POV Nathan

Katherine andou com os joelhos, em cima da cama, até atrás de mim.

– Certo- ela levantou a minha blusa e eu ajudei a tirar- sua vez agora.

Senti suas mãos em meus ombros e então ela começou a massagem. Relaxei meus músculos das costas. Fechei os olhos e deixei a minha cabeça pender para o lado.

– Levanta a cabeça- Katy deu um tapa estalado nas minhas costas- está atrapalhando.

– É que isso é tão gostoso, baby- falei de propósito, para imitá-la.

– Baby?

– Baby- repeti, confirmando- posso te chamar de baby? Baby ou fofa. Deixo você escolher.

Ela riu. Eu pude imaginá-la revirando os olhos.

– Porque você não gosta de fofa?- indaguei curioso, me virando para ela.

– É que...- ela olhou para baixo, decidindo se conta ou não, e então olhou para mim- Jack me chamava assim o tempo todo e você sabe...não dá para apagar o que ele fez comigo.

– Ah. Desculpa.

Ela balançou a cabeça de um lado para o outro.

– Tudo bem, fofo.

Ri fraco.

– Boba- acariciei sua bochecha- deixa eu pensar- me afastei um pouco para analisá- la por completo, da cabeça aos pés- sexy- falei baixo.

– Hã?

– Sexy. Você é sexy- dei um selinho em seus lábios- vou te chamar assim.

Ela segurou o riso.

– É estranho.

– Eu não ligo, Sexy- dei uma piscadinha e mordi meu lábio de forma sensual.

Katy soltou uma risada.

– Você fica tão engraçado tentando ser sensual.

– Tentando?- fingi indignação- eu sou sensual.

– Estou apenas brincando, baby- ela enfatizou o "baby"- você é sensual, mas eu não consigo não rir.

Peguei um travesseiro e a sufoquei de brincadeira.

– Para!- ela começou a me dar tapas, rindo.

Quando eu a soltei, ela se vingou, ficando em cima de mim. Antes que ela pudesse colocar o travesseiro na minha cabeça, inverti as nossas posições.

Lambi meus lábios.

– Você é tão irresistível- fitei sua boca vermelhinha.

– Eu sei.

Amo quando ela se acha.

Cada um dos meus braços estão em cada lado da cabeça dela.

– Eu estou com medo- Katy disse, acariciando o meu rosto- nós já falamos "eu sempre vou te amar", "você é o amor da minha vida" e coisas do tipo, mas já nos separamos. Quando estávamos separados, eu pensei que a gente nunca mais ia voltar- ela entrelaçou os nossos dedos- o jeito que você me tratou naquele dia...

Fechei os olhos e balancei a cabeça de forma negativa.

– Me desculpa.

– Não. Eu que fui idiota por ter terminado com você por causa da Lily e as mentiras dela. O que você fez foi certo porque agora eu sei que não dá para te substituir. Eu fiquei tentando te esquecer, te bloqueei da minha mente, mas você estava aqui o tempo todo- ela colocou a mão no peito, no coração- e isso não dá para bloquear. Cams me fez ver isso. Eu sabia que ainda te amava, mas não queria admitir para ninguém e nem para mim mesma. Eu tenho medo de que todas essas promessas, palavras e gestos de amor acabem um dia. Eu tenho muito medo de te perder para sempre - ela apertou os lábios, segurando o choro e desviou o olhar.

– Olhe aqui para mim- limpei a lágrima que desceu do olho esquerdo dela- eu te amo e nada no universo vai mudar esse sentimento- afastei a franja dela para atrás da orelha e acariciei seu rosto- na verdade é mais que um sentimento. O amor é algo inexplicável. Você é tudo para mim, sabe disso, hm?

Ela confirmou.

– Não vai acontecer de novo, não vamos nos separar de novo e de todas as vezes que aconteceu, não conseguimos ficar longe, certo? Porque nos amamos. Isso é mais forte que tudo e todos- limpei mais lágrimas que escorriam pelo seu rosto- eu te amo agora e sempre- dei um selinho demorado em seus lábios.

Apertei nossas mãos com os dedos entrelaçados.

– Agora e sempre- ela repetiu, acariciando o meu rosto- deita aqui- ela bateu duas vezes na cama, no espaço ao seu lado e quando eu o fiz, ela deitou a cabeça em meu peito e me abraçou com um braço.

A envolvi com os meus e passei os dedos pelos cabelos dela, que agora estão em menor comprimento.

– A gente vai poder se falar pelo celular, certo?- ela perguntou.
– Sexy, você está muito preocupada com isso- acariciei suas costas- relaxe.
– Você gostou mesmo do "Sexy", hein?

– Você não?- perguntei.

– Amei- ela riu levemente- vamos pensar em outros apelidos?
– Que tal "vida"?- sugeri e ela corou depois de abrir um sorrido- você corou- apertei a bochecha dela, achando fofo.

– Você vai dizer o que para Ayla?- Katy perguntou, fazendo círculos no meu peito com o dedo.

– Não se preocupe com isso- falei- esqueça a Ayla e se concentra na escola quando você voltar.

– Eu já devo estar reprovada- ela disse sem demonstrar preocupação quanto a isso- e a culpa é sua.

Soltei um riso.

– Esqueceu quem quase pulou do carro?- perguntei- você realmente não tem juízo- ri.

– Você também não tem- ela abriu um sorriso vitorioso- almas gêmeas.

– É, mas você tem menos. E quando você correu do quarto, o que deu na sua cabeça?

– Possy disse que eu não sou capaz e...bem, eu corri e provei para mim mesma que sou sim. Um ponto para mim.

– Viu? Você é maluca.

Katy deu um tapa forte no meu peito.

– Porra, porque você vive me batendo?- perguntei.

– Porra- ela me imitou- porque você vive rasgando as minhas roupas?

Touché.

– Você quer que eu rasgue de novo?- sugeri.

Coloquei a mão na barra da blusa dela e recebi um tapa.

– É a nossa última noite juntos- fiz biquinho.

– Porque você não fala "eu quero transar com você e apenas com você"? É mais fácil, simples e direto.

– Eu quero transar com você- segurei o rosto dela e olhei em seus olhos- e apenas com você. Satisfeita? Romântico o suficiente?

Ela riu.

– Você é foda, Vida- Katy bateu, mais uma vez, no meu peito.

– Se fizer isso de novo, eu vou rasgar a sua roupa- falei com falsa seriedade.

Sim, ela me bateu. Katy levantou rapidamente e foi correndo até o banheiro.

– Vamos lá, Vida- bati na porta- abra.

Ouvi os risos dela do outro lado e logo depois, o barulho da chave destravando a porta.

– Eu já disse que te amo?- ela perguntou, saindo de trás da porta.
Entrei no banheiro e me aproximei, fazendo ela andar para trás até bater na pia.

Não respondi. Ao invés disso, selei nossos lábios.

Katy mordeu meu lábio inferior com força e depois penetrou sua língua em minha boca. Ela me trouxe para mais perto com uma mão na parte de trás da minha cabeça. Começamos uma luta, com as línguas, pela dominância.

A ergui pela cintura e a coloquei em cima da pia, sem parar de beijá-la. Logo depois, ela desceu o lábios, fazendo um trajeto passando pelo meu queixo, bochecha e pescoço. Senti o macio de sua boca e língua ali, em minha pele e depois alguns chupões que com certeza vão deixar marcas.

Afastei seu cabelo para o lado e fiz o mesmo que ela fez comigo no pescoço. Quando terminei, coloquei seus braços ao redor do meu pescoço e segurei em suas pernas. Por conta do instinto, ela as enlaçou ao meu redor e então eu fui para a cama, a deitando com cuidado.

...