivência! –exclamou Aoi, acertando a cabeça do Irmão.

--Uh... É mesmo! –exclamou Kazuto, só entendendo agora.

--O que é que eu fiz pra ter um irmão assim, hein, Narue-chan? –perguntou para a amiga, que estava cobrindo a boca para evitar um riso. –Me diz!

--Eu não sei. –riu ela.

O Sandaime sorriu feliz pela pessoa que ele considerava neta estar tão feliz.

--Bem, ao teste! –exclamou Kaiza, interrompendo alegremente o momento de felicidade deles.

Primeiro Dia

As crianças andavam pela floresta já fazia dez minutos, em total silêncio, apenas observando ao redor.

As arvores eram mortas. Seus troncos tinham marcas de garras. Havia sangue por vários cantos. Mas nenhum Theandryke.

--O que é um Theandryke, afinal? –perguntou Kazuto, incomodado pelo tempo que ficou quieto.

Aoi deu de ombros e olhou para Narue. Ela balançou a cabeça.

--Theandrykes são criaturas meio lagarto, meio lobos, com inteligência quase humana. Não tenho muitas informações sobre eles. –ela franziu a sobrancelha. –Havia uma nota sobre sigilo dessas criaturas. Aparentemente, era um projeto genético de um dos Sannins que deu errado.

Kazuto suspirou.

--Inferno. –suspirou ele, aborrecido. –Seria bom se você soubesse...

Narue instintivamente se encolheu. Mas se irritou.

--Desculpe. –falou ela, venenosamente. –Mas eu não sou um livro. Não tenho obrigação de saber de tudo.

Kazuto a encarou, um pouco chocado. Era a primeira vez que ela agia dessa forma.

--Hey, vamos, vamos. –falou Aoi. –Se acalmem. Só estamos aqui a dez minutos, não vamos brigar.

--Certo. –concordou Narue, ainda um pouco aborrecida.

--Então vamos para algum rio. –anunciou Kazuto. –Precisamos de água. Deve ter alguma fonte de água aqui. E perto da água tem comida.

Narue franziu as sobrancelhas para isso. Em sua cabeça, isso era errado. Mas ela não conseguia se lembrar do por que...

Horas se passaram, e as crianças estavam no mínimo sedentas. Em seus treinamentos eles não podiam comer ou beber água antes de terminar uma tarefa, mas isso era diferente. Eles poderiam beber depois. Ali, eles não tinham certeza do que viria depois. Isso os estava assustando.

Narue estava com um mau pressentimento. A cada passo que eles davam, ela se sentia cada vez mais observada. A floresta estava mais marcada, mas parecia... Verde. O que significava que a água estava próxima.

De cima de uma arvore, eles avistaram um pequeno rio que cortava a área.

Nesse momento, a verdade desabou sobre Narue em uma memória.

Flash Back ON

Narue corria, arfante. Ela era pequena, não tinha mais que cinco anos. Fugia dos aldeões, como em todas as noites.

Ela os despistou em meio a floresta e, depois de algum tempo, parou de correr, encostada a uma arvore.

Respirava fundo, recuperando o folego. Olhou em volta e, arregalando os olhos de desespero, ela respirou.

Estou perdida... Pensou. Droga...

Ela começou a andar de novo. Se achasse água, talvez pudesse encontrar a civilização, ou pelo menos matar essa sede... Andou por vários minutos com suas pernas curtas de criança, até que achou um pequeno riacho. Aliviada, saciou sua sede.

--Venham! Aqui tem água! Ela deve estar por aqui! –exclamou um Aldeão.

Ela olhou para onde ouviu o som, assustada. Como eles a tinham descoberto.

Eles a agarraram pelos ombros. Vendo seu olhar assustado e confuso, o Aldeão riu.

--Quer saber como sabíamos aonde você estava, pirralha Demônio? –perguntou ele, rindo loucamente. Ele a socou, derrubando-a no chão. –Água! Todas as criaturas vivas estão sempre atrás de água. Quanto mais perto da água, mais perigoso é, pirralha.

Ele riu. Aquele foi o ultimo som que ouviu antes da dor tomar conta do seu corpo.

Flash Back OFF

Ela parou.

--Não... Não podemos ir lá. –falou ela, baixo.

--Por que não? –perguntou Kazuto, confuso.

--Não podemos. –as memórias recentes fizeram a mente de Narue ficar confusa. Ela se encolheu e olhou para o rio como se fosse a coisa mais perigosa do mundo.

--Precisamos de água, Narue-chan. –contradisse Aoi.

--Não podemos ir lá... É perigoso...

--Pare de tentar mandar! –reclamou Kazuto, aborrecido. –Eu preciso de água e comida! Por que eu confiaria em alguém que vive apanhando de aldeões comuns? Pirralhinha idiota!

Pirralhinha...

Pirralhinha...

Pirralha...

Idiota...

Pirralha Demônio

As palavras ecoaram pela cabeça de Narue em quanto ela prendeu a respiração. Chocada.

--E-ei! Irmão! –falou Aoi, também chocada. Não esperava que o irmão usasse o passado de Narue, que ela disse levemente para eles durante o treinamento contra ela. Kazuto sempre tratou Narue como uma irmã, e foi gentil e tudo.

--Eu não vou pedir desculpas! –exclamou Kazuto, irritado.

--Você não precisa pedir desculpas, Kirimaru. –cuspiu Narue, olhando-o com raiva. Mas seus olhos estavam brilhando com lágrimas não derramadas. –FAÇA O QUE QUIZER! MORRA SE QUISER! SEJA O IDIOTA QUE QUIZER! EU TE ODEIO!

Ela se virou e correu, chorando o caminho todo.

Nas sombras, ela sentia a animação dos que os observaram.

Mas ela não se importava.

Kazuto... SEU IDIOTA! Berrou ela em pensamentos, chorando.


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Notas finais do capítulo

Uh... Trágico. Podem me xingar se quiserem, mas eu precisava de uma confusão e a personalidade da Aoi e da Narue não entra em conflito facilmente. Não havia exatamente outra coisa que eu pudesse fazer nessa situação.
Reviews?

Matta AOWZE!