Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana
Notas iniciais do capítulo
Oi, pudins S2 Boa leitura :)
POV Nathan
– Cara, você fugiu?- perguntei para James, ainda surpreso.
– Fugi- ele puxou uma das cadeiras da mesa e sentou- as férias começaram antes de ontem, mas ninguém pode sair da universidade. Que se dane o meu pai. Pulei o muro, mexi os pauzinhos e voltei para Portland. Nick me contou que você está sendo procurado pelo FBI e que fugiu com a Katy. Encontrei vocês pelo GPS.
– Que GPS?- tentei lembrar de algum, mas não consegui.
– Eu coloquei um chip rastreador no seu carro- James disse como se fosse óbvio e normal- acho que já faz uns cinco, seis anos.
– Você o que?
– Pois é. O meu pai não vai mais poder me obrigar a fazer nada porque o Nick conseguiu, atendendo ao meu pedido, provas de corrupção. Você sabe que meu pai quer ser prefeito e se eu divulgar essas provas, ele está ferrado. Ou seja, o jogo virou. Ao invés de ele nos ter na mão, eu tenho ele na minha- James bateu o indicador duas vezes na palma da mão- eu nunca mais vou pisar na droga daquela universidade. Mas e então, cadê a Possy? Nick disse que ela veio depois de vocês.
– Não sabemos. Já tentei ligar, mas ela não atende e também não está respondendo as mensagens. Mas você não precisa se preocupar porque na verdade é a Liga que está atrás de mim e não o FBI. Ayla não vai machucar a Possy.
– Porque não?- Katy perguntou, estreitando os olhos- elas são amigas?
Troquei olhares com James. O olhar dele dizia ‘‘pode contar’’.
– Elas são irmãs- contei- só que esse segredo não é meu para eu contar, entende?- perguntei para confirmar que ela não vai ficar com raiva por eu não ter contado antes.
Katy assentiu.
– O pai da Possy que você conhece na verdade é o padrasto dela. O pai biológico é o governador. Ayla é filha dele, sendo meia-irmã dela- continuei.
– Possy foi abandonada pelo pai. Ela não gosta de tocar no assunto, nem mesmo comigo, então não falamos disso- James continuou- Nathan e eu ensinamos o que ela sabe sobre luta e Ayla aprendeu com o pai. É coisa de sangue, sabe? É que nem você e a sua mãe. Ela fez de tudo para ter uma relação de irmã com a Possy, o que não funcionou. Ayla a ama, apesar de não ser recíproco. Mas o que a Liga quer com você?- James se voltou para mim.
– Querem que eu entre nela- respondi- é o que eu acho.
– Hm, mas porque só agora?- ele indagou, pensando em uma teoria.
– E eu lá sei, cara- dei uma pequena pausa- eles querem usar a Katy para me chantagear- peguei uma das cadeiras da mesa e sentei.
– Então vocês precisam ficar separados. Você sabe que se negar entrar na Liga, isso vai desencadear uma guerra, não sabe?
Soltei um suspiro pesado.
– Eu sei. Droga, eu não posso descansar por um segundo- corri os dedos pelo meu cabelo.
– Você escolheu entrar nessa vida, lembra?- James perguntou, só piorando a situação.
Não respondi.
– Eu vou lá embaixo comprar alguma coisa para comer- Katy avisou.
Apenas assenti com a cabeça e então ela saiu do quarto.
– O que você acha que eu tenho que fazer?- perguntei.
– Vocês dois precisam se separar por enquanto- ele respondeu- eu sei que isso é uma merda, mas é pela segurança da Katy.
– Existem duas pessoas na galáxia que podem convencer Ayla a me deixar em paz, apenas duas- falei depois de pensar em outro plano- você, o amor da vida dela e Possy, a irmãzinha mais nova super amada.
– Droga- James apoiou um dos braços no encosto da cadeira- nem fodendo que a Possy vai falar com a Ayla.
– Temos que tentar. O pior é que eu sou obrigado a arrastar a Katherine comigo para cima dessa merda toda- passei a mão pelo rosto, frustado- eu odeio colocá-la no meio de coisas assim.
Mordi o interior da minha bochecha, pensando.
– Vou ter que deixá-la com aquele idiota filhinho de papai.
Senti ciúme e raiva só de imaginar os dois juntos novamente. Droga. Definitivamente eu preciso esfriar a cabeça.
Abri o freezer para ver se tem cerveja ou alguma bebida alcoólica qualquer, mas só tem água e refrigerante.
– Droga- murmurei pouco antes de fechar a porta.
Vi James acendendo um cigarro.
– Você está fumando?- perguntei sem acreditar nisso.
Peguei uma cadeira e coloquei ela na frente dele, sentando logo depois.
– Você não tem ideia de como isso é bom- ele soltou um pouco da fumaça- experimenta.
Na verdade eu tenho sim, mas ok.
Quando ele me entregou o cigarro, Katherine voltou e quando eu estava prestes a colocá-lo entre os lábios, ela deu um tapa forte na minha mão, derrubando o cigarro no chão.
– Você está louco?- ela perguntou surpresa e incrédula.
– É só uma tragada- falei- eu já fumei antes.
– Você não vai fumar essa droga- ela colocou o que trouxe em cima da mesa.
– Você não é a minha mãe- retruquei.
– Eu não quero que você fume- ela falou com seriedade.
– E?
– Você escolhe: cigarro ou Katherine?- Katy cruzou em braços e fez bico de zangada.
– Cigarro- brinquei só para provocá-la, coisa que eu amo fazer.
Quando ela me encarou com mais raiva, eu ri.
– Você sabe que é brincadeira- tentei pegar em sua cintura, mas ela se afastou.
Katy foi até o James, pegou a cartela de cigarros no bolso da calça dele e a jogou pela janela.
Ri com o ato.
– Possy vai te matar- ela falou para James- e eu vou te matar se te pegar com o cigarro de novo- ela disse apontando o dedo para mim.
– Toda estressadinha- agarrei Katy pela cintura, a forçando a sentar em meu colo. Dei um beijo estalado em sua bochecha.
– Como vocês voltaram?- James perguntou- vocês não estavam separados?
– Você sabe como é- trouxe Katherine para mais perto de mim- somos inseparáveis. A Ka é completamente insubstituível. Nenhuma outra garota é tão chata, implicante, ciumenta, linda, fofa e gostosa do jeito que ela é, do jeito que eu amo.
Ela apenas riu, mas aposto que também revirou os olhos.
– O que você comprou?- perguntei curioso.
– Quase nada- ela respondeu- a gente vai ficar aqui até amanhã, né?
– Uhum.
Ela mordeu o canto do lábio .
– Algum problema?- perguntei, afastando a mexa de cabelo que me impedia de ver o seu rosto por inteiro.
Ela balançou a cabeça, negando.
– Bom, eu vou para o meu quarto, descansar um pouco- James levantou e foi para a porta- foi uma longa viagem. Nos vemos mais tarde?
– Claro- ergui a mão e fizemos um toque normal.
Katy saiu do meu colo e deu um abraço forte nele, se despedindo.
– E então, qual é o problema?- perguntei depois de fechar a porta.
– Nada- ela sentou na beira da cama, com as pernas uma em cima da outra.
Sentei ao lado dela e ergui o seu queixo.
– Eu te conheço. Agora me conta- pedi, tirando o meu tênis e logo depois as meias.
– É que nós só temos o resto do dia e amanhã de manhã juntos. Eu não queria ter que me separar de você- ela choramingou.
– Nem eu, meu amor- a abracei- mas precisamos ficar longe um do outro. Quando isso acabar...
– Isso nunca vai acabar- ela me interrompeu.
– Vai sim- a soltei do nosso abraço e fui até o meio da cama- vem cá. Você com certeza está cansada.
Katy ficou descalça. Quando ela veio para o meio da cama, sentei atrás dela. Afastei seus cabelos para o lado e comecei uma massagem nos ombros.
– Porra, isso é tão gostoso- ela murmurou.
– Imaginei você falando isso em outra situação, mas tudo bem- ri.
– Besta- ela deu um tapa na minha perna.
Pouco depois ela se virou, interrompendo a massagem, e me abraçou.
– Eu te amo tanto.
Katherine juntou nossos lábios. Eu a puxei para mais perto com o braço ao seu redor e segurando o seu rosto. Passando suas mãos pelo meu peito, subindo e descendo, ela envolveu seus braços em volta do meu pescoço, e logo seus dedos começaram a bagunçar o meu cabelo na parte de trás.
Dei uma pequena interrompida.
– Eu também te amo, Ka- falei com os lábios encostando de leve nos dela.
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Saudades sexo.
Quanto amor S2